Como um método de fabricação aditiva, a impressão 3D tem sido caracterizada pela construção de objetos através da deposição horizontal de material, camada por camada. Isso ainda restringe, no entanto, a fabricação de elementos e limita a forma dos primeiros protótipos dentro da faixa que permite a adição de material em uma única direção, tornando difícil criar formas complexas com curvas suaves.
No entanto, a equipe da disciplina de Tecnologias de Construção Digital na ETH Zurique – integrando design computacional, fabricação digital e novos materiais – tem explorado um método de fabricação aditiva robótica não planar, que facilita a impressão de estruturas finas com dupla curvatura.
A impressão 3D apresenta um vasto potencial devido à sua facilidade de fabricação em larga escala, flexibilidade na exploração de materiais e capacidade de materializar diversas geometrias. No decorrer de 2023, arquitetos e designers exploraram essa tecnologia para descarbonizar os materiais de construção, integrar a estética contemporânea com métodos construtivos tradicionais e adicionar uma camada de artesanato e arte tanto aos interiores quanto às fachadas.
Os avanços na tecnologia de impressão 3D estão progredindo num ritmo sem precedentes, acompanhados pelo aumento na capacidade computacional para manipular e criar geometrias complexas. Essa sinergia oferece aos arquitetos um alto grau de liberdade artística em relação às texturas que podem ser geradas, graças à alta resolução e à capacidade de fabricação rápida. Se as dificuldades técnicas inerentes à produção estivessem fora de questão e os arquitetos pudessem esculpir virtualmente qualquer coisa em uma fachada, o que eles fariam?
Materiais inovadores desempenham um papel crucial no futuro da arquitetura. Eles não só oferecem outras perspectivas sobre os modos de construir edifícios, como também apresentam soluções sustentáveis e eficientes para enfrentar desafios ambientais. Ao aproveitar as propriedades singulares desses materiais, arquitetos e designers têm buscado criar estruturas com novas linguagens visuais, ao mesmo tempo em que são ecologicamente corretas.
Como parte da nossa revisão do ano, refletimos sobre os materiais inovadores que foram destaque. Esses materiais exploraram os conceitos de reciclagem de resíduos agrícolas, adaptação de produtos à base biológica, transformação de materiais locais e descarbonização do concreto. O objetivo não foi apenas oferecer alternativas às práticas tradicionais de construção, mas também ajudar a reduzir as emissões de carbono e promover um ambiente construído mais sustentável. Neste campo dinâmico, esses materiais demonstram o potencial de revolucionar o design e a construção de edifícios em contextos diversos, abrindo caminho para um futuro mais sustentável e resiliente.
Historicamente, a arquitetura tem servido como um meio para a expressão artística. Elementos de construção eram adornados e esculpidos em relevo, com inscrições, murais, afrescos, bustos e esculturas figurativas de diferentes estilos. No entanto, a industrialização do século XIX trouxe uma mudança nos ideais, que despojou os componentes arquitetônicos de seus elementos decorativos. Em vez disso, preferiu-se a busca pela beleza a partir da padronização e acessibilidade econômica proporcionadas pelos elementos de construção produzidos em massa.
Mas há espaço para a arte na produção em massa? Os artistas podem estar envolvidos nos processos industriais de fabricação de elementos de construção? E como a nova tecnologia pode facilitar a personalização em massa de componentes de construção com fins artísticos? Essas perguntas nos levam a considerar o potencial de expressão, comunicação e reflexão dos elementos de construção em espaços interiores e exteriores.
Aproveitando o poder da fabricação sem moldes por meio da impressão 3D robótica em larga escala, a pesquisa na ETH Zürich, em colaboração com a FenX AG, explora o uso de espuma mineral sem cimento feita a partir de resíduos reciclados. O objetivo é construir sistemas de parede monolíticos, leves e imediatamente isolados, minimizando o uso de materiais, mão de obra e custos associados.
O QS- Quacquarelli Symonds World University Rankings divulgou as melhores universidades para estudar Arquitetura em 2023. O índice avalia mais de 1.400 escolas e cobre um total de 54 disciplinas, agrupadas em cinco grandes áreas, com base em cinco indicadores "para refletir efetivamente seu desempenho, levando em consideração a reputação acadêmica, a reputação do empregador e as pesquisas realizadas pelo corpo docente".
Nesta edição de 2023 na categoria Arquitetura/Ambiente Construído, a UCL tirou o primeiro lugar do MIT, que permaneceu na primeira posição por três anos consecutivos. O MIT ficou em segundo lugar, enquanto a Universidade de Tecnologia de Delft e a ETH Zurich ocuparam juntas o terceiro lugar. A Manchester School of Architecture faz sua primeira aparição no top 5, seguida por Harvard, a Universidade Nacional de Singapura e a Universidade Tsinghua na China. Berkeley caiu para a nona posição e o Politecnico permanece estável na décima posição pelo terceiro ano consecutivo.
Para ajudar arquitetos e estudantes a conhecerem os melhores Mestrados Internacionais disponíveis no mundo, o ranking anual BAM comparou e avaliou os programas das melhores escolas de arquitetura. O método utilizado para a formulação do ranking foi desenvolvido por 13 especialistas internacionais e tem caráter comparativo e objetivo. Para a edição de 2022, diferentes Programas de Mestrado do recente Ranking QS – Arquitetura / Ambiente Construído foram selecionados para integrar o Ranking BAM.
Semelhante aos anos anteriores, o ranking de 2022 mostra Harvard e Colômbia nas posições de liderança em primeiro e segundo lugar. O MIT voltou à lista com dois programas de mestrado, na quarta posição, o Master of Science in Architecture Studies in Urbanism (SMArch Urbanism), e na sexta posição, o Master of Science in Architecture Studies in Design (SMArchS Design) . A Universidad Politécnica de Madrid e a ETH Zurich ficaram em terceiro lugar, oferecendo o melhor programa de mestrado da Europa. A Pontificia Universidad Católica no Chile ocupou a 18ª posição, apresentando um mestrado de excelência na América do Sul, seguida de perto na 20ª posição pela Universidade de São Paulo.
Como resposta a desafios globais como mudanças climáticas, discriminação e vulnerabilidade física, designers e engenheiros de todo o mundo desenvolveram materiais de construção inovadores que colocam o bem-estar humano em primeiro lugar em projetos urbanos, de arquitetura e de interiores.
Com o objetivo de gerar um impacto significativo no consumo responsável e sustentável de recursos e energia na indústria da construção, a ETH Zürich em colaboração com a FenX AG está usando a impressão 3D de espuma (F3DP) para fabricar formas geometricamente complexas para a construção de elementos em concreto.
A fim de “ajudar profissionais e estudantes de arquitetura a descobrir e encontrar os melhores programas de mestrado em arquitetura oferecidos pelas principais universidades ao redor do mundo”, o Best Architecture Masters (BAM) disponibiliza uma lista anual com os melhores currículos e cursos de pós-graduação em arquitetura do planeta. Com base no Ranking Anual das Melhores Universidades por Disciplina da Quacquarelli Symonds (QS), para esta edição de 2021, 22 universidades do mundo todo foram avaliadas nas áreas de concentração Arquitetura / Ambiente Construído por um Comitê de Especialistas da BAM, o qual esteve composto por 15 professores de renomadas universidades de arquitetura.
Segundo o Ranking Anual da BAM, assim como no ano passado, o Mestrado em Arquitetura oferecido pela Harvard segue no topo do lista, seguida de perto pelo programa de Mestrado em Ciências e Projeto Avançado de Arquitetura oferecido pela Columbia University. A TU Delft na Holanda assumiu a terceira posição, tornando-se a Universidade melhor ranqueada em toda a Europa. A Universidade Tsinghua na China também manteve a sua posição anterior, fechando o top quatro e assegurando seu posto como a melhor universidade da Ásia. O Mestrado em Arquitetura oferecido pela Pontificia Universidad Católica do Chile ocupa a 15ª posição, eleito o melhor programa de mestrado em arquitetura da América Latina. O melhor programa de mestrado em arquitetura do Brasil, segundo o ranking da BAM, é oferecido pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (FAUUSP).
Há alguns anos, a fabricação digital começava a despontar como uma das grandes novidades no cenário da arquitetura, prometendo transformar para sempre a nossa disciplina e a forma como construímos nossos edifícios. Embora esta revolução arquitetônica de facto ainda não tenha se materializado de forma definitiva, infinitas novas possibilidades parecem surgir a cada ano que passa, principalmente como resultado do trabalho árduo de pesquisadores e profissionais dedicados ao desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à prática da arquitetura e construção. Portanto, neste exato momento, parece oportuno dedicarmos um pouco do nosso tempo para mapear esse avanços, apresentando aos nossos leitores uma perspectiva mais abrangente sobre como a tecnologia está transformando efetivamente a prática da arquitetura dia após dia. Este artigo procura cobrir algumas das principais abordagens que já estão começando a gerar resultados bastante concretos, transformando os processos de projeto e construção e contribuindo definitivamente para a redefinição do potencial da arquitetura, recontextualizando da nossa disciplina na era da informação.
A Quacquarelli Symonds divulgou seu ranking anual das melhores universidades do mundo. Com base na reputação acadêmica, reputação do empregador e impacto em pesquisa, o ranking destaca todos os anos as melhores universidades em cada campo profissional. No ranking de 2020 de Arquitetura e Ambiente Construído, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) volta a ocupar o primeiro lugar. Do Brasil, a Universidade de São Paulo (USP) ficou em 43º lugar e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fez parte do grupo de instituições entre o 51º e o 100º lugar.
Em parceria com a Airbus, a Bauhaus Luftfahrt, a ETH Zurich e a Systra, o MVRDV está desenvolvendo um projeto piloto para a Urban Air Mobility (UAM), uma iniciativa voltada a criação de um sistema de transporte aéreo seguro e eficiente que pretende transformar para sempre o mercado de transporte de bens e pessoas em nosso planeta. Como a culminação de uma extensa pesquisa, a Urban Air Mobility é uma iniciativa que pretende dar forma a um novo conceito de mobilidade urbana.
O Peru conta com um grande número de projetos de espaços culturais. Fortemente vinculados à geografia distinta do país, os novos projetos reinterpretam as técnicas de construção do passado. Inspirando-se nas paisagens vernaculares e variadas, esses edifícios contemporâneos surgem de longas tradições enraizadas em culturas e civilizações antigas.
O Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich) está oferecendo cursos online gratuitos sobre smart cities e cidades do futuro. Disponibilizados através da plataforma edX, compartilhada por instituições de diversas partes do mundo, os cursos têm duração de dez semanas e são conduzidos através de vídeos.
Com a intenção de maximizar os vãos disponíveis e diminuir custos de construção, pesquisadores do Departamento de Arquitetura da ETH de Zurique criaram uma laje de concreto que, com uma espessura de apenas 2cm, é estrutural e simultaneamente sustentável. Inspirado pela construção de abóbadas catalãs, este novo sistema de lajes substitui barras de aço reforçadas por nervuras verticais estreitas, reduzindo significativamente o peso da estrutura e garantindo a estabilidade para resistir às distribuições irregulares em sua superfície.
Ao contrário dos pisos de concreto tradicionais que são evidentemente planos, estas placas são projetadas para arquear e suportar cargas principais, reminiscente dos tetos abobadados encontrados em catedrais góticas. Sem a necessidade de reforços de aço e com menos concreto, a produção de CO2 é minimizada e os pisos de 2 cm resultantes são 70% mais leves do que suas contrapartes típicas de concreto.
https://www.archdaily.com.br/br/869387/tecnicas-construtivas-goticas-inspiram-o-desenvolvimento-de-lajes-leves-de-concreto-na-eth-zurichOsman Bari