Uma moradora de Vitória pode não pensar nas florestas da Bacia do Jucu ao servir um copo de água. Os uruguaios provavelmente não pensam na Floresta Amazônica quando veem a chuva cair sobre os parques da cidade. E os habitantes de Adis Abeba possivelmente não estão pensando na Bacia do Congo quando comem injera, um alimento típico na Etiópia feito a partir do grão de teff.
Ainda assim, as florestas próximas e distantes afetam o dia a dia dessas pessoas mais do que elas estão cientes.
https://www.archdaily.com.br/br/995039/como-florestas-beneficiam-as-pessoas-que-vivem-nas-cidadesSarah Wilson, John-Rob Pool, Mack Phillips e Sadof Alexander
Sou um engenheiro de software (comumente chamado de programador). Criar um software envolve muitas funções diferentes. Empresas diferentes têm funções diferentes e nomes diferentes para as funções, mas tipicamente isso envolve engenheiros de software, gerentes de produto e designers de UX (user experience, ou experiência do usuário).
Cada função tem seus próprios pontos fortes e sua própria responsabilidade. Os gerentes de produto identificam as necessidades do usuário e ditam o que devemos construir. Os designers de UX determinam a aparência do produto — o layout, telas diferentes, texto, imagens, marca, etc. Os engenheiros de software fazem a implementação real: eles resolvem os problemas técnicos necessários para construir o produto.
Um dos elementos mais importantes da arquitetura são as circulações verticais, isto é, elevadores ou escadas, Embora alguns escritórios optem por abordá-las de forma discreta, outros decidem dedicar a elas atenção específica, transformando-as em esculturas. As escadas helicoidais são as preferidas quando se quer chamar a atenção e, na nossa consciência coletiva, guardamos alguns exemplos icônicos, como o caso da escada na Casa O'Gorman, onde este elemento dá o carácter da obra, sendo quase impossível imaginá-la sem a escada.
A profissão de arquiteto é muitas vezes marcada por aqueles indivíduos que usam seu talento e recursos para proporcionar mudanças e trazer uma visão de um futuro melhor. Enquanto alguns iniciaram o seu percurso com gestos arrojados que chamaram a atenção do mundo arquitetônico e mudaram paradigmas, outros trabalharam de forma mais tranquila, voltando o foco para os usuários dos espaços e questionando-se sobre como podem contribuir da melhor forma para a melhoria da vida daqueles que os cercam.
Com o início do novo ano, paramos para olhar para os arquitetos que faleceram ao longo do ano passado, mas cujo legado e contribuição para a arquitetura sobrevivem. Entre eles, lembramos o ganhador do Prêmio Pritzker e pioneiro da alta tecnologia Richard Rogers, o ícone pós-moderno Ricardo Bofill, o atencioso Gyo Obata, a defensora e inovadora Doreen Adengo, a pioneira da habitação social Renée Gailhoustet e o multifacetado ganhador do Prêmio Pritzker Arata Isozaki.
Você está sentado confortavelmente neste momento? OK, eu vou esperar alguns segundos para você ajeitar a postura e continuarmos o texto. Por mais que todos saibamos que as costas devem estar eretas, os ombros para trás e os glúteos encostados na parte posterior da cadeira, assim que paramos de prestar atenção nisso, é comum que nosso corpo vá escorregando até que nossa coluna se torne um grande ponto de interrogação. E isso pode desencadear diversos problemas de postura e circulação, dores crônicas e aumentar a fadiga após um longo dia, semana, mês ou anos de trabalho. Mas saiba que você não está sozinho e isso não é (necessariamente) sua culpa. Que elementos tornam uma cadeira confortável? Como elas podem manter sua postura adequada por mais tempo? É possível ter design e conforto no mesmo produto? Neste artigo, tentaremos responder a essas questões e trazer alguns exemplos do catálogo do Architonic.
Para arquitetos e urbanistas, o mais difícil no processo de desenvolvimento das cidades talvez seja lidar com as estratégias políticas utilizadas em temas que, para nós, seriam somente uma questão de planejamento urbano. No passado, tínhamos em nosso imaginário que as cidades eram criadas e transformadas somente com o desenho do arquiteto, mesmo tendo certeza que sempre existiram diversas forças atuando sobre isso. No caso de Inhoaíba, localizada na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, infelizmente, as forças externas aos arquitetos e urbanistas estão muito mais presentes do que gostaríamos, o que me levou a escrever este texto.
O escritório OMA venceu o concurso para renovar o museu mais antigo do mundo dedicado à cultura do Antigo Egito, o Museo Egizio, fundado em 1824 e instalado no Collegio dei Nobili em Turim, Itália. O projeto vencedor visa transformar o museu em um destino atraente para pesquisadores e o público em geral.
Em colaboração com os arquitetos locais Andrea Tabocchini Architecture, T-Studio e o consultor histórico Andrea Longhi, a proposta busca abrir o espaço cultural a todos, criando um pátio coberto e uma série de salas urbanas conectadas dentro do assentamento existente.
Verão, férias escolares e o desejo de um mergulho no mar. Motivos não faltam para visitar o litoral brasileiro nessa época do ano. Pensando na sua vasta diversidade, selecionamos alguns hotéis dispostos em diferentes estados e que, em seus projetos, trazem distintas formas de dialogar com o contexto, mas também conforto e lazer para seus hóspedes.
"O piso plano é uma invenção dos arquitetos. Adapta-se a máquinas, não a seres humanos." Inspirado pelos secessionistas vienenses e pelos artistas austríacos Egon Schiele e Gustav Klimt, assim como pelas ousadas formas gaudinianas, o autor dessa frase, Friedensreich Hundertwasser (1928-2000), foi um prolífico pintor, escultor e arquiteto. Suas obras são marcadas pela dualidade entre a disciplina e a indisciplina, entre o esperado e o inesperado, o racional e o irracional. Na sua aventura criativa, Hundertwasser não era um simples inimigo da linha reta, ele desprezada o racionalismo arquitetônico reivindicando formas fluídas e cores marcantes.
Intitulado "janeiro, fevereiro, março", o pavilhão da Geórgia na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023 tem a curadoria da Bienal de Arquitetura de Tbilisi. Explorando a relação entre o fluxo de tempo e energia, a intervenção georgiana "representará a natureza morta e viva através da história de um assentamento artificialmente alterado na região de Dusheti". A 18ª Exposição Internacional de Arquitetura será realizada entre 20 de maio e 26 de novembro de 2023, no Giardini, no Arsenale, e em vários locais nos arredores de Veneza, e terá como tema "Laboratório do Futuro".
O arquiteto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava anunciou o projeto do Calatrava Boulevard, um complexo com restaurantes sofisticados, varejo e escritórios em Düsseldorf, na Alemanha. Localizado em um terreno valorizado entre a avenida Königsallee e as ruas Königstrasse e Steinstrasse, o novo complexo apresenta uma cobertura curva de 41 metros de altura e uma rua interna que compõem uma espécie de vale banhado por luz natural. O projeto, realizado em colaboração com Uwe Reppegather, fundador e diretor administrativo do Grupo CENTRUM, deve ser concluído até 2028.
Com o início do novo ano, aguardamos com expectativa os projetos mais emocionantes planejados para 2023. A segunda torre mais alta do mundo está atualmente em construção na Malásia; no Egito, o maior museu arqueológico está quase pronto para abrir suas portas; na Albânia o MVRDV está atualmente trabalhando na requalificação de um importante marco brutalista. De escritórios como Snøhetta, OMA, Studio Gang, Zaha Hadid Architects, BIG, e o mais recente vencedor do Prêmio Pritzker, Francis Kéré, a seleção a seguir reúne projetos localizados em várias partes do mundo, de diferentes escalas e programas, de aeroportos internacionais a galerias de arte e museus.
Vários projetos aqui apresentados também constaram na compilação do ano anterior. A disponibilidade de recursos e as questões trabalhistas geradas pela pandemia também continuaram a influenciar os cronogramas de abertura, mas com um impacto cada vez menor. Seguindo as tendências previstas para 2023, mais e mais projetos envolvem a reutilização adaptativa das estruturas existentes. Um tema subjacente é visível no crescente interesse em expandir os espaços artísticos e culturais e integrar o patrimônio histórico na expressão da arquitetura contemporânea.
A cidade de Los Angeles selecionou seis finalistas para o concurso de projeto de um novo memorial dedicado às vítimas do massacre chinês de 1871. Em um dos capítulos mais sombrios da história da cidade, em 24 de outubro de 1871, cerca de 10% da população chinesa da época, pelo menos 18 residentes, foram assassinados por uma multidão de manifestantes. O memorial busca aumentar a conscientização pública sobre o assassinato em massa com motivação racial de 1871, ao mesmo tempo, em que aborda as preocupações contemporâneas sobre raça, intolerância e violência. O memorial foi anunciado pela primeira vez em abril de 2021, e está previsto para ser construído próximo ao local do massacre e ao Museu Sino-Americano.
Na medida em que adentramos 2023 e começamos o Ano do Coelho, compartilhamos com vocês algumas reflexões sobre o que o ano passado nos trouxe e como nos preparamos para mais um ano.
Ao passo que a arquitetura se torna uma questão mais ampla e mais pessoas começam não apenas a se interessar por ela, mas a querer se engajar de forma ativa, assumimos a responsabilidade de abrir a caixa preta dessa disciplina e construir pontes através do conhecimento. No esforço para reduzir distâncias, buscamos responder à pergunta "o que é boa arquitetura?" através de nosso primeiro livroThe ArchDaily Guide to Good Architecture publicado pela editora gestalten.
O ano de 2022 nos trouxe o que ficou conhecido como crise do triplo C — Covid, Clima e Conflitos. Novos desafios ambientais, disputas políticas e uma emergência sanitária ainda presente alimentaram desigualdades e contribuíram para aumentar os índices globais de pobreza. No entanto, 2022 não foi apenas de dificuldades; testemunhamos a reabertura um mundo que estava fechado, permitindo que as pessoas se reencontrassem presencialmente. Isso nos possibilitou refletir sobre como construir “sociedades mais resilientes, sustentáveis e saudáveis” que podem sobreviver às ameaças atuais e futuras.
Sempre fiel à nossa visão de "empoderar todos os que fazem a arquitetura acontecer para criar uma melhor qualidade de vida", a seleção dos melhores artigos do ArchDaily de 2022 destaca um amplo espectro de tópicos. Lidando com passado, presente e futuro, os temas explorados vão desde a arquitetura do metaverso e IA até a história e a teoria básica, refazendo histórias, ajustando erros comuns e projetando um futuro que já está aqui. Além disso, neste ano, os editoriais trouxeram mais dicas e ideias para os espaços de convivência, ao mesmo tempo em que investigaram os aspectos multidisciplinares, a fim de ampliar perspectivas e apresentar novas noções. A equipe muito diversificada do ArchDaily mergulhou em territórios, não comumente retratados na mídia, para contar a história arquitetônica de cada tipologia, comunidade e movimento. Acreditando na contextualidade e localidade, inclusão sem deixar ninguém para trás, nossos artigos refletem nossa visão de um mundo melhor.
A 14ª edição do prêmio ArchDaily Building of the Year chegou e novamente precisamos da sua ajuda para selecionar os melhores projetos de arquitetura do ano.
Este ano participam mais de 4.500 edifícios distribuídos em 15 categorias diferentes. De obras residenciais a projetos públicos, cada categoria apresenta o que há de melhor em inovação, sustentabilidade e funcionalidade no campo da arquitetura. Alguns desses edifícios tiveram um impacto significativo no ambiente construído e merecem reconhecimento por sua excelência.
Como membro da nossa comunidade, convidamos você a participar do processo de seleção votando no melhor projetos de cada categoria.
Não perca a oportunidade de dar sua opinião e nos ajude a celebrar os melhores projetos contemporâneos.
Projetado por WERK Arkitekter e Snøhetta, o novo centro marítimo na costa de Esbjerg, Dinamarca, foi aberto ao público. A estrutura de madeira foi concebida como um espaço de encontro para clubes náuticos e outros visitantes do porto, proporcionando à cidade costeira um centro social à beira mar. A estrutura circular protege os visitantes das condições climáticas adversas, enquanto as grandes janelas e escadas do anfiteatro abrem vistas para o mar. Apelidado de The Lantern (ou, A Lanterna), o projeto foi vencedor de um concurso organizado em 2019.
O escritório Practice for Architecture and Urbanism (PAU) de Nova York foi selecionado para projetar o novo Portal das Cataratas do Niágara. O projeto busca requalificar o espaço, atrair novos visitantes e estimular a economia local. Como parte da “Estratégia de Desenvolvimento de Downtown Niagara Falls” o projeto também visa fortalecer as conexões entre o centro de Niagara Falls e o Parque Estadual de Niagara Falls. A conclusão está prevista para 2024.
Iris Barrel é uma designer que nasceu no Queens, filha única de uma russa com um americano, dono de uma empresa de espelhos.Estudou artes na Universidade de Wisconsin e começou a carreira no WWD, publicação que é uma referência na indústria de moda.
Em 1948, já ao lado do marido, Carl Apfel, fundou uma marca bem-sucedida de tecidos que, inclusive, fez parte da decoração da Casa Branca durante o mandato de nove presidentes dos Estados Unidos.Apesar de terem vendido a empresa em 1992, o casal continuou trabalhando pela marca por mais 13 anos, ou seja, até 2005. Iris Apfel estava bem aposentada da indústria de design de interiores, quando, aos 84 anos ela foi convidada por Harold Koda — curador do Met’s Costume Institute —, a exibir sua coleção de roupas e acessórios.
Em abril de 2021, legisladores franceses votaram pelo cancelamento de voos em rotas curtas e que podem ser realizadas por trens em menos de duas horas e meia. A medida visa contribuir com a redução das emissões de carbono no país.
A redução das emissões é uma dos compromissos firmados no Acordo de Paris para o mundo frear as mudanças climáticas. Entre as várias mudanças que precisam ser implementadas pelos países, o setor de aviação é um ponto de destaque: estima-se que o transporte aéreo seja responsável por 2,5% a 3% das emissões globais de CO2.
A startup escocesa Kenoteq lançou o K-Briq – um tijolo de construção mais sustentável que não é queimado e é feito de 90% de resíduos de construção. Desenvolvido pela professora de engenharia Gabriela Medero na Universidade Heriot-Watt de Edimburgo, o K-Briq gera menos de um décimo das emissões de carbono em sua fabricação do que um tijolo comum.
Num mundo que cada vez exige mais da gente, para muitas pessoas o banho vai além de um momento de higiene. Ele pode trazer alguns minutos para relaxar após um dia longo de trabalho ou revigorar as energias. Por isso, cada vez tem se buscado mais por espaços que fogem do óbvio na hora de projetar um banheiro. A ducha pode se tornar uma experiência prazerosa e que permite uma fuga momentânea das tarefas cotidianas, como os projetos selecionados a seguir podem nos demonstrar.
Estamos acostumados a olhar para a arquitetura enquanto grandes objetos que se assentam no tecido urbano ou no meio natural, estabelecendo novas relações com seu entorno. Nosso cotidiano, porém, se passa também dentro desses edifícios, acessando-os, ocupando-os e manipulando-os. Estabelecemos assim relações com o meio construído imediatamente perto de nós, de modo que a arquitetura precisa, ao mesmo tempo, prestar atenção à macro escala, como o clima e a vizinhança, por exemplo, mas também à micro escala, os acabamentos, suas texturas e cores.
Há uma série de detalhes que transformam a experiência dos moradores e usuários de um edifício, que, ao serem explorados, elevam a qualidade do projeto e mexem com os sentidos e estímulos das pessoas. Esses detalhes podem ser construtivos, mas também podem ser estéticos ou funcionais.
Ao fazermos um balanço e analisarmos o ano de 2022 através dos artigos mais visitados em nossa seção de Materials, fica claro que questões relacionadas ao interior ressoaram fortemente entre nossos leitores. Enquanto a humanidade gasta mais tempo em ambientes internos, tanto nos físicos quanto agora nos virtuais, como o Metaverso, as formas e funções que definem esses espaços internos adquiriram maior importância e valor. Experimentar com espaços fluidos, flexíveis e versáteis é uma tendência que testemunhamos há alguns anos, impulsionada principalmente pelos impactos das quarentenas ainda presentes em nossa memória. O caos e a incerteza que experimentamos nos fizeram entender a importância dos edifícios com consciência espacial e sensibilidade - aqueles capazes de antecipar e assumir a responsabilidade pelos efeitos que têm em seus habitantes. Fatores como orientação, dimensões e distribuição das salas, o uso de luz e ventilação naturais e a estética geral do espaço são essenciais. Os avanços tecnológicos adotaram o centro do palco e interromperam o design de interiores tradicional, dando origem a abordagens novas e inovadoras à eficiência e circularidade doméstica.
Através de três abordagens diferentes - operações, estética e energia -, abaixo, fornecemos uma previsão de como achamos que os espaços internos evoluirão de 2023 em diante.