Herzog & de Meuron se uniram ao arquiteto britânico John Pawson para projetar uma torre de 28 pavimentos no distrito de Bowery, em Manhattan. A torre de concreto aparente será, como descreve o empreendedor Ian Schrager, "a expressão última do encontro entre Uptown e Downtown." Onze apartamentos de luxo coroarão um hotel com 370 unidades, todos com plantas livres e aberturas do chão ao teto que oferecerão vistas em 360° para a cidade.
New York: O mais recente de arquitetura e notícia
Herzog & de Meuron projetam torre de luxo de 28 pavimentos em Manhattan
Em defesa da vaidade dos edifícios em altura
Recentemente os editores do ArchDaily receberam um pedido interessante de um Diretor de Comunicações anônimo de uma empresa não identificada de Nova Iorque, dizendo: "Em seu relato, por favor não repitam como fato, ou como 'oficial', a opinião de que o One World Trade Center em Nova Iorque será o edifício mais alto dos Estados Unidos.” Ele ou ela continua, explicando que quem decidiu "anunciar" a edificação como a mais alta nos EUA, o Council on Tall Buildings and Urban Habitat (CTBUH), não é oficialmente aprovado pelo AIA ou pelo governo dos EUA, e que, mesmo que seu trabalho tenha sido benéfico para a arquitetura e para as cidades como um todo, seu critério de avaliação da altura das edificações possui falhas e tem sido criticados por muitos na indústria.
O desejo de se ter o maior edifício em uma cidade, país ou até do mundo se dá desde, pelo menos, o período medieval, onde famílias nobres de cidades italianas de colina como San Gimignano tentavam superar os esforços de construção de outras cidades (piadas sobre a natureza freudiana de tal competição não são, imagino, tão recentes). Talvez o maior símbolo do desejo disso seja a coroa decorativa do Chrysler Building, que foi desenvolvida em segredo e permitiu ao edifício receber brevemente o título de mais alto do mundo, para a surpresa e ira dos competidores em seu tempo.
Com este espírito competitivo, aparentemente, ainda muito vivo, pensei que poderia ser útil abordar a questão levantada pelo nosso amigo anônimo.
"Tour de Verre" de Jean Nouvel pronta para ter suas obras iniciadas
O tão aguardado projeto 53 West 53rd Street, também conhecido como Tour de Verre ou MoMA Tower, de Jean Nouvel, está finalmente pronto para ter suas obras iniciadas. A notícia foi divulgada após a construtora Hines, responsável pelo projeto, ter adquirido o direito de construir sobre os edifícios adjacentes - o MoMA e a Igreja Episcopal St.Thomas - e ter conseguido o crédito de US$ 860 milhões necessários para a construção do edifício.
Originalmente proposto em 2007, o projeto foi assolado por problemas, incluindo significativos atrasos devido à crise financeira e um difícil processo de aprovação que resultou na redução da altura do edifício de 375m para os atuais 315 metros. No entanto, segundo um comunicado da Hines, o início das obras é agora "iminente".
Nova Iorque mostra que ciclovias protegidas são realmente um avanço
A implementação de ciclovias protegidas nas cidades frequentemente suscita objeções de condutores que acreditam que dedicar uma pista inteira aos ciclistas prejudica o fluxo dos carros e cria mais congestionamentos nas cidades. Contudo, um estudo sobre as ruas de Nova Iorque que vem sendo desenvolvido desde a implementação das primeiras ciclovias protegidas na cidade em 2007, mostra que, na realidade, o oposto é verdadeiro: separar os diferentes tipos de tráfego torna os deslocamentos mais rápidos.
Isso sem nem considerar os benefícios para a segurança dos ciclistas que este tipo de ciclovia garante, com o estudo demonstrando que o risco de acidentes envolvendo ciclistas e pedestres diminuiu nas ruas onde as ciclovias protegidas foram instaladas.
Saiba mais sobre os resultados desse estudo, a seguir.
Um passeio pelo High Line com Iwan Baan
Domingo passado foi inaugurado o terceiro e último trecho do High Line de Nova Iorque, um projeto que transformou uma ferrovia abandonada localizada no West Side de Manhattan em um dos parques urbanos mais famosos do mundo. Desde a abertura do primeiro trecho, em 2009, o fotógrafo de arquitetura Iwan Baan vem documentando seu processo de construção e apropriação. Agora, pela primeira vez, apresentamos uma jornada fotográfica através do High Line concluído. Confira as fotos, a seguir.
Inaugurado hoje o terceiro (e último) trecho do High Line de Nova Iorque
Hoje, 21 de setembro, o terceiro e último trecho do High Line de Nova Iorque foi aberto ao público. Nesse trecho os típicos bancos que se transformam em mesas e gangorras se mesclam a uma paisagem exuberante, diversificada e de aparência descuidada - remanescente dos trilhos "esquecidos". Segundo Piet Oudolf - paisagista holandês que trabalhou com James Corner Field Operations e Diller Scofidio & Renfro -, o trecho mais ao norte, que custou US$ 75 milhões, será uma "introdução à vida selvagem" que responde diretamente ao desejo do público de "caminhar sobre os trilhos originais". Em breve publicaremos mais imagens da inauguração do último trecho do High Line.
Evento "Conexão Rio - New York com Janette Sadik-Khan", no IAB-RJ
A ex-secretária de transportes de Nova Iorque Janette Sadik-Khan participará de um debate, na próxima segunda-feira, 22 de setembro, na sede do IAB-RJ, para discutir as experiências bem sucedidas em mobilidade e planejamento urbano em solo americano, e inspirar cidades brasileiras a enfrentarem seus desafios.
Promovido pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil), com apoio do IAB-RJ e do Movimento Rio Como Vamos, o evento é gratuito e aberto ao público, mediante inscrição prévia através do e-mail inscricoes@iabrj.org.br.
4 organizações cidadãs dos EUA que transformam lugares abandonados em espaços públicos
Há algum tempo publicamos as 7 ideias que a urbanista Helen Leung desenvolveu para que os cidadãos possam recuperar de maneira rápida e econômica lugares abandonados das cidades antes que as autoridades decidam o que fazer com eles.
Mostramos agora como trabalham quatro organizações cidadãs dos Estados Unidos que se dedicam a difundir onde estão esses lugares e quais são suas características, visando recuperá-los através das ações e ideias das comunidades locais. Dessa forma, buscam fazer uma ponte entre quem vive próximo a esses espaços e aqueles que têm propostas para transformá-los em novos espaços públicos.
Conheça, a seguir, essas organizações e o modo como trabalham.
De locais abandonados a parques urbanos: 3 projetos nos EUA
Tomando como exemplo o High Line, em Nova Iorque, diversas cidades têm desenvolvido projetos para criar novos espaços públicos em lugares em desuso. Alguns destes casos são: “The Goods Line Project”, em Sidney, e a transformação de um bairro central de Moscou a partir da recuperação de uma fábrica.
Nos Estados Unidos, três novas iniciativas, em Chicago, Los Angeles e novamente em Nova Iorque, buscam regenerar regiões abandonadas e que tem em comum o desejo de criar novos parques urbanos. Enquanto que, em alguns dos casos, os projetos surgiram a partir de autoridades, em outros tem sido impulsionados por organizações de cidadãos, o que, por si só já é uma grande demonstração de que iniciativas cidadãs podem chegar longe e melhorar efetivamente as cidades.
Veja, a seguir, as descrições, imagens e vídeos dos projetos.
Artistas urbanos de Nova Iorque contam com mais espaços públicos para intervenções
O Departamento de Transporte (DOT) de Nova Iorque conta com o DOT ART, um programa de arte através do qual o departamento se associa com artistas e organizações dedicadas à arte urbana, oferecendo-lhes oportunidade de transformar as ruas, praças, pontes e calçadas da cidade por meio de instalações esculturas, pinturas de muros e estêncis.
Assim, a cidade confere cada vez mais valor às mostras de arte e oferece mais espaços para que os próprios cidadãos intervenham nos lugares, tornando-se muito mais atraentes e representativos.
A seguir, mostramos 7 projetos realizados através desse programa que vão desde muros e viadutos pintados até esculturas feitas a partir de bicicletas, que promovem a conscientização da necessidade de um transporte limpo.
Conferência TED: Como os espaços públicos fazem com que as cidades funcionem
Amanda Burden é ex-diretora do Departamento de Planejamento Urbano de Nova Iorque e presidente da Comissão de Planejamento Urbano durante o governo de Michel Bloomberg, onde trabalhou para promover a revitalização de Lower Manhattan e melhorar o acesso público à orla do Brooklyn, entre outros importantes projetos que melhoraram os espaços públicos de Nova Iorque nos últimos anos.
Nessa conferência TED, Burden explica como os espaços públicos de Nova Iorque, desde pequenos parques até grandes intervenções realizadas nos últimos anos, que têm como foco principal o pedestre, foram fundamentais para fazer com que os mais de 8 milhões de habitantes que vivem na cidade tivessem uma melhor qualidade de vida.
A importância do transporte público para os espaços urbanos
Uma das características dos espaços públicos bem projetados é que as pessoas querem visitá-los e gostam de permanecer neles. Para que isto ocorra há vários fatores envolvidos, como a influência exercida pela arquitetura, os edifícios históricos e os monumentos, as atividades que existem no lugar, a facilidade de acessá-lo, entre outros.
Em relação a este último ponto, não apenas os deslocamentos são importantes, mas também os acessos através das conexões oferecidas pelo transporte público. Portanto, tem-se um equilíbrio entre desenho urbano e transporte planejado que influencia o caráter e causa um impacto social nos espaços públicos.
Conheça, a seguir, três espaços bem sucedidos nesse aspecto:
NY lança competição de aplicativos que melhorem a segurança no trânsito
Em Nova Iorque, somente no ano de 2013, ocorreram 14.845 acidentes entre motoristas e pedestres. Buscando reduzir este número, o NYC Media Lab, a Escola Politécnica de Engenharia da NYU e a empresa de comunicações AT&T lançaram a competição Connected Intersections que convida projetistas e engenheiros a desenvolver aplicativos que alertem os pedestres, ciclistas e motoristas quanto a situações perigosas relacionadas ao trânsito.
Um dos requisitos essenciais é que o aplicativo não distraia os usuários, mas apenas os informem sobre potenciais perigos.
Mais detalhes a seguir.
"The Landscape Imagination" - Ensaio sobre o High Line, por James Corner
O texto a seguir é um trecho do livro The Landscape Imagination: The Collected Essays of James Corner 1990–2010 by James Corner. Nesta passagem, Corner discute o trabalho de John Dixon Hunt e as qualidades de seu trabalho que Corner procura incorporar no seu próprio (incluindo o redesenho paisagístico do High Line de Nova Iorque, realizado pelo seu escritório - James Corner Field Operations)
Ao longo das últimas duas décadas, James Corner reinventou a disciplina do paisagismo. Seus escritos bastante influentes da década de 1990, incluídos no best-seller Recovering Landscape, juntamente com uma série de projetos construídos após a virada do milênio, como o célebre High Line de Nova Iorque, provam que a melhor maneira de resolver os problemas que enfrentam nossas cidades é abraçar seu passado industrial. Coletando os escritos de Corner do início da década de 1990 até 2010, The Landscape Imagination aborda questões críticas sobre arquitetura paisagística e reflete sobre como seus escritos influenciaram a obra construída de seu próspero escritório em Nova Iorque, o Field Operations.
Prodigy Network anuncia os vencedores da competição de crowdsourcing para o projeto 17 John
A Prodigy Network selecionou os vencedores da competição de projeto de crowdsourcing para o "Cotel" 17 John (um hotel que será construído em Manhattan com recursos de diversos pequenos investidores), dentre os quais os vencedores que projetarão os espaços públicos internos e os quartos privativos. A ideia por trás do "Cotel" é atender as diversas necessidades daqueles que viajam em função de negócios, proporcionando espaços adaptados que estão entre um apartamento para longa estadia e um quarto para apenas uma noite, além de espaços flexíveis que podem ser usados para trabalho ou reuniões.
As competições aconteceram através da página Design Lab, da Prodigy Network, e a escolha das propostas vencedoras se deu numa mistura de voto popular e seleção do júri. "Os vencedores da competição 17 John foram intuitivos em relação às necessidades do viajantes, criativos em relação aos espaços e compreensivos em relação às funções dessas residências temporárias", comentou o fundador da Prodigy Network, Rodrigo Nino. Veja a seguir as propostas vencedoras.
Espaços de pedestres em NY e Paris: cidades mais seguras e com menos automóveis
Do total de trajetos diários realizados em Nova Iorque, 34% são feitos a pé, enquanto que em Paris essa marca alcança 32%, apenas nos dias úteis.
Esses números sugerem que os espaços públicos construídos na última década nessas cidades - projetados com foco nos pedestres - permitiram consolidar e melhorar a mobilidade nessas áreas metropolitanas, criar lugares mais seguros para o trânsito de pedestres, transformar espaços que antes eram destinados aos automóveis em lugares para a escala humana, construir ciclovias segregadas e diminuir o uso dos automóveis nas regiões centrais.
A seguir os números que mostram o impacto positivo dos espaços de pedestres nessas cidades.
AMLGM propõe torres ameboides sobre os nodais de transporte de Nova Iorque
Chad Kellogg e Matt Bowles do escritório AMLGM propuseram uma nova tipologia residencial para Nova Iorque que pode conectar e transformar o espaço vazio em torno de diversos nodais de transporte em densas torres de uso misto.
A proposta, apelidada de Urban Alloy, que venceu a competição Living Cities Residential Tower, promovida pela Metropolis, e recebeu menção honrosa na competição Evolo Skyscrapers 2014, é capaz de responder a diversas situações espaciais, proporcionando um novo meio da cidade crescer "organicamente" e oferecendo habitações adequadas para a população em expansão.
Leia a descrição dos arquitetos a seguir...
Guia “NYC: Conselhos Básicos e Etiqueta” para melhorar a convivência na cidade
A convivência nos espaços públicos das grandes cidades às vezes não é muito agradável. Levando isso em conta, o ilustrador Nathan W. Pyle criou o guia “NYC: Conselhos Básicos e Etiqueta” com exemplos de como evitar 100 situações cotidianas que podem afetar negativamente os demais cidadãos, como por exemplo, quando deixamos as bolsas nos bancos vazios do metrô ou quando um automóvel estaciona em na ciclovia.
Na animação acima, o autor mostra uma situação que não somente acontece em Nova Iorque, mas também em várias cidades do mundo. Por isso, lembre-se de permanecer à direita nas escadas do metrô e evite parar no final dela para não dificultar a saída das outras pessoas.
Veja 15 situações animadas a seguir.