Maria Montessori começou a desenvolver seu método no início do século XX: trata-se de uma pedagogia científica com o principal objetivo de promover uma educação que contribua positivamente ao desenvolvimento do cérebro da criança, respeitando a individualidade de cada uma delas, estimulando sua autonomia, autoestima e autoconfiança.
Apesar do método ter sido criado no século passado, é agora que a ciência começa a comprovar muitas informações deixadas por Montessori em seu legado. Cada vez mais fala-se sobre aplicá-lo na arquitetura de espaços para as crianças e muito tem-se falado sobre "quartos montessorianos" e sobre a tendência: cama casinha!
A Prefeitura de Salvador está lançando a segunda fase do programa "Eu Curto Meu Passeio", que tem o objetivo de promover a reforma das calçadas mal mantidas e que ofereçam risco à população.
https://www.archdaily.com.br/br/929898/prefeitura-de-salvador-vai-melhorar-calcadas-e-cobrar-os-donos-dos-imoveisMarcos de Souza
No livro “Order Without Design”, Alain Bertaud menciona que indicadores são importantes na gestão urbana para que a cidade tenha uma visualização em tempo real do que está acontecendo com a cidade. Um indicador interessante relacionado à acessibilidade da moradia é o chamado “Price/Income Ratio”, ou “Razão Preço/Renda”. É, basicamente, a divisão entre o preço médio de um imóvel na cidade e a renda média de um morador. Ele é um indicador bastante genérico, não levando em consideração as diferenças entre imóveis, como a sua localização, nem aborda imóveis de aluguel (ainda uma minoria no Brasil), mas dá uma noção geral sobre a acessibilidade à moradia em uma cidade.
Encaixar uma rampa pode ser um pesadelo na hora do projeto. Mas só quem já precisou subir uma rampa inclinada de cadeira de rodas ou empurrar alguém, sentiu na pele que um bom projeto faz toda a diferença nessa hora. A NBR 9050, de 2015, estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados em projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.
Acessibilidade e mobilidade são dois termos que quando analisados sob a óptica da disciplina da arquitetura, evocam dois universos opostos. De um lado, a flexibilidade das redes de transporte; a abrangência dos sistemas de circulação; e o desempenho técnico e eficiência deste conjunto de elementos. Por outro lado, acessibilidade e mobilidade também significam a capacidade de um projeto em promover uma maior variedade de narrativas socioeconômicas; sua adaptabilidade quanto a oscilações de programa e função dos edifícios; e a resiliência para manter-los úteis e produtivos entre as constantes flutuações das dinâmicas sócio-econômicas de uma cidade.
A Associação de Pesquisa e Planejamento Urbano de San Francisco (SPUR), é uma ONG que se dedica a elaborar estratégias que procuram melhorar a qualidade de vida urbana, especificamente nas cidades que conformam a região da Baía de San Francisco.
À medida que a população urbana mundial continua a crescer vertiginosamente, estima-se que até 2050 mais de um bilhão de pessoas, com algum tipo de restrição motora, estarão vivendo em áreas urbanizadas. Infelizmente, a maioria dos centros urbanos mas principalmente aqueles mais antigos - com centenas e até milhares de anos -, não estão preparados para atender a esta preocupante demanda. Existe, portanto, um desafio imediato para nós arquitetos, urbanistas e autoridades locais: abordar com a devida atenção e sensibilidade a questão da acessibilidade em centros urbanos históricos. O grande desafio é, portanto, encontrar maneiras e métodos que possibilitem um convívio saudável entre a crescente demanda por acessibilidade e a manutenção das características específicas do patrimônio histórico urbano de nossas cidades mais antigas.
https://www.archdaily.com.br/br/924339/como-cidades-antigas-se-tornam-acessiveisNiall Patrick Walsh
A temática da ausência da criança na cidade contemporânea, e a busca por soluções que permitam sua mobilidade com mais autonomia e divertimento, norteou um estudo com cerca de 130 crianças, de 7 a 12 anos, de diferentes classes sociais, moradoras do distrito da Consolação, na cidade de São Paulo. Depois de caminhar, conversar e desenhar com as crianças um percurso ideal entre a praça e a escola, foi desenvolvida uma proposta de intervenção [2], que costura os bairros de Vila Buarque e Higienópolis e pretende trazer os pequenos para brincarem em grupo, ao ar livre, todos os dias.
A Expo Dubai 2020 mostrará novos níveis de acessibilidade, garantindo que o tema seja pensado nas primeiras etapas do desenho e que a abordagem esteja ancorada no projeto e no programa. Com a ajuda da empresa britânica de consultoria Direct Access, especializada em incorporar requisitos de acessibilidade em projetos arquitetônicos, a exposição implementará soluções para problemas enfrentados regularmente.
Já sabemos que, a partir de suas diferentes possibilidades de projeto, uma rampa permite superar as barreiras físicas nas áreas urbanas e arquitetônicas.
Apesar de consistir basicamente de uma superfície contínua que vence uma diferença de altura, com um determinada inclinação, é necessário destacar uma série de especificações construtivas e, como sabemos, as normativas mínimas relativas ao desenho das rampas variam em cada local. Os seguintes esclarecimentos pretendem auxiliar e determinar as dimensões apropriadas para rampas gerais confortáveis e eficientes para todos, a partir de considerações de acessibilidade universal.
Até que ponto a inclinação de uma rampa pode variar? Como determinar sua largura e espaços de manobra? Quais considerações existem para os corrimãos? Revise alguns exemplos de cálculo e desenho para diferentes rampas, abaixo.
Deslocar-se pelas cidades é requisito básico para o acesso e o desenvolvimento da maioria das atividades humanas. São viagens diárias entre residência e trabalho, estudo, lazer, ou outros compromissos cotidianos. E nem sempre são feitas com as melhores condições de conforto, seja em transportes lotados ou congestionamentos. Mobilidade urbana é um tema muito atual e bastante debatido, desde rodas de conversas informais até seminários técnicos e científicos. É difícil encontrar alguém que não tenha uma opinião formada sobre o assunto ou alguma solução milagrosa para os problemas de sua cidade ou região. Já postamos no site diversos artigos sobre o assunto, sejam de propostas utópicas até questões relacionadas ao cotidiano da maior parte da população.
De todas as ações que uma cidade pode realizar para melhorar de forma rápida a orientação de pedestres, uma das opções mais pertinentes poderia ser o desenvolvimento de um sistema de sinalização integral - evidência implícita nos casos de Legible London,WalkNYC em Nova Iorque ou o Rio a Pé no Rio de Janeiro.
Na arquitetura, "acessibilidade" denota mais frequentemente o usuário final e o ato imperativo de desenhar os espaços, edificios e cidades de acordo com os princípios de desenho universal. Um aspecto cada vez mais central da arquitetura, o ethos da arquitetura acessível foi bem captado pelo arquiteto Ronald Mace, que questiona: “se não estamos projetando para seres humanos, para quem estamos projetando? Vamos projetar todas as coisas, o tempo todo, para todos. É para onde estamos indo."
https://www.archdaily.com.br/br/922618/agosto-no-archdaily-acessibilidadeNiall Patrick Walsh
Emmanuel sai de casa com as duas filhas às 5h todas as manhãs. Eles pegam um mini ônibus da sua casa em Awoshie, um bairro residencial de Accra, em Gana, até a região de negócios onde Emmanuel trabalha. A viagem de ida e volta geralmente custa US$0,90, o que equivale a cerca de 20% do salário médio diário em Accra, e leva bem mais de uma hora. Quando o tráfego está pesado, o custo dobra. Para economizar uma passagem de ônibus, Emmanuel às vezes coloca uma filha no colo da outra.
https://www.archdaily.com.br/br/918766/cidades-e-o-equilibrio-entre-oportunidades-e-deslocamentosThet Hein Tun, Maria Hart e Anjali Mahendra
A ignorância geral dos arquitetos sobre as necessidades e requisitos para pessoas com deficiências é preocupante. Além de cumprir as regulamentações obrigatórias (diferentes em cada país), a qualidade de vida das pessoas com diferentes capacidades depende de fatores específicos e cotidianos que vão além de um guarda-corpo ou uma rampa e são muitas vezes deixadas nas mãos de profissionais que nunca lidaram com tais questões.
This Ables, um projeto desenvolvido pela IKEA e pelas organizações sem fins lucrativos Milbat e Access Israel, fornece um excelente recurso para a criação de um design eqüitativo nos menores e mais simples detalhes. De maçanetas que podem ser abertas com um antebraço a um sofá que permite aos usuários sentar e levantar facilmente, esses 13 produtos estão disponíveis para o público em geral em ThisAbles.com. Alguns produtos podem até ser impressos em 3D de forma independente.
Veja o vídeo abaixo para mais detalhes do projeto.
Melhorar o transporte público requer um olhar atento não apenas para os veículos e as linhas, mas para como as pessoas entram e saem deles. Com frequência se vê o planejamento urbano não levar em conta todos os tipos de pessoas e como elas usam um sistema de transporte.
https://www.archdaily.com.br/br/910169/trecho-do-brt-de-belo-horizonte-mostra-a-importancia-da-acessibilidadePaula Manoela dos Santos
Novos empreendimentos residenciais no país deverão incorporar recursos de acessibilidade em todas as áreas de uso comum, já as unidades habitacionais devem ser adaptadas de acordo com a demanda do compradores. Os condomínios terão prazo de 18 meses para se adaptar às novas regras estabelecidas pelo Decreto 9.451, cujas diretrizes regulamentam a Lei Brasileira de Inclusão.
Sabendo que calçadas bem projetadas e qualificadas estimulam os deslocamentos a pé na cidade, a Prefeitura de Florianópolis lançou o programa Calçada Certa, que tem como objetivo garantir que as diretrizes legais para o desenho das calçadas sejam seguidas e orientar os cidadãos no projeto e execução dos passeios públicos.
O programa é acompanhado de um manual ilustrado que apresenta as recentes atualizações das normas ABNT NBR 9050/2015 e ABNT NBR 16537/2016, que tratam, respectivamente, da acessibilidade em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, e do projeto de sinalização tátil no piso.