Desde 1998, a Bienal de Arquitetura de Veneza tem se baseado em três pilares: os pavilhões nacionais (cada nação escolhe seus próprios curadores e projetos), a exposição internacional (organizada pelo curador da Bienal) e os eventos paralelos (aprovados pelo curador).
Na edição de 2023, a exposição internacional de arquitetura, que tem curadoria de Lesley Lokko, é estruturada em seis partes e conta com 89 participantes. Destes, mais da metade são da África ou da diáspora africana, com equilíbrio de gênero e uma média de idade de 43 anos para os participantes.
A Bienal de Arquitetura de Chicago está chegando a sua terceira edição. O tema deste ano, “...and other such stories,”, nos convida à explorar outras facetas da arquitetura, aquelas que geralmente recebem pouca atenção em eventos desta categoria. Projetos desenvolvidos especialmente para esta edição da Bienal de Chicago destacam temas como habitação social, distribuição de renda e preservação do meio ambiente. Recentemente foram anunciados os colaboradores e parceiros internacionais para a exposição, dentre os quais dois brasileiros: a Usina - CTAH e o FICA-Fundo Imobiliário Comunitário para Aluguel. Entre os colaboradores do catálogo, Carmen Silva, líder do Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC) de São Paulo, também representa o Brasil.
Forensic Architecture foi coroado como vencedor do Beazley Designs of the Year, com sua exposição “Counter Investigations”. A empresa empreendeu um excelente trabalho nos últimos anos, descobrindo insucessos de justiça e crimes de guerra internacionais por meio de análise arquitetônica de imagens. notícias, imagens de satélite e informações de crowdsourcing.
O grupo de investigação, baseado na Goldsmith University London, está atualmente indicado para o Prêmio Turner 2018. O grupo interdisciplinar abrange arquitetos, cineastas, jornalistas, advogados e cientistas dedicou sua energia para investigar violações de estado e corporações em todo o mundo.
No lado norte do Tempelhofer Feld, um aeroporto que virou parque no sul de Berlim, há uma grande bacia. Cercada por lotes e bangalôs e percebida apenas para aqueles que a conhecem, essa depressão que remonta ao século XIX mantém a água da chuva drenada das pistas desativadas do aeroporto antes de entrar na rede de canais de Berlim.
“Sabíamos que era uma espécie de local secreto no centro da cidade que ninguém tinha no mapa”, explica Benjamin Foerster-Baldenius, da Raumlabor Architects. Ou melhor, até este verão.
O grupo de investigação espacial Forensic Architecture foi indicado para o Prêmio Turner 2018. Com sede na Goldsmiths University, em Londres, o grupo interdisciplinar de arquitetos, cineastas, jornalistas, advogados e cientistas dedicou sua energia à investigação de violações de Estado e corporações em todo o mundo.
A nomeação representa a segunda vez que uma equipe de projetistas espaciais foi reconhecida pelo prêmio em sua história de três décadas, depois de Assemble ter vencido em 2015.
Forensic Architecture, uma agência de pesquisa com sede na Universidade de Londres, em colaboração com a Anistia Internacional, criou um modelo 3D de Saydnaya, uma prisão de tortura síria, usando sistemas de modelagem arquitetônica e acústica. O projeto, iniciado este ano, reconstrói a arquitetura do centro secreto de detenção a partir da memória de diversos sobreviventes que são agora refugiados na Turquia.
Desde o início da crise da Síria em 2011, dezenas de milhares de sírios foram levados a uma rede de prisões e centros de detenção secretos administrados pelo governo de Assad sob alegação de crimes contra o regime. Após passarem por uma série de interrogatórios, muitos prisioneiros foram levados a Saydnaya, um "destino final" notoriamente brutal, onde métodos de tortura são usados não apenas para obter informações, mas também para aterrorizar e frequentemente matar os detentos.
Localizada cerca de 25 km ao norte de Damasco, Saydnaya ocupa um edifício dos anos 1970. Recentemente, nenhuma visita de jornalistas independentes ou grupos de monitoramento foram permitidos, portanto, não há registros fotográficos recentes dos interiores do centro, a única coisa que existe são as memórias daqueles que escaparam de lá com vida.