Quando falamos em espaços naturais ou produzidos, o vazio imediatamente é invocado. Ele é entendido como aquela matéria intocada, que permite viver a experiência do habitar.
A fotografia do artista Simone Bossi narra as qualidades do espaço criando atmosferas que permitem uma nova leitura sobre o vazio.
https://www.archdaily.com.br/br/946876/compor-o-vazio-uma-entrevista-com-simone-bossiMartita Vial Della Maggiora
Enquanto meio de representação da arquitetura, a fotografia apresenta qualidades indiscutíveis. Com ela, é possível apresentar a um público distante obras erguidas em qualquer lugar do mundo, de vistas gerais a espaços internos e pormenores construtivos - ampliando o alcance e, de certo modo, o acesso à arquitetura.
Entretanto, como qualquer outra forma de representação, não é infalível. Na medida que avanços tecnológicos permitem fazer imagens cada vez mais bem definidas e softwares de edição oferecem ferramentas para retocar e, por vezes, alterar aspectos substanciais do espaço construído, a fotografia, por sua própria natureza, carece de meios para transmitir aspectos sensoriais e táteis da arquitetura. Não é possível - ao menos não satisfatoriamente - experienciar as texturas, sons, temperatura e cheiros dos espaços através de imagens estáticas.
Basta olhar para a longa lista de obras registadas por Miguel De Guzmán e Rocío Romero, diretores do conceituado estúdio de fotografia e vídeo de arquitetura Imagen Subliminal, com sede em Madrid e Nova Iorque, para perceber que têm realizado um bom trabalho captando e divulgando as mais diversos projetos e espaços. Uma tarefa importante que reside no valor de dar a conhecer ao mundo obras e atmosferas, para que todos possamos, de alguma forma, habitá-las
Em celebração ao Dia Mundial da Fotografia, realizamos uma entrevista com Guzmán sobre seus anos de prática e as mudanças no papel do fotógrafo de arquitetura diante das novas formas de comunicação.
A partir dos primeiros experimentos realizados pelo francês Joseph Niépce em 1793, e de seu primeiro teste de maior sucesso em 1826, a fotografia tornou-se objeto de exploração e recurso de registro de momentos vividos e lugares do mundo. Dentro do amplo espectro da produção fotográfica ao longo da história, em vários casos a arquitetura desempenhou papel protagonista nos registros, seja pela perspectiva da fotografia enquanto arte, documento ou, como foi muitas vezes, instrumento de construção de cultural.
Com grande autonomia enquanto prática e debate particular dentro desse tema, a fotografia de arquitetura tem a capacidade de reiterar uma série de aspectos expressivos das obras retratadas, tensionar a relação das mesmas com seus entornos, propor leituras específicas ou genéricas dos edifícios, entre outras possibilidades de investigação.
Ao longo dos últimos anos, uma série de exposições, publicações e documentários têm revelado um crescente interesse à respeito da arquitetura modernista soviética, levando arquitetos do mundo todo a (re)descobrirem um dos principais e mais fascinante capítulos da história moderna da arquitetura. Recentemente publicado pela Zupagrafika, Concrete Siberia. Soviet Landscapes of the Far North é um livro fotográfico que vem ao encontro de tal interesse, lançando uma nova luz sobre um fenômeno ainda inexplorado ou até certo ponto desconhecido pela maioria dos nossos colegas arquitetos. Retratando alguns dos mais impressionantes edifícios construídos durante a segunda metade do século XX na então URSS, “Sibéria Concreta” apresenta uma perspectiva abrangente da atual situação do patrimônio soviético construído na região habitada mais fria e remota do planeta Terra. O livro apresenta um resumo completo não apenas das principais obras de arquitetura modernista construídas na Sibéria mas também da paisagem urbana de seis das mais importantes cidades da região: Novosibirsk, Omsk, Krasnoyarsk, Norilsk, Irkutsk e Yakutsk.
Nova York: fechada, vazia. Foi comovente, é claro, mas também foi lindo. Para o artista Edgar Jerins, essa revelação foi uma surpresa. Quem imaginaria que essa cidade movimentada, caótica, suja, vibrante, profana e incrível poderia parecer tão ... linda mesmo sem as pessoas e atividades? Durante anos, Jerins andou de metrô até seu estúdio perto da Times Square. Quando as notícias da pandemia se espalharam pela primeira vez - mais como uma ameaça vaga e indefinida, inicialmente - ele fugiu, com medo para o ônibus e, depois que a gravidade do evento se tornou aparente e o isolamento começou, ele pegou emprestada a bicicleta da filha.
Existem elementos estranhos de conexão que fazem parte desse fenômeno de distanciamento social: não apenas o mundo inteiro o está exoperienciando simultaneamente, mas também parecemos compartilhar um momento global de conscientização de que algo único está ocorrendo – algo que exige ser documentado e entendido.
Movidos por esse impulso e sob a orientação da fotógrafa e professora Erieta Attali, 16 estudantes da Cooper Union exploraram, através da fotografia, sua vida cotidiana agora governada pelo isolamento e pelo distanciamento social. Os registros mostram realidades distintas, específicas de onde os alunos estão passando o período de quarentena.
O novo Twist Museum projetado pelo BIG está aberto ao público na Noruega. Atravessando o sinuoso rio Randselva, o museu-ponte apresenta uma geometria torcida e oferece uma experiência singular em meio ao Parque de Esculturas Kistefos, em Jevnaker. O projeto foi registrado recentemente em uma série de fotografias de Jacob Due que exploram o edifício em seu contexto natural.
Maioria em graduações de arquitetura em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, as mulheres superam os homens em número de profissionais em atividade, entretanto, sua representatividade vem, há décadas, sendo sistematicamente diminuída frente à atuação masculina.
O fotógrafo de arquitetura Marc Goodwin visitou recentemente Madri para continuar sua jornada documentando diversos estúdios de arquitetura e escritórios de design. Ele já registrou firmas de diversas cidades e países ao redor do mundo, incluindo o Brasil, Cidade do Panamá, Holanda, Dubai, Londres, Paris, Pequim, Xangai, Seul, países nórdicos, Barcelona, Los Angeles e Istambul. Em Madri, Marc fotografou 16 escritórios e diversos estúdios.
As figuras humanas ganham protagonismo frente aos edifícios e ruas nas lentes do fotógrafo Carlos Moreira, 82. O espaço urbano aparece retratado a partir de recortes, não apenas sugeridos pelos monumentos históricos (eles estão lá), mas sobretudo pelo corpo e suas ações. Disso emerge uma visão emocional e viva das cidades; capaz de provocar uma expansão sensorial dos retratos dos espaços.
O fotógrafo de arquitetura Marc Goodwin visitou recentemente Istambul para continuar sua jornada documentando os escritórios de arquitetura do mundo. Ele visitou várias cidades e países, incluindo Brasil, Cidade do Panamá, Holanda, Dubai, Londres, Paris, Pequim, Xangai, Seul, países nórdicos, Barcelona e Los Angeles. Em Istambul, Marc fotografou 10 escritórios trabalhando em diferentes tipos e escalas de projetos. Descubra os escritórios individuais e a cidade através do recurso mais recente de Marc.
O Architectural Photography Awards 2019 divulgou a lista de finalistas de suas seis categorias, que compreendem exterior, interior, sentido de espaço, edifícios em uso, mobile (fotos feitas com celular), e portfólio. Patrocinado pela Sto e apoiado pelo World Architecture Festival (WAF), o prêmio deste ano contou com quase dois mil inscritos de 42 países.
A quarta edição dos “Encontros de Arquitetura” abordará o tema fotografia de arquitetura e cidade e tem como objetivo debater as formas de representação do espaço através da fotografia. A partir da contribuição de cada participante, será discutido como as diferenças de olhar e abordagem técnica resultam em narrativas singulares do espaço construído.
https://www.archdaily.com.br/br/927345/encontros-de-arquitetura-debate-sobre-fotografia-de-arquitetura-e-cidade-no-iabspEquipe ArchDaily Brasil
Voltado para a etapa de tratamento da fotografia de arquitetura, o novo Workshop do {CURA} será conduzido pelo fotógrafo de arquitetura e cidades Manuel Sá. Vencedor do prêmio Fotografia de Arquitetura e Cidade 2018 do IAB-SP, Manuel Sá é membro do Studio Naaro, de Londres. Utilizando as ferramentas Lightroom e Photoshop, o Workshop abordará desde a organização e seleção das fotos até o tratamento geral no Lightroom e específico no Photoshop. Através de exemplos práticos de fotografias de interiores e exteriores, os encontros pretendem explorar as possibilidades de edição que as ferramentas oferecem para a fotografia de arquitetura comercial.
A fotografia ainda é um dos meios de representação e comunicação mais usados na arquitetura. Embora não incorpore a dimensão temporal, o nível de fidelidade com que a fotogafia representa as outras três dimensões do mundo construído faz com que seja uma das feramentas favoritas dos arquitetos para veicular as imagens de seus edifícios.
Para celebrar o dia mundial da fotografia, reunimos a seguir 15 fotógrafas e fotógrafos de diferentes lugares do mundo que vale a pena conhecer - e seguir no Instagram.
Atualmente, o setor de arquitetura é um importante espaço para atuação de fotógrafos. Acreditando que novas técnicas e um direcionamento de visão corretos possam trazer um diferencial aos interessados na fotografia de arquitetura e cidades, a Linda Laranja Fotografia promove em Florianópolis o Workshop Foto de Arquitetura e Cidades, com a arquiteta e fotógrafa brasiliense Joana França.
O Workshop terá duração de até oito horas, divididas em duas partes: teoria e prática. Na parte teórica, serão abordados temas como luz, composição, tratamento de imagem, equipamento, figuras humanas, fotografia aérea e mercado,
O fotógrafo madrilenho Zisko Gómez registra o recente interesse pelo arquiteto espanhol Fernando Higueras em sua série de fotos sobre o projeto “La Corona de Espinas” [ou, A Coroa de Espinhos]. Atualmente, o prédio serve de sede do Instituto para o Patrimônio Cultural da Espanha.