No dia 08 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher, uma data lembrada há anos como um símbolo da luta pelos seus direitos. No entanto, apesar da legislação de muitos países estabelecer direitos iguais para homens e mulheres, a desigualdade de gênero e todas as suas consequências ainda são sentidas diariamente por meninas e mulheres em diferentes partes do mundo. O sistema patriarcal, enraizado em muitas sociedades ao longo dos séculos, foi responsável por uma desigualdade de poder entre os gêneros que, nos casos mais extremos, reflete-se na violência e no feminicídio.
Abrigos: O mais recente de arquitetura e notícia
Dia Internacional da Mulher: 13 projetos de arquitetura dedicados ao acolhimento, tratamento e encontro
Arquitetura e planejamento urbano podem combater as mudanças climáticas?
As mudanças climáticas têm sido um dos tópicos mais urgentes deste ano, e por um bom motivo. Seus efeitos são visíveis não apenas em habitats naturais, mas também em ambientes urbanos. A indústria da construção civil tem um papel importante nesta dinâmica. Ao longo do ano, eventos como a COP27 enfatizaram a importância dos esforços para zerar as emissões líquidas e os desafios enfrentados pelos países em desenvolvimento afetados por desastres naturais, cada vez mais devastadores. Possíveis direcionamentos rumo ao desenvolvimento incluem ações em vários estágios e escalas, desde a otimização de espaços verdes para controle de calor urbano até o uso de materiais de construção locais e inovadores para minimizar a pegada de carbono, ou a aprovação de leis que ajudam a criar ambientes urbanos e naturais mais sustentáveis.
Este artigo representa um resumo de artigos publicados no ArchDaily durante o ano de 2022 com temas relacionados às mudanças climáticas e o potencial da arquitetura para fazer a diferença. Ele divide o tópico em quatro questões principais: O que as cidades estão fazendo para mitigar o calor urbano? Como enfrentar o aumento do nível do mar? O que foi a COP27 e por que ela é importante? Os materiais de construção podem ajudar a atingir esses objetivos? A última seção apresenta um panorama das novas legislações aprovadas ao longo de 2022, como forma de entender como os governos estaduais e municipais estão impondo essa necessidade de mudança.
Zaha Hadid Architects projeta tendas que servirão como escolas, clínicas e abrigos de emergência para comunidades deslocadas
A International Organization of Migration (IOM) e a Qatar Red Crescent receberão 27 tendas projetadas por Zaha Hadid Architects (ZHA) para atender e apoiar populações deslocadas. A doação é da Fundação Education Above All (EAA), do Comitê Supremo de Entrega e Legado e de seu programa de legado humano e social, Generation Amazing Foundation. A notícia foi anunciada durante a abertura de uma tenda da ZHA-EAA dentro do FIFA Fan Festival, em Doha, e representa parte do esforço do país para garantir que a Copa do Mundo tenha um legado positivo após o encerramento do torneio.
“Nossos projetos levam a descobertas”: uma conversa com Oleg Drozdov
No início deste ano, a invasão russa à vizinha Ucrânia forçou milhões de pessoas a fugir de suas cidades e do país em busca de segurança. Conversei com um dos principais arquitetos da Ucrânia, Oleg Drozdov, que foi forçado a mudar seu escritório e a escola de arquitetura que ajudou a fundar em Kharkiv, para Lviv, mil quilômetros a oeste, próximo à fronteira polonesa. Sua equipe de arquitetos e professores retomaram seu trabalho apenas algumas semanas após o início da guerra.
Em meio às enchentes devastadoras no Paquistão, arquitetos desenvolvem métodos para controle de inundações
O volume recorde das chuvas de monções e, em partes, o derretimento das geleiras nas montanhas do norte do Paquistão, criaram condições para as enchentes devastadoras que cobriram mais de um terço da superfície do país. Segundo a BBC e a ONU, cerca de 33 milhões de paquistaneses, uma em cada sete pessoas, foram afetados pelas inundações, já que mais de 500.000 casas foram destruídas ou severamente danificadas. As águas das enchentes também varreram cerca de 700.000 cabeças de gado e danificaram 1,5 milhões de hectares de plantações. A província de Sindh é a mais atingida, recebendo 464% mais chuva do que a média de 30 anos.
Como as cidades estão se adaptando às ondas de calor diante da mudança climática
A crise climática tornou as ondas de calor mais prováveis e intensas em todo o mundo. No hemisfério norte, as temperaturas recordes estão colocando milhões de pessoas em perigo. Durante os últimos meses, ondas de calor recorrentes afetaram a Europa Central e Ocidental, causando incêndios florestais, evacuações e mortes relacionadas ao calor. Nos Estados Unidos, os líderes locais também estão pedindo cautela, enquanto cidades densamente povoadas na Ásia estão anunciando estratégias para lidar com as temperaturas extremas.
As cidades estão na linha de frente desta emergência de saúde pública. As pessoas que vivem em áreas urbanas estão entre as mais atingidas quando ocorrem ondas de calor, em parte devido às ilhas de calor urbano. Este é um fenômeno que ocorre quando as cidades substituem a cobertura natural do solo por densas concentrações de superfícies que absorvem e retêm o calor, como pavimentos e edifícios. Os níveis de risco de calor também variam por bairro, sendo os setores menos influentes e historicamente marginalizados os mais afetados devido à densidade da população, acesso limitado aos sistemas de refrigeração e disponibilidade limitada de espaços verdes urbanos.
Construindo com cogumelos: o refúgio à base de micélio em Bariloche, Argentina
E se disséssemos que os cogumelos podem ser o futuro dos materiais de construção? As possibilidades do micélio na arquitetura estão cada vez mais presentes entre nós devido à sua capacidade de ser moldado para produzir desde móveis e embalagens a painéis e tijolos isolantes, com boas características acústicas e térmicas, e até com bom comportamento contra o fogo.
Na Argentina isso já é uma realidade. Refugio Fúngico é um recente projeto experimental de pesquisa e desenvolvimento biotecnológico realizado pela SUPERPRAXIS que materializa uma instalação efêmera na cidade de San Carlos de Bariloche, gerada a partir de um biomaterial produzido a partir de resíduos orgânicos e micélio.
Antes do “colonial” havia a arquitetura do imigrante: a gênese da arquitetura norte-americana
Antes mesmo que o estilo colonial se estabelecesse nos Estados Unidos—como em muitas outras colônias do novo mundo—já haviam edifícios sendo construídos. Digamos que antes do “colonial” havia a arquitetura do imigrante. Como um exercício de sobrevivência, a arquitetura do imigrante é aquela feita com aquilo que se tem à mão, com o que se pode encontrar e com o principal objetivo de ter um teto sobre o qual protege-se dos perigos do desconhecido. Depois de um certo tempo e distanciamento, é comum romantizarmos sobre o estilo de arquitetura colonial do país em que crescemos, afinal, somos todos imigrantes não é mesmo? Edifícios simples e honestos, representativos de quem somos e de onde viemos. Estruturas simétricas e de uma sobriedade avassaladora, de pequenos acréscimos e infinitos desdobramentos. Mas acontece que a arquitetura “colonial” não necessariamente é aquela construída com ânsia pelas mãos do imigrante em busca de um teto para morar.
A dimensão política da arquitetura: ativismo e desenho
A inércia da política e da governança em um momento no qual grandes mudanças sociais estão ocorrendo em um ritmo cada vez mais rápido - sem falar na insatisfação com o processo de tomada de decisão - abre espaço para ações de baixo para cima, ativismo e esforços ousados. Diante de tantos exemplos de ativismo social, os arquitetos têm ferramentas para construir suas próprias posições? A arquitetura tem o poder de alterar o status quo?
Êxodo urbano: a transição para as habitações rurais
Cidades ao redor do mundo enfrentam um novo êxodo urbano. À medida que a pandemia do COVID-19 se espalha, as condições de vida e as crises habitacionais são ressaltadas, desde o trabalho remoto até a reconstrução das economias globais. De acordo com um artigo da Fast Company, desde o início da pandemia, quase 40% das pessoas que vivem nas cidades, já consideraram se mudar. Com a possibilidade da pandemia se prolongar por anos, cada vez mais habitantes estão considerando a mudança para áreas rurais e cidades pequenas.
Para além da habitação temporária: cinco exemplos de infraestrutura social para refugiados
Ao longo da história do planeta terra, a migração humana - seja em busca de alimento, abrigo ou melhores condições de vida - tem sido a norma e nunca a exceção. Atualmente, no entanto, estamos testemunhando um fenômeno migratório sem precedentes. Segundo números publicados pelas Nações Unidas, mais de 68,5 milhões de pessoas encontram-se bem longe de suas casas no presente momento; os números oficiais apontam para mais de 25 milhões de refugiados, dos quais, mais da metade tem menos de dezoito anos. Entre outros fatores, os conflitos que os países do chamado "primeiro mundo" levam para países como a Síria e Mianmar, estão transformando algo que está na natureza do homem - o processo migratório - em uma crise sem precedentes e um dos principais desafios do século XXI.
Projetos emergenciais geralmente são associados à catástrofes naturais como terremotos e tsunamis. Abrigos emergenciais tem sido projetados e construídos ao longo dos últimos anos com mais e mais frequência e em números cada vez maiores. Mas até hoje, por incrível que pareça, projetos de habitação emergencial que possam proporcionar mais dignidade à vida de milhões de refugiados não tem recebido apoio suficiente e muito menos, a atenção devida por parte da nossa comunidade internacional de arquitetos. Questões importantíssimas permanecem sem respostas: Como adaptar as nossas cidades para poder atender às necessidades mais urgentes criadas pelo cada vez mais intenso processo de migração? Como podemos garantir que nossas comunidades sejam capazes de absorver e integrar refugiados e migrantes em seu tecido urbano e contextos culturais, econômicos e sociais?
No dia mundial dos refugiados, queremos chamar a atenção de todos os arquitetos e arquitetas, divulgando cinco exemplos brilhantes de projetos sociais ao redor do mundo - escolas, hospitais e centros comunitários - especificamente aqueles criados para dar abrigo e uma vida mais digna para populações deslocadas e refugiados.
Kanye West constrói casas inspiradas em Star Wars para desabrigados
Kanye West nutre um declarado interesse pela arquitetura. Recentemente, o rapper divulgou a construção de casas para desabrigados inspirada na série de cinema Star Wars. A Yeezy Home, sua empresa voltada para arquitetura, está trabalhando em três protótipos pré-fabricados que fazem lembrar a estética das casas de Tatooine, terra natal de Luke e Anakin Skywalker.
Construindo o Burning Man: Os desafios arquitetônicos para criar uma cidade no deserto
Todos os anos, em agosto, uma metrópole temporária é erguida em Black Rock City, Nevada. Este é o Burning Man, um evento anual de arte e arquitetura que atrai cerca de 70.000 participantes. As pessoas que vêm para o Burning Man vêm de todos os cantos. O que é incrível é que eles se juntam para construir uma cidade efêmera que dura 7 dias. Essas pessoas assumem o papel de arquitetos e trabalhadores da construção civil e usam o deserto para construir todos os tipos de abrigos de forma rápida e sustentável. O deserto é tão remoto, e tudo construído em Black Rock City é embalado e levado para casa no final do evento, e parte da arte é queimada no local. Isso representa um desafio arquitetônico único. As pessoas que vêm para construir essas estruturas têm que planejá-las com antecedência para acomodar todos os desafios de trabalhar no deserto. O resultado é uma cidade impressionante e única, construída democraticamente, contra uma paisagem desértica, e por apenas uma semana.
Tivemos a chance de entrevistar Kim Cook no World Architecture Festival, em Berlim. Kim Cook é Diretora de Arte e Engajamento Cívico da Burning Man. Kim Cook e sua equipe têm a tarefa de aumentar o impacto das artes do Burning Man e iniciativas cívicas. Como parte de seu papel, Kim se envolve com artistas e líderes comunitários para aumentar as oportunidades de financiamento, colaboração e aprendizado.
Abrigo de neve construído somente de madeira, sem parafusos ou pregos
A uma altitude de 2.735 metros, estudantes de arquitetura da École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL) na Suíça, construíram o Bonatti Bivouac, um refúgio temporário para a geleira da A Neuve. O abrigo usa a envoltória como um objeto estrutural, retirando a necessidade de metal, parafusos ou pregos. Coordenado pelo arquiteto teórico Semper, o projeto usa as juntas para formar uma peça de arquitetura.
Cápsula habitacional oferece abrigo em situações de desastre natural
O arquiteto costarriquenho César Oreamuno projetou uma cápsula modular que acomoda as necessidades básicas de uma comunidade em uma situação de emergência ou desastre. As unidades são adaptáveis e facilmente montadas para atender a uma variedade de situações e responder a uma série de funções únicas, embora o projeto tenha como foco principal melhorar a qualidade do atendimento às necessidades básicas das vítimas da crise e incentivar o desenvolvimento da comunidade.
Geodésica adaptável de bambu vence o Buckminster Fuller Challenge 2016 para estudantes
Lançado em 2007, o Buckminster Fuller Challenge ganhou rapidamente a reputação, quando a Revista Metropolis chamou de "Maior prêmio de projetos socialmente responsáveis". Este ano, pela primeira vez, uma categoria de estudantes foi revista separadamente das propostas gerais, entretanto baseado nos mesmos critérios: abrangência, viabilidade, reprodutibilidade, responsabilidade ecológica e o quanto o projeto é verificável e antecipatório. Estudantes do Centre for Human Habitat and Alternative Technology (CHHAT) conquistaram o prêmio com suas cúpulas modulares, flexíveis, feitas de materiais naturais, locais ou reciclados.
Estudantes constroem um abrigo lúdico de madeira no centro de Tallinn, Estônia
Um grupo de estudantes do primeiro ano de arquitetura e urbanismo da Academia de Artes da Estônia projetou e construiu o READER, um abrigo baseado na ideia de distanciamento da vida cotidiana, um espaço para a pessoa se concentrar em si mesma. Os transeuntes são convidados a entrar no abrigo e "escapar dos problemas do mundo real, adentrando o mundo fictício dos livros".
Construa uma estrutura de LEGO em escala real com os blocos EverBlock
Arnon Rosan, entusiasta dos blocos LEGO, criou um modelo de bloco intertravado que permite a construção de estruturas em escala real. O "EverBlock" é um sistema modular de blocos de polipropileno que podem ser empilhados para formar peças de mobiliário, instalações ou mesmo abrigos. Segundo a Wired, os blocos são produzidos em 14 cores diferentes e três dimensões.
"Cada módulo foi projetado para se conectar facilmente com as partes acima e abaixo usando um ajuste de pressão que cria uma conexão forte entre os blocos. Devido ao sistema único de encaixes, é possível escalonar os EverBlocks para criar todos os tipos de padrão."