Fazendo referência à Alejandro Aravena, a mostra do Pavilhão da Espanha para a Bienal de Veneza 2016 pretende refletir sobre as arquiteturas inacabadas com o objetivo de descobrir virtudes que possam se transformar em estratégias de desenho. Com o título "Unfinished", a participação espanhola pretende mostrar especulações criativas sobre a subversão da condição passada numa ação contemporânea positiva.
Há poucas semanas se reuniram em Madrid Iñaqui Carnicero e Carlos Quintáns, comissários do Pavilhão Espanhol para a Bienal de Veneza 2016, junto a Santiago de Molina Rodríguez, Jacobo García Germán e Ángel Martínez García-Posada, membros do Comitê Científico do Pavilhão, para avaliar um total de 108 trabalhos recebidos como parte da convocação ao Concurso internacional de ideias UNFINISHED: Pavilhão da Espanha na Bienal de Veneza 2016.
https://www.archdaily.com.br/br/786414/unfinished-ganhadores-do-concurso-de-propostas-para-o-pavilhao-espanhol-na-bienal-de-veneza-de-2016Pola Mora
Idealizada por Gabriel Joaquim dos Santos após um sonho que teve em 1912, a Casa da Flor é uma obra única do esforço e determinação do ser humano. Construída a partir de restos de construções, cacos de vidro, pedaços de cerâmica e todo o tipo de material encontrado no caminho, a casa levou nada menos que 62 anos para ser concluída -- fruto do trabalho árduo de um só homem que, seguindo um desejo quase onírico, ergueu uma obra que é hoje patrimônio cultural do estado do Rio de Janeiro e está em processo de tombamento pelo Iphan.
A casa, aberta ao público e gerida pelo Instituto Cultural Casa da Flor, fará parte da mostra brasileira JUNTOS na Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano. Segundo Washington Fajardo, curador da participação do Brasil, incorporar a casa à exposição é "falar da necessidade espiritual por arquitetura, da arquitetura vagarosa. É um contraponto àquela feita de maneira industrial, para resolver nossos problemas".
A Escócia, país pertencente ao Reino Unido, apresentará um projeto intitulado Prospect North na próxima Bienal de Veneza. Curada em uma parceria entre o governo escocês, a Architecture and Design Scotland, a Creative Scotland e o British Council Scotland, a instalação será projetada por Lateral North, Dualchas Architects e Soluis. Como divulgado no Architects' Journal, a apresentação pretende analisar "a relação da Escócia com seus vizinhos do norte", focando "nas pessoas e lugares, [e] observando como as comunidades que ocupam desde as Ilhas de Orkney, no norte, até a faixa central da Escócia estão fazendo uso de ações populares".
Com 15 projetos elaborados por arquitetos e grupos locais de arquitetura, a Venezuela apresentou Forças Urbanas, sua participação na próxima Bienal de Veneza 2016. A amostra exibirá "a transformação pela qual têm passado os espaços populares do país", explicou Isis Ochoa, Ministra para as Comunas e Movimentos Sociais, em uma recente conferência de imprensa no Museu Nacional de Arquitetura (Caracas).
"Vamos participar com 15 projetos desenvolvidos por diversos grupos de arquitetos que envolvem mais de 400 profissionais, jovens talentos da arquitetura, do design e das artes urbanas", explica Ochoa.
Após o anúncio de que uma piscina - um dos maiores símbolos culturais da Austrália - fará parte da exposição australiana na Bienal de Veneza de 2016, mais informações foram reveladas sobre o que será apresentado.
De acordo com os organizadores, "oito líderes culturais importantes de diversas áreas foram selecionados para compartilhar suas próprias histórias, fazendo uso do elemento piscina como plataforma para explorar a relação entre a arquitetura e a identidade cultural australiana". São eles: os nadadores olímpicos Ian Thorpe e Shane Gould, o ecologista Tim Flannery, os estilistas Romance Was Born, os escritores Christos Tsiolkas e Anna Funder, o curador de arte indígena Hetti Perkins e o músico Paul Kelly.
A Bienal de Arquitetura de Veneza é a exposição internacional de arquitetura de maior relevância a nível mundial, onde se juntam os nomes mais proeminantes e relevantes da área. Para a edição deste ano, a GAAF - Global Art Affairs Foundation - convidou o português Ricardo Oliveira Alves para contribuir com a área de fotografia de arquitetura, que pela primeira vez é englobada na exposição.
A Bienal de Veneza acaba de divulgar uma lista com 19 eventos paralelos que acontecerão simultaneamente à 15ª Exposição Internacional de Arquitetura -- Reporting from the Front -- que tem curadoria de Alejandro Aravena e é presidida por Paolo Baratta. A inauguração do evento principal acontecerá nos dias 26 e 27 de maio e o publico poderá visitar a exposição a partir de 28 de maio até 27 de novembro deste ano.
Os eventos paralelos, cada um selecionado por Aravena e promovido por alguma organização sem fins lucrativos, acontecerão por toda a cidade de Veneza e, nas palavras de Paolo Baratta, "[eles] contribuem, juntamente com um grande número de países participantes que não têm um pavilhão no Giardini ou no Arsenale, para difundir a 15ª Exposição Internacional de Arquitetura ao transformá-la em um fenômeno urbano que envolve todos os cantos da cidade."
Veja a lista completa dos eventos paralelos que acontecerão nesta edição da Bienal de Veneza:
Em resposta à proposição de Alejandro Aravena, diretor da 15ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza - Reporting from the front, o curador escolhido pela Fundação Bienal de São PauloWashington Fajardo apresentará a mostra “JUNTOS”. O projeto para o Pavilhão do Brasil busca evidenciar histórias de pessoas que lutam e alcançam mudanças na passividade institucional das grandes cidades do País, conquistando arquitetura em processos lentos cujo vagar não é problema, mas um apontamento de soluções ao esfacelamento político do planejamento do território. De acordo com o curador, “a mostra é uma composição dessas trajetórias e parcerias, do processo do encontro do ativista, do lutador, com o arquiteto e com a arquitetura, tornando-se imanados pela elaboração do novo espaço”.
O Pavilhão Báltico da Bienal de Veneza de 2016, representando a Estônia, Letônia e Lituânia, explorará os "esforços transformativos em andamento" que estão atualmente "reprogramando uma região inerte além das delimitações dos Estados-nação separados". Isso "pretende explorar o entorno edificado dos Estados Bálticos como um espaço compartilhado de ideias". Localizado no Palasport Arsenale Giobatta Gianquinto, projetado por Enrichetto Capuzzo, um pavilhão desportivo de arquitetura brutalista, situado perto do Arsenale, a exposição será também acompanhada por uma série de eventos correlatos que será apresentada através de um corte transversal do espaço Báltico, desdobrando-se com uma "estratégia não-linear".
O escritório Níall McLaughlin Architects, com sede no Reino Unido e na Irlanda, foi selecionado para representar a Irlanda na Bienal de Veneza de 2016. O escritório, que fez parte de uma lista exclusiva para o prêmio RIBA Stirling Prize deste ano, trabalhará em conjunto com Yeoryia Manolopoulo, um arquiteto acadêmico de Londres. A proposta "contempla seus interesses em trabalhar como arquitetos para entender e melhorar a qualidade de vida daqueles que sofrem de Alzheimer, [analisando] a experiência espacial de pessoas com Alzheimer tendo em vista que a experiência destes possivelmente não se assemelha a nenhuma outra representação arquitetônica convencional".
Após um concurso público e uma avaliação de duas etapas, Mehmet Kütükçüoğlu, Ertuğ Uçar, e Feride Çiçekoğlu com o auxílio de Namık Erkal e Cemal Emden, foram selecionados como co-curadores do Pavilhão Turco na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2016, dirigida pelo arquiteto chileno Alejandro Aravena sob o tema "Reporting from the Front". Comissionado pela Fundação de Cultura e Artes de Istanbul (İKSV), o título do projeto - 'Darzanà' - reflete sobre os importantes "portos gêmeos do Mediterrâneo": Istambul e Veneza.
Em 2000, em um julgamento realizado em Londres, David Irving, britânico notório por negar o Holocausto, processou, por calúnia, uma historiadora americana e seu artigo. Ele afirmou que o Holocausto na verdade não aconteceu -- teria sido o planejado e sistemático assassinato de seis milhões de judeus europeus uma farsa? A luta pelo valor de evidências arquitetônicas se torna relevante. Em última instância, análises forenses de plantas e remanescentes arquitetônicos de Auschwitz se tornaram crucial na derrota de Irving naquela que continua sendo a mais decisiva vitória contra a negação do Holocausto.
A Escola de Pesquisa Curatorial é um ambicioso e desafiador projeto promovido desde 2004 e concebido como uma escola comprometida em experimentos e pensamentos interdisciplinares. O objetivo principal é difundir o conhecimento no campo de artes visuais e apresentar aos estudantes os profissionais relacionados ao mundo da arte, focando em teoria e prática contemporânea curatorial e museologia contemporânea. As atividades da Escola são voltadas para todos os interessados e apaixonados por arte, estudantes universitários e profissionais que almejam aprofundar seus conhecimentos e aprimorar suas habilidades práticas. O corpo docente da Escola é formado por professores, acadêmicos, historiadores e críticos de arte italianos e internacionais de experiência renomada.
Ontem, pela primeira vez na história da Bienal, a conferência de imprensa aconteceu no Hemisfério Sul do planeta. De sua cidade natal, Santiago, Alejandro Aravena, na companhia do presidente da Bienal e do presidente do Chile, compartilhou mais detalhes sobre a próxima mostra de arquitetura em um evento no palácio presidencial La Moneda.
O júri do concurso para o Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2016, composto por Bernardo Martín, Emilio Nissivocia e Patricia Bentancur, selecionou recentemente como proposta vencedora o projeto REBOOT . "A proposta incorpora o desafio que significa ampliar os limites do pensamento", explicaram os jurados sobre sua decisão.
A proposta que representará o Uruguai na Bienal de Veneza é liderada por Marcelo Danza, curador responsável juntamente com Antar Kuri, Borja Fermoselle Allué, José de los Santos, Diego Cataldo, Facundo Romero, Mateo Vidal e Marcelo Staricco. Miguel Fascioli assumirá o posto de comissário do projeto.
A organização Detroit Resists divulgou um comunicado questionando a ambição da exposição “The Architectural Imagination”, organizada pelo Pavilhão dos EUA na Bienal de Veneza 2016. A exposição consiste em doze equipes de arquitetos e designers que apresentarão novos projetos especulativos que podem ser aplicados a vários terrenos de Detroit, mas também outras cidades do mundo. Embora a mostra busque compreender o contexto político, social, econômico e ambiental de Detroit para que o "poder da arquitetura" possa estar a serviço da comunidade, a declaração de Detroit Resists afirma que no passado, este "poder da arquitetura" foi indiferente ao contexto político.
"Este poder da arquitetura tem estado manifestamente aparente em recrutamentos da arquitetura contra comunidades indígenas, pobres, marginalizadas ou precárias ao redor do mundo, frequentemente com o nome de 'empreendimento' ou 'modernização', na segunda metade do século XX", diz o comunicado.