O escritório NEXT architects organizou a segunda Bienal de Arquitetura para Bicicletas como uma mostra de edifícios que transformam as cidades através do ciclismo. Realizada em Amsterdã, a BAB mostra o trabalho de arquitetos de todo o mundo e explora o desenho urbano por meio de projetos sociais, econômicos e ambientais. Ela foi concebida pela BYCS como uma forma de inspirar as pessoas a imaginar novas possibilidades para cidades centradas no ser humano.
Bicicletas: O mais recente de arquitetura e notícia
Bienal de Arquitetura para Bicicletas explora como o ciclismo ajudará a definir as cidades do futuro
Guia de projeto para paraciclos e bicicletários
Estudos mostram que o investimento público em redes cicloviárias integradas e seguras promove transformações urbanas, proporcionando mais humanidade, saúde e qualidade de vida na cidade. Enquanto cidades na Holanda e nos países nórdicos já incorporaram as bicicletas no cotidiano, com uma parcela significativa da população utilizando o meio de transporte para os deslocamentos diários, grande parte do mundo ainda vem buscando um modelo para diminuir os congestionamentos e aumentar seu uso. Segundo o ITDP (Institute for Transportation and Development Policy), investir no transporte não motorizado permite a redução dos congestionamentos, melhora a qualidade do ar, a saúde física e mental dos moradores, e ainda o comércio local e a visibilidade das marcas, uma vez que ciclistas tendem a prestar mais atenção ao comércio local e ocupam menos espaço do que os automóveis.
Mas junto às ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, é imprescindível proporcionar locais adequados para que as bicicletas possam ser estacionadas nos finais dos percursos. Enquanto os bicicletários são espaços fechados, geralmente com algum tipo de vigilância e infraestrutura adicional, os paraciclos são as estruturas que permitem apoiar e trancar a bicicleta de forma segura. Eles podem se integrar no mobiliário urbano de uma cidade, junto a bancos, placas, luminárias e totens informativos.
Primeira ciclovia pré-fabricada de plástico reciclado é inaugurada
Quando se trata de sustentabilidade a Holanda está sempre inovando. A mais recente novidade vem de Zwolle, cidade que já ganhou várias vezes o título de mais verde. Por lá, está sendo testado um trecho de ciclovia construída com resíduos pós-consumo que seriam descartados ou incinerados.
Para desenvolver o material, foram usadas garrafas de plástico velhas, copos de cerveja de festivais, embalagens de cosméticos e móveis de plástico. Ainda em fase piloto, a ciclovia possui 70% de plástico reciclado em seus 30 metros de comprimento, embora a ideia seja futuramente criar uma ciclovia feita inteiramente de plástico reciclado.
Morar perto de praças e ciclovias pode influenciar na prática da caminhada no tempo de lazer?
O acesso a espaços livres públicos é importante para aumentar a prática de atividade física durante o lazer em países de alta renda, como mostram estudos, mas ainda há poucas evidências em países de renda média. Mais do que isso, em países como Brasil e Colômbia, por exemplo, a prática de atividade física no tempo de lazer ainda é menor do que em países de alta renda, como Estados Unidos, situação que não mudou nos últimos anos.
O que é planejamento cicloinclusivo?
A bicicleta é um meio de transporte presente há décadas em cidades brasileiras, principalmente pela capacidade de dar acesso, a baixíssimo custo, ao trabalho, equipamentos públicos, serviços e lazer. Com dificuldade para arcar com o custo da tarifa do transportes públicos das grandes cidades, uma parcela da população sempre usou a bicicleta para os deslocamentos cotidianos. Mais recentemente, o aumento constante de níveis de congestionamentos, ruídos urbanos e poluentes levou também outro segmento da sociedade a adotar a bicicleta diariamente, buscando para além da qualidade de vida mostrar às pessoas como uma cidade pode ser melhor e mais sustentável através da bicicleta. Isso tem gerado um efeito surpreendente para o debate público, que está cada vez mais abordando a importância de tornar nossas cidades mais cicloinclusivas.
Adaptado para o português do termo em inglês bike friendly, o termo cicloinclusivo se refere à promoção do uso da bicicleta de forma integrada ao sistema de mobilidade urbana de uma cidade. O planejamento cicloinclusivo é muito mais do que construir ciclovias: trata-se de transformar a cidade em um lugar seguro e confortável para todos, com pertencimento, cidadania e interações entre as pessoas nos espaços públicos.
Oslo lança plano para subsidiar a compra de bicicletas elétricas
O esforço da capital norueguesa em busca de uma alta qualidade atmosférica originou iniciativas focadas no fomento da mobilidade sustentável, dentre as quais o plano que visa proibir a circulação de automóveis no centro da cidade, previsto para entrar em vigor em 2019.
Com esta mudança no trânsito, a ideia é contribuir com a redução das emissões de poluentes em 50% até 2020, com base nas emissões da cidade em 1990.
China inaugura a maior ciclovia elevada do mundo
Em fevereiro, a cidade de Xiamen inaugurou a primeira ciclovia elevada da China, que, com seus 8 quilômetros de extensão, se tornou a maior ciclovia elevada do mundo.
A construção da infraestrutura foi impulsionada pelo Governo Municipal de Xiamen com o objetivo de oferecer aos habitantes novas alternativas de deslocamento que não congestionem as ruas nem poluam o ar.
Nova Iorque planeja instalar lasers nas bicicletas para aumentar a segurança dos ciclistas
Em maio de 2013, Nova Iorque lançou seu primeiro sistema de bicicletas públicas, o Citi Bike.
Nestes quase quatro anos de funcionamento, já são quase 37 milhões de percursos realizados netas bicicletas, que inicialmente totalizavam 6 mil divididas em pouco mais de 300 estações e que hoje contabilizam 10 mil em 600 estações que cobrem 55 bairros da cidade.
A mais recente inovação foi anunciada há poucas semanas e busca aumentar a segurança dos ciclistas, sendo parte do plano estratégico "Vision Zero", que tem como meta reduzir a zero o número de fatalidades no trânsito.
Canadá terá caminho de 24 mil quilômetros livre de automóveis
Em todo o mundo existem vários projetos de infraestrutura cicloviária que buscam melhorar a qualidade dos trajetos em duas rodas.
Estas iniciativas estão sendo desenvolvidas em diferentes escalas. Por exemplo, em Munique estão avaliando a possibilidade de conectar a região metropolitana com 24 rotas cicloviárias, na Coreia do Sul, duas cidades se conectam através de uma ciclovia de 32 quilômetros coberta com teto solar, e na Europa há o projeto EuroVelo que até 2020 conectará 43 países.
Polônia inaugura calçada e ciclovia que brilham à noite
A primeira cidade a instalar uma ciclovia solar que brilha à noite foi Neunen, nos Países Baixos, onde viveu o artista Vincent van Gogh. Por este mesmo fato a ciclovia foi inspirada em uma das obras mais famosas do pintor, o quadro A Noite Estrelada.
Agora foi a vez de Lidzbark Warminski, uma cidade no norte da Polônia, que acaba de inaugurar uma ciclovia que faz uso da mesma tecnologia, porém, localizada na zona rural.
3 ideias para criar cidades para pessoas, segundo Gehl Architects
Orientar o desenho das cidades para as pessoas é uma diretriz que vem cada vez mais norteando o desenvolvimento das cidades. Assim, planejadores e autoridades vêm retomando a escala humana e colocando os pedestres em primeiro plano, em detrimento dos automóveis.
Exemplo disso são os projetos realizados em espaços que antes eram dominados por automóveis e que agora estão abertos para pedestres e ciclistas, entre os quais se destacam a pedestrianização da Times Square e a demolição de rodovias.
Como o cruzamento cicloviário mais movimentado do mundo pode ajudar a aumentar a segurança dos ciclistas
É provável que muitos leitores tenham ficado impressionados com este GIF que mostra a hora de pico em Copenhague. Mas, conseguem imaginar quantos ciclistas passam por ali?
Segundo dados da Copenhagenize, diariamente transitam por lá aproximadamente 42.600 ciclistas, ou seja, 86% do fluxo nesse cruzamento, que recebe o nome de Søtorvet devido a um edifício homônimo ali localizado, é composto por ciclistas.
Estes números fazem deste o cruzamento cicloviário mais movimentado do mundo e, consequentemente, um dos mais seguros. Saiba o motivo a seguir.
No Pedal para o Trabalho: ação incentiva a mobilidade corporativa em São Paulo
O que um prédio com 5 mil funcionários pode fazer pela mobilidade urbana de São Paulo? Saiba que ele ou qualquer outro de menor ou maior tamanho pode dar início a uma transformação no trânsito do principal centro financeiro da América do Sul. Pensando nisso, o WRI Brasil Cidades Sustentáveis organizou a ação No Pedal para o Trabalho, em parceria com a CBRE e o Eldorado Business Tower, local onde ocorreu o evento.
Transformar a rotina e os hábitos de uma população pode começar com ações simples. Incentivar as pessoas a escolhas mais sustentáveis no dia a dia ajuda a tornar qualquer cidade mais sustentável. A mobilidade urbana pode ser um dos principais vetores de mudanças nos grandes centros urbanos. Pensar em alternativas mais eficientes para a maneira com que as pessoas se locomovem diariamente precisa ser uma preocupação dos próprios locais de trabalho, um conceito chamado de mobilidade corporativa.
A estratégia de Amsterdã para se adequar ao aumento do uso de bicicletas
Em qualquer parte do mundo, Amsterdã é sinônimo de bicicletas. Esta rápida associação é explicada pelo crescimento de 40% no uso desse modal em pouco mais de 20 anos; além disso, diariamente, 58% de seus habitantes pedalam mais de 2 milhões de quilômetros, o que faz dela uma das cidades mais preparadas do mundo para o uso da bicicleta como meio de transporte urbano, segundo o Ranking Copenhaguenize 2015.
Barcelona inaugura sua primeira "superquadra" voltada para pedestres e ciclistas
Em 2011, os meios de transporte mais usados de Barcelona eram o transporte público (39,9%) e as caminhadas (31,9%). Logo atrás vinha o automóvel particular (26,7%) e, por último, a bicicleta (1,5%).
Como predominavam os meios de transporte sustentáveis, a Prefeitura de Barcelona quis potencializá-los com um novo plano de mobilidade urbana para o período de 2013 a 2018. O objetivo é que, ao final desse ciclo, as caminhadas aumentem aproximadamente 10%, as bicicletas 67% e o transporte público 10%. Em relação ao automóvel particular, a meta e diminuir o uso em 21%.
Belo Horizonte recebe primeira estação de reparo autônomo de bicicletas
Desde o último domingo, 28 de agosto, os ciclistas que passam pelo cruzamento entre as avenidas Brasil e Carandaí, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, têm à disposição uma estação de reparo autônomo de bicicletas. No local, estão disponíveis ferramentas - chave Allen, chave de boca ajustável e saca corrente - e uma bomba de ar.
O objetivo é ajudar os ciclistas a se deslocarem com segurança pela cidade, com a estação servindo como alternativa para os casos em que a bicicleta precise de ajustes mecânicos. O equipamento foi o primeiro a ser instalado na capital e é uma iniciativa da BH em Ciclo, com patrocínio do Itaú e apoio, para instalação, da Prefeitura de Belo Horizonte e da BHTrans.
Amsterdã elege a primeira "Prefeita da Bicicleta" do mundo
"Há mais bicicletas que pessoas" e "é difícil encontrar uma vaga de bicicleta desocupada", são frases comuns ao descrever Amsterdã, que em 2013 e 2015 foi eleita a cidade mais adequada para o ciclismo urbano pelo site Copenhagenize.
Este reconhecimento se torna ainda mais evidente ao observar que 32% da população usa a bicicleta como meio de transporte diário e que para atender a demanda de infraestrutura, o município desenvolveu um plano que criará 40 mil novas vagas de estacionamento para bicicletas até 2030.
As 6 metas de mobilidade urbana de Copenhague para 2025
O incentivo de Copenhague para fazer da bicicleta um de seus principais meios de transporte e o consequente apoio através do desenho urbano e medidas que favorecem a mobilidade sustentável, transformaram a cidade na capital mundial do ciclismo urbano.
Em mais de uma ocasião a cidade se destacou entre as mais amigáveis do mundo em relação ao ciclismo urbano, como por exemplo no Ranking Copenhagenize de 2015 e 2013 e em uma pesquisa realizada pela Mother Nature Network.