Algumas iniciativas recentes demonstram o ressurgimento do movimento feminista em uma nova onda [1] que tem afetado diversos campos da sociedade brasileira. Toda essa movimentação de debates e ações realizadas pelas lutas das mulheres tem reverberado em diferentes áreas do conhecimento, e a arquitetura e urbanismo não estão de fora. No campo da arquitetura, por exemplo, se destaca a criação do grupo “Arquitetas invisíveis”, em Brasília (2014), um grupo voltado para dar visibilidade a prática arquitetônica de mulheres. Assim como o surgimento de alguns grupos pesquisa, trabalhos de graduação, dissertações, teses e debates públicos sobre a questão. Iniciativas especialmente de estudantes e jovens arquitetas.
Jane Jacobs: O mais recente de arquitetura e notícia
Gênero e estudos urbanos, uma conciliação necessária
Relendo Jane Jacobs: 10 lições para o século XXI de "Morte e Vida de Grandes Cidades"
Este artigo foi originalmente publicado por Common Edge como 10 Lessons Learned by Rereading Jane Jacobs.
Na semana passada, eu estava fazendo as malas e encontrei uma cópia de Morte e Vida de Grandes Cidades. Não lembro quando eu li o livro, mas foi há mais de vinte anos (numa fase anterior ao meu envolvimento profissional com as cidades). Como um tributo muito tardio ao seu aniversário de 100 anos, eu decidi mergulhar de volta nesse notável livro. Apresento aqui dez observações sobre a madrinha da cidade americana.
A síndrome de Brasília: Jan Gehl tem razão? / Sérgio Ulisses Jatobá
Em matéria recente no ArchDaily Brasil, o urbanista Jan Gehl afirma que Brasília “ é fantástica vista de um helicóptero, mas do chão, onde vivem as pessoas, Brasília é uma merda." Em seu conhecido livro Cidade Para as Pessoas, publicado em 2013 no Brasil, Gehl admite que “vista do alto, Brasília é uma bela composição”, mas “a cidade é uma catástrofe ao nível dos olhos”, acrescenta. “Os espaços urbanos são muito grandes e amorfos, as ruas muito largas, e as calçadas e passagens muito longas e retas” [1].
Gehl criou o termo “Síndrome de Brasília” para designar a inexistência ou a desconsideração do que ele conceitua como a escala humana no planejamento urbano modernista, tomando a capital do Brasil como seu mais destacado exemplo.
Fatores morfológicos da Vitalidade Urbana – Parte 3: Arquitetura da Rua / Renato T. de Saboya
* Este texto é uma versão compilada e revisada de dois posts publicados originalmente no Blog Urbanidades: Condições para a Vitalidade Urbana #3 – Características da relação edificação x espaço público e Condições para a Vitalidade Urbana #4 – Permeabilidade visual.
O terceiro fator a contribuir para a vitalidade dos espaços urbanos é o que tenho chamado de Arquitetura da Rua, ou seja, as características morfológicas das edificações e suas relações com o espaço aberto, bem como o conjunto e o ambiente que emergem dessa interação. Como veremos, a maneira como as edificações estão posicionadas e a forma como configuram seus sistemas de barreiras e permeabilidades em relação às ruas podem influenciar diretamente na quantidade de pessoas que utilizam o espaço público e no tipo de atividades que ali se desenvolvem.
Em foco: Jane Jacobs
"A complexa trama de diferentes usos nas cidades não é uma forma de caos. Pelo contrário, representa uma forma complexa e altamente desenvolvida de ordem."
Novo documentário sobre vida e legado de Jane Jacobs
IFC anunciou o lançamento de seu último documentário: Citizen Jane: Battle for the City. O filme apresenta os "legados perduráveis de uma das figuras mais proeminentes do planejamento urbano moderno, Jane Jacobs, detalhando sua luta 'Davi contra Golias' para salvar Nova Iorque.
De Jane Jacobs aos Jane's Walk - uma defesa pela Vitalidade Urbana / Carol Farias e André Gonçalves
O fracasso da utopia das cidades planejadas levantou várias críticas desde a década de 1960. Autores como Jane Jacobs, através da estreita observação do cotidiano das cidades, entenderam as paisagens planejadas como monótonas e não comprometidas com a diversidade estética e funcional, essencial para a vida urbana. Estas críticas reforçaram a ideia defendida por Jan Gehl e outros autores de que as cidades devem servir às pessoas. O espaço da rua experimentado por pedestres, antes esquecido em propostas modernistas, recuperou nas últimas décadas a sua importância como um palco de urbanidade. [1]
Em 2007, uma organização não governamental chamada Jane's Walk, foi criada em Toronto com o objetivo de difundir as ideias de Jacobs. Este instituto incentiva as pessoas a realizar passeios comunitários a pé, trazendo as pessoas para as ruas para experimentar e discutir a qualidade do ambiente urbano em que vivem.
Documentário sobre Jane Jacobs será lançado ainda este ano
O documentário de Jane Jacos - um longa metragem que foca na vida e obra da celebrada autora e ativista urbana, tem lançamento previsto para a segunda metade deste ano. Coincidindo com seu centenário de nascimento, Robert Hammond, cofundador e diretor executivo do Friends of the High Line, e Matt Tyrnauer, produtor e diretor de Valentino: The Last Emperor, planejam levar o filme a festivais a partir do final do ano.
Jane Jacobs e a humanização da cidade
Celebra-se hoje o centenário de Jane Jacobs, genial urbanista e ativista social, conhecida por seu livro “Morte e vida das grandes cidades” (1961), que mudou definitivamente a forma de observar e analisar os fenômenos urbanos.
Arquitetas Invisíveis apresentam 48 mulheres na arquitetura: Urbanismo
Para celebrar o Dia das Mulheres, pedimos ao coletivo brasileiro Arquitetas Invisíveis, com sede em Brasília, que compartilhassem conosco parte de sua pesquisa que identifica e enaltece o trabalho das mulheres na Arquitetura e Urbanismo, elas gentilmente nos cederam este material - que apresenta 48 mulheres divididas em sete categorias: pioneiras, "nas sombras", arquitetura, paisagismo, arquitetura social, urbanismo e arquitetura sustentável – que será publicado separadamente durante esta semana.
Hoje, apresentamos as arquitetas relevantes no campo do urbanismo.
Jane’s Walk em Goiânia e Brasília: Mais vida, menos motor
No próximo domingo, 21 de setembro, a Sobreurbana em parceria com o Mobilize Brasil promoverá passeios guiados no centro de Goiânia e na Asa Norte em Brasília. Estes passeios propõem a experiência de caminhadas nos espaços para discutir aspectos da mobilidade urbana sustentável, sob a perspectiva do pedestre, nessas duas cidades planejadas com aspectos urbanísticos tão únicos.
Durante os passeios os participantes serão convidados a participar da campanha Sinalize, avaliando a sinalização disponível para os pedestres implantada nos trechos percorridos.
Subúrbios verticais: os limites da densidade
Em um artigo publicado no The Wall Street Journal chamado For Creative Cities, the Sky Has Its Limit (Para Cidades Criativas, o céu tem seu limite) o autor Richard Florida reflete sobre o desenvolvimento dos entornos urbanos e a relatividade de seu êxito. Isto, no contexto das últimas décadas em que a migração do campo para a cidade é uma clara tendência mundial, é fato que o desenho e a apropriação do espaço estão se tornando assuntos cada dia mais importantes.