No dia 19 de agosto comemora-se o dia mundial da fotografia, ferramenta fundamental para o registro imagético da nossa sociedade. Se, por um lado, a fotografia é protagonista nos diálogos que envolvem arquitetura e cidade, retratando momentos históricos e valorizando os edifícios, por outro, ela também consegue nos guiar pelo contexto e bastidores do momento, eternizando o processo.
Se pedíssemos a alguém que imaginasse uma igreja católica, a primeira imagem que viria à mente dessa pessoa provavelmente se assemelharia a uma catedral gótica medieval com contrafortes, arcos pontiagudos e um pináculo apontando para o céu. Pensando bem, muitos outros estilos poderiam ser facilmente identificados como arquitetura católica: as estruturas simples e grandiosas do românico ou talvez os estilos ornamentados do barroco e do rococó. Uma imagem mais difícil de associar à arquitetura sacra é a do modernismo. A Igreja Católica Romana é particularmente conservadora. O modernismo, por outro lado, é revolucionário; é racional, funcional e técnico; rejeita ornamentos e abraça a inovação. Surpreendentemente, nos anos que se seguiram ao final da Segunda Guerra Mundial, os locais de culto desafiaram as expectativas. Blocos de concreto, matérias-primas, formas angulares e estruturas expostas foram utilizadas para romper com a tradição e criar igrejas que nada tem a ver com a imagem tradicional de uma igreja. Este artigo explora a arquitetura modernista mid-century da Igreja com imagens de Jamie McGregor Smith.
Registrar os projetos arquitetônicos e urbanísticos não é só uma etapa final, mas um ato importante de preservação da memória. Neste episódio do Betoneira Podcast, o arquiteto Hugo Segawa, um dos precursores em usar a fotografia como ferramenta de pesquisa e documentação da arquitetura brasileira, reforçou o sentido de que o ato de documentar deve gerar conhecimento.
A torre visa melhorar, em vez de perturbar, o tecido urbano circundante. Situado entre o centro de Lakeshore East Park e o Chicago Riverwalk, o design cuidadoso dos níveis mais baixos permite uma conexão porosa entre as duas atrações. Para que isso seja possível, sistemas estruturais inovadores são implementados, elevando completamente o segundo volume do solo.
Projetada por Herzog & de Meuron, a Switch House é a mais recente extensão do Tate Modern. Radical em sua forma e materialidade, está intimamente relacionada ao complexo do qual faz parte: o principal espaço para arte moderna de Londres desde 2000. Fotografado recentemente por Bahaa Ghoussainy, este edifício de 2016 é um modelo para museus do século XXI.
A fotografia é frequentemente considerada uma linguagem visual. A "mais literária das artes gráficas" é, no fim das contas, um sistema formal com uma estrutura comumente aceita e motivos reconhecíveis.
A "Casa dos Milagres", localizada na floresta úmida na periferia de Xalapa, Veracruz e projetada pelo arquiteto mexicano Danilo Veras Godoy, é um espaço concebido com formas orgânicas, terra, aberturas com formas inesperadas e vidro em mosaico em diferentes tonalidades. Foi projetada para atender às necessidades de Rosalinda Ulloa, uma mãe solteira que ali viveria com seus dois filhos pequenos. Foi construído por etapas, que começaram a partir de 1995 e foi concluído em 2002, com algumas mudanças feitas até 2006.
Buscando seu objetivo de registrar diversos escritórios de arquitetura e design, em sua passagem por Berlim, Goodwin capturou imagens de 13 escritórios: Hesse, LAVA, JWA, Tchoban Voss, Richter Musikowski, Barkow Leibinger, FAR frohn&rojas, studio Karhard, Jasper, Kleihues + Kleihues, Graft, Bundschuh Architekten e Sauerbruch Hutton.
Se “natureza” e “arquitetura” são comumente concebidas como entidades opostas, representantes da invasão humana no cenário primordialmente físico do mundo, em que condições esses dois fatores fundamentais formam uma forte ligação e qual é o subproduto resultante? Esse vínculo, muitas vezes ignorado, entre cultura e natureza pode ser desenterrado e esclarecido pelo uso da fotografia?
O grau em que um edifício se envolve com a cultura ou a paisagem de um lugar é controlado principalmente pela intenção do projeto, ou seja, o conceito arquitetônico e o sucesso de sua implementação. A fotografia revela relações, mas não as constrói em primeiro lugar. Mesmo no caso extremo em que uma estrutura é conscientemente projetada para se diferenciar e se separar de qualquer tipo de ambiente, cultural ou natural, ela ainda é inevitavelmente situada em um contexto e percebida como parte dele.
No dia 19 de agosto, celebramos o Dia Mundial da Fotografia. Este ano, para incentivar nossas leitoras e leitores entusiastas desta arte, lançamos uma chamada que convidava todos os interessados – fotógrafos amadores ou profissionais – a enviarem suas imagens de arquitetura e cidade.
Dos mais de 130 participantes de partes tão distintas do globo quanto Índia, Brasil, Paquistão, Moçambique, Itália e Estados Unidos, recebemos mais de 400 fotografias de edifícios, interiores e espaços públicos localizados contextos diversos, registrados por olhares atenciosos a partir de técnicas variadas. Nossa equipe de conteúdo pré-selecionou 50 fotografias e, em seguida, votou nas 25 imagens mais instigantes. Apresentamos esta seleção a seguir, em ordem alfabética pelo nome dos autores.
https://www.archdaily.com.br/br/968549/as-melhores-fotografias-de-arquitetura-enviadas-por-nossos-leitores-em-2021Equipe ArchDaily Brasil
Há um ano, no dia 4 de agosto de 2020, a terceira maior explosão não nuclear já registrada na história devastou metade da cidade de Beirute, destruindo o porto e a porção leste da capital libanesa. Uma das maiores tragédias urbanas dos tempos modernos, matou mais de 200 pessoas, feriu milhares e deixou cerca de 300 mil desabrigados, danificando mais de 80 mil estabelecimentos comerciais, residenciais e públicos. Sentida em países vizinhos, a explosão gerou cerca de US$ 15 bilhões em danos materiais — tudo isso em tempos de Covid-19, crise política, agitação social e colapso econômico.
Um ano depois, pouca coisa mudou. Apenas ficou mais difícil para a população de Beirute. Um ano depois, tudo na cidade ainda os lembra daquele dia. As principais questões permanecem sem resposta, nenhum resgate ou plano de ação foi colocado em marcha por instituições governamentais; na ausência completa do Estado, a sociedade civil se mobilizou para assumir com suas próprias mãos os esforços de reconstrução.
A fotografia de arquitetura se desenvolveu em sua própria expressão artística e pode, às vezes, ser tão importante quanto a própria obra construída. Experienciamos a arquitetura não apenas física e espacialmente, mas também por meio das fotografias. Uma boa reportagem ou série de fotos pode trazer ao espectador a atmosfera do lugar, ainda que esteja distante da obra. A fotografia também é uma forma de documentar o processo do projeto, o uso de materiais, iluminação e elementos arquitetônicos e, como resultado, narrar a história por trás de uma obra.
Para comemorar o Dia Mundial da Fotografia, reunimos uma lista de 25 fotógrafos de arquitetura de todo o mundo que merecem ser conhecidos – e seguidos no Instagram. Esses fotógrafos emergentes foram selecionados por sua capacidade de registrar a arquitetura por meio de um olhar sensível e singular.
A maioria das paisagens urbanas que marcam nossas vidas é feita de casas populares, aquelas construídas no século 20 por imigrantes, artesãos e construtores anônimos. Porém, essa arquitetura vernacular cheia de afetividade, bons projetos e detalhes riquíssimos não é objeto de estudos tão frequentes como deveria. Mas isso começa a mudar. Pelo menos em Curitiba.
Os arquitetos Fábio Domingos Batista e Paula Domingos Fraiz Morais passaram meses se debruçando sobre a arquitetura residencial da capital paranaense e lançam agora um box de dois livros, o "Inventário de Arquitetura Residencial Curitibana", voltados ao grande público com detalhes da arquitetura de aproximadamente 160 casas de Curitiba, construídas de 1920 a 1960.
A 20ª edição do Serpentine Pavilion, projetado pelo escritório sul-africano Counterspace, dirigido pela arquiteta Sumayya Vally, inaugura hoje, 11 de junho de 2021, após ser adiado por um ano. Em exibição até 17 de outubro de 2021 em Kensington Gardens, o projeto foi registrado por Mark Hazeldine. Confira a série de fotografias, a seguir.
O fotógrafo indiano Nipun Prabhakar compartilhou conosco uma série de imagens do Herbert F. Johnson Museum of Art, projetado pelo arquiteto sino-americano I.M Pei. O arquiteto fora contratado em 1968 pela Universidade de Cornell para construir um museu que também deveria servir como um centro cultural e de ensino para a comunidade acadêmica. Concluído em 1973, o edifício recebeu o Prêmio de Honra do Instituto Americano de Arquitetos em 1975.
Paul Clemence divulgou uma nova série de imagens mostrando o andamento das obras da torre 111 West 57th, projetada pelo escritório SHoP. Localizado em Nova Iorque, arranha-céu residencial se tornará o segundo edifício mais alto da cidade – considerando a altura de sua cobertura – e o edifício mais esbelto do mundo.
Em sua palestra, Rogério Akiti Dezem abordará as relações entre o espaço urbano japonês e a fotografia de rua, de modo a colaborar para a discussão sobre sociedade, cultura, arquitetura e cidade a qual o evento se propõe realizar.
‘Fronteiras_Japão: Sociedade e seus espaços' visa navegar pelo espaço Nipônico, de maneira introdutória, traçando perspectivas e horizontes novos, enquanto discute sociedade e cultura, arquitetura e cidade, bem como a visão de mundo tão particulares a essa nação. O propósito do momento visava responder, a princípio, ao programa de um grupo de estudantes em prática de projeto, que de início, optaram pelo izakaya como tipo a ser investigado e desenhado. No entanto, visto o interesse coletivo acerca do recorte temático, a ideia ganhou corpo e o escopo democrático e socializado merecido de um ciclo de palestras.