Neste vídeo, Jesús Granada visita o Pavilhão Nórdico e a exposição "In Therapy" na Bienal de Veneza deste ano. O vídeo apresenta uma série de imagens estáticas que mostram a instalação central da exposição - uma pirâmide escalonada, ou zigurate - e sua série de "ambientes sem paredes" para a reflexão. O pavilhão em si, construído em 1969, foi projetado por Sverre Fehn para refletir e concretizar algumas ideias sobre a sociedade Nórdica e sua arquitetura - inclusive mostrando um certo sentido de abertura. Este ano, portanto, o pavilhão foi organizado como uma extensão do espaço público do Giardini.
Vídeo: Subindo o zigurate do Pavilhão Nórdico na Bienal de Veneza 2016
Modern[o] como metáfora: O lugar do Tate em um mundo pós-Brexit
Os arquitetos no Reino Unido foram submetidos a um mês de altos e baixos monumentais. O Tate Modern, extensão de Herzog & de Meuron, (conhecido como Switch House) abriu suas portas na sexta-feira, 17 junho. Seis dias depois, na quinta-feira seguinte, 23 de junho, o país proclamou seu desejo (mal-planejado) de sair da União Europeia. Seria fácil ver os dois eventos em separado, sem sobreposição óbvia. Mas na verdade o Tate parece ter uma simbiose estranha com a decisão Brexit - promovendo inclusive uma visão enfática contra ela.
Arquivo: O Serpentine Pavilion ao longo dos anos
Com duração de quase duas décadas, a exibição anual do Serpentine Gallery Pavilion tornou-se um dos eventos mais esperados tanto para a comunidade de arquitetos londrinos quanto para comunidade global. Na edição deste ano foi apresentado não apenas um pavilhão, mas quatro "casas de verão" adicionais, evidenciando que programa não mostra ainda nenhum sinal de abrandamento. Cada um dos dezesseis pavilhões anteriores foram instigantes, deixando uma marca indelével e forte mensagem à comunidade arquitetônica. E mesmo todos os pavilhões sendo removidos após suas curtas temporadas de verão para ocupar propriedades privadas distantes, eles continuam sendo compartilhados através de fotografias e em palestras de arquitetura. Com o lançamento do Pavilhão, que ocorreu dia 16 de junho, vamos olhar para trás e relembrar todos os pavilhões anteriores e sua importância para o público arquitetônico.
Participantes do Pavilhão do Brasil falam sobre a Bienal de Veneza
A participação brasileira na Bienal de Veneza deste ano - JUNTOS - consiste na reunião de quinze projetos realizados em diversas regiões do país e que abrangem uma grande gama de abordagens do tema da Biennale: Reporting from the Front. Perguntamos a alguns dos idealizadores dos projetos que fazem parte de Juntos suas opiniões acerca do pavilhão do Brasil e da contribuição de seus projetos ao pavilhão e à própria Bienal, veja suas respostas, a seguir:
Pavilhão flutuante de madeira atrai a atenção no Manifesta 11 em Zurique
No último dia 11, a Bienal Europeia de Arte Contemporânea, também conhecida como Manifesta, deu início aos seus cem dias de duração na cidade de Zurique, Suíça. O elemento central do festival é uma plataforma flutuante de madeira no Lago Zurique, conhecida como Pavilhão das Reflexões. A estrutura temporária foi projetada e construída pelo Studio Tom Emerson e uma equipe de trinta estudantes do ETH Zurich. Christian Jankowski, curador do Manifesta 11, descreveu a exposição como "uma plataforma flutuante multi-funcional com uma gigantesca tela de LED, um apoio para os espectadores, uma piscina e um bar."
Bienal de Veneza 2016: "Reporting from Chile" (ou, do Chile para o Mundo)
No início do mês de março, no Palácio de Governo do Chile, foi organizado um evento inédito para a arquitetura chilena: membros do governo, autoridades do governo e a imprensa se reuniram para participar, da primeira conferência de imprensa em espanhol realizada pela Bienal de Veneza.
Neste contexto, um emocionado Alejandro Aravena, curador desta edição da Bienal de Veneza e primeiro sul-americano a desempenhar este papel, apresentava as últimas notícias acerca de "Reporting from the Front", a 15ª Mostra de Arquitetura que abriu suas portas ao público do dia 28 de maio:
Tanto a Bienal, quanto os arquitetos convidados, ou os que estão trabalhando na curadoria, não pretendem outra coisa senão abrir um debate que possibilite que a arquitetura e a cidade melhorem a qualidade de vida, e que os arquitetos possam compartilhar seu conhecimento para alcançar esse objetivo.
Não é a mesma coisa colocar estas questões em nossos espaços comuns de fala e colocar-las no Palácio Presidencial. De alguma forma, este evento transmite a mensagem de que estes temas são importantes. Por isso, muito obrigado pela oportunidade de estar aqui.
A presença da Presidente em um acontecimento como este é um símbolo que consolida um capítulo de avanços e conquistas da arquitetura chilena no mundo. Nas últimas décadas, a arquitetura chilena posicionou-se no mundo como uma das produções mais potentes, levando arquitetos nacionais a receber o reconhecimento que há alguns anos atrás não se podia imaginar.
A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos
Para muitos, pode parecer que os objetivos de Alejandro Aravena com a Bienal de Veneza de 2016 - como ele descreve, "entender quais ferramentas de projeto são necessárias para subverter as forças que privilegiam o ganho individual sobre o benefício coletivo"—são irrepreensíveis. Apesar destes objetivos, um grande número de comentadores surgiram, levados pelo talvez mais fervoroso Patrik Schumacher, criticando a Biennale. Neste artigo, originalmente publicado no site do The Architecture Foundation como "Holier than thou," Phineas Harper responde a estas críticas.
A virada mais surpreendente da Bienal de Veneza deste ano não foi a exposição em si, mas a reação de seus críticos. Poucas horas após sua inauguração, a internet estava repleta de murmúrios depreciativos sobre a exposição: "até que vale a pena," "moralizante," "mais santo que você," "careta," "sinalizador de virtudes," entre outros. Arquitetos ativos no Twitter não se impressionaram.
Mas o que exatamente eles estão odiando tanto? A Biennale exibiu princialmente algumas práticas que enxergaram o sofrimento no mundo e, através de seu trabalho, de alguma forma ou de outra, buscam diminuir isso. Como uma proposta tão cheia de compaixão gerou uma reação tão mesquinha?
"Reporting from the Front": Exposição no Arsenale
Passadas algumas semanas da abertura da 15ª Exposição Internacional de Arquitetura da Biennale di Venezia, o ArchDaily Brasil tem o prazer de mostrar uma prévia das exposições e instalações selecionadas por Alejandro Aravena e seu escritório Elemental. Separadas dos Pavilhões Nacionais, “Reporting from the Front” celebra trabalhos que “abordam problemas importantes para os quais a qualidade da arquitetura fez a diferença.”
Pavilhão "The Hive" pelas lentes de Laurian Ghinitoiu
O pavilhão do Reino Unido para a Expo Milão 2015, intitulado The Hive e projetado por Wolfgang Buttress, foi relocado para o jardim botânico do centro de Londres. A impressionante (e fotogênica) colmeia metálica foi concebida para oferecer aos visitantes uma ideia da vida de uma abelha operária; seus 169.300 componentes de alumínio - que atingem 17 metros de altura e são iluminados por centenas de luzes LED - criam uma experiência que coloca em foco a importância deste inseto polinizador. Após a reconstrução da instalação, o fotógrafo Laurian Ghinitoiu voltou suas lentes para o pavilhão em seu novo contexto.
Expansão do Tate Modern de Herzog & de Meuron pelas lentes de Laurian Ghinitoiu
O anexo de dez pavimentos projetado por Herzog & de Meuron para o Tate Modern em Londres, aberto oficialmente ao público na semana passada, é o mais recente de uma série de ambiciosos projetos realizados pela renomada galeria. Localizado acima dosTanks, primeiras galerias dedicadas à arte performática e instalações de vídeo do mundo, a forma piramidal do edifício proporciona 60% a mais de espaços expositivos para a instituição. Dois dias antes da inauguração, o fotógrafo Laurian Ghinitoiu registrou uma série de imagens do tão aguardado edifício.
Por dentro do "Pavilhão Báltico" na Bienal de Veneza 2016
Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das exposições e instalações à mostra no evento.
A arquitetura lida não só com a forma. Trabalha com dados e fluxos de materiais, organização de recursos, mobilização de capacidades; e organiza não só coisas estáticas, mas também é um projeto de processos. Seria ótimo entender a arquitetura como um agente com o qual comunicar processos de espaços materiais ao público de forma coerente. A arquitetura tem excelentes ferramentas para apresentar e explicar construções em cortes e plantas, mapas e os arquitetos são capazes de processar fluxos bastante complexos de informação.
Em foco: Alejandro Aravena
Como fundador do "do tank" Elemental, o arquiteto chileno Alejandro Aravena (nascido no dia 22 de junho de 1967) talvez seja o arquiteto mais socialmente engajado a receber o Prêmio Pritzker recentemente. Distanciando-se de uma abordagem puramente estética, Aravena explica: "não achamos que somos artistas. Arquitetos gostam de construir coisas que são únicas. Mas se algo é único, ele não pode ser replicado, então, em termos de servir muitas pessoas em muitos lugares, o valor é próximo a zero."[1] Para Aravena, o principal objetivo do arquiteto é melhorar o modo de vida das pessoas ao abordar tanto as necessidades sociais e desejos humanos, como as questões políticas, econômicas e ambientais.
Home Economics: Por dentro do Pavilhão britânico na Bienal de Veneza 2016
Jack Self é arquiteto e escritor. Foi curador do Pavilhão britânico com Finn Williams e Shumi Bose. Home Economics foi comissionado pelo British Council.
Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das exposições e instalações à mostra no evento.
Against The Tide: Por dentro do Pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2016
Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das exposições e instalações à mostra no evento.
O Pavilhão Chileno apresenta os esforços de uma geração de jovens arquitetos que conceberam, projetaram e construíram obras de arquitetura, enquanto também organizaram seus aspectos financeiros e contratuais, como parte dos requisitos para a obtenção do grau profissional de arquitetos. Todos têm em comum que pertencem à região do Vale Central do Chile, onde têm retornado após a sua formação acadêmica para contribuir com suas comunidades, criando projetos de arquitetura que se conectam a um conjunto de locais onde os campesinos da região e suas famílias possam viver e trabalhar.
"Reporting From The Front" de Aravena não é nada como a Bienal de Koolhaas de 2014 — Mas é tão boa quanto
Como diretor da Bienal de Veneza 2016, Alejandro Aravena procurou mudar as bases da arquitetura. Ao invés de um olhar introspectivo das deficiências da profissão, como Rem Koolhaas fez em 2014, o chileno, ganhador do Prêmio Pritzker deste ano, nos pede para olhar na direção oposta — para as vastas áreas do horizonte construído, que tradicionalmente ficam além da alçada da profissão: favelas urbanas, megacidades sem natureza, zonas de conflito, portos comprometidos ambientalmente, aldeias rurais distantes.
"Acreditamos que o avanço da arquitetura não é um objetivo em si, mas um meio para melhorar a qualidade de vida das pessoas", afirma Aravena na introdução ao evento. Em outras palavras, a sua Bienal não questiona o que a arquitetura deve ser, ainda que falhe, mas sim o que poderia fazer, mas muitas vezes esquece.
Pavilhão Vara, de Pezo von Ellrichshausen's na Bienal de Veneza, é um Labirinto de Formas Circulares
O Pavilhão Vara, de Pezo von Ellrichshausen para a Bienal de Veneza 2016, é descrito pelos arquitetos como "uma série de exteriores dentro de outros exteriores". Quebrando esse mistério, o que emerge é um complexo labiríntico de círculos - dez deles - formados com aço, cimento e gesso pintados, que coletivamente criam uma série de paredes, mas sem teto, formando assim um pavilhão que é aberto aos elementos de cima. O título do pavilhão, "Vara", que conta com 324 m², refere-se a uma unidade espanhola de medição, imprecisa e obsoleta, utilizada durante a conquista do país na América para rastrear e medir cidades. Cada um dos círculos do Pavilhão Vara é um diâmetro da unidade, variando de 2 a 11.
Entrevista com os Curadores do Pavilhão Espanhol vencedor do Leão de Ouro na Bienal de Veneza 2016
Este vídeo é parte de uma parceria entre o ArchDaily e o fotógrafo espanhol Jesús Granada. O acervo de imagens de Granada da Bienal podem ser obtidas em seu site, aqui. A cobertura completa da Bienal de Veneza 2016 pode ser vista aqui.
Em uma entrevista conduzida por Jesús Granada, os curadores do Pavilhão Espanhol da Bienal de Veneza 2016, Iñaqui Carnicero e Carlos Quintáns, discutem o seu raciocínio e intenções para o projeto do Pavilhão que recebeu o Leão de Ouro. Intitulado "Unfinished", Quintans descreve a influência do projeto como "a detecção da realidade, mostrada através de fotografias, do que aconteceu (na Espanha), após a bolha habitacional, em primeiro lugar o boom imobiliário e depois a crise, e como nós podemos oferecer soluções graças aos muitos arquitetos talentosos dos muitos projetos que foram realizados na Espanha e foram parcialmente obscurecidos. "O pavilhão responde ao chamado do diretor Alejandro Aravena para pavilhões nacionais que identifiquem as respostas nacionais para dilemas de arquitetura que poderiam ser as soluções para outros lugares que enfrentam problemas semelhantes.
REBOOT, 2 lecciones de arquitectura / Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2016
"REBOOT, 2 lecciones de arquitectura" é o conceito central que representa o Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2016. Inaugurado em 26 de maio, o espaço centra-se na arquitetura informal que é erguida por aqueles que "não tem mais ferramentas para a construção de seu espaço vital do que seus próprios corpos e seu instinto de sobrevivência". Edifícios que, seguindo a equipe responsável, funcionam como um depósito de sentido para a arquitetura que fazemos hoje em dia.