A indústria da construção é uma das maiores poluidoras do mundo, com algumas pesquisas dizendo que 38% de todas as emissões de CO2 estão ligadas a ela. Como resposta, arquitetos, designers e pesquisadores estão tomando medidas para reduzir sua pegada de carbono durante e após a construção. Muitas iniciativas atuais se mostram interessadas em analisar materiais de construção para encontrar soluções de baixo carbono e reduzir os impactos da profissão.
Um dos campos de pesquisa mais proeminentes diz respeito à biofabricação, um tipo de processo que envolve o uso de organismos biológicos para a confecção de materiais. Ao se compreender as habilidades de organismos como algas de fungos, materiais amplamente utilizados poderão ser substituídos por alternativas de carbono neutro ou até carbono negativo. Outras iniciativas buscam, ainda, novas maneiras de usar recursos inexplorados, mas prontamente disponíveis, como areia do deserto, terra ou resíduos de demolições.
O Smithsonian Museum, na capital Washington DC, divulgou as cinco propostas anônimas para o projeto do Bezos Learning Center que, agora, aguardam a opinião do público. A transformação do Museu Nacional do Ar e do Espaço representa um momento sem precedentes na conservação e preservação de milhares de artefatos e um notável renascimento da exploração espacial e das viagens turísticas espaciais. Com uma doação recorde de US$ 250 milhões do fundador da Amazon, Jeff Bezos, e de líderes da indústria aeroespacial, o Smithsonian Institution está passando por uma grande reforma iniciada em 2018.
Você consegue imaginar um mundo em que o ambiente construído ao nosso redor seja impresso em 3D a partir de materiais vivos? Que os edifícios irão germinar, florescer, murchar, produzir novos tipos de materiais, e eventualmente retornar ao solo? To Grow a Building é um laboratório performativo que imprime em 3D - em tempo real - uma estrutura ao vivo. O projeto apresenta uma nova abordagem para integrar a flora no processo de arquitetura, desenvolvendo um novo material para impressão 3D, através do qual a semeadura é parte inseparável do processo de fabricação. Crescer um edifício é uma porta para um mundo futuro onde algumas pessoas constroem e outras cultivam os edifícios.
No início deste ano, a invasão russa à vizinha Ucrânia forçou milhões de pessoas a fugir de suas cidades e do país em busca de segurança. Conversei com um dos principais arquitetos da Ucrânia, Oleg Drozdov, que foi forçado a mudar seu escritório e a escola de arquitetura que ajudou a fundar em Kharkiv, para Lviv, mil quilômetros a oeste, próximo à fronteira polonesa. Sua equipe de arquitetos e professores retomaram seu trabalho apenas algumas semanas após o início da guerra.
A identidade arquitetônica e o tecido urbano da cidade velha de Frankfurt, na Alemanhã, cresceram organicamente ao longo dos séculos. Lojas, bares e oficinas de artesãos sempre atraíram muitos visitantes para a área entre a Catedral, ou "Dom" em alemão, e a Römer, a praça principal do centro de Frankfurt. Historicamente, a área incluía edifícios de muitos estilos diferentes — arquitetura gótica, renascentista, barroca e clássica — que a maioria dos moradores só conhecia por fotografias em preto e branco, pelo famoso modelo em miniatura da cidade no museu histórico, ou histórias transmitidas oralmente por gerações.
Os edifícios e becos pitorescos do bairro foram quase totalmente destruídos durante a Segunda Guerra Mundial, no entanto, o trabalho colaborativo da comunidade e das autoridades locais fez a cidade voltar no tempo. Todo o bairro foi reconstruído exatamente como era originalmente, trazendo a história medieval de Frankfurt de volta à vida e criando o que hoje é conhecido como Neue Alstadt.
O Rio de Janeiro terá a maior horta urbana do mundo. É o que dizem os organizadores do programa Hortas Cariocas, uma iniciativa financiada pela prefeitura municipal que tem como objetivo a "soberania alimentar, gerando o auto provimento através de produtos orgânicos, criando hortas em Escolas Municipais e comunidades do Rio".
O uso das bicicletas tem crescido nos últimos anos e alterado a paisagem nas grandes cidades do Brasil. Entre os fatores que podem ter contribuído para essa mudança, um dos mais evidentes é o investimento em infraestrutura cicloviária. Dados de uma pesquisa brasileira reforçam essa perspectiva, ao demonstrar que ciclovias são um fator determinante para a adoção da bicicleta por quem ainda não pedala.
https://www.archdaily.com.br/br/988154/3-acoes-para-promover-a-bicicleta-e-a-equidade-no-acesso-a-cidade-no-brasilPaula Manoela dos Santos, Ariadne Samios, Larissa Oliveira e Fernando Corrêa
Conseguir o design e o layout do banheiro perfeito para cada usuário vem com muitas decisões detalhadas. Um deles é decidir sobre incluir uma chuveiro ou banheiro, com argumentos válidos a favor de cada uma das opções, sem certo ou errado. Ao projetar um banheiro, arquitetos devem usar sua experiência e percepção para tomar decisões que melhor responderão às necessidades espaciais do layout. Dimensões padrão de chuveiro ou banheira, colocação de elementos e seleção de materiais são alguns dos fatores que devem ser estudados antes de se ajustar aos requisitos do usuário.
Analisando quatro fatores - necessidades espaciais, demandas do usuário, inovação e sustentabilidade - o artigo a seguir visa discutir os prós e contras das banheiras e dos chuveiros. Através de uma seleção de layouts de banheiros inovadores, acessíveis e que economizam espaço, que incluem produtos da categoria Banheiro no Architonic, a discussão exemplifica soluções para possíveis problemas de chuveiros e banheiras.
Carolina Maria de Jesus e Clarice Lispector estão entre as mais relevantes escritoras brasileiras do século XX. Este ensaio é uma análise sobre as representações que as envolvem e, principalmente, um gesto que complexifica a comparação entre as duas, traçando uma reflexão sobre corpo e cidade, de um ponto de vista interseccional.
https://www.archdaily.com.br/br/987981/representacoes-de-carolina-maria-de-jesus-e-clarice-lispector-corpo-cidade-e-territorioLuiza Fraccaroli B. da Costa
Sob a esfera geodésica da Spaceship Earth e a exibição de culturas mundiais que simbolizam o EPCOT da Disney World está a visão de uma cidade utópica. A proposta original do EPCOT —uma comunidade construída em torno da inovação — foi um dos últimos projetos visionários de Walt Disney. Incomodada com a expansão urbana aleatória, a Disney teve ideias ousadas para um tecido urbano que impulsionaria o progresso nos Estados Unidos. AExperimental Prototype Community of Tomorrow [Comunidade Protótipo Experimental do Amanhã] foi o antídoto de Walt Disney para a decadência das cidades americanas.
No Brasil, é comum pensar que as políticas urbanas são de responsabilidade ou dos municípios, ou da União, mas há outra instância que não pode ser desprezada: a dos estados. Políticas urbanas estaduais são tão importantes quanto as municipais e federais.
https://www.archdaily.com.br/br/988147/quando-a-cidade-se-torna-invisivelJosé Antônio Apparecido Junior e Victor Carvalho Pinto
A história mostra que, quando atingidas por crises e desastres, as cidades em geral se recuperam e saem mais fortes e resilientes do que antes. O grande incêndio de Chicago ficou famoso por dar origem aos arranha-céus. Surtos de doenças contagiosas contribuíram para políticas de saúde pública e para as práticas modernas de saneamento. A devastação causada pela Segunda Guerra Mundial catalisou investimentos sem precedentes em habitação e infraestrutura.
Cada nova geração entra no local de trabalho com seu próprio estilo de comunicação. De TikToks virais a declarações provocativas como “Raramente usamos e-mail”, a entrada da Geração Z na força de trabalho certamente criará suas próprias características. Mas o que precisamos considerar ao recrutar, manter ou vender para essa próxima geração de arquitetos?
Tantas vezes sombreadas por parcerias amorosas e profissionais com homens, as mulheres arquitetas foram, e ainda são, constantemente testadas e colocadas sob violências simbólicas, disfarçadas de piadas ou "simples" brincadeiras. A conversa do episódio 51 do Betoneira Podcast, com a professora e pesquisadora Silvana Rubino, levantou um debate sempre urgente: qual o lugar da mulher na arquitetura?
Herzog & de Meuron e o paisagista Piet Oudolf estão trabalhando juntos para projetar os Jardins Calder, que abrigará e exibirá obras de arte do escultor americano Alexander Calder. Localizado entre a Vine Street e a Benjamin Franklin Parkway, na Filadélfia, o local de 6.500 m² abrigará um edifício de dois pavimentos, com metade da área no subsolo. Em vez de projetar o local como um típico museu, a equipe decidiu transformá-lo em um jardim como uma alternativa atraente para os moradores da Filadélfia.
Através de seu site, a XII Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Urbanismo (BIAU) anunciou hoje os vencedores de suas quatro categorias: Obras, Ações à margem, Publicações e Programas educacionais.
Um total de 9 obras e 20 projetos ganharam a edição deste ano do BIAU, evento organizado pelo Governo da Espanha através do Ministério dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana (MITMA) por meio da Direção Geral de Agenda Urbana e Arquitetura. O encontro acontecerá no âmbito do Festival de Arquitetura e Cidade MEXTRÓPOLI, na Cidade do México, de 21 a 25 de setembro.
O metaverso promete revolucionar a maneira como vivemos. Ao integrar tecnologias imersivas como realidade virtual e aumentada (VR e AR), a expectativa do metaverso é adicionar outra camada à maneira como vivemos cotidianamente. Sugere-se que o metaverso crie espaços virtuais onde as pessoas possam se encontrar e compartilhar experiências independentemente das restrições geográficas. As possibilidades parecem infinitas: trocar conhecimentos, incentivar a colaboração profissional, desenvolver e democratizar a arte, a educação, a cultura e até mesmo possibilitar o engajamento político. As interações sociais estão no cerne da ideia de metaverso. Isso levanta a questão: como os novos espaços virtuais podem adquirir as propriedades dos espaços públicos?
Em uma recente série de fotos, Paul Clemence volta suas lentes para o Hôtel des Horlogers, projeto do Bjarke Ingels Group (BIG) em Le Brassus, na Suíça. BIG, um escritório internacional conhecido pela pela experimentação formal, desenhou uma estrutura compacta de cinco pavimentos com os quartos conectados por um percurso em zigue-zague. O projeto foi realizado em colaboração com a empresa de design suíça CCHE.
Após dois anos de ciclos interrompidos devido à pandemia, 2022 vem testemunhando um ressurgimento dos eventos de arquitetura: bienais, trienais, semanas de design e festivais estão de volta à cena, com reflexões ainda maiores e abordagens temáticas mais amplas, alinhadas aos desafios do mundo.
Relevantes hoje mais do que nunca, esses acontecimentos espalhados pelo mundo abordam questões relacionadas ao clima, problemas urbanos, bem como preocupações fomentadas pela covid-19, como resiliência, modos de vida, futuro da arquitetura e o desconhecido.
A arquitetura nasce dos materiais. Entre estrutura, luz, movimento e conforto, os materiais moldam profundamente nossas experiências. Mas os materiais também mudam com o tempo, novos tipos são criados, e uma ampla gama de montagens e técnicas de construção são introduzidas. Cada vez mais, arquitetos e designers estão analisando as possibilidades de materiais compósitos feitos com elementos naturais.
O Het Nieuwe Instituut em Roterdã, na Holanda, inaugura o The Energy Show e a Bienal Solar na sexta-feira, 9 de setembro de 2022. Em colaboração com a designer e curadora da Bienal Solar Matylda Krzykowski e os designers solares Marjan van Aubel e Pauline van Dongen, a exposição apresenta uma série de projetos que exploram o significado e as possibilidades do sol na sociedade, no meio ambiente e na arquitetura. Com a Europa em meio a uma crise energética, o Energy Show e a Bienal Solar são uma oportunidade para arquitetos e o público examinarem a transição para a energia solar e a tecnologia à medida que avançamos em direção a um futuro pós-carbono.
Está disponível on-line o Abaixo-Assinado Por Cidades Justas e Moradias Dignas em apoio às propostas do manifesto O Brasil precisa de Mais Arquitetura e Urbanismo, a carta aberta às candidatas e aos candidatos nas eleições de 2022 lançada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e pelas entidades do CEAU (IAB, FNA, ABEA, AsBEA, ABAP e FeNEA).
https://www.archdaily.com.br/br/988991/cau-e-ceau-lancam-abaixo-assinado-por-cidades-justas-e-moradias-dignasArchDaily Team
O National Building Museum anunciou que Dolores Hayden, professora emérita de arquitetura, urbanismo e estudos americanos na Universidade de Yale, recebeu o Prêmio Vincent Scully deste ano. Como historiadora urbana e arquiteta, Dolores Hayden concentrou-se ao longo de sua carreira na política do lugar e nos estereótipos de gênero e raça incorporados em ambientes construídos nos Estados Unidos. Como a 24ª ganhadora do Prêmio Vincent Scully, Dolores Hayden se junta a outros premiados, incluindo Mabel O. Wilson, Elizabeth Meyer, Robert Campbell e Inga Saffron.
Muito além de suas características decorativas, o paisagismo traz consigo questões biológicas e culturais que precisam ser trabalhadas nos projetos. O que se vê em grande parte dos jardins públicos, residenciais, condominiais, comerciais e empresariais, porém, é uma série de abordagens que distanciam o paisagismo de todos seus atributos, reduzindo-o a uma camada decorativa na construção. A seguir, reunimos estratégias para se esquivar dos principais problemas do projeto paisagístico, juntando a estética com suas possibilidades ambientais e culturais.