A crise habitacional dos Estados Unidos não é um problema recente. Mas relatos recentes de hedge funds privados comprando casas isoladas e geminadas, podem deixar uma situação difícil ainda pior. Quando os hedge funds compram essas propriedades, essas casas provavelmente não voltarão ao mercado imobiliário. Elas desaparecem por agora e, provavelmente, para sempre.
https://www.archdaily.com.br/br/983300/como-o-capital-privado-torna-a-crise-imobiliaria-ainda-piorR. John Anderson
Quando as cidades crescem, com suas populações em expansão, a habitação torna-se um componente essencial do caráter urbano das metrópoles. Experimentos habitacionais têm sido espalhados por governos em todo o mundo, com diferentes resultados e, sem dúvida, opiniões divergentes. Os conjuntos habitacionais da era soviética da Europa central e oriental são particularmente interessantes a esse respeito.Esses projetos de habitação em massa foram descartados e vistos como gigantes monstruosidades. O legado deles é mais complicado do que isso.
Na décima primeira sessão do Fórum Urbano Mundial em Katowice, Polônia, a União Internacional de Arquitetos (UIA), juntamente com a UN-HABITAT, anunciou os vencedores do Prêmio UIA 2030. Buscando reconhecer contribuições da arquitetura para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e a Nova Agenda Urbana, esta edição premiou obras da Alemanha, Hong Kong, Argentina, Bangladesh e China dentre um total de 125 projetos de 40 países. As obras premiadas demonstram qualidade de projeto e alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Organizado em seis categorias — Categoria Aberta; Melhorando a Eficiência Energética; Habitação Adequada, Segura e Acessível; Planejamento Territorial Participativo, Eficiente e Inclusivo; Acesso a Espaços Verdes e Públicos; e Utilizando Materiais Locais —, os jurados escolheram um vencedor por seção, mas não conseguiram identificar um vencedor geral na categoria aberta e optaram por reconhecer seis projetos como Altamente Recomendados, homenageando no total 5 premiados e 15 recomendações.
Sem conceito definido, o uso do termo cidades inteligentes é utilizado com mais frequência a cada ano que passa. Muitos teóricos apontam que a dificuldade conceitual está atrelada à rápida adesão e expansão do seu uso por grandes corporações e instituições, tonando-se, assim, um termo da moda. Apesar do discurso “inovador”, a escolha do modelo para implementação de uma cidade inteligente pode causar impactos segregacionistas e privilegiar determinado grupo se não desenvolvida considerando as particularidades e envolvendo as lideranças locais (MENDES, 2020). Neste ensaio será adotado um entendimento de que a inovação e inteligência não estão necessariamente ligadas ao uso de tecnologias digitais ou recursos de alto custo, mas sim ao novo olhar para os problemas urbanos e o desenvolvimento de soluções não tradicionais nas tomadas de decisão e execução.
BEYOME, um projeto liderado pelo Project Consortium em conjunto com os arquitetos do Enorme Studio, procura transformar as habitações tradicionais, proporcionando maior grau de flexibilidade dos espaços internos para se adaptar aos variados estilos de vida contemporâneos. Mas como fazer o espaço se adaptar aos diferentes usos? Que estratégias poderiam ser desenvolvidas para ampliar a área útil de nossas casas?
O final do século XIX nas Américas é marcado por uma onda de disputas históricas e transformações políticas que têm como pano de fundo a busca por uma identidade nacional. A época registra uma série de conflitos e disputas pelas independências daqueles que hoje conhecemos como países e repúblicas soberanas. É neste contexto que surgem os movimentos pan-americanos, ou ainda hispano-americanos, que, apesar de terem influências políticas variadas e distintas entre si, almejavam uma unificação de todos os territórios do continente Americano.
Instituições de ensino, lideranças comunitárias e entidades profissionais se mobilizam em torno do debate sobre moradia popular e políticas públicas no centro. Com mais de 60 palestrantes, o evento será realizado em maio, de modo remoto, e as inscrições serão gratuitas e abertas ao público.
Sobre o evento:
Nas últimas décadas, as áreas centrais de grandes cidades brasileiras têm sido objeto de intervenções urbanas com a finalidade explícita de atrair investimentos imobiliários, assim como novos perfis de moradores e frequentadores. Entre estas, as de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo são casos bastante emblemáticos. Nestas três cidades, embora com variações, os
Uma casa, ou lar, é talvez a tipologia arquitetônica mais importante de nossas vidas. Como um lugar de intimidade e segurança, nossa casa é um mundo à parte e um espaço de pausa, descanso e relaxamento. Historicamente, nossos lares também são geridos por uma rotina, seja pela horários que desempenhamos nossas tarefas corriqueiras ou ainda na maneira como utilizamos os cômodos da casa para realizar estas atividades. É um hábito dormir sempre no mesmo quarto e passar a maior parte do tempo na sala de estar assim como o lugar de preparar a comida é a cozinha e de comer a sala de jantar.
Com a pandemia do coronavírus, a questão da moradia ganhou ainda mais importância. O que já era um tópico de grande relevância nos territórios populares – através da aquisição da casa própria o trabalhador passa a ser reconhecido efetivamente como parte integrante da cidade – ganha magnitude, uma vez que a não obtenção de condições mínimas podem ser fatores de mortalidade; se tornando essencial a necessidade de ter acesso à habitação adequada, com direito a infraestrutura e bem localizada.
Uma pequena comunidade de mini-casas foi construída em Seattle, nos Estados Unidos, com o objetivo de ajudar mulheres sem-teto a voltarem a ter um abrigo. O que torna o projeto ainda mais especial é o fato da chamada Whittier Heights Village, ter sido construída por mulheres voluntárias.
O local escolhido fica escondido entre um estacionamento de um banco e um complexo de apartamentos de quatro andares no bairro de Ballard. O lote cercado abriga 16 mini-casas (tiny homes, em inglês) capazes de abrigar temporariamente até 20 mulheres por vez.
Permeabilidade visual, ventilação e forte apelo identitário, os elementos vazados têm cada vez mais encontrado seu lugar na arquitetura contemporânea. Seja em grandes edifícios ou em pequenas residências, aparecem de diversas formas, materiais e composições, ajudando a determinar o grau de interação entre o espaço interior e exterior. Esse artifício em uma construção residencial é uma ferramenta importante para garantir privacidade e intimidade, sem perder a possibilidade de conexões com o exterior e ventilação natural.
Nas discussões arquitetônicas atuais, a sustentabilidade é um tema chave. As empresas de arquitetura adotam o termo como uma parte fundamental de seu ethos de design, e as escolas de arquitetura globalmente integraram o projeto de arquitetura “verde” como um componente central de seus currículos. Essa conversa sobre sustentabilidade também foi filtrada em ações mais individuais que podem ser tomadas em seu contexto imediato. On-line, por exemplo, há muitos guias sobre como tornar sua casa mais ecológica e eficiente em termos de energia.
No urbanismo, os subúrbios podem ser um tópico controverso. Isso em parte porque o termo possui definições nebulosas e em constante mudança. Em sua forma mais simples, os subúrbios são comunidades residenciais a uma distância que se afasta um pouco do coração das áreas metropolitanas. O contexto americano vê os subúrbios com alguma hostilidade, com práticas racistas como o "redlining", um legado sombrio para determinados locais do país. Num sentido mais superficial, os subúrbios americanos têm sido frequentemente criticados por sua uniformidade visual — retratados como moradias sem alma, ausentes de um senso de comunidade.
Evento de lançamento do primeiro livro publicado da arquiteta e artista Natália Barros: "Ensaios do corpo no lugar de morar", que investiga o habitar em confinamento e as consequências da pandemia da Covid-19 na relação entre corpo e arquitetura. O livro é um desdobramento do trabalho de conclusão de curso (TCC) apresentado pela autora na Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG), em 2020. O TCC foi eleito pelo ArchDaily como um dos melhores de 2020 e recebeu premiação de Pesquisa Artístico-Cultural, pela Lei Aldir Blanc. Ao longo das páginas, o leitor adentra a discussão sobre
O futuro das casas fabricadas pode reinventar algo que já existe amplamente nos Estados Unidos – os estacionamentos de trailers. Por todo o país, essas pequenas casas estão sendo reimaginadas por arquitetos, que estão utilizando materiais mais sustentáveis e técnicas de construção inventivas para criar casas acessíveis e ressignificar a conotação negativa que já cercou esse tipo de moradia.
As moradias estudantis assumem muitas formas ao redor do mundo, porém, a tipologia mais comum é um alojamento fechado. Enquanto os futuros alunos escolhem as universidades com base no rigor acadêmico, programas esportivos, atividades extracurriculares e futuras oportunidades de carreira, eles agora querem saber como será viver dentro e fora do campus. Isso forçou os arquitetos a repensarem os projetos tradicionais de dormitórios buscando algo mais inovador que reflita melhor o que os alunos querem (e esperam) em suas residências universitárias.
A Califórnia, assim como a maioria dos Estados norte-americanos, passa por uma crise habitacional. Mas, diferente do resto país, está de fato trabalhando para aprimorar a situação, com iniciativas públicas e privadas que, para os críticos, não podem deixar de ser consideradas inadequadas. A região da Baía de San Francisco tornou as unidades de moradia acessórias legais alterando leis de zoneamento, mas isso quase não rendeu um impacto. Algumas cidades estão agora impulsionando. Algumas cidades agora pressionam por zoneamentos adicionais, para oferecer às incorporadoras mais espaço para construir novas edificações para o mercado a preços mais baixos de locação. Há todo tipo de estudo, financiado por universidades ou conduzidos pelo setor, que recomendam soluções mais ou menos radicais para um problema para o qual aparentemente não há solução. Os ambientalistas são naturalmente retratados como vilões, já que não admitem novos empreendimentos. E os californianos são duros com suas autoridades eleitas, como o atual governador descobriu no ano passado.
https://www.archdaily.com.br/br/976062/novas-construcoes-nem-sempre-sao-a-respostaMark Alan Hewitt
O ambiente construído que habitamos pode ser hostil, tanto em uma escala arquitetônica individual quanto em um contexto urbano mais amplo. Pessoas em situação de rua, por exemplo, são dissuadidos de descansar em bancos públicos pela presença ameaçadora de grades e outras formas de arquitetura hostil. De uma lente global, vemos o impacto que as fronteiras têm em meio à hostilidade anti-imigração, exemplificado de forma imponente pelo fechamento da fronteira de Melilla entre o Marrocos e a Espanha. Esta "hostilidade" pode ser encontrada em um grande número de assentamentos ao redor do mundo, formados como resultado da migração orgânica ou configurados a partir do controle — como as cidades operárias criadas por grandes companhias.