Muitas famílias que trabalham por longas horas gastam mais do que podem pagar em habitação e transporte, ficando com poucos recursos disponíveis para outros bens essenciais, como alimentação e cuidados com a saúde. Isso é um problema sério. Consequência, em parte, de políticas públicas que favorecem opções caras de habitação e transporte em relação a alternativas mais acessíveis.
Acessibilidade: O mais recente de arquitetura e notícia
Falta de acessibilidade é um problema, mas espraiamento urbano não é solução
Manuais de acessibilidade e desenho universal da Espanha e América Latina
Com o objetivo de difundir e facilitar o acesso ao material relacionado à acessibilidade e desenho universal, compilamos uma série de manuais que podem te ajudar a incorporar esses importantes conceitos em seu próximo projeto. Por mais que todos estejam em espanhol e se apliquem a outros contextos, sempre conseguimos aproveitar e aprender alguma coisa.
Estes documentos, publicados em formato PDF, foram desenvolvidos por instituições, empresas e outras organizações locais, e referem-se à realidade de cada país segundo suas leis e normas. A partir de semana que vem o ArchDaily Brasil começará a publicar posts com as normas NBR, para facilitar a vida dos estudantes e arquitetos.
O descaso com a acessibilidade nas cidades africanas (e o que os arquitetos podem fazer à respeito)
Este artigo foi originalmente publicado pelo Common Edge como "Africa’s Undeclared War on the Disabled."
Recentemente passei uma semana em companhia de um grupo multidisciplinar composto por pesquisadores da Europa, dos EUA e da África, em um workshop intitulado “The Practice and Politics of DIY Urbanism in Africa” (Práticas e Políticas do Urbanismo "Do It Yourself" na África). Jonathan Makuwira, professor da Malawi University of Technology, apresentou um artigo convincente sobre "Urbanismo e Acessibilidade em Malawi", destacando os inúmeros desafios que as pessoas com deficiência enfrentam durante a sua vida no continente, utilizando essa cidade como um estudo de caso.
Durante a sua conferência, reafirmei a minha percepção de que os espaços públicos urbanos acessíveis são insuficientes. Este é o tema central da proposta que apresentei em meu projeto de 2016 para a Bolsa Richard Rogers Fellowship da Harvard Graduate School of Design (GSD), onde eu me propus a desenvolver um projeto de design acessível adaptável para espaços públicos da cidade de Abuja .
5 intervenções exemplares de acessibilidade em centros históricos na Espanha
Nos dias 19 e 20 de outubro deste ano aconteceu em Cuenca (Espanha), o Congresso Internacional "Cuenca [ON], Novas formas para uma nova sociedade" no qual arquitetos como Guillermo Vázquez Consuegra, Víctor López Cotelo e o grupo n`UNDO discutiram sobre os modelos de acessibilidade aos centros históricos urbanos de nossas cidades e de sua necessidade de melhoria a partir de uma perspectiva sustentável, econômica, social e ambiental.
No evento foram apresentadas várias propostas arquitetônicas para resolver e melhorar a acessibilidade ao centro histórico de Cuenca. Em uma cidade marcada por seu contexto geográfico e topográfico, estas intervenções mostram-se mais do que essenciais e fundamentais do que nunca no sentido de contribuir com a renovação e revitalização social, cultural e econômica do conjunto urbano.
Na Espanha existem numerosas cidades que, assim como Cuenca, precisam os precisaram de uma intervenção arquitetônica para resolver problemas de conexão de seus centros históricos. A seguir, apresentamos cinco intervenções exemplares em centros históricos espanhóis que conseguem conectar e diminuir as descontinuidades urbanas existentes entre o centro urbano e seu entorno mais imediato.
Projeto de Lei quer tornar obrigatória a acessibilidade universal em moradias populares
Um recente Projeto de Lei (PL 6950/17) que está em tramitação na Câmara dos Deputados busca tornar obrigatório o cumprimento do desenho universal em todos os programas habitacionais públicos. O projeto propõe que os espaços possam ser utilizados pelo maior número possível de pessoas, inclusive crianças, idosos e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
CREA lança cartilha de acessibilidade 2017
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina lançou recentemente uma cartilha de acessibilidade em por objetivo "facilitar o entendimento dos conceitos, das regras e prazos estabelecidos no Decreto nº 5.296/04, direcionado às atividades de planejamento e construção das cidades e das edificações."
De acordo com a cartilha, "a escala humana utilizada em projetos arquitetônicos e urbanísticos a partir do 'homem padrão', não atende plenamente a diversidade humana, gerando barreiras para muitas pessoas que possuem características diversas ou extremas", assim, o CREA afirma que "mais importante do que aplicar à risca os instrumentos legais vigentes é compreender as mudanças necessárias nos procedimentos, atitudes, comportamento e na produção dos espaços das cidades, sejam eles de qualquer natureza, que deverão ser concebidos, edificados ou reformados tendo como foco as pessoas que são diferentes umas das outras."
Estatuto do pedestre é aprovado pela câmara dos vereadores de São Paulo
A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou no último dia 7 de junho o Estatuto do Pedestres, que pretende garantir a segurança e a acessibilidade do principal modo de conhecer e experienciar a cidade: a caminhada. De autoria do vereador José Police Neto, a nova lei precisa ainda ser sancionada pela prefeitura da cidade.
Entre os objetivos do Estatuto, estão o desenvolvimento de ações voltadas à melhoria da infraestrutura que dá suporte à mobilidade a pé, garantindo sua abordagem como uma rede à semelhança das demais redes de transporte; a criação de uma cultura favorável à caminhada, como modalidade de deslocamento eficiente e saudável; a melhoria das condições de mobilidade a pé da população, com conforto, segurança e modicidade, incluindo os grupos de mobilidade reduzida; e a melhoria das condições de calçadas e travessias na cidade de São Paulo.
Escada e rampa triangulares respondem a especificações de acessibilidade universal
O projeto geométrico de Lab for Planning and Architecture para a Prefeitura de Las Palmas de Gran Canaria, na Espanha, é uma resposta morfológica que acondiciona as Piscinas de Julio Navarro e Roque Díaz a permitirem uma adequada circulação de pessoas com mobilidade reduzida.
O projeto é um caminho de escadas e rampas com um desenho triangular que se integra à paisagem circundantes; os materiais e os detalhes construtivos se adaptam às diferentes necessidades e condições naturais do terreno. Conheça o projeto a seguir:
Fatores morfológicos da Vitalidade Urbana – Parte 2: Acessibilidade / Renato T. de Saboya
* Este texto é uma versão ampliada deste post no Blog Urbanidades.
Em um texto anterior, propus um conceito de vitalidade urbana e discuti a importância da densidade de usos e pessoas. Neste, dou continuidade aos fatores da forma urbana e arquitetônica que influenciam mais diretamente esse fenômeno, tratando agora da acessibilidade, ou seja, da maior ou menor facilidade com que locais e pessoas são acessados pela população. Em primeiro lugar, é importante não confundir com mobilidade, que é a facilidade de se deslocar pelo sistema. Apesar de ambos estarem intimamente relacionados, são claramente duas coisas diferentes: maior mobilidade tende a trazer maior acessibilidade, mas não necessariamente. Uma maior mobilidade para um meio de transporte pode dificultar a acessibilidade para outro, como é o caso de grandes avenidas expressas que dificultam a transposição de pedestres. Além disso, uma parte importante da acessibilidade é justamente a desnecessidade de mobilidade, isto é, a diminuição das necessidades de deslocamento. Posicionar usos complementares próximos entre si, como residência e comércio vicinal, aumenta a acessibilidade e diminui a exigência de longas viagens de automóvel, por exemplo.
O Papel das ruas compartilhadas: Como recuperar a qualidade de vida no espaço público / Guillermo Tella e Jorge Amado
Durante o século passado temos construído as ruas para os automóveis, para assegurar o seu deslocamento. No entanto, a partir de uma mudança de paradigma no uso e fruição da rua e em consonância com os recentes debates internacionais, nossas cidades têm começado a devolver os espaços públicos aos cidadãos. Trata-se, de fato, da aplicação do conceito das "Ruas compartilhadas" que apela ao projeto de espaços nos centros urbanos para melhorar sua qualidade de vida.
Site mapeia os estacionamentos para pessoas com deficiência em Lisboa
Lisboa tem 1.448 estacionamentos reservados para pessoas com deficiência, no entanto, todas estas vagas não estão sempre à vista ou próximas dos destinos destas pessoas.
Ao menos é o que se percebe entre as colinas de Lisboa. Para facilitar a localização desses estacionamentos, este website mostra o ponto exato onde as vagas se encontram e ainda informa se um estacionamento privativo ou público.
Conheça as propostas vencedoras do Concurso "Acessibilidade para Todos" do WRI Brasil Cidades Sustentáveis
O WRI Brasil Cidades Sustentáveis promoveu o Concurso Acessibilidade para Todos para estimular o transporte ativo, superando ou minimizando os problemas de acessibilidade existentes. Arquitetos e engenheiros participaram com ideias de requalificação de espaços, equipamentos e sistemas de mobilidade urbana para três áreas da cidade. As propostas deveriam apresentar soluções para o trecho com declividade acentuada na Regional Centro-Sul (Lote 1), para áreas com calçadas estreitas da Regional Noroeste (Lote 2) e para a Estação Vilarinho de integração do transporte coletivo na Regional Venda Nova (Lote 3).
As ideias foram avaliadas por uma comissão julgadora que reuniu profissionais indicados pelo WRI Brasil Cidades Sustentáveis, BHTRANS, CREA- MG, CAU-MG/IAB- MG e uma indicada pelas pessoas com deficiência. Uma peculiaridade do Concurso é que as ideias deveriam contemplar sugestões de pessoas com deficiência.
Até 2017 Lisboa perderá um de seus ícones urbanos: a calçada portuguesa
A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou recentemente o Plano de Acessibilidade Pedonal, uma iniciativa que prevê a aplicação de 100 medidas até 2017 que facilitarão a mobilidade na capital do país. Algumas destas medidas consistem na criação de mais calçadas, ciclovias e o rebaixamento de alguns passeios, no entanto, uma das estratégias tem gerado polêmica: a retirada da calçada portuguesa.
O Plano de acessibilidade agora aprovado prevê que seja retirada a calçada portuguesa da cidade de Lisboa nos “locais onde represente um perigo”, já que esta dificulta o deslocamento das pessoas mais idosas e ou com problemas de locomoção em geral.
ABNT divulga nova norma de acessibilidade em edificações
A Associação Brasileira de Norma Técnica divulgou no dia 11 deste mês a nova Norma Brasileira NBR 9050, referente à acessibilidade em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Válida a partir do dia 11 de outubro, a nova norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados no projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural em relação à acessibilidade universal.
O documento aborda, em suas mais de 160 páginas, desde critérios de sinalização em espaços públicos até parâmetros de ergonomia para mobiliário e equipamentos urbanos e intervenções em bens tombados pelo patrimônio histórico.
4 lições que os filmes da Pixar podem nos ensinar sobre arquitetura
Ao longo dos últimos 20 anos, os filmes da Pixar atraíram grandes públicos ao redor do mundo. Nas vendas de bilheteria em todo o mundo o seu primeiro filme, Toy Story (1995), alcançou a cifra de US$362 milhões, seguido por Vida de Inseto (1998) US$363 milhões, Toy Story 2 (1999) US$485 milhões, Monstros SA (2001) US$525 milhões, e Procurando Nemo (2003) a impressionante marca de US$865 milhões.[1] Faturando em alugueis de filmes e compras de DVDs, juntamente com direitos autorais para TV a cabo, parques temáticos e produtos que estampam seus personagens, a influência da Pixar em gerações de crianças e adultos em todo o mundo tem sido enorme. Em termos de impacto global, nenhum educador, autor, ou arquiteto chegou tão longe.
Enquanto o papel pioneiro da Pixar no mundo do cinema, das histórias e de animação gráfica já está bem documentado, suas conexões com a arquitetura ainda têm que ser exploradas. Um dos maiores talentos da Pixar está em sua habilidade de criar mundos arquitetônicos convincentes dentro do mundo humano que habitamos diariamente. Os mundos da Pixar podem se tornar uma nova ferramenta para incentivar o pensamento crítico sobre nosso ambiente.
4 meios da tecnologia melhorar a arquitetura para (e por) cegos
Sete anos após acordar sem visão, o arquiteto Chris Downey, de San Francisco, está ajudando a revolucionar o ambiente construído com tecnologias interativas otimizadas para deficientes visuais. Um dos arquitetos cegos de maior renome internacional, Downey compreende intrinsecamente as necessidades das pessoas com visão reduzida ou cegas. Como consultor de diversas organizações que se dedicam a melhorar a acessibilidade universal, Downey desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento e integração de novas tecnologias não invasivas projetadas para auxiliar o público com deficiência visual.
Em um artigo publicado recentemente na Dwell, Downey ilustra as várias tecnologias que estão sendo atualmente testadas e implementadas em San Francisco - uma cidade notória por seus desafios topográficos. Veja, a seguir, quatro tópicos da entrevista com Downey sobre como a tecnologia pode ajudar a preencher as lacunas entre a arquitetura e a acessibilidade universal.
ABCP lança manual para a construção de calçadas
Abordando algumas questões ligadas ao desenho dos espaços públicos das cidades, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) produziu e disponibilizou um guia prático para a construção de calçadas. Em 25 páginas são tratados temas como acessibilidade, estratégias de desenho, tipos de pavimentação e a criação de calçadas verdes através de textos, cálculos e ilustrações que explicam e exemplificam detalhadamente cada um dos tópicos.
Definindo a calçada ideal como "aquela que garante o caminhar livre, seguro e confortável de todos os cidadãos", o guia inicia com as principais características que uma calçada deve apresentar: ser acessível, ter uma largura adequada, apresentar fluidez e, evidentemente, proporcionar segurança aos pedestres.
Mobiliário urbano responsivo, por Ross Atkin
Visando tornar mais acessível o uso do espaço público, o designer e engenheiro Ross Atkin, fundador do escritório londrino Ross Atkin Associates, criou uma série de mobiliários urbanos que respondem às necessidades dos cidadãos. Desenvolvida para a companhia Marshalls, a ideia consiste em fazer com que os mobiliários de iluminação e informação se adequem às preferências e deficiências de cada cidadão.