Em um esforço para encontrar estratégias eficazes para mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas, a administração de Biden-Harris divulgou um rascunho de uma nova iniciativa legislativa que se esforça para impor uma Meta Nacional para Edifícios de Emissão Zero. Supervisionado pelo Departamento de Energia dos EUA (DOE), o rascunho propõe uma base padronizada e verificável para definir as condições mínimas comuns para tais edifícios, bem como caminhos para verificações transparentes por entidades públicas e privadas. O DOE lançou agora uma "solicitação de informações" pedindo feedback da indústria, academia, laboratórios de pesquisa e outros interessados antes de finalizar o documento.
Net Zero: O mais recente de arquitetura e notícia
Estados Unidos planejam estabelecer meta nacional para edifícios de emissão zero
Prêmio World Habitat 2024 reconhece iniciativas habitacionais que capacitam as comunidades
A organização internacional sem fins lucrativos World Habitat, em parceria com a UN-Habitat, anunciou os Prêmios World Habitat 2024. Eles visam destacar projetos que demonstram abordagens inovadoras e transformadoras para as moradias, incorporando princípios de adaptação às mudanças climáticas e soluções orientadas para a comunidade. Neste ano, foram selecionados oito projetos, dos quais dois foram reconhecidos com o Prêmio Gold World Habitat.
Conclusões da COP28: pontos-chave para reduzir as emissões na arquitetura e na construção
A COP28, ou a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, foi realizada em Dubai entre 30 de novembro e 13 de dezembro. O encontro anual reuniu representantes de 198 países, bem como líderes da indústria, para discutir e estabelecer estratégias para limitar a extensão das mudanças climáticas e seus efeitos adversos. O objetivo final dessas reuniões é encontrar maneiras de limitar o aumento da temperatura global em menos do que 1,5 graus Celsius em comparação com os tempos pré-industriais. No momento, o aumento da temperatura global já está em 1,2 graus Celsius. Como a indústria da construção em geral responde por 39% das emissões globais, arquitetos e urbanistas têm especial interesse nos resultados desta cúpula internacional.
Economia da biofilia: o sentido de projetar com a natureza
Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.
Um simples passeio no parque tranquilizará até mesmo o indivíduo mais tenso. Mas e quanto aos lugares onde as pessoas passam muito mais tempo, como escolas, escritórios e hospitais? Qual papel a arquitetura pode desempenhar na incorporação da natureza nesses ambientes? E qual o custo adicional disso? Bill Browning publicou um livro - The Economics of Biophilia: Why Designing With Nature in Mind Makes Financial Sense, 2nd Edition (escrito com Catie Ryan e Dakota Walker) - argumentando que o custo de trazer a natureza para ambientes construídos não é proibitivo, mas aditivo. Um estrategista ambiental com uma longa história em construção sustentável, Browning é um dos sócios (com os arquitetos Bob Fox e Rick Cook) da consultoria de design sustentável Terrapin Bright Green. Recentemente conversei com Browning sobre arquitetura biofílica – e, como ele foi membro fundador do conselho de administração do Green Building Council dos EUA, também sobre os pontos fortes e fracos do sistema de classificação LEED.
Elevando a arquitetura zero líquida com soluções inovadoras de fachada
Mover-se em direção a um futuro sustentável é um desafio global que envolve que todas as disciplinas trabalhem juntas. De acordo com o Relatório de Status Global 2021 para Edifícios e Construção, quase 40% das emissões de carbono vêm desta indústria. Isso coloca uma grande responsabilidade sobre ela, que deve estar aberta a explorar estratégias, tecnologias e materiais inovadores para pavimentar o caminho em direção a uma meta de sustentabilidade universal: alcançar a neutralidade de carbono até o ano de 2050.
Com isso em mente, este artigo apresenta três produtos e sistemas específicos - vidros de baixo carbono, concretos de baixo carbono e materiais leves - que arquitetos estão aplicando em seus projetos para contribuir para um design arquitetônico de baixo impacto.
Preparação para a COP28: ações no ambiente construído podem nos salvar da crise climática?
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, mais frequentemente referida como COP28, é um encontro de mais de 160 países que concordam em combater os impactos prejudiciais das atividades humanas no clima. A Cúpula Internacional sobre o Clima acontece anualmente, reunindo chefes de estado, delegados e representantes de vários países para negociar ações e acordos relacionados à mitigação da crise climática. No ano passado, a COP 27 foi realizada de 6 a 18 de novembro de 2022, em Sharm El Sheikh, Egito. Com a próxima COP 28 nos Emirados Árabes Unidos prestes a acontecer, vale a pena examinar o impacto da conferência e o que esperar.
A COP 28 ocorrerá de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Este ano, o programa será voltado para responder à Avaliação Global e "fechar as lacunas de 2023". A presidência da COP lançou uma consulta sobre áreas temáticas, incentivando os participantes internacionais a destacar as questões mais urgentes que devem ser priorizadas no evento. Os temas deste ano são Tecnologia e Inovação, Inclusão, Comunidades de Linha de Frente, e Finanças.
SOM projeta campus net-zero em Nova York
O escritório Skidmore, Owings & Merrill foi selecionado para projetar a Bolsa de Clima de Nova York em parceria com a Stony Brook University, um instituto de pesquisa pública nova-iorquino. O novo campus net-zero, localizado na Governors Island, será uma instituição âncora no desenvolvimento de novas soluções climáticas. Sendo um centro internacional pioneiro, "A Bolsa" também atuará como um hub regional para a economia verde.
Um interior impresso em 3D com plástico reciclado: reduzindo os resíduos e aprimorando o design
"Nosso planeta está sufocando com plástico", afirma as Nações Unidas. Embora o material feito pelo homem tenha muitos usos valiosos, nosso vício em produtos plásticos de uso único levou a severas questões econômicas, de saúde e ambientais. Aproximadamente um milhão de garrafas plásticas são compradas a cada minuto e cinco trilhões de sacos plásticos são usados todos os anos em todo o mundo - usados apenas uma vez e depois jogados fora. Plásticos e microplásticos chegaram a todos os cantos de nosso ambiente natural, desde os picos das montanhas mais altas até as profundezas dos oceanos. Tanto que eles se tornaram parte do registro fóssil da Terra e criaram um habitat microbiano marinho totalmente novo conhecido como "Plastisfera".
Como os serviços de assinatura se relacionam com a arquitetura?
As assinaturas estão rapidamente se tornando parte integrante da vida cotidiana. Por exemplo, as plataformas de streaming substituíram completamente a necessidade de possuir aparelhos de DVD, enquanto que os serviços de veículo por aplicativo suprem parcialmente a necessidade de possuir um carro particular. As assinaturas têm sido amplamente entendidas como serviços digitais, mas uma nova tendência sugere que o mesmo conceito pode ser transferido para objetos físicos em um futuro próximo. Em vez de ter uma geladeira, uma máquina de lavar ou mesmo lâmpadas, pode-se adquirir uma assinatura para garantir a durabilidade dos produtos, roupas limpas e uma casa bem iluminada.
O conceito é conhecido como “economia baseada em assinaturas”, uma variante da noção de “economia circular”. Ele postula que, em vez de possuir alguns dos objetos utilizados diariamente, é possível subscrever um serviço para ter acesso às mesmas vantagens, mas sem a necessidade de possuir, manter ou alienar o objeto em questão. Os consumidores não compram mais produtos; eles compram acesso a serviços. Às vezes, isso significaria simplesmente alugar o objeto em vez de comprá-lo, mas o modelo vai um passo além. Ele traz uma mudança de responsabilidade e mentalidade. Isso porque os consumidores já não são os proprietários dos objetos, a responsabilidade de reutilizar e reciclar recai sobre os produtores, que passam a ser responsáveis por todo o ciclo de vida dos objetos que criam.
Arquitetura e planejamento urbano podem combater as mudanças climáticas?
As mudanças climáticas têm sido um dos tópicos mais urgentes deste ano, e por um bom motivo. Seus efeitos são visíveis não apenas em habitats naturais, mas também em ambientes urbanos. A indústria da construção civil tem um papel importante nesta dinâmica. Ao longo do ano, eventos como a COP27 enfatizaram a importância dos esforços para zerar as emissões líquidas e os desafios enfrentados pelos países em desenvolvimento afetados por desastres naturais, cada vez mais devastadores. Possíveis direcionamentos rumo ao desenvolvimento incluem ações em vários estágios e escalas, desde a otimização de espaços verdes para controle de calor urbano até o uso de materiais de construção locais e inovadores para minimizar a pegada de carbono, ou a aprovação de leis que ajudam a criar ambientes urbanos e naturais mais sustentáveis.
Este artigo representa um resumo de artigos publicados no ArchDaily durante o ano de 2022 com temas relacionados às mudanças climáticas e o potencial da arquitetura para fazer a diferença. Ele divide o tópico em quatro questões principais: O que as cidades estão fazendo para mitigar o calor urbano? Como enfrentar o aumento do nível do mar? O que foi a COP27 e por que ela é importante? Os materiais de construção podem ajudar a atingir esses objetivos? A última seção apresenta um panorama das novas legislações aprovadas ao longo de 2022, como forma de entender como os governos estaduais e municipais estão impondo essa necessidade de mudança.
Aeroporto abandonado em Atenas será transformado no maior parque costeiro da Europa
O Aeroporto Internacional de Atenas foi desativado em 2001 e levou duas décadas para o governo local reunir fundos e estabelecer diretrizes para transformar os 242 hectares (600 acres) não utilizados no maior parque costeiro da Europa. O escritório de arquitetura Sasaki está liderando o projeto de transformação para criar o Parque Metropolitano Ellinikon, que contará com diversos equipamentos de uso público e um centro cultural para a cidade de Atenas.
O que é arquitetura regenerativa? Limites do design sustentável, pensamento sistêmico e o futuro
Um dado muito citado na indústria da arquitetura é que o ambiente construído é responsável por cerca de 40% das emissões globais de carbono. Esse fato preocupante coloca uma imensa responsabilidade sobre os profissionais da construção. A ideia de sustentabilidade na arquitetura surgiu com urgência como uma forma de remediar os danos ambientais. Várias práticas de sustentabilidade não visam mais do que tornar os edifícios “menos ruins”, servindo como medidas inadequadas para a arquitetura atual e do futuro. O problema com a arquitetura sustentável é que ela se resume a "sustentar".
Para manter o estado atual do meio ambiente, a comunidade de arquitetura tem trabalhado para meios de produção mais ecológicos. Convencionalmente, um edifício verde emprega características ativas ou passivas como ferramenta de redução e conservação de recursos. A maioria dos projetos sustentáveis vê os edifícios como um recipiente próprio, em vez de partes integradas de seu ecossistema. Com as necessidades atuais do planeta, essa abordagem não é suficiente. Não basta sustentar o ambiente natural, deve-se também restaurar os processos ambientais.
Foster + Partners divulga projeto para um dos maiores empreendimentos em madeira de Londres
O escritório Foster + Partners divulgou o projeto para um novo empreendimento de uso misto no centro de Londres. O edifício está localizado na Queensway, em frente à famosa loja de departamentos Whitley, que também está sendo requalificada pela Foster + Partners como parte de um projeto de renovação urbana. Chamado de The William, em homenagem a William Whiteley, o fundador homônimo dos famosos Whiteleys, o projeto inclui seis pavimentos de escritórios, lojas e 32 unidades residenciais, 11 das quais terão preços acessíveis.
O significado da COP27 para a arquitetura e a indústria da construção
A Conferência das Partes das Nações Unidas de 2022, também conhecida como COP27, foi realizada entre 6 e 18 de novembro de 2022, em Sharm El Sheikh, no Egito. A conferência contou com mais de 90 chefes de estado e cerca de 35.000 representantes, ou delegados, de 190 países. Essas conferências têm como objetivo encorajar e orientar os países a tomarem medidas efetivas contra as mudanças climáticas. Embora abordem mais questões, o ambiente construído é reconhecido por desempenhar um papel importante na garantia de que as metas de sustentabilidade sejam alcançadas.
BIG divulga projeto de transformação sustentável do porto de Aqaba na Jordânia
O escritório dinamarquês BIG se uniu às companhias APM Terminals e Maersk para repensar o futuro da indústria naval. A firma liderada por Bjarke Ingels propôs um plano diretor para o Terminal Portuário de Aqaba, na Jordânia, previsto para ser implementado até 2040. Considerado um dos portos mais estratégicos do país e uma importante porta de entrada do Oriente Médio, o projeto de três quilômetros quadrados mesclará diferentes abordagens estratégicas em escala regional, começando pela reforma do terminal existente, expansão das funções logísticas e conexão com a comunidade portuária e o ambiente natural como um todo.
O plano diretor para o porto de Aqaba se alinha com a meta global de zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2030, para a qual BIG contribuiu ativamente com projetos como a CapitaSpring Tower em Cingapura, em parceria com Carlo Ratti Associati, e a recém-anunciada comunidade impressa em 3D no Texas, co-projetada com ICON.
Stefano Boeri Architetti apresenta protótipo de floresta vertical na COP27
O escritório Stefano Boeri Architetti apresentou um novo projeto para uma floresta vertical durante a COP27 em Sharm El-Sheikh, Egito. O protótipo seria para Dubai, a cidade mais populosa dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e sede da COP28 em 2023. O ambicioso projeto representaria o primeiro protótipo de uma floresta vertical no MENA (Oriente Médio e Norte da África), e é o mais recente de uma extensa lista de edifícios cobertos de vegetação projetados pelo Boeri Architetti, incluindo o Bosco Verticale em Milão, o Easyhome Huanggang na China e um protótipo da primeira floresta vertical holandesa.
SOM apresenta Urban Sequoia na COP27, uma proposta para absorver carbono da atmosfera
Em uma apresentação no Buildings Pavilion Auditorium durante a COP27, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Sharm El-Sheikh, Egito, Skidmore, Owings & Merrill (SOM) apresentou o conceito Urban Sequoia NOW. A proposta, desenvolvida por uma equipe interdisciplinar da SOM, apresenta um sistema que pode absorver o carbono da atmosfera durante todo o seu ciclo de vida. O projeto pode ser implementado com as tecnologias atuais. O modelo representa o conceito da SOM de ir além do carbono líquido zero, combinando múltiplas estratégias: reduzir o carbono incorporado, gerar energia, absorver carbono e aumentar a vida útil típica de 60 anos do edifício.
COP27 coloca em foco a necessidade de zerar emissões de gases de efeito estufa
Desde de 6 de novembro, líderes mundiais estão se reunindo em Sharm el Sheikh, no Egito, para a COP27. O nome significa a 27ª Conferência das Partes, um evento quase anual iniciado sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) de 1992. O objetivo dessas conferências é garantir que os países estejam comprometidos em tomar medidas para evitar mudanças climáticas perigosas e encontrar maneiras de reduzir globalmente as emissões de gases de efeito estufa de maneira equitativa. A eficácia dessas reuniões variou ao longo dos anos, com algumas iniciativas bem-sucedidas, como o Acordo de Paris de 2015, um tratado internacional juridicamente vinculativo adotado por 196 partes com o objetivo de limitar o aquecimento global em menos de 2ºC ou, preferencialmente, 1,5ºC em comparação com o período pré-industrial.