Em maio de 2017, o escritório chileno ELEMENTAL foi selecionado para projetar o Art Mill, um centro cultural anunciado como um dos maiores do Qatar, que será construído em um terreno adjacente ao Museu de Arte Islâmica de I.M. Pei e ao Museu Nacional do Qatar de Jean Nouvel.
Após uma viajem a Doha, Alejandro Aravena conversou com o jornal chileno El Mercurio e compartilhou detalhes sobre o projeto. "Uma das coisas que propusemos é que o projeto permanecerá por mil anos", explica o Pritzker 2016. "Quando vemos instalações industriais, especialmente os silos, as ruínas arqueológicas levantam algumas questões", acrescenta.
No centro do Parque Cultural de Valparaíso (Chile), um novo jogo infantil urbano capturou a atenção e a energia de crianças de todas as idades nas últimas duas semanas: é uma estrutura metálica de 40 metros de comprimento que contém um caminho ondulado colorido onde crianças correm, pulam, se escondem e deslizam.
Após a concepção de dispositivos similares implantados no perímetro do Parque Bicentenário da Infância (2012) em Santiago, La Serpentina é uma das duas intervenções com as quais a Somos Choapa participa da Bienal. O segundo é um modelo interposto com uma série de telas de toque implantadas no recinto principal do Parque Cultural de Valparaíso, representando mais de 100 iniciativas concretas do projeto.
Boa localização, crescimento harmônico no tempo, preocupação pelo desenho urbano e o fato de entregar uma estrutura que permita "semear o DNA de uma habitação de classe média", são os pontos chave do ABC da habitação incremental, desenvolvido pelos arquitetos chilenos do ELEMENTAL. Em suas palavras, trata-se de "assegurar um equilíbrio entre densidade e baixa altura -sem superlotação- com a possibilidade de expansão (da habitação social à casa de classe média)".
Seguindo essa linha de ação, o escritório liberou os desenhos técnicos de 4 dos projetos realizados sob esses princípios, para que sirvam como bons exemplos de projeto, já implementados e testados na realidade. No entanto, apesar de colocá-los à disposição para sua livre consulta e download, os arquitetos enfatizam que esses desenhos devem ser ajustados para cumprir com as normativas e os códigos de obra de cada realidade local, utilizando materiais construtivos pertinentes.
No fim de 2013, uma jovem família contatou o escritório mexicano ARKRAFT Studio para realizar um projeto muito pontual: ampliar a metade expansível de sua residência. Pouco mais de três anos depois, o projeto se concretizou e o esforço deu resultados: o desenho buscou a continuidade espacial e potencializou a percepção de amplitude dentro da estrutura predeterminada pelo projeto original do ELEMENTAL.
O escritório ELEMENTAL, liderado pelo Pritzker, Alejandro Aravena, foi escolhido como vencedor do concurso para o projeto Art Mill em Doha, no Catar. Superando outros sete finalistas internacionais, entre os quais o Atelier Bow-Wow e o Renzo Piano Building Workshop, o escritório chileno foi elogiado pelo júri por desenvolver "uma arte serena, na qual a estrutura é a arquitetura." Assim que for concluído, o projeto conectará outros dois importantes equipamentos culturais: o Museu de Arte Islâmica, projetado por I.M. Pei, e o Museu Nacional do Catar de Jean Nouvel.
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Na semana passada aconteceu em Quito, Equador, a Terceira Conferência sobre Habitação e Desenvolvimento Sustentável, Habitat III. Durante quatro dias, la conferência reuniu à delegações de mais de 142 países que tinham como objetivo aprovar uma Nova Agenda Urbana que foi apresentada no encerramento da cúpula na quinta-feira passada, dia 20 de outubro (saiba mais detalhes aqui).
Além disso, o evento contou com 36.000 participantes e diversos eventos que reuniram profissionais renomados de áreas relacionadas com o desenvolvimento urbano. Um deles foi o ciclo de Urban Talks, que teve como palestrante inaugural ao arquiteto chileno, vencedor do Prêmio Pritzker 2016, Alejandro Aravena.
Na arquitetura, talvez a mudança mais marcante do século XX foi o repensamento radical do fornecimento de habitação que trouxe, movido por uma explosão populacional e pela devastação de duas guerras mundiais. Claro, a revalorização do desenho e construção de habitação do Modernismo foi uma parte desta trajetória, mas mesmo o Modernismo foi sustentado por um processo tradicional, que precisava de clientes, projetistas e empreiteiros. Entre estratégias mais radicais estão um pequeno número de empreendimentos alternativos, como as casas encomendadas pelo correio nos EUA e os projetos de casas DIY (sigla para Do It Yourself, algo como faça você mesmo) de Walter Segal no Reino Unido. Estas iniciativas procuram virar o processo tradicional de construção de cabeça para baixo, capacitando as pessoas a construírem suas próprias casas, proporcionando materiais e projetos o mais barato possível.
No século XXI, o espírito destes movimentos marginais está vivo e passa bem, mas os parâmetros mudaram um pouco: com o aumento do individualismo, e novas tecnologias provocando o "movimento do criador," o foco mudou de dar às pessoas os materiais para construir um projeto fixo para melhorar o acesso à propriedade intelectual, permitindo que mais pessoas aproveitem destes projetos baratos e efetivos. A década passada presenciou uma série de iniciativas destinadas a difundir projetos de arquitetura open source (código aberto) - continue a seguir para saber mais sobre cinco deles.
Como fundador do "do tank" Elemental, o arquiteto chileno Alejandro Aravena (nascido no dia 22 de junho de 1967) talvez seja o arquiteto mais socialmente engajado a receber o Prêmio Pritzker recentemente. Distanciando-se de uma abordagem puramente estética, Aravena explica: "não achamos que somos artistas. Arquitetos gostam de construir coisas que são únicas. Mas se algo é único, ele não pode ser replicado, então, em termos de servir muitas pessoas em muitos lugares, o valor é próximo a zero."[1] Para Aravena, o principal objetivo do arquiteto é melhorar o modo de vida das pessoas ao abordar tanto as necessidades sociais e desejos humanos, como as questões políticas, econômicas e ambientais.
Há uma enorme intensidade de informações, conhecimentos e ideias na Bienal de Arquitetura em Veneza este ano, intitulada Reporting From the Front. Com todos os editores executivos e editores-chefe do ArchDaily Inglês, Espanhol e Português reunidos em Veneza para a abertura - além do co-fundador David Basulto e do editor James Taylor-Foster, curadores do Pavilhão Nórdico -selecionamos este ano doze das nossas exposições favoritas que devem ser visitadas.
https://www.archdaily.com.br/br/789128/12-coisas-que-voce-precisa-de-ver-na-bienal-de-veneza-2016AD Editorial Team
Através do trabalho do seu escritório Elemental, Aravena é conhecido por seu interesse no desenho participativo de moradia incremental: um modo de trabalhar que está ligado às limitações de orçamento e que se converte em pedra angular do trabalho do estúdio Elemental. O lema - que foca naquilo que é difícil de conseguir, que não se pode fazer de forma individual e que garante o bem estar comum no futuro - tem como resultado a 'metade de uma casa'. Apresentado pela primeira vez há mais de uma década, o modelo consiste em um espaço expansível de 40 metros quadrados, que conta com a infraestrutura básica incorporada (divisões, estrutura e paredes contra-incêndio, banheiros, cozinha, escadas, coberturas) a qual se pode adicionar recintos ao longo do tempo. Não se trata somente de um caso exitoso a partir de um ponto de vista conceitual e de gestão de projetos, mas também têm como resultado um projeto estético aberto e diverso. A partir desta única ideia, pode-se originar mais de 100 variações.
O ArchDaily Brasil tem o prazer de compartilhar, com a permissão da Hyatt Foundation e do Prêmio Pritzker de Arquitetura, a transcrição do discurso de aceite de Alejandro Aravena, realizado no dia 4 de abril durante a cerimônia do Prêmio Pritzker 2016, que ocorreu na Sede das Nações Unidas em Nova Iorque.
A instituição Qatar Museums anunciou uma lista de oito finalistas que irão para a terceira e última fase da Art Mill International Design Competition em Doha. Em um terreno que se estende pelo Mar Árabe, que só foi ocupado recentemente pelo Qatar Flour Mills, o Art Mill integrará uma galeria e uma espaço para exposições com instalações para educação, eventos, conservação, manuseio de arte e pesquisa. Unindo o Museum of Islamic Art, projetado por I.M. Pei, com o National Museum of Qatar, projetado por Jean Nouvel e ainda em construção, segundo a organização do concurso, o "Art Mill estenderá e intensificará o bairro cultural que está sendo desenvolvido em Doha”.
O ganhador do Premio Pritzker 2016, Alejandro Aravena, anunciou que seu escritório ELEMENTAL disponibilizará os desenhos de quatro de seus projetos de habitação social para uso público. Durante o debate Challenges Ahead for the Built Environment, que aconteceu ontem à noite, Aravena destacou a necessidade de trabalhar coletivamente para abordar os desafios que vêm junto com os rápidos processo migratórios que estão acontecendo em diversas partes do mundo - uma mensagem muito próxima do tema da Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano, cuja direção está a cargo de Aravena. Assim, arquivos .dwg de quatro projetos habitacionais - que oferecem os elementos básicos de uma casa de baixo custo e incentivam os moradores a expandirem seus lares - estarão agora disponíveis para arquitetos de todo o mundo
Ler sobre o trabalho de Alejandro Aravena pode às vezes parecer duas discussões distintas: uma sobre suas inovações na habitação social, amplamente elogiadas, e outra sobre seus impressionantes (embora mais convencionais no âmbito de aplicação) edifícios para as universidades e municípios. Neste post originalmente compartilhado em sua página no Facebook, Hashim Sarkis, reitor da MIT School of Architecture and Planning, conecta aparentemente os dois segmentos distintos da arquitetura de Aravena, descobrindo as crenças subjacentes que orientam o vencedor do Prêmio Pritzker deste ano.
Grande parte do trabalho de Alejandro Aravena, projetado individualmente ou no grupo ELEMENTAL, incorpora um momento eureka, um momento em que, após um interrogatório cuidadoso do programa com o cliente, o arquiteto surge com uma resposta contra-intuitiva, porém simples, para o problema. (Para o centro de informática da Universidade Católica, os laboratórios tinham que ser simultaneamente escuros e bem iluminados. Para a habitação social em Iquique, em vez de uma boa casa inteira que você não pode pagar, você recebe a metade de uma boa casa). Por sua vez, essas equações são incorporadas em edifícios que adquirem normalmente formas tão simples. Os clientes e ocupantes repetem o "aha" com mesmo tom e realização de Aravena. "Se eu não posso, de forma convincente, transmitir a ideia do projeto por telefone, já sei que é uma má ideia", ele disse.
Pela primeira vez o Prêmio Pritzker de Arquitetura foi concedido a um arquiteto chileno. Um país de 17,4 milhões de habitantes que há vários anos vem se destacando pela qualidade do trabalho de seus arquitetos. Como apontava há alguns meses um artigo do Los Angeles Times, a arquitetura chilena começou a exercer uma ampla influência em outros arquitetos ao redor do mundo através de uma série de obras pontuais, apresentando um uso impecável dos materiais e uma sensibilidade notável para com o entorno.
Alejandro Aravena é o primeiro arquiteto chileno a receber um Prêmio Pritzker. Elogiado por reviver o engajamento social na Arquitetura, o diretor executivo do ELEMENTAL provou a capacidade do arquiteto em resolver assuntos globais através de um portfólio diversificado. Veja os 15 projetos que exemplificam a contribuição de Aravena ao campo arquitetônico.
Todos que viviam no Chile em 2010 e presenciaram o terremoto e posterior tsunami (conhecido como 27F) têm uma estória para contar. Cada vez que se este assunto é mencionado em uma conversa, é inevitável a pergunta: "onde você estava naquela hora?"
Oriana Pinochet Villagra e sua família estavam em Constitución, uma cidade na costa chilena onde o rio Maule finalmente deságua no Oceano Pacífico. Uma cidade cuja economia depende da madeira, rodeada de colinas verdes e voltada para o mar e para o rio, parece, à primeira vista, estar numa cota inferior ao curso fluvial.
Há poucos céticos que questionariam a importância de reforçar a sustentabilidade na arquitetura. O elevado valor social através de melhores condições de vida, o valor físico em um ambiente mais saudável e menos poluído, o valor monetário a longo prazo por meio de redução dos custos operacionais e de manutenção e o valor ético através da justiça para com as gerações futuras são evidentes.
Mas, apesar deste acordo, a inércia das autoridades em finanças e política que estão preocupadas com os ciclos de curto prazo diminuiu o ritmo da mudança e distraiu os arquitetos e engenheiros da missão de integrar melhor o desempenho sustentável em seus projetos.