O ArquiMemória 6 – Encontro Internacional sobre Preservação do Patrimônio Edificado é, indiscutivelmente, o maior e mais importante fórum de debate sobre a preservação do patrimônio edificado realizado no Brasil. Dele participarão cerca de 800 profissionais atuantes nas mais diversas áreas: docentes, discentes e pesquisadores de renomadas universidades brasileiras e estrangeiras; dirigentes e técnicos do IPHAN e dos órgãos estaduais e municipais de preservação do patrimônio cultural e de planejamento e desenvolvimento urbano oriundos de todo o Brasil e do exterior; profissionais liberais atuantes nas áreas de projeto e obras de restauração; etc.
O evento é organizado conjuntamente pelo Instituto de
Quando perguntado sobre suas memórias em relação à casa onde passou parte da sua infância, o arquiteto finlandês Juhani Pallasmaa diz que, mais do que a visão, suas recordações são baseadas no cheiro da casa. Segundo ele, cada casa tem seu cheiro, o qual nem sempre percebemos quando estamos nela, mas ao voltarmos o reconhecemos de imediato.
O antimonumento 2146 Stones – Monument Against Racism / The Invisible Monument é uma intervenção realizada em 1993 na praça Saarbrücken por Jochen Gerz e alunos de sua disciplina na faculdade Hochschule der Künste Saar, em Saarbrücken, Alemanha. Realizada segundo a prática constante de vigilância [1] de Gerz, a obra é fruto de um momento de inquietação na produção artística alemã que questionava a arte representativa de uma geração nascida no pós-guerra, assim como a busca de quem ao mesmo tempo viveu os eventos da 2ª Guerra Mundial, do início e do fim do Muro de Berlim, enquanto havia um esforço nacional para evitar as memórias do Holocausto.
https://www.archdaily.com.br/br/995833/passado-negativo-o-processo-de-construcao-do-monument-against-racismFabiana Costa
Manter viva a memória da arquitetura brasileira num país que pouco valoriza a profissão e que vem sistematicamente desmantelando as instituições e ferramentas de fomento e manutenção da cultura pode ser uma tarefa ingrata. É, porém, o desafio que se propõe o escritório aflalo/gasperini arquitetos, que acaba de lançar um acervo digital em comemoração aos seus 60 anos de história.
Com o tema Travessias, a Bienal de Arquitetura de São Paulo (BIA)propõe o debate sobre o movimento dos corpos e territórios por meio de uma programação que exerce a troca de experiências, memórias e identidades através de trabalhos plurais e multifacetados. A 13ª edição do evento aposta na formação de uma curadoria colaborativa e interdisciplinar a fim de criar pontes entre diferentes narrativas e sugere a (re)construção de um novo projeto de ocupação dos espaços.
O III Congresso Nacional para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural - CICOP Brasil 2021, é organizado pelo curso de Arquitetura e Urbanismo do Instituto Federal São Paulo- IFSP, Campus São Paulo, e pelo Departamento de História da Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP, tendo como tema “Patrimônio cultural: fragmentos, somas, construções e distopias”. O evento será totalmente gratuito e acontecerá em sua totalidade em ambiente virtual, entre os dias 09 e 12 de novembro de 2021.
A Comissão Organizadora do CICOP Brasil 2021 tem o prazer de convidar toda a comunidade interessada para participar por meio de submissão de artigos e solicita
Tudo aquilo que é construído, pela força e trabalho físico e intelectual do homem, tem significado. É na matéria que encontramos resquícios de antigas civilizações, e a partir desses registros entendemos suas características, as tecnologias envolvidas e sua organização social. As cidades e os grandes centros urbanos têm camadas e camadas de acontecimentos que ficam registrados em suas ruas, edifícios, praças e parques. Muitas vezes, a depender do desenvolvimento do lugar, essas evidências vão sendo apagadas, desconsideradas e alteradas.
Desastres naturais, agravados ou não pela ação do homem, são cada vez mais frequentes no mundo atual.
O Chile é um dos países que conta com um longo histórico de desastres naturais, muitos deles ocorridos nos últimos anos, o que revela quão dramático e desanimador é para sua população. É como se o país vivesse em estado permanente de reconstrução.
O lugar em que nascemos, onde moramos e as referências das cidades fazem parte da história e compõe nossa identidade. Será que conseguimos decifrar o que esses espaços nos contam? Será que podemos expressar nossa percepção sobre eles? O Vale do Anhangabaú anuncia parte essencial do desenvolvimento de São Paulo e integra o imaginário de quem construiu memórias ali. Esse artigo é um exercício de transcorrer diferentes temas para instigar múltiplas possibilidades, coletivas e individuais, reais e utópicas, de experienciar esse espaço.
A Arquitetura é frequentemente atribuida à ideia de abrigo, desde as construções primórdias. No entanto, o memorial é um dos poucos tipos de arquitetura cuja função fundamental não é abrigar, mas sim, lembrar. Espaço que respeitosamente tem como objetivo dar memória àqueles que se foram em atos heróicos ou lamentavelmente vítimas de cruéis eventos históricos, que pode então ser entendido como um monumento ou edifício cujo propósito é fundamentado em materializar a emoção do intangível, criando uma memória coletiva e lembrada através do tempo.
A arquiteta Ayesha Luciano não sabe muito sobre seus antepassados. Assim como outros descendentes de populações afro-brasileiras e indígenas, a história de sua família foi apagada durante o processo de colonização do Brasil. É o que a filósofa Sueli Carneiro chama de epistemicídio: o aniquilamento das saberes e memórias em países de passado escravista.
Mas os perpetradores deste genocídio têm suas figuras lapidadas em pedra, ocupando lugar central em espaços públicos do país. É o caso da estátua totêmica do bandeirante Borba Gato, na capital de São Paulo, ou de Joaquim Pereira Marinho, traficante de pessoas escravizadas cuja estátua está no centro de Salvador (BA). A arquiteta comenta:
A Partir do Centro é um projeto cultural composto por um ciclo de debates, workshops, entrevistas e exposição que acontecerá em espaços culturais do Centro de Vitória com o objetivo de promover a valorização da memória e do futuro. O evento de abertura ao público ocorrerá no dia 12 de março, às 19 horas, no Palácio Sônia Cabral e terá como palestrante o arquiteto e urbanista capixaba Paulo Archias Mendes da Rocha. O projeto vai abordar temas urbanos contemporâneos, de forma transversal, tendo como ponto de partida o Centro Histórico da cidade de Vitória/ES. Dentre os eventos a serem
O “Caminho Histórico Glória-Lavapés” é composto pelas ruas da Glória e do Lavapés, que interligam os bairros da Liberdade, Glicério e Cambuci situados na região central do município de São Paulo. Apesar de ter sido tombado em março de 2018 e homologado em julho de 2019 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP), esse lugar ainda enfrenta problemáticas que reiteram e reforçam o apagamento histórico de memórias importantes compreendidas ao longo dessa extensão como a memória de ocupação negra, a memória morfológica do traçado da cidade colonial e a memória visual e topográfica da condição acidentada do terreno.
https://www.archdaily.com.br/br/929303/bairro-da-liberdade-o-apagamento-historico-da-memoria-negra-em-sao-pauloBeatriz Hubner, Fernanda Galloni, Paloma Neves, Stela Mori
O Museu da Cidade inaugura no dia 04 de maio, sábado, às 11 horas, as instalações “Chacina da Luz” e “Monumento Nenhum”, da artista Giselle Beiguelman, nos espaços do Solar da Marquesa de Santos e Beco do Pinto, respectivamente. As obras discutem a perda da memória no espaço público e a relação da cidade com seu patrimônio histórico e cultural. Compostas por fragmentos de monumentos, as instalações reproduzem a situação das peças tal qual foram encontradas pela artista em depósitos públicos, como uma espécie de “ready made” do esquecimento.
O Blog da Fundação Arquia nos traz um artigo que faz uma reflexão, a partir de uma experiência pessoal, sobre como a memória não deve ser tratada de forma ascética, já não são suficientes estudos técnicos e tipológicos de um determinado patrimônio arquitetônico ou do reconhecimento das características de um local, de seus costumes ou história. A memória é emocional e, por isso, é necessário entender o verdadeiro significado do lugar e o valor dessa arquitetura que vai além do material.
Com o tema "Patrimônio Cultural e Cidadania", a primeira edição Fórum Regional do Patrimônio Cultural será realizado nos dias 17 e 18 de agosto de 2018 na cidade de Muriaé, estado de Minas Gerais e abordará, com assuntos temáticos, a relação de pertencimento e cidadania junto a preservação do Patrimônio Cultural. O Fórum integra a programação da Mostra de Patrimônio Cultural que acontecerá entre os dias 17 e 31 de agosto e inclui oficinas de Educação Patrimonial, exposições temáticas, e a V edição do Prêmio de Incentivo ao Patrimônio Cultural.
No dia 16 de maio, às 18h30, a professora do Departamento de Sociologia da USP Fraya Frehse realiza a última palestra do ciclo “Planos: Diálogos em Arquitetura, Urbanismo e Design”, promovido pelo Programa de Mestrado Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Design da Belas Artes. A partir do tema “Cidade e Memória”, Fraya contará sobre sua experiência nas áreas de antropologia e sociologia em sua interface com a história e os estudos urbanos, com destaque para as relações entre corpo, espaço público e cidade/urbanização em São Paulo, abordando em particular o que os usos corporais dos lugares públicos (com destaque para
Em tempos de debates entorno dos índices de desemprego e déficit de moradias, o documentário interativo traça o recorte de um período onde o vínculo indústria x habitação era praticado pela disseminação de Vilas Operárias nos “subúrbios” urbanos. O lançamento oficial acontece nos dias 10 e 24 de maio.
No Brasil, a moradia na forma das vilas operárias encontra raízes em um remoto passado, como um sucedâneo da senzala. Em decorrência do processo de industrialização e do conseqüente inchaço populacional dos centros urbanos , industriais cujas fábricas desempenhavam papéis de destaque ao contexto econômico, ou “empreendedores imobiliários” da época passam a