Por meio de comunicado, o Instituto Nacional de Belas Artes e Letras (Inbal) anunciou a proposta selecionada que representará o México na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023. A seleção contou com 44 equipes inscritas e 14 projetos apresentados. A proposta selecionada leva o nome de Infraestrutura utópica: a quadra campesina de basquete e é composta pelos seguintes participantes:
Noticias de Arquitetura
Anunciado o projeto vencedor para o Pavilhão do México na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023
Arquitetura escavada: herança do passado e possibilidade de futuro
Nos primórdios da humanidade, cada comunidade se organizou instintivamente de acordo com as condições locais, os recursos disponíveis e seu modo de vida. Se, por um lado, grupos nômades criaram soluções para ocupar espaços temporariamente, muitas vezes carregando abrigos dentre seus pertences, por outro, os grupos que começaram a assumir características sedentárias também criaram formas de ocupar espaços disponíveis e desenvolveram técnicas construtivas que foram evoluindo até a atualidade.
Uma dessas formas de habitar, que passou a ser negligenciada pela arquitetura convencional com o passar do tempo, chegando a ganhar um status mais fantasioso na cultura popular, foi a ocupação de espaços cavernosos ou escavados. Essa é, porém, uma prática milenar que soma técnicas vernaculares para contornar as condições climáticas e amplia as possibilidades da arquitetura.
Clássicos da Arquitetura: Clube dos 500 / Oscar Niemeyer
O Clube dos 500 foi idealizado pelo banqueiro Orozimbo Roxo Loureiro no início dos anos 1950 aos moldes do antigo Clube dos 200, fundado pelo presidente Washington Luís para reunir influentes políticos e empresários longe dos holofotes das capitais. Embora a ideia inicial de um clube social não tenha prosperado, Orozimbo decidiu desenvolver no local um empreendimento comercial e de turismo oportunamente bem posicionado entre as duas maiores cidades brasileiras.
David Chipperfield Architects divulga projeto vencedor para o Museu Arqueológico Nacional de Atenas
Selecionado dentre uma restrita lista de dez propostas, o projeto de David Chipperfield venceu o concurso pelo Museu Arqueológico Nacional de Atenas, na Grécia. Abrigando uma das coleções mais importantes do mundo de arte pré-histórica e antiga, o museu passará por obras de reforma e ampliação, incluindo um piso subterrâneo e um terraço verde. A proposta foi desenvolvida em conjunto com a Wirtz International, Tombazis & Associate Architects, wh-p ingenieure, Werner Sobek e Atelier Brückner.
Quem deveria ganhar o Prêmio Pritzker 2023?
Após a família Pritzker, de Chicago, através da Hyatt Foundation ter anunciado a data de divulgação do vencedor do Prêmio Pritzker 2023, as especulações em torno de quem será o próximo laureado começaram.
Como a fundação não lida com indicação pública nem divulga a metodologia por trás da escolha do vencedor, a comunidade profissional especula anualmente quem pode ser o premiado. Analisando a lista de nomes que já ganharam, vemos que tudo é possível.
Francelle Cane e Marija Marić serão as curadoras do Pavilhão de Luxemburgo na Bienal de Veneza 2023
O projeto Down to Earth de Francelle Cane e Marija Marić foi escolhido por unanimidade para ocupar o Pavilhão de Luxemburgo para a 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza. O júri elogiou a análise detalhada do território nacional e dos seus habitantes, dando ao projeto uma inflexão universal. A equipe vencedora é composta por duas curadoras, Francelle Cane e Marija Marić, apoiadas por um Conselho Consultivo e uma equipe de colaboradores nas áreas de cenografia, produção de conteúdo e mídia. A equipe também contará com uma rede de parceiros nacionais e internacionais.
Como a gastronomia ativa espaços comunitários em Copenhague
Através de sua nova culinária nórdica, a cena gastronômica em Copenhague vem crescendo em popularidade e se tornando um grande atrativo para habitantes e visitantes. A sua gastronomia enraizada e sazonal, bem como os seus conceitos tradicionais de convívio, tornam qualquer experiência gastronômica na cidade uma experiência holística, uma vez que está ligada aos produtos e, claro, ao ambiente. Uma refeição agradável, naquela que é uma das cidades mais alegres do mundo, requer um lugar, um projeto e planejamento específicos que alimentem atividades comunitárias e de lazer. Esses espaços deverão se tornar ainda mais cobiçados, já que Copenhague sediará o Congresso Mundial de Arquitetos UIA.
Na sombra do tsunami: navegando no metaverso
Atualmente, o metaverso é difícil de ser definido. Tente pensar nisso como a união da abundância de comunidades virtuais que criamos ao longo dos anos no Facebook com a enorme variedade de oportunidades de lazer semelhantes às compras na Amazon. No entanto, o metaverso vai muito além disso e torna possível um novo tipo de cenário trabalhando com as próprias qualidades de placemaking que conhecemos das cidades, vilas e aldeias que habitamos em todo o mundo.
O metaverso é um espaço transacional e, talvez, acima de tudo, um espaço experiencial onde acontecimentos inesperados ocorrem e, principalmente, eventos compartilhados são desfrutados de forma individual e comunitária.
Ideias para mesclar materiais e revestimentos na cozinha
A transformação na dinâmica dos espaços domésticos impacta na arquitetura tanto no interior quanto no exterior das casas e apartamentos. As cozinhas são o principal exemplo dessa transformação. Historicamente consideradas espaços de trabalho marginalizados na arquitetura, elas têm ganhado mais protagonismo enquanto espaços de estar, o que impacta não somente no tamanho dos espaços e em sua organização, como também nos revestimentos que são utilizados.
Como os serviços de assinatura se relacionam com a arquitetura?
As assinaturas estão rapidamente se tornando parte integrante da vida cotidiana. Por exemplo, as plataformas de streaming substituíram completamente a necessidade de possuir aparelhos de DVD, enquanto que os serviços de veículo por aplicativo suprem parcialmente a necessidade de possuir um carro particular. As assinaturas têm sido amplamente entendidas como serviços digitais, mas uma nova tendência sugere que o mesmo conceito pode ser transferido para objetos físicos em um futuro próximo. Em vez de ter uma geladeira, uma máquina de lavar ou mesmo lâmpadas, pode-se adquirir uma assinatura para garantir a durabilidade dos produtos, roupas limpas e uma casa bem iluminada.
O conceito é conhecido como “economia baseada em assinaturas”, uma variante da noção de “economia circular”. Ele postula que, em vez de possuir alguns dos objetos utilizados diariamente, é possível subscrever um serviço para ter acesso às mesmas vantagens, mas sem a necessidade de possuir, manter ou alienar o objeto em questão. Os consumidores não compram mais produtos; eles compram acesso a serviços. Às vezes, isso significaria simplesmente alugar o objeto em vez de comprá-lo, mas o modelo vai um passo além. Ele traz uma mudança de responsabilidade e mentalidade. Isso porque os consumidores já não são os proprietários dos objetos, a responsabilidade de reutilizar e reciclar recai sobre os produtores, que passam a ser responsáveis por todo o ciclo de vida dos objetos que criam.
Quais materiais de construção desaparecerão no futuro?
Dezenas de países pelo mundo já baniram o uso do amianto no setor da construção civil. De extração barata e abundante na natureza, trata-se de uma fibra natural utilizada na fabricação de reservatórios de água, divisórias, telhas e elementos de decoração, por conta de suas propriedades que incluem grande flexibilidade e alta resistência química, térmica e elétrica. No entanto, há comprovações científicas que ligam à exposição deste material de construção a vários tipos de câncer, bem como à asbestose -quando as fibras do mineral alojam-se nos alvéolos pulmonares, comprometendo a capacidade respiratória. O caso do amianto evidencia como certos materiais de construção podem - repentinamente ou não - tornarem-se uma lembrança longínqua por conta de seus impactos. E, além dos impactos na saúde, atualmente materiais com alto consumo energético ou de matérias primas raras, vêm sofrendo pressão para terem seu uso diminuído ou para tornarem mais “verdes” seus métodos de fabricação, sob pena de também desaparecerem num futuro próximo. Neste artigo, buscaremos reunir alguns deles.
A má qualidade do transporte público nos países em desenvolvimento
Há um estereótipo de que em países pobres, onde poucas pessoas têm carros, as alternativas ao automóvel estão florescendo. Vi um post no Mastodon afirmando essa premissa, e apontei nos comentários que isso não é bem verdade. Esta é uma versão mais detalhada do que eu disse em 500 caracteres. Resumindo, na maior parte do terceiro mundo, o transporte público é ruim, e quase todos os passageiros que usam vans e ônibus o fazem devido à pobreza, assim como a maioria das pessoas que andam a pé.
Como a internet vai impactar o design de varejo?
Com o comércio físico e digital se difundindo cada vez mais, os designers e arqutietos estão criando experiências de compra que preenchem a lacuna entre os espaços físicos e online. Estamos começando a ver o início de um novo varejo que habilmente sobrepõe comportamentos digitais disruptivos com novas estéticas.
Requalificação de áreas históricas centrais como forma de valorizar nossa cultura
A região central de São Paulo guarda uma parte importante da nossa história, que pode ser contada por seus edifícios. A relação de afeto com esta região para muitos paulistanos é clara ao resgatar na memória momentos vividos nestes edifícios históricos que carregam cultura e religiosidade, e nestas ruas de comércio intenso.
Porém, ao longo das últimas décadas esta relação se perdeu pela obsolescência dos edifícios, pela baixa habitabilidade nesta região, pela deterioração dos edifícios sem uso, pela insegurança e outros fatores que afastaram diversos paulistanos do centro — ainda uma área com densa circulação de pessoas, amplo comércio, ampla infraestrutura de transporte e conexão única com a cidade. Um espaço urbano com tamanha infraestrutura não pode ser abandonado em uma cidade que tem alta demanda por habitação, cultura e lazer.
ARCH+ e Summacumfemmer Büro Juliane Greb serão os curadores do Pavilhão da Alemanha na Bienal de Veneza 2023
ARCH+ e Summacumfemmer Büro Juliane Greb foram selecionados para a curadoria do pavilhão alemão na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia com o tema Aberto para Manutenção / Wegen Umbau geöffnet. Comissionado pelo Ministério Federal Alemão de Habitação, Desenvolvimento Urbano e Construção Civil, o pavilhão pretende demonstrar "as oportunidades e potenciais de futuras profissões para avançar na arquitetura e design urbano sustentável, social e inclusivo". A 18ª Exposição Internacional de Arquitetura acontecerá de 20 de maio a 26 de novembro de 2023.
Canais de Veneza secam e Itália enfrenta outro alerta de seca
Veneza, uma cidade normalmente preocupada com inundações, agora enfrenta o problema oposto: os canais começam a secar após semanas de inverno seco e marés baixas atípicas. Acredita-se que uma combinação de fatores tenha causado esta rara visão: falta de chuva, alta pressão atmosférica e o ciclo lunar ocasionando baixos níveis de água durante a maré baixa. Como os canais funcionam como ruas da cidade, o fenômeno tem implicações além da decepção dos turistas.
O que são e como funcionam as "wetlands" artificiais?
O Dia Mundial das Wetlands (ou áreas úmidas/alagáveis) é celebrado todos os anos em 2 de fevereiro com o intuito de aumentar a consciencialização sobre esses ambientes. Esse dia também marca o aniversário da convenção sobre áreas úmidas, adotada como um tratado internacional em 1971. Sua promulgação se deve ao fato de que quase 90% das áreas úmidas do mundo foram degradadas desde 1700, sendo dizimadas três vezes mais rápido do que as florestas. No entanto, são ecossistemas extremamente importantes que contribuem para a biodiversidade, mitigação e adaptação climática, disponibilidade de água doce, economias mundiais e muito mais.
Equipe curatorial do Pavilhão Britânico na Bienal de Veneza 2023 é divulgada
O British Council anunciou Jayden Ali, Joseph Henry, Meneesha Kellay e Sumitra Upham como a equipe curatorial que representará a Grã-Bretanha na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia. A equipe transformará o Pavilhão Britânico em espaços comemorativos que "adotam métodos e processos de construção coletiva que evitam a exploração das pessoas e do planeta". A 18ª Exposição Internacional de Arquitetura será realizada de 20 de maio a 26 de novembro de 2023.
Pavilhão dos Emirados Árabes Unidos na Bienal de Veneza explora a abundância em ambientes áridos
Áridamente Abundante é o título da pesquisa que será exibida no Pavilhão Nacional dos Emirados Árabes Unidos na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia. O Pavilhão tem curadoria de Faysal Tabbarah, Reitor Associado e Professor de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura, Arte e Design da Universidade Americana de Sharjah. A exposição explora possibilidades arquitetônicas em, com e para paisagens áridas.
Das ruas à internet: a história do comércio e sua relação com o território
O comércio é uma atividade humana praticada pelas sociedades desde os primórdios da evolução. Se num primeiro momento as trocas eram feitas entre produtos negociados por comunidades inteiras, com o passar do tempo elas passaram a ter como base uma moeda comum e serem praticadas de forma individual, de família para família. De uma maneira ou de outra, essa atividade é uma característica da civilização e influencia inclusive nossa forma de organização territorial. Historicamente praticada em espaços externos, são muitas as configurações espaciais que foram definidas a partir da atividade comercial.
Três projetos brasileiros entre os vencedores do Prêmio ArchDaily Building of the Year 2023
Com mais de 150 mil votos recebidos ao longo das últimas três semanas, temos o prazer de apresentar os vencedores do Prêmio ArchDaily Building of the Year 2023. Este prêmio de arquitetura é atribuído pelos leitores do ArchDaily, que filtraram entre milhares de projetos os 75 finalistas e, posteriormente, as 15 melhores obras de arquitetura que foram publicadas em 2022.
A escala deste prêmio é um reflexo do quão importante é a arquitetura hoje, à medida que a complexidade cada vez maior de nosso mundo aumenta a pressão e as demandas sobre nosso ambiente construído. Para lidar com questões como a crise climática, escassez de energia, densidade populacional, desigualdade social, escassez de moradias, urbanização acelerada, identidade local e segregação, a arquitetura precisa se abrir. Estamos felizes em ver como as questões levantadas por este prêmio ganharam atenção global. Veículos de fora do campo da arquitetura, como a Globo ou o El País, comentando que “isso é o que consideramos uma boa arquitetura”. O reconhecimento da profissão vai além de suas fronteiras habituais e é capaz de motivar, alegrar e emocionar um número cada vez maior de pessoas que entendem a importância de nosso ambiente construído e seu impacto na qualidade de vida das pessoas.
Os vencedores são um exemplo concreto do que a sociedade reconhece como boa arquitetura, mas também do que se exige dela. Assumimos a responsabilidade de continuar desenvolvendo o espírito do prêmio, fortalecendo a contribuição de nossa comunidade com base em suas preferências, juntamente com a voz de um público mais amplo de fora da arquitetura.
O Prêmio ArchDaily Building of the Year é oferecido pela Dornbracht, empresa conhecida internacionalmente por seus produtos para cozinhas e banheiros.