Fundadora e diretora do African Futures Institute (AFI) com sede em Accra, Gana, Lesley Lokko é uma arquiteta, educadora e romancista ganesa-escocesa. Com uma carreira que abrange Joanesburgo, Londres, Accra e Edimburgo, ela ocupou vários cargos como professora e é amplamente reconhecida em seu campo. A professora Lokko foi nomeada curadora da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura, La Biennale di Venezia, em dezembro de 2021, depois de ter atuado como membro do júri do Golden Lions Awards da edição anterior da Bienal de Veneza. Em sua primeira entrevista ao ArchDaily, após ser nomeada curadora da Bienal de Arquitetura de 2023, Lesley Lokko compartilha ideias sobre os preparativos, o tema e esta 18ª edição.
Na noite da última terça-feira, dia 16 de maio, durante a inauguração da exposição dos cinco projetos selecionados, foram revelados os dois premiados do 5º Prêmio Design Tomie Ohtake que receberam troféus e publicações do Instituto Tomie Ohtake. Conheça os projetos a seguir:
https://www.archdaily.com.br/br/1001016/conheca-os-vencedores-do-5o-premio-design-tomie-ohtakeArchDaily Team
O Prêmio de Diversidade em Arquitetura (DIVIA) foi concedido à arquiteta italiana Marta Maccaglia, fundadora do Semillas, por seu compromisso com a construção educativa no Peru. Este reconhecimento internacional, junto do prêmio de 20.000 euros, tem como objetivo promover a visibilidade das mulheres na indústria da arquitetura. Entre as cinco finalistas desta edição estavam Tosin Oshinowo (Nigéria), May al-Ibrashy (Egito), Noella Nibakuze (Ruanda) e Katherine Clarke e Liza Fior (Reino Unido).
O conceito de sustentabilidade surgiu na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (UNCHE), realizada em Estocolmo em 1972, e foi cunhado pela norueguesa Gro Brundtland no Relatório “Nosso Futuro Comum” (1987). De acordo com essa definição, o uso sustentável dos recursos naturais deveria “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas”. Entretanto, apesar da urgência do conceito e da constante evolução que ele tem sofrido ao longo do tempo, sua aplicação ainda se limita muitas vezes ao uso controlado dos recursos naturais e à preservação da vida selvagem. Ou seja, está baseada em relações e ações que abordam a situação sob a perspectiva do “homem versus natureza”, como um entendimento dicotômico em detrimento de uma visão holística.
Eventos relacionados ao clima podem levar de 800 mil a 3 milhões de brasileiros à pobreza extrema a partir de 2030. Os dados são do Relatório sobre Clima e Desenvolvimento para o Brasil (CCDR), divulgado no início de maio pelo Banco Mundial. Segundo o estudo – que avalia políticas e opções para que o país cumpra seus objetivos climáticos e de desenvolvimento –, secas, enchentes e inundações nas cidades causam perdas de R$ 13 bilhões (0,1% do PIB de 2022) ao ano.
O Pavilhão Nacional da Irlanda apresentará uma exposição intitulada Em busca de Hy-Brasil na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza. O pavilhão tem como objetivo explorar diversas culturas, comunidades e experiências das ilhas remotas da Irlanda em busca de novas formas de habitar o mundo. Uma equipe de cinco arquitetos foi selecionada como curadores da exposição: Peter Carroll, Peter Cody, Elizabeth Hatz, Mary Laheen e Joseph Mackey. O pavilhão estará aberto ao público de 20 de maio a 26 de novembro de 2023. Posteriormente, a instalação percorrerá a Irlanda em 2024, trazendo vozes de locais periféricos para conversas sobre nosso futuro global.
Um edifício residencial de 15 pavimentos será o primeiro projeto do MVRDV no Uruguai. Chamado de "Ziel", o projeto, que já foi aprovado pelas autoridades, é composto por unidades residenciais individuais que buscam criar um ambiente aberto e permeável, permitindo que a luz e o ar fluam através da estrutura, criando amplos espaços verdes abertos para o desfrute e convivência dos moradores.
A arquitetura é capaz de reconciliar o sentido de pertencimento e dignidade espacial. Além de projetar equipamentos habitacionais ou de cultura, abordar o espaço público em comunidades que habitam espaços vulneráveis também é urgente e necessário para brindar uma infraestrutura digna que traga qualidade de vida à população. Por isso, reunimos sete intervenções em territórios marginalizados que demonstram o potencial de transformação que pode surgir a partir do espaço.
“Qual é o melhor lugar para se viver em São Paulo? ”, perguntou um amigo que vai se mudar para a capital paulista e que, apesar de economista (como eu), não aceitou “depende” como resposta.
É claro que não existe uma resposta objetiva para a questão, já que a avaliação depende (sim, depende…) não só de inúmeras variáveis, muitas não disponíveis para análise, como também das próprias preferências do morador.
https://www.archdaily.com.br/br/1000025/qual-e-o-melhor-lugar-para-se-viver-em-sao-pauloVitor Meira França
Seja para estabelecer uma maior fluidez entre os ambientes, para integrar elementos distintos de um projeto arquitetônico ou para criar uma atmosfera mais lúdica, o uso de estruturas suspensas em habitações é capaz de produzir e proporcionar uma série de experiências variadas nos espaços.
Os espaços desocupados dentro da cidade normalmente são encarados como situações entre o problema e o potencial. Cabe em parte à arquitetura e ao urbanismo mobilizar esses espaços de maneira qualificada no contexto citadino. Com essas questões em mente, o escritório Vazio S/A propõe a ativação de espaços tidos como residuais na paisagem urbana ou em contextos particulares, apoiando-se na potência que espaços vagos oferecem.
Espera-se que as cidades africanas tenham um aumento significativo da população nos próximos 30 anos. De acordo com as projeções das Nações Unidas, essas cidades receberão mais 900 milhões de habitantes até 2050. Essa mudança demográfica criará oportunidades e desafios que remodelarão a natureza e a estrutura dessas cidades. Esses desafios incluem a necessidade de crescimento econômico, aumento da demanda por habitação e infraestrutura e o desenvolvimento de sistemas de transporte complementares. Até agora, a maioria das cidades africanas respondeu a esse rápido crescimento populacional com padrões de crescimento horizontal que expandem as periferias da cidade, aumentam a fragmentação social e, por fim, levam a uma maior dependência do carro.
Como as casas contemporâneas têm empurrado os limites da inovação para o futuro? Atualmente, estes espaços tendem a ter linhas limpas, cores neutras e espaços flexíveis, com a integração de recursos tecnológicos e automatização. Mas mesmo havendo certas características atemporais que definem os interiores contemporâneos neutros, podemos começar a identificar tendências futuras analisando projetos arquitetônicos que diferem do tradicional, reconhecendo materiais e acabamentos disruptivos para interiores guiados pelos avanços tecnológicos que estão a moldar casas complexas e em constante mudança do futuro. A seleção destes materiais inovadores transmite um processo de decisão meticuloso na construção da estrutura e identidade de um espaço. Dependendo do contexto e tipologia, há uma crescente consciência de como os materiais afetam um ambiente, e como novas tecnologias estão a criar soluções inteligentes que podem mitigar os seus efeitos nos interiores.
A inteligência artificial (IA) vem desempenhando um papel fundamental na visualização dos interiores das casas do futuro, e juntamente com a exploração de materiais biofílicos, inteligentes e impressos em 3D, tem estimulado novas formas de abordar como vamos viver no interior no futuro.
O urbanista francês Alain Bertaud é conhecido por seu trabalho na análise e no planejamento de sistemas urbanos. É autor de vários livros, incluindo Ordem sem Design: Como os Mercados Moldam as Cidades, cuja versão em português será lançada no dia 11 de abril, em um evento que será realizado a partir das 9h, no Insper. Bertaud vai participar de um painel para discutir os temas abordados em sua obra e outros aspectos relacionados a aglomerados urbanos.
https://www.archdaily.com.br/br/1000807/dados-sao-fundamentais-para-melhorar-a-qualidade-de-vida-nas-cidadesAlain Bertaud e Laboratório Arq.Futuro
A Itaipu Binacional, empresa pertencente ao Brasil e ao Paraguai que administra a Usina Hidrelétrica de Itaipu, lançou um concurso nacional de arquitetura para o desenho do EcoParque Itaipu, em Foz do Iguaçu. O edital, publicado em dezembro de 2022, previa a criação de um parque urbano que "contribuirá para a conservação de uma das áreas verdes mais relevantes de Foz do Iguaçu, associada a utilização pública e sustentável".
As propostas arquitetônicas apresentadas deveriam estar preparadas para receber as mais distintas tecnologias, sejam elas digitais ou soluções baseadas na natureza, com o intuito de transformar o parque em um laboratório de soluções para enfrentar os problemas cotidianos de uma forma mais feliz e eficaz.
Um protótipo capaz de coletar até 200 litros de água por semana foi instalado no bairro de San Luis, em Bogotá, capital da Colômbia. Apelidado de “coletor de neblina”, o desenvolvimento da estrutura é resultado de um esforço coletivo, que uniu moradores e profissionais de design.
Este artigo é o terceiro de uma série que se concentra na Arquitetura do Metaverso. O ArchDaily, em colaboração com John Marx, designer, fundador e diretor da Form4 Architecture, traz mensalmente artigos que buscam definir o Metaverso, transmitir o potencial desse novo domínio e entender suas limitações.
“Almocei na lua, nadei em um lago sombrio em Marte, joguei croquet com as nuvens e persegui o arco-íris debaixo do mar, tudo em uma tarde gloriosa.” Como e onde você interage com um metaverso próximo de você influenciará o quão real e significativa essas experiências podem parecer. Ao passo que, fundalmentalmente, o metaverso pode ser visto como uma série de intenções econômicas sobrepostas, há uma oportunidade única e importante para arquitetos e designers de espaços e lugares influenciarem o resultado desses esforços e criarem um futuro mais humanista e vibrante.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura (Minc), disponibiliza aos cidadãos um novo e moderno repositório digital dos Bens Culturais Registrados (BCR). O portal online é fruto de parceria com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e dá acesso à sociedade brasileira informações sobre cada um dos bens culturais imateriais registrados como Patrimônio Cultural do Brasil.
https://www.archdaily.com.br/br/999686/iphan-lanca-repositorio-digital-dos-bens-culturais-registradosArchDaily Team
Fazer arquitetura envolve mobilizar aspectos diversos em relação ao meio onde se insere o edifício: contexto sócio-cultural, político, econômico; estética, legislação, funcionalidade, e, dentro desta última, eficiência de uso, ocupação e conforto. As obras de Laurent Troost têm mostrado a articulação entre esses diversos fatores, com particular atenção ao último: o conforto, especialmente o térmico. Em geral, seus projetos priorizam a ventilação natural em detrimento do uso de climatização artificial, quase que obrigatória nas construções dentro do modelo de cidade atual.
No País dos Arquitectosé um podcast criado por Sara Nunes, responsável também pela produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, que tem como objetivo conhecer os profissionais, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa contemporânea de referência. Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, Portugal é um país muito instigante em relação a este campo profissional, e sua produção arquitetônica não faz jus à escala populacional ou territorial.
O Conselho de Artes do Canadá escolheu o coletivo curatorial Architects Against Housing Alienation (AAHA) para representar o Canadá na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura, La Biennale di Venezia 2023, com a exposição Not for Sale! O pavilhão, aberto de 20 de maio a 26 de novembro de 2023, tem como objetivo chamar a atenção e incentivar o diálogo sobre soluções potenciais para os desafios gerados pela crise habitacional no país.
Organizada e sediada pelo Centro Cultural Europeu (ECC), uma organização sem fins lucrativos comprometida em promover cultura por meio de intercâmbios internacionais, a sexta edição da exposição Time Space Existence "chamará a atenção para as expressões emergentes de sustentabilidade em suas diversas formas, que vão desde um foco no ambiente e paisagem urbana até as conversas em curso sobre inovação, reutilização, comunidade e inclusão".
Arquitetos, designers, artistas, acadêmicos e fotógrafos de 52 países se reunirão para explorar e contemplar os conceitos filosóficos de tempo, espaço e existência, por meio de diferentes meios e perspectivas diversas. Destacando um total de 217 projetos, a exposição ficará disponível de 20 de maio a 26 de novembro de 2023, no Palazzo Bembo, Palazzo Mora e nos Jardins da Marinaressa, em Veneza, durante a Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023. Ao longo dos seis meses de abertura, a exposição será complementada por um programa de palestras, conferências e workshops.
A mudança de um país de quatro estações demarcadas para um com clima tropical em 1973 representou uma nova experiência de vida e, na prática da arquitetura, implicou uma adaptação à nova realidade. O contato com os costumes e hábitos da nova vida que se impunha, assim como a arquitetura tradicional que encontramos, indicou que nossa metodologia de projeto e construção deveria mudar para incorporar este novo mundo com seu clima e suas experiências.
O escritório MAD Architects com sede em Pequim, China, apresenta o projeto de seu primeiro projeto na América do Sul: a torre de uso misto "Qondesa" em Quito, Equador, que em breve se tornará o edifício mais alto da cidade.