A arquitetura em Berlim está sendo projetada para explorar novas ideias nas fachadas dos edifícios. Berlim é uma cidade definida por uma mistura eclética de estilo e uma rica história. Seu ambiente construído foi dramaticamente moldado por uma série de programas municipais de construção, além de um passado de extensa demolição, áreas residenciais planejadas e diversos novos projetos culturais. Combinada com influências de toda a Europa, a arquitetura contemporânea de Berlim apresenta novas ideias sobre conceitos de construção, formas e fachadas.
Construindo blocos: repensando as fachadas em Berlim
A transformação do museu: do gabinete de curiosidades às exposições
Abrigando objetos de importância artística, cultural, histórica e científica, o termo ‘museu’ é derivado do latim. No que diz respeito à antiguidade clássica, em grego antigo ‘mouseion’, que significa ‘conjunto de musas’, era uma instituição filosófica, um lugar para contemplação e pensamento. Essas musas referem-se às 9 musas da mitologia grega, as deusas das artes e das ciências e patronas do conhecimento. As origens dos primeiros museus vêm de coleções particulares de famílias, indivíduos ou instituições ricas, exibidas em “gabinetes de curiosidades” e muitas vezes em templos e locais de culto. Entretanto, estas “coleções” são antecessoras do museu moderno. Elas não buscavam categorizar e exibir racionalmente suas coleções, como as exposições que vemos hoje.
Em definição, o museu moderno é um edifício ou instituição que cuida ou exibe uma coleção de artefatos de importância cultural, histórica, científica ou artística. Por meio de exposições permanentes e temporárias, a maioria dos museus públicos disponibiliza esses artefatos para visualização e, muitas vezes, procuram conservar e documentar sua coleção, para atender tanto à pesquisa quanto ao público em geral. Em essência, os museus abrigam coleções importantes, sejam elas em pequena ou grande escala.
Está na hora dos arquitetos americanos se sindicalizarem?
Este artigo foi publicado originalmente na Common Edge.
Movimentos sindicais têm sido uma tendência entre os jovens com formação universitária nos EUA, segundo o New York Times. Eles buscam solidariedade e fortalecimento através da coletividade para alcançar mudanças desejadas em contrapartida à resistência que eles têm encontrado. Enquanto a Amazon e a Starbucks ganham as manchetes dos jornais quando o assunto é sindicalização, arquitetos mais jovens também estão se organizando. Isso é incentivado pelo The Architecture Lobby, um grupo que se inclina para o campo do socialismo democrático. O escritório SHoP, com sede em Manhattan, foi alvo recente de um grupo de funcionários que não obtiveram sucesso na sua proposta de sindicalização.
"Construir em Cuba é um desafio": entrevista com Albor Arquitectos
Albor Arquitectos é um escritório de arquitetura cubano fundado em 2016 por Carlos Manuel González Baute, Alain Rodríguez Sosa, Camilo José Cabrera Pérez e Merlyn González García. Eles afirmam que a construção em Cuba é uma tarefa complexa, um desafio crescente devido à falta de materiais, altos custos e restrições ao exercício independente da profissão.
Mesmo neste contexto, suas obras, como Casa Soporte, Casa Casita e El Apartamento, se destacam pela continuidade da cidade herdada, pela redescoberta das técnicas de construção e por uma arquitetura baseada na proximidade com as pessoas e a realidade social predominante.
Convidamos o escritório, selecionado pelo ArchDaily como um dos Novos Escritórios de 2021 e recentemente vencedor do segundo lugar no Prêmio Obra do Ano 2022 por seu projeto Casa Torre, a nos contar mais detalhadamente sobre todas as suas inspirações, motivações e forma de trabalho de Cuba.
Francis Kéré: conheça a obra construída do vencedor do Pritzker 2022
Diébédo Francis Kéré fundou seu escritório, Kéré Architecture, em Berlim, Alemanha, em 2005, após o início de uma trajetória defendendo a construção de uma arquitetura educacional de qualidade em seu país de origem, Burkina Faso. Desprovido de salas de aula e condições de aprendizagem adequadas quando criança, e enfrentando a realidade da maioria dos jovens estudantes do país, seus primeiros trabalhos foram o resultado da busca por soluções tangíveis para os problemas que a comunidade enfrentava.
Frida Escobedo projetará nova ala de arte moderna e contemporânea no Museu Met de Nova York
O Museu Metropolitan de Nova York escolheu a arquiteta mexicana Frida Escobedo para projetar sua nova ala de arte moderna e contemporânea no valor de 500 milhões de dólares.. O espaço foi bastante debatido no mundo da arte já que, até agora, o museu não conta com uma área temática que abriga obras correspondentes a tais períodos.
Crítica de arquitetura: compreendendo a prática na era digital
Michael Sorkin costumava considerar a crítica como “uma profissão de serviço”, destacando a capacidade do campo de moldar a opinião pública e a direção da arquitetura em geral. A crítica de arquitetura intelectualmente expansiva não apenas avalia os méritos e deficiências de um projeto, mas revela como os edifícios estão situados em relação à história e à teoria e como eles contribuem para os dilemas econômicos, sociais e ambientais atuais. A seguir, entramos no campo da crítica de arquitetura, destacando algumas de suas figuras-chave e refletindo sobre como esse papel mudou com o surgimento das mídias digitais.
Artista Theaster Gates projetará o Serpentine Pavilion 2022
O artista americano Theaster Gates revelou sua proposta para o 21º Pavilhão Serpentine. A edição de 2022, primeira não encabeçada por um arquiteto, terá como título Black Chapel e “homenageará as tradições britânicas de produção artesanal e manufatura”. O pavilhão será aberto ao público na sexta-feira, 10 de junho, em Kensington Gardens e terá supervisão de montagem feita pelo escritório de Adjaye Associates.
Conheça os 40 projetos pré-selecionados pelo Prêmio Mies van der Rohe 2022
A Comissão Europeia e a Fundação Mies van der Rohe anunciaram as 40 obras pré-selecionadas que concorrerão ao Prêmio da União Europeia de Arquitetura Contemporânea 2022 – Prêmio Mies van der Rohe. A lista conta com projetos construídos em 18 países europeus, com Espanha, Áustria e França liderando com cinco obras cada. Os vencedores serão anunciados em abril deste e a cerimônia de premiação ocorrerá em maio.
Os melhores artigos de 2021
2021 foi o ano de uma nova realidade, com a humanidade se adaptando ao que é conhecido como o segundo ano da pandemia. Enquanto alguns países testemunharam um retorno à normalidade alternativa, abrindo-se para o mundo por meio de viagens e eventos, outros permaneceram presos, ampliando ainda mais as lacunas da desigualdade. No entanto, este ano também trouxe muita esperança em todos os aspectos, levantando dúvidas e construindo soluções para o futuro próximo. Com um grande foco na urgência climática, na pesquisa biomédica e também nas noções de hibridismo, 2021 desencadeou novos entendimentos sobre o meio ambiente que nos cerca e sobre o nosso lugar neste mundo.
Destacando tópicos contextuais, trazendo uma perspectiva local e global, enquanto lança luz sobre narrativas históricas esquecidas, a equipe diversificada de editores do ArchDaily tem estado na frente e no centro, reagindo a tudo o que está acontecendo. Sempre buscando "capacitar todos que fazem a arquitetura acontecer para criar uma melhor qualidade de vida", o conteúdo editorial, gerado em todos os sites, em nossos 4 idiomas, inglês, espanhol, português e chinês, forneceu ferramentas, inspiração e conhecimento para ampliar horizontes e ajudar nossos usuários a construir um futuro melhor.
O que é soundscape (ou paisagem sonora) e o que isso tem a ver com arquitetura?
No restaurante Four Seasons de Nova York, projeto de Philip Johnson e Mies van der Rohe no icônico Seagram Building, uma piscina retangular assumia posição de protagonismo no espaço, destacada por quatro árvores plantadas em vasos em cada um dos vértices. O leve barulho que a água emitia tornou-se consagrado. Além de dotar o salão de personalidade, cumpria a função de absorver as conversas (muitas vezes sigilosas) entre as mesas. Bem como a maneira como a luz adentra um espaço, ou como serão apreendidas as paisagens do interior, o som é mais uma característica de um ambiente, algo geralmente preterido por parte dos arquitetos. Isso vai além de dotá-lo de uma acústica eficiente, mas criar uma atmosfera sonora a um espaço. O conceito de soundscape, ou paisagens sonoras, trata sobre isso.
O que é uma torre de vento?
Antes que o ar-condicionado, movido a combustível fóssil, se tornasse amplamente disponível, as pessoas que viviam em climas adversos não tinham nada além de meios naturais para ventilar seus espaços e controlar a temperatura interna. Para isso, eles consideravam vários fatores externos, como sua localização, orientação em relação ao sol e ao vento, as condições climáticas da área e os materiais locais. Neste artigo, exploramos como civilizações antigas na Ásia Ocidental e no Norte da África utilizaram as torres de vento para se adaptar ao clima rigoroso da região, de forma a fornecer soluções de resfriamento passivo. As torres de vento ainda estão sendo usadas na arquitetura contemporânea, provando que as abordagens locais para adaptabilidade climática são fundamentais para o desenvolvimento do ambiente construído de hoje.
Instalações Unterholz e Oberholz / Christoph Hesse Architects
-
Arquitetos: Christoph Hesse Architects
- Ano: 2020
Casa Torre / Albor Arquitectos
-
Arquitetos: Albor Arquitectos
- Área: 88 m²
- Ano: 2021
-
Fabricantes: AutoDesk, Eupinca, Industria local, REVIMCA
Arquitetos convidados na Bienal de Arquitetura de Veneza 2021: conheça as exposições
Para além da contribuição de participações nacionais, a Bienal de Arquitetura de Veneza 2021 convida arquitetos e investigadores a expor os seus trabalhos entre o Pavilhão Central do Giardini, o Arsenale e o Forte Marghera, procurando responder ao tema geral “Como viveremos juntos? ”, definido pelo curador Hashim Sarkis. Com 113 participantes de 46 países e uma representação cada vez maior da África, América Latina e Ásia, essas contribuições arquitetônicas destacam desafios globais e contextuais, bem como apresentam soluções multidisciplinares e criativas.
A 17ª Exposição Internacional de Arquitetura, que ocorre de 22 de maio a 21 de novembro de 2021, divide esses projetos entre os seguintes títulos: Co-Habitats, Stations, Among Diverse Beings, As New Households, As Emerging Communities, Across Borders e As One Planet. Após ter explorado as qualidades recorrentes observadas nos pavilhões nacionais, esta reportagem destaca o restante das intervenções pelas lentes de Laurian Ghinitoiu.
A arquitetura temporária das bienais, festivais e exposições mundiais
Evento como bienais, festivais urbanos e exposições mundiais têm operado historicamente como um estimulante território de pesquisa e experimentação em arquitetura, cenários que viram nascer algumas das mais provocativas, controversas mas também inspiradoras obras de arquitetura e engenharia. A verdadeira importância das Exposições Mundiais, em particular, reside no fato de que oferecem aos arquitetos um contexto para que estes possam explorar novas ideias e tipologias em uma outra escala que diversamente, não seria possível. Nesta conjuntura, grandes feiras e exposições têm se estabelecido como uma espécie de plataforma para o intercâmbio de ideias e conhecimento. Desta forma, a arquitetura efêmera—e não apenas—tornou-se um espaço de fala para que arquitetos e urbanistas possam dar voz a novas ideias para o futuro do ambiente construído de nossas cidades.
Arquitetura efêmera: inovação, experimentação e entretenimento
Além do “turismo de experiência” e da arquitetura de entretenimento, construções efêmeras e temporárias também podem ser um terreno fértil para se testar novas ideias, soluções e tecnologias. Assumindo uma ampla variedade de diferentes tipologias e formas, desde estruturas emergenciais a instalações lúdicas, estruturas temporárias têm a capacidade de nos projetar no futuro, questionando as regras estabelecidas além de pôr à prova novas tecnologias e sistemas construtivos. Ainda assim, a arquitetura temporária muitas vezes é vista como um passo atrás em relação à sustentabilidade, por isso, a seguir discutiremos alguns dos principais valores da arquitetura efêmera seja como um veículo de experimentação de novas soluções e tecnologias seja como uma oportunidade para engajar comunidades.