Conhecida por seu sistema de transporte coletivo, Curitiba dá um interessante passo em direção à mobilidade ativa. Desde semana passada, a capital paranaense colocou em teste um tipo de pavimentação que gera energia elétrica a partir das vibrações geradas na ciclovia.
Implementada sobre a ponte do Rio Belém, próximo ao Palácio 29 de Março, no centro cívico da cidade, o piso capta a vibração transmitida pelas bicicletas e pedestres e a converte em energia suficiente para iluminar a pista com sinais ao longo do trajeto.
A medida parte do princípio que não faz sentido algum continuar aplicando as mesmas condições para dois tipos de veículos tão diferentes.
A prefeita Valérie Plante promete melhorias no ciclismo da cidade. E suas ideias estão de total acordo com a Conselheira Marianne Giguère, que é responsável pelo desenvolvimento sustentável e transporte. Para Marianne, de acordo com as atuais leis, a mensagem aos que pedalam é que eles precisam ser tão cautelosos com a bike quanto os que dirigem o carro “mesmo que você [ciclista] seja muito menos perigoso”.
A primeira fase daquela que se tornará a maior garagem de bicicletas do mundo foi inaugurada ao público em Utretch, Países Baixos. Atualmente com 6.000 vagas, ao final de 2018 terá espaço suficiente para abrigar 12.500 bicicletas - superando a atual estação de metrô de Kasai, em Tóquio, que detém o record de 9.400 vagas. Quando concluída, na garagem e seus arredores poderão estacionar 22 mil bicicletas.
Passei quatro dias gloriosos em Copenhague recentemente e deixei-a com um agudo caso de inveja urbana. (Eu ficava pensando: é como... uma Portland, exceto que é melhor.) Por que não podemos fazer cidades assim no resto do mundo EUA? Essa é a pergunta que um nerd urbano como eu faz ao passear pelas famosas ruas amigáveis para os pedestres, enquanto hordas de ciclistas tremendamente loiros e magros passam.
Copenhague é uma das cidades mais civilizadas do planeta. A "mais habitável" do mundo, muitas vezes batizada, com alguma justificativa. (Embora um parente dinamarquês me tenha cautelado, "Gaste algumas semanas aqui em janeiro antes de fazer essa afirmação".) Mas a civilidade aparentemente sem esforço, o incrível nível de bondade de Copenhague, não é um acidente do lugar ou uma casualidade. É o produto de uma crença compartilhada que transcende o desenho urbano, embora a cidade seja um verdadeiro laboratório para praticamente todas as melhores práticas no campo.
A Prefeitura de Madri anunciou a reconversão de uma das principais artérias da capital espanhola em um espaço viário mais adequado aos pedestres, com uma ciclovia de duas mãos, vegetação e calçadas mais amplas. O projeto ainda está sendo redigido e buscará potencializar as relações entre as pessoas, facilitando os deslocamentos em bicicleta e contribuindo, assim, para melhorar as condições de vida da cidade.
Projetos pequenos, mas com grande alcance. Está e uma das vertentes exploradas pela Prefeitura de Madri e que toma forma em iniciativas como esta: a Gran Vía será uma via mais humana, restringindo o acesso de veículos motorizados e facilitando os deslocamentos de bicicleta. Com esta medida, a Prefeitura aprofunda sua intenção de humanizar Madri, uma cidade claramente dominada pelo automóvel.
Não é segredo que Copenhague continua investindo maciçamente em infraestruturas para o ciclismo como nenhuma outra cidade do planeta. A rede já é abrangente e eficaz, mas a cidade continua acrescentado ligações importantes, especialmente sobre o porto e os canais. Uma das adições mais recentes é a Ponte Inderhavnsbroen, que abarca o Porto de Copenhague em um ponto chave, estratégico e icônico. Ela conecta o centro da cidade com o bairro Christianshavn e os bairros do sul. Ela é uma da série de 17 novas pontes ou passagens subterrâneas para o tráfego em bicicleta que foram adicionadas à rede de transporte da cidade nos últimos anos.
A Ponte Inderhavnsbroen teve problemas em sua construção e estava extremamente atrasada, tendo sido inaugurada apenas em julho de 2016. Deixe-me ser claro: estou muito feliz que temos uma nova e moderna conexão sobre o porto para acomodar especialmente o tráfego de bicicletas e pedestres. Eu estou impressionado com o fato de que o número de ciclistas que a cruzam diariamente excede toda a quantidade projetada. A cidade estimou que entre 3.000-7.000 ciclistas usariam a ponte mas os números mais recentes são de 16.000. É um enorme sucesso. Mas às vezes você está tão apegado aos detalhes que não vê o todo. Desculpe, mas Inderhavnsbro é uma estúpida, estúpida ponte.
A capital portuguesa lançou mais uma iniciativa em favor dos que defendem uma muito necessária mudança do paradigma da mobilidade em Lisboa, assunto que tem ocupado o topo da agenda da mídia e da política na cidade. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) prepara-se para anunciar, em breve, o avanço para a criação de uma rede cicloviária com cerca de 90 quilômetros de extensão, a qual deverá ser concretizada ao longo de 2016 e 2017. A intervenção não implica, porém, a construção das tradicionais ciclovias.
Maior evento sobre mobilidade em bicicletas do mundo, a conferência Velo City Globalacontecerá no Rio de Janeiro em 2018. Esta será a primeira vez que o evento será realizado na América do Sul.
Organizado pela Federação Européia de Ciclismo (ECF – European Cycling Federation) o congresso tornou-se global a partir de 2010 e acontece a cada dois anos em cidades que promovem o uso da bicicleta. São cerca de 4 dias em que técnicos e políticos da administração, empresários e membros da sociedade civil vindos do mundo todo reunem-se para discutir soluções para promover a cultura ciclística e as pedaladas como meio de transporte.
O Louisiana Channel visitou recentemente uma das cidades mais abertas ao ciclismo urbano para conhecer o novo "marco arquitetônico de Copenhague", o projeto "The Bicycle Snake", do escritório Dissing+Weitling Architecture. "Surpreendentemente delgada" e ostentando uma única pista de cor alaranjada, a Bicycle Snake é uma ponte de 230 metros de comprimento dedicada exclusivamente aos ciclistas. A passarela busca "não ser mais do que realmente é" - diferentemente de muitos outros ícones arquitetônicos -, conectando os ciclistas a duas importantes regiões da cidade por um caminho que se eleva sete metros acima do solo.
Duplicar a quantidade de ciclovias na cidade, estabelecer uma rede expressa, criar um fundo econômico de auxílio para a compra de uma bicicleta e construir 10 mil novas vagas de estacionamento para bicicletas são algumas das medidas do Plano de Bicicletas 2015-2010 apresentado recentemente pela Prefeitura de Paris e que pretende transformar a cidade na "capital mundial do ciclismo".
Embora hoje em dia esse "título" seja atribuído àquelas cidades em que mais da metade dos habitantes se desloca de bicicleta, como Amsterdã e Copenhague, um dos objetivos do plano parisiense é que a quantidade de pessoas que usam diariamente a bicicleta passe de 5% para 15% da população até 2020.
Estamos hoje enfrentando mudanças ambientais maiores que nunca. Enquanto arquitetos, planejadores urbanos, políticos e pensadores discutem o futuro de nossas cidades, cada vez mais pessoas se conscientizam de seu próprio impacto e uso do espaço. Genre de vie é uma documentário sobre bicicletas, cidades e conscientização cidadã que mergulha na questão do ciclismo urbano e em como ele contribui com a habitabilidade das cidades.
Com curadoria de Jorn Konijn, a mostra “Pedalá e Cá” discute a mobilidade urbana com base na experiência holandesa do uso da bicicleta, com um painel com textos e imagens sobre essa tradição do país.
Uma popular ciclovia em Amsterdã que conecta os subúrbios de Krommenie e Wormerveer, foi implementada com painéis solares, tornando-se a primeira no mundo a abordar o tema da eficiência energética. 70 metros da pista, que serve diariamente a mais de dois mil ciclistas, receberam células de silício instaladas no próprio concreto e cobertas por uma camada translúcida de vidro temperado. Há planos de estender as células para outros 100 metros da ciclovia em 2016, gerando energia o suficiente para três casas. Mais informações aqui.
Até o momento a Ponte de Öresund, uma das maiores da Europa com mais de 7.800 metros de extensão, que conecta Copenhague (Dinamarca) e Malmö (Suécia), permite, em seus dois níveis, apenas o tráfego de carros, caminhões e trens em dois níveis.
Recentemente, entretanto, a Dinamarca propôs um plano de conexão via bicicletas entre estas duas cidades, reconhecidas entre as mais bem preparadas para o ciclismo urbano segundo o Ranking Copenhagenize 2013. A ideia consiste em criar uma “estrada” ou ciclovia sobre a ponte que une os dois países, ampliando consideravelmente suas infraestruturas cicloviárias e conformando uma região metropolitana internacional que engloba quatro milhões de habitantes.
A ponte de Brooklyn é uma das mais emblemáticas infra-estruturas do século XIX em Nova Iorque, conectando o Brooklyn a Manhattan passando sobre o East River. Quando foi inaugurada, em 1883, era a maior ponte suspensa do mundo, com 1.800 metros de comprimento.
Além dos benefícios ao meio ambiente e à saúde que o ciclismo proporciona, as cidades que se abriram para esta tendência estão se provando lucrativas, fato vem atraindo o interesse de muitos investidores americanos. As ruas que proporcionam segurança e conforto para os ciclistas urbanos não apenas aumentam a visibilidade e atratividade do mercado imobiliário, elas também reduzem a necessidade de desperdiçar dinheiro (e espaço) com grandes estacionamentos. Além disso, como salientou Michael Andersen, do jornal The Guardian, ciclistas são os "consumidores perfeitos: do tipo que sempre volta." Saiba mais por que o ciclismo é bom para os negócios aqui.
Escrito no Future Cape Town, este artigo de Julia Tahyne - originalmente intitulado The Skycycle: A Plan for the People? (The Skycycle: Um plano para as pessoas?) - analisa a proposta do escritório Foster + Partners para construir uma ciclovia elevada acima de Londres, explicando porque ela não passa de um sonho otimista.
As manchetes em Londres do último mês de novembro foram sombrias. Seis ciclistas mortos em menos de quinze dias. Quase todos mortos em acidentes envolvendo caminhões, ônibus ou carros. As pessoas estavam compreensivelmente preocupadas. De 5.000 km de distância, minha mãe me enviou um colete fluorescente e outro conjunto de luzes para a bicicleta, e eu, como uma ciclista habitual, evitei as rotatórias e notei que os carros pareciam estar andando mais devagar e os outros ciclistas pensando duas vezes antes de desrespeitar as leis de trânsito.
Em resposta às mortes, tanto o setor público quanto o privado anunciaram um "estado de emergência do ciclismo". Os policiais patrulhavam as ruas para multar os veículos que estivessem trafegando em condições perigosas e os ciclistas que desobedeciam as leis. Milhares de cidadãos reuniram-se para uma vigília à luz de velas na rotatória onde as vidas dos três ciclistas foram interrompidas. Outros milhares protestaram em frente a sede de Transportes de Londres, onde os participantes deitaram sobre a rua usando suas bicicletas para bloquear o tráfego. Colunas de jornal, artigos de revista e blogs examinavam e re-examinavam a segurança das ciclovias em Londres. As Cycle Superhighways do Prefeito Boris Johnson (pintadas de azul, as faixas supostamente reforçavam a segurança das ciclovias de Londres) tornaram-se um tema particularmente controverso da discussão, já que três das seis mortes durante essas duas semanas (e das 14 até agora em 2013) ocorreram nesses caminhos ou perto deles.
Foi a partir das discussões sobre ciclismo e segurança que o Skycycle surgiu.
Há poucas tendências recentes no urbanismo que receberam tanto apoio como o ciclismo: muitos o consideram a melhor forma das cidades reduzirem congestionamentos e poluição, tornar os centros urbanos mais densos e vibrantes, e aumentar a atividades e, portanto, a saúde dos cidadãos. Assim, não é surpresa que um grande número de propostas tenha surgido em todo o mundo, promovendo o ciclismo como um meio atraente de se deslocar.
Contudo, parece que recentemente muitas propostas que incorporam o ciclismo estão "passando por terrenos acidentados". Saiba mais a seguir.