A bioconstrução consiste no processo construtivo através de materiais e técnicas de baixo impacto ambiental, além da adequação da arquitetura às condições locais e tratamento de resíduos durante a ocupação do edifício. Portanto, construir com base nesses princípios não significa necessariamente utilizar materiais ditos sustentáveis, que frequentemente precisam ser transportados por longas distâncias ou passar por algum processo de pré-fabricação antes de serem empregados, mas utilizar materiais, técnicas e mão-de-obra locais, tendo como base estratégias vernaculares que levam em consideração estes fatores.
Artigos: O mais recente de arquitetura e notícia
De paredes de terra a coberturas em palha: 10 técnicas de bioconstrução
Produtos, soluções e reflexões sobre iluminação natural e artificial na arquitetura
Reunimos aqui uma lista com nossos melhores artigos, projetos e produtos que sobre iluminação natural e artificial na arquitetura.
Arquitetura do leste europeu: edifícios residenciais icônicos
Este artigo faz parte da série colaborativa “Arquitetura do Leste Europeu: 50 Edifícios que Definiram uma Era”, desenvolvida em parceria entre o The Calvert Journal e o ArchDaily. Celebrando alguns dos principais ícones da arquitetura do leste europeu, publicaremos periodicamente uma lista com cinco projetos construídos no então Bloco de Leste.
Fabricação digital na arquitetura: onde chegamos e até onde podemos chegar
Há alguns anos, a fabricação digital começava a despontar como uma das grandes novidades no cenário da arquitetura, prometendo transformar para sempre a nossa disciplina e a forma como construímos nossos edifícios. Embora esta revolução arquitetônica de facto ainda não tenha se materializado de forma definitiva, infinitas novas possibilidades parecem surgir a cada ano que passa, principalmente como resultado do trabalho árduo de pesquisadores e profissionais dedicados ao desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à prática da arquitetura e construção. Portanto, neste exato momento, parece oportuno dedicarmos um pouco do nosso tempo para mapear esse avanços, apresentando aos nossos leitores uma perspectiva mais abrangente sobre como a tecnologia está transformando efetivamente a prática da arquitetura dia após dia. Este artigo procura cobrir algumas das principais abordagens que já estão começando a gerar resultados bastante concretos, transformando os processos de projeto e construção e contribuindo definitivamente para a redefinição do potencial da arquitetura, recontextualizando da nossa disciplina na era da informação.
5 Organizações que usam a arquitetura como resposta a emergências
A arquitetura pode ser uma ferramenta de transformação social, e a crença nesta afirmação é o que motiva o trabalho de muitas ONGs dedicadas à construção de moradias em comunidades carentes, promovendo a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico além de proporcionar uma maior resiliência destas pessoas e comunidades. Essas organizações costumam operar em duas grandes fretes: assistência em situações emergenciais e estratégias de desenvolvimento sócio-econômico – sendo que muitas delas procuram atuar em ambas frentes. Neste artigo procuramos elencar algumas das principais fundações que têm se dedicado à arquitetura de emergência ao longo dos últimos anos, destacando seu papel em recentes crises humanitárias assim como de que maneira podemos colaborar para fortalecer estas rede de assistência humanitária em tempos de crise.
Quem veio antes, o projeto ou a construção? Uma jornada pela história das representações
No sentido mais fundamental, podemos dizer que a arquitetura nasce – em sua forma mais elementar – da inerente busca humana por abrigo. A cabana como abrigo construído pelo homem, em sua forma mais primitiva, já existia há muito tempo quando Marc-Antonie Laugier à descreveu em 1755. Laugier teorizou uma alegoria de um homem na natureza e sua necessidade de abrigo, um requisito básico para proteger-se do sol e da chuva. Os troncos de madeira, verticalmente dispostos no terreno, aludem ao papel desempenhado pelas colunas, enquanto os elementos horizontais colocados sobre elas nos fazem pensar na função de uma viga, os galhos, por sua vez, cumprem a função de cobertura inclinada de uma típica “cabana” moderna. Embora o homem tenha vagado pela superfície da Terra por milhares e milhares de anos, por que apenas em meados do século XVIII fomos capazes de teorizar a respeito da gênese da mais elementar das criações humanas?
Nossa cobertura completa sobre o coronavírus, a arquitetura e as cidades
Em meio a uma pandemia que já atingiu 184 países e contagiou mais de um milhão pessoas ao redor do mundo, buscamos cobrir todos os temas que relacionem o cononavírus com a arquitetura e o espaço - e maneiras de tornar o distanciamento social menos penoso.
Arquitetura proativa como estratégia para mitigar as mudanças climáticas
Até o recente surto da pandemia de COVID-19, a crise climática talvez fosse o problema fundamental que os projetos da nossa era do Antropoceno enfrentavam. A ameaça das mudanças climáticas nos forçou, como arquitetos, a reavaliar como realizamos projetos em todas as escalas. Acabamentos internos ecologicamente corretos, arranha-céus com energia zero e estratégias para impedir que o aumento do nível do mar empurre os residentes das cidades costeiras para o interior são apenas algumas das soluções inovadoras que surgiram da crescente urgência de mitigar os efeitos do clima sobre o nosso mundo.
Casas brasileiras: 9 residências com divisórias leves
Uma das formas de separar ambientes é por meio do uso de divisórias leves, que podem ser fixas ou móveis. Além de estabelecerem determinados limites entre os cômodos, estas divisórias possuem menores espessuras quando comparadas às tradicionais paredes de alvenaria e até mesmo de drywall, o que permite um melhor aproveitamento do espaço e maior flexibilidade nas suas configurações.
Distanciamento social em comunidade: o que o co-living está nos ensinando em tempos de pandemia
Muitos de nós já vivemos, ou estamos vivendo atualmente, em algum tipo de moradia comunitária compartilhada. Seja por uma necessidade, durante a faculdade e os primeiros anos depois de formado, ou por uma escolha, em uma comunidade de amigos ou aposentados, compartilhar o espaço da vida cotidiana está se tornando cada dia mais comum, a ponto de se transformar em um mercado muito explorado e porque não, lucrativo. As empresas especializadas em co-living, incluindo a WeLive, a Common, e a Ollie, têm explorado as vantagens da chamada economia compartilhada, oferecendo soluções de moradia acessíveis, e promovendo a diversidade sociais em determinados contextos. Enquanto continuamos a lutar contra o avanço da disseminação da pandemia da COVID-19, procurando nos adaptar as novas regras de distanciamento social, as pessoas que vivem em casas e apartamentos compartilhados passaram a explorar diferentes possibilidades impulsionadas por este estilo de vida, descobrindo novas formas de viver em comunidade, ao mesmo tempo que, procuram minimizar os riscos de contágio. De fato, o que se percebe é que estas comunidades podem estar ainda melhor preparadas para lidar com uma pandemia ao mesmo tempo que proporcionam uma sensação de normalidade, algo tão distante daquelas pessoas que, antes mesmo do início da pandemia, já viviam em uma espécie de isolamento domiciliar.
O modernismo visto pelas das lentes da Playboy
Arquitetos da era moderna são personagens que ainda hoje despertam as mais diversas fantasias através de seus projetos e (controversas) histórias de vida. Tomemos como exemplo a paixão que Le Corbusier nutria pela arquiteta Eileen Gray e a sua relação com o projeto da Casa E.1027, a qual ela havia projetado para seu amante, Jean Badovici, então amigo pessoal de Corbu. Sabe-se que o famoso arquiteto franco-suíço, procurando desesperadamente chamar a atenção de Gray, decidiu entrar na casa sem sem convidado, e começou a pintar grandes murais coloridos em uma das paredes brancas da sala. Além disso, sabemos que Corbusier foi um dos piores críticos da obra de Gray, desdenhando publicamente das suas qualidades como projetista, ao mesmo tempo que, contraditoriamente, à elogiava em em suas cartas de amor nunca respondidas. Algo parecido aconteceu na vida de Adolf Loos. Depois de um encontro casual em Paris com a estrela em acensão de apenas 19 anos, Josephine Baker, ele decidiu simplesmente projetar uma casa para ela. Obviamente, o projeto nunca saiu do papel.
O fascínio destes dois personagens por mulheres alheias são um resumo da história de um das mais famigeradas publicações periódicas do mundo, a revista Playboy. Entretanto, para além do seu conteúdo explicito, desde seus primórdios os editores da revista se esforçaram para promover um estilo de vida pontuado pelo design moderno, celebrando algumas das mais importantes figuras (masculinas) no mundo do design americano. Em um esforço para promover a revista como uma publicação moderna e de vanguarda, os editores entrevistavam com frequência alguns dos mitos da arquitetura americana, como Mies van der Rohe, Buckminster Fuller e Eero Saarinen, aproximando tais figuras de um público, que apesar de devoto a harmonia das formas, era totalmente iletrado em arquitetura.
Inteligência artificial e gestão urbana: 7 aplicações práticas
O uso da inteligência artificial (AI) se embasa na ideia de otimizar, dinamizar e ampliar o alcance das mais diversas operações. Seus sistemas são programados para identificar padrões e, com isso, tornarem-se aptos à realizar previsões e ações com velocidade e acurácia. A eficiência dos modelos depende da quantidade e qualidade dos dados, que podem ser obtidos por aplicativos, câmeras, sensores etc. No âmbito urbano, a tecnologia baseada no uso da inteligência artificial tem sido vista como forma de aperfeiçoar o gerenciamento destes territórios, sobretudo daqueles mais densos e de maior extensão.
Resgatando o passado: que futuro podem ter os gasômetros desativados?
Considerados marcos paisagísticos por suas imponentes dimensões, os gasômetros surgiram no contexto da Revolução Industrial e estiveram presentes em muitas cidades ao redor do mundo, acompanhando seu processo de urbanização. Com as mudanças na geração e distribuição de gás na segunda metade do século XX e surgimento de novas tecnologias, os gasômetros foram gradualmente desativados. Embora muitos tenham sido condenados à demolição nos últimos anos, muitos também ainda permanecem no tecido urbano e são testemunhas de um passado industrial. Seu potencial para intervenções arquitetônicas, artísticas e paisagísticas nos leva a questionar quais seriam as possibilidades para seu futuro.
15 Apartamentos compactos e equipados para o período de quarentena
Em períodos de pandemias, como a que enfrentamos agora com o COVID-19, a quarentena é uma medida fundamental para conter os riscos à população e não sobrecarregar o sistema de saúde. Nestes momentos de reclusão, são comuns a revisão de hábitos e os questionamentos sobre o modelo de vida que levamos. Como arquitetos, um dos desafios da profissão é projetar locais que satisfaçam as necessidades básicas comuns a todos, mas também as especificidades de cada indivíduo, de forma que as residências deem conta de abarcar o necessário para a vida cotidiana durante tempo indeterminado.