Como arquiteto, não importa o quanto apoio você tenha, você sempre sente que está lutando sozinho. – Zhang Ke
O recente ponto de virada experimentado pela economia chinesa será possivelmente abordado em estudos futuros como sinal de uma nova era no país. A menor taxa de crescimento em 25 anos já causou profundos ecos no campo da arquitetura. Como um dos três participantes chineses na exposição central na Bienal de Veneza 2016, "Reporting from the Front", nessa entrevista o arquiteto Zhang Ke discute sua visão sobre a linha de frente da arquitetura na China, refletindo sobre as responsabilidades sociais dos arquitetos e sua visão sobre a arquitetura chinesa no futuro.
Enquanto arquitetos, podemos assumir um papel realmente ativo nos problemas urgentes da sociedade? Malkit Shoshan, arquiteta curadora do pavilhão da Holanda na próxima Bienal de Veneza, defende que sim. E sua trajetória assim o evidencia. Em defesa da incorporação de um quarto 'D' nos critérios da ONU (Defesa, Diplomacia e Desenvolvimento) em suas missões de paz (capacetes azuis), Shoshan tem sido capaz de fazer sentar na mesma mesa engenheiros militares e os responsáveis por políticas públicas da Holanda para analisar o impacto urbano consequentes das missões de paz ao redor do mundo.
Shoshan focou na missão conjunta da Holanda e da ONU em Gao (Mali), que em 2012 foi declarada capital do Estado Independente de Azawad - uma nação não reconhecida pelas autoridades internacionais - depois da rebelião dos tuaregues de 2012 no país africano. "Estas missões de paz ocupam grandes extensões de terra em centenas de cidades ao redor do mundo, mas é um fato pouco discutido por nossa própria profissão", reflete Soshan.
Durante sua recente visita a Mali, conversamos com a curadora do pavilhão holandês sobre a declaração de princípios por parte da Holanda na próxima Bienal de Veneza: o impacto dos drones militares nos espaços públicos e o porque, segundo ela, de existir uma estreita relação entre a arquitetura, políticas públicas e ideologia. "Com o desenho, podemos dispor dos recursos das missões de paz nas comunidades que estão cansadas dos conflitos militarizados, os grandes períodos de seca, fome e doenças", afirma.
A República das Seicheles fará sua primeira aparição na Bienal de Veneza com uma exposição intitulada Between Two Waters, Searching for Expression in the Seychelles. Com curadoria de Andrés F. Ramírez e exibindo trabalhos do escritório ADD.locus, a exposição será localizada de frente para o Grand Canal e "transportará os visitantes para o arquipélago composto por 115 ilhas - a nação menos populosa da África", explorando a identidade deste país e, ao mesmo tempo, investigando a arquitetura da vida cotidiana nestas ilhas paradisíacas.
Mais importante evento de arquitetura do mundo, aBienal de Veneza abre oficialmente suas portas ao público no próximo sábado, 28 de maio. Norteada pelo tema "Reporting from the Front", o evento tem como diretor o arquiteto chileno Alejandro Aravena -- sócio-fundador do do tankELEMENTAL --, mais recente laureado do Prêmio Pritzker de Arquitetura. O tema da 15ª Bienal busca fomentar a discussão e a reflexão em torno do papel dos arquitetos na batalha cotidiana por melhorar as condições de vida dos mais variados contextos políticos, geográficos, sociais e econômicos.
Um grupo de arquitetos, um escritórios de arquitetura de interiores e um fotógrafo de arquitetura, em conjunto, apresentarão a contribuição belga à Bienal de Veneza 2016. Architecten de Vylder Vinck Taillieu, interdoorzon interieurarchitecten e Filip Dujardin - auto-intitulados como o Equipe Bravoure (Bravura) - irão explorar "o que o artesanato pode significar em um período de escassez econômica", como, de acordo com a equipe curatorial, "lidar com as demandas de escassez com um elevado nível de precisão ".
Estreia no próximo dia 28 de maio, no canal SIC Notícias, a série Vizinhos, um conjunto de documentários dedicados ao trabalho desenvolvido pelo arquitecto Álvaro Siza em quatro conjuntos habitacionais. Os documentários resultam de um trabalho de acompanhamento das viagens do arquiteto português que, há 30 anos, foi convidado para projetar quatro conjuntos habitacionais em quatro cidades da Europa: Porto, Haia, Berlim e Veneza.
Estas viagens foram acompanhadas pela SIC e Expresso e resultam em quatro documentários realizados no Bairro da Bouça, Porto, em Schilderswijk, Haia, na Giudecca, Veneza, e no Bonjour Tristesse, Berlim.
O concurso 015 - Brasil em Veneza, promovido pela Projetar.org, propôs aos estudantes que projetassem um novo pavilhão brasileiro para a Bienal de Veneza. A proposta deveria ser símbolo nacional de fácil reconhecimento, tanto por estrangeiros quanto por brasileiros, em um dos mais importantes eventos internacionais de arquitetura e arte. O concurso contou com 110 projetos entregues de equipes compostas de participantes de diversos estados brasileiros.
Com curadoria de Juan Román e José Luis Uribe,a representação do Chile na Bienal de Veneza 2016 será a mostra A Contracorriente, que exibirá 15 projetos de estudantes que têm como objetivo transformar a vida cotidiana das pessoas que vivem em regiões rurais do país.
A Contracorriente exibe o trabalho de uma nova geração de arquitetos que conceberam, financiaram, projetaram e construíram pequenos projetos de arquitetura para obterem seus diplomas. Projetos que foram construídos com muitos poucos meios, utilizando os recursos excedentes dos processos agrícolas e materiais locais disponíveis em contextos rurais.
https://www.archdaily.com.br/br/787195/a-contracorriente-pavilhao-do-chile-na-bienal-de-veneza-2016ArchDaily Team
A Global Art Affairs (GAA) Foundation, em colaboração com o PLANE-SITE, produziu uma série de entrevistas com arquitetos mundialmente famosos que estará disponível ao público na exposição TIME SPACE EXISTENCE, que acontecerá na Bienal de Arquitetura de Veneza 2016. A prestigiada lista de arquitetos inclui Peter Eisenman, Denise Scott Brown, Curtis W. Fentress, Meinhard von Gerkan, Dirk Hebel, Frei Otto e Wong Mun Summ e Richard Hassell do WOHA.
O Conselho Administrativo da Bienal de Veneza, sob a recomendação de Alejandro Aravena, divulgou os nomes dos jurados da próxima Bienal de Veneza, que concederá o Leão de Ouro pela Melhor Participação Nacional, o Leão de Ouro pela Melhor Participação na Exposição Internacional Reporting From the Front, e o Leão de Prata para o Jovem Participante Promissor na Exposição Internacional Reporting From the Front. Eles também terão a oportunidade de premiar com menção especial mais uma participação nacional e dois participantes da exposição internacional.
O terceiro Pavihão do Kuwait na Bienal de Veneza 2016, intitulado "Between East and West: A Gulf" [Entre Leste e Oeste: Um Golfo], se voltará para as fronteiras passadas do Kuwait e para a disputada hidrografia do Golfo Persa/Árabe, a fim de propor um novo masterplan para a região. Com curadoria de Hamed Bukhamseen, do Kuwait, e Ali Karimi, de Bahrain, o pavilhão irá, numa área dividida física, religiosa e politicamente, "contar a história das ilhas do Golfo e as possibilidades para um projeto territorial unificado".
Vinte cartões postais retratando Detroit foram selecionados para a “My Detroit,” parte da The Architectural Imagination, exposição do Pavilhão dos Estados Unidos na Bienal de Veneza de 2016. Escolhidos entre 463 inscrições pela curadora Cynthia Davidson e pelo sociologista Camilo José Vergara, os vinte cartões vencedores - elaborados por 18 pessoas - foram selecionados como uma série, por ajudar a contar a história de Detroit hoje. Dez dos 18 vencedores residem na região de Detroit.
"Taking Care, Projetando para o bem comum" é o tema que a Itália selecionou para seu pavilhão na Bienal de Veneza em 2016, examinando a arquitetura como um serviço que se preocupa com as pessoas, os espaços,os princípios e os recursos. A exposição apresentará 20 projetos de estudos de arquitetura italiana que abrangem uma vasta gama de problemas; da saúde à habitação, educação e cultura. A curadoria da exposição será organizada pela equipe TAMassociati, composto por Massimo Lepore, Raul Pantaleo e Simone Sfriso.
Assista, nos links a seguir, a um dos arquitetos mais influentes da arquitetura brasileira e latino-americana discorrendo sobre arquitetura, espaço, ser humano e outros tópicos.
Em dezembro de 2015, Jean Pierre Crousse foi selecionado -- juntamente com Sandra Barclay -- curador do Pavilhão do Peru na próxima Bienal de Arquitetura de Veneza, assumindo o desafio de compartilhar com o resto do mundo as experiências arquitetônicas que estão se ocupando das problemáticas urbanas e sociais mais urgentes em seu país.
Na exposição internacional, que acontecerá entre os dias 28 de maio e 27 de novembro deste ano, a dupla de curadores apresentará em detalhe o Plan Selva, um projeto de escolas modulares que se torna relevante por ser a primeira vez em 50 anos que o espaço confia à arquitetura um papel importante na mudança das condições sociais do país.
No Peru, a amazônia sempre foi nossa fronteira geográfica, física e mental. O habitante peruano médio, que é ocidental, viu a amazônia a partir de um ponto de vista domesticador, como um território a ser conquistado. O que estamos tentando mostrar é que esta fronteira está mudando. (...) Estas escolas estão criando os primeiros espaços onde este encontro de dois mundo poderá ocorrer.
Nesta entrevista, Jean Pierre Crousse nos conta como os arquitetos peruanos estão paulatinamente ampliando seu âmbito de ação para assumir estes desafios, além de mostrar detalhes exclusivos do pavilhão que representará o Peru na próxima Bienal de Veneza.
Para saber como será a exposição peruana, veja a galeria de imagens a seguir.
O Conselho de Diretores daLa Biennale di Venezia, mediante recomendação de Alejandro Aravena, anunciou o arquiteto brasileiro, Prêmio Pritzker, Paulo Mendes da Rocha como o vencedor do Leão de Ouro por sua trajetória na 15ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza - Reporting From the Front. Citando a "eternidade" de seu trabalho, "tanto física quanto estilisticamente" como "o atributo mais marcante de sua arquitetura", o conselho também afirmou que "esta consistência surpreendente pode ser consequência de sua integridade ideológica e gênio estrutural."
A contribuição russa na Bienal de Veneza de 2016 será "um relato de como a V.D.N.H. (a 'Exposição das Realizações Econômicas Nacionais') — um complexo único, tanto em relação à escala, quanto à arquitetura — está sendo transformado em um espaço multifuncional educacional e cultural, acessível a todos. Intitulada V.D.N.H. Urban Phenomenon, a mostra examinará o significado global do parque, "dado que o mundo inteiro se preocupa com a questão de como desenvolver o potencial intelectual da sociedade e como criar mecanismos efetivos para uma assimilação cultural". Após a Bienal, a exposição será permanentemente relocada para a V.D.N.H. em Moscou.