Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.
A fascinação de Christopher Payne por fábricas vem de décadas. Como estudante de arquitetura na Universidade da Pensilvânia na década de 1990, Payne teve a sorte de conseguir um emprego de verão na Inspeção de Edifícios Americanos Históricos, dentro do Serviço Nacional de Parques. "Eles enviavam equipes de estudantes de arquitetura, historiadores e fotógrafos para documentar todo tipo de projeto", diz ele. "Documentamos silos de grãos em Buffalo, pontes de ferro fundido em Ohio, uma usina elétrica no Alabama e parques nacionais em Utah. Essa experiência incutiu um profundo apreço pela arquitetura industrial". Após a formatura, trabalhou por vários anos como arquiteto na cidade de Nova York antes de fazer a transição em tempo integral para a fotografia. Seus livros publicados incluem New York’s Forgotten Substations: The Power Behind the Subway (Subestações Esquecidas de Nova York: A Energia por Trás do Metrô); Asylum: Inside the Closed World of State Mental Hospitals (Asilo: Dentro do Mundo Fechado dos Hospitais Psiquiátricos Estaduais); North Brother Island: The Last Unknown Place in New York City (Ilha North Brother: O Último Lugar Desconhecido em Nova York); e Making Steinway: An American Workplace (Fazendo Steinway: Um Local de Trabalho Americano). No mês passado, Payne ministrou a Palestra Memorial Ralph Caplan, da School of Visual Art, e pouco depois, entrei em contato com ele para falar sobre seu livro mais recente, Made in America, seu longo caso de amor com fábricas e o processo fotográfico.
Locais bonitos com vistas incríveis ao longo das orlas de grandes cidades são frequentemente negligenciados devido aos vestígios industriais de uma economia passada baseada no transporte marítimo e manufatura. A transição desses setores econômicos e o potencial desses locais têm levado à adaptação desses espaços para uso público. Enquanto algumas cidades optaram por demolir e começar completamente do zero, a transformação do Brooklyn Bridge Park na orla marítima da cidade de Nova York incluiu a preservação de parte de seu caráter industrial. No livro "Brooklyn Bridge Park", os arquitetos do escritório Michael Van Valkenburgh Associates discutem seu processo projetual que incorporou a materialidade e as estruturas existentes dos píeres para contar a história do lugar.
A construção do primeiro projeto da OMA em Bangladesh, a Torre Dhaka, acaba de começar. Com 150 metros de altura e 180.000 m² de área para escritórios, será um dos edifícios mais altos do país. Projetado pelo OMA em colaboração com a incorporadora local Shanta Holdings, a torre representa um marco significativo na paisagem urbana de Bangladesh.
O Heatherwick Studio divulgou um novo projeto que pretende transformar uma antiga usina de dessalinização em um distrito cultural na orla de Jeddah, na Arábia Saudita. A estrutura industrial será reconfigurada para se tornar The Museum, um grande complexo que oferece espaços de produção, estúdios e ateliês para artistas, além de grandes áreas de exposição.
O escritório dinamarquês BIG se uniu às companhias APM Terminals e Maersk para repensar o futuro da indústria naval. A firma liderada por Bjarke Ingels propôs um plano diretor para o Terminal Portuário de Aqaba, na Jordânia, previsto para ser implementado até 2040. Considerado um dos portos mais estratégicos do país e uma importante porta de entrada do Oriente Médio, o projeto de três quilômetros quadrados mesclará diferentes abordagens estratégicas em escala regional, começando pela reforma do terminal existente, expansão das funções logísticas e conexão com a comunidade portuária e o ambiente natural como um todo.
O antigo aeroporto de Berlim-Tegel está previsto para ser reestruturado. O plano diretor inclui o Schumacher Quartier, um novo bairro residencial com 200 hectares de área verde, e um parque industrial de pesquisa para tecnologias urbanas, o Berlin TXL – a Urban Tech Republic. Além de criar um espaço para a indústria, os negócios e a ciência, o parque de inovação pretende pesquisar e testar tecnologias urbanas. O parque se concentrará em temas principais no desenvolvimento das cidades: o uso eficiente da energia, construção sustentável, mobilidade ecológica, reciclagem, controle de sistemas em rede, água limpa e aplicação de novos materiais.
O ambiente construído que habitamos pode ser hostil, tanto em uma escala arquitetônica individual quanto em um contexto urbano mais amplo. Pessoas em situação de rua, por exemplo, são dissuadidos de descansar em bancos públicos pela presença ameaçadora de grades e outras formas de arquitetura hostil. De uma lente global, vemos o impacto que as fronteiras têm em meio à hostilidade anti-imigração, exemplificado de forma imponente pelo fechamento da fronteira de Melilla entre o Marrocos e a Espanha. Esta "hostilidade" pode ser encontrada em um grande número de assentamentos ao redor do mundo, formados como resultado da migração orgânica ou configurados a partir do controle — como as cidades operárias criadas por grandes companhias.
Encontradas pelos quatro cantos do mundo e construídas pelos mais diferentes motivos, da extração de recursos naturais à fabricação de um determinado produto, as monotowns são cidades criadas ao redor de uma única indústria a qual é responsável por empregar a maioria de seus habitantes. No antigo Bloco de Leste, onde uma série de cidades mono-industriais foram construídas durante o domínio soviético, a súbita transição para um novo sistema econômico centrado no capitalismo abalou profundamente a estrutura destas cidades, dando início a um rápido processos de despovoamento e migração para outras regiões do país e do mundo. A seguir descubra mais sobre a arquitetura das monotowns da era soviética, seus exemplos mais famosos, as histórias de fracassos e o atual estado destes ambientes urbanos extremamente peculiares.
A progressiva desindustrialização das cidades, seja devido a mudanças nas regulamentações de proteção ambiental - em termos de ruído e emissões -, ou ao aumento do valor dos terrenos, levou a um deslocamento sistemático dos edifícios fabris em direção à periferia dos conglomerados urbanos. Por conta disso, muitos edifícios industriais tornaram-se vazios e obsoletos, perdendo suas funções originais. Devido às suas dimensões, grandes vãos, flexibilidade e indeterminação espacial, no entanto, estes edifícios são, em geral, espaços apropriados para a realização de reformas que permitem a incorporação de novos programas.
O escritório KAAN Architecten, com sede em Roterdã e São Paulo, venceu a concorrência da R&S Realty II para projetar três fachadas corporativas para o novo iCampus de Munique. O projeto se localiza no distrito de Werksviertel, de caráter industrial e criativo.
RKW Architektur + se esforçou para representar a indústria criativa de hoje através de espaços transparentes nos edifícios corporativos nomeados Alpha, Beta e Gamma. As fachadas do KAAN para os edifícios mantêm a identidade dessas arquiteturas ao passo que contribuem com a composição do conjunto.
Em 1855 o alemão Carl Schlickeysen tornou pública sua patente "Universal Patent Brickmaking machine", a primeira máquina destinada a fabricar tijolos por extrusão de maneira industrial.
SCHLICKEYSEN é um sistema de mobiliário modular que funciona a partir de dois módulos de suportes metálicos e blocos cerâmicas para lajes de tamanho padronizado. A partir desses três elementos pode-se criar todo o tipo de configurações; mesas de pique-nique, bancos, arquibancadas, topografias; mediante o simples empilhamento dos suportes metálicos e o uso dos blocos de laje como superfície horizontal de apoio.