Após trazer dez livros sobre arquitetos que são importantes referências para compreender a mente de grandes ícones da Arquitetura no mundo, hoje apresentamos dez filmes do nosso Arquivo que retratam a biografia e obra de outros nomes.
No dia 28 de maio, alguns ilustres arquitetos, entre eles Rem Koolhaas e Norman Foster, se reuniram no primeiro dos "Meetings on Architecture" - uma série de discussões organizada por Aravena na Bienal de Veneza 2016. Sob o tema "Infraestrutura", cada convidado contou histórias acerca de seus projetos na Bienal e respondeu a questões colocadas pelo público.
Sobre a série de palestras, Aravena comenta: "organizamos elas em torno de temas, mas a arquitetura, por essência, sempre integra mais que uma dimensão. Estes encontros serão, então, um modo de receber a partir dos próprios autores a riqueza e complexidade do ambiente construído, e o que é necessário para atingir isso." Ao mesmo tempo que destacou alguns projetos únicos, este primeiro focou na urbanização de economias emergentes e os processos sócio-políticos e efeitos de se realizar estes projetos urbanos.
Bjarke Ingels foi eleito uma das 100 pessoas mais influentes do mundo segundo a revista TIME em sua lista anual dividida em cinco categorias: pioneiros, titãs, artistas, líderes e ícones. Outros gigantes do mesmo âmbito avaliam a autoridade de cada figura selecionada, e no caso do fundador do BIG, seu ex-chefe, Rem Koolhaas, tece um comovente elogio.
Em suas funções de teórico, crítico, catedrático e conselheiro de Habitação em Barcelona após as últimas eleições municipais na Espanha, conversamos com Josep Maria Montaner, doutor arquiteto e catedrático da Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona, autor de Después del movimiento moderno (1993) e Arquitectura y política (2011, com Zaida Muxí).
Após sua publicação mais recente, A condicção contemporânea da arquitetura(2015), Montaner fala sobre as tendências atuais da disciplina: sua dualização como resposta da crescente desigualdade econômica, a comercialização e exportação da linguagem formal, o estado das publicações impressas e a relação entre arquitetura e política em anos de transformação social.
"A arquitetura e o urbanismo estão recuperando o papel político e social que haviam tido em outros momentos de mudança. Se não o fazem, a arquitetura ficará à margem do futuro", diz Montaner.
Em um artigo escrito para oFinancial Times, Edwin Heathcote responde à recente notícia de que o OMA venceu um concurso para projetar o novo e "ultra-flexível" espaço de artes da cidade inglesa de Manchester. The Factory, nome dado em função do rico patrimônio industrial da cidade, será um dos maiores projetos culturais desse tipo. Com apoio financeiro de Westminster, o edifício - que poderá se transformar de um teatro de 2.200 lugares em um espaço aberto com capacidade para 5 mil pessoas - é um projeto chamariz para o governo britânico.
Nas linhas abaixo tentaremos elucidar algumas associações e relações entre a obra de Rem Koolhaas e o filme Pulp Fiction (Tempos de Violência), de Quentin Tarantino. Todavia, cabe antes uma breve explicação do porquê do confronto entre o arquiteto e o diretor – e mais, da arquitetura e do cinema.
Os questionamentos que unem esses dois campos aparentemente distintos são muitos, como já mostramos nos artigos sobre os vídeos de arquitetura e vídeos de cidades. Buscaremos suporte desta vez nas ideias de Roemer van Toorn em seu artigo Architecture Against Architecture. Radical Criticism Within Supermodernity, que nos diz que um filme captura o tempo, o espaço e o movimento em uma representação fictícia, mas que pode também oferecer instrumentos para a discussão da realidade.
É na discussão da realidade através da linguagem cinematográfica que confrontaremos Koolhaas e Tarantino.
No ensaio de Mark Foster Gage "Rot Munching Architects", publicado na Perspecta 47: Money, o Assistente do Reitor da Faculdade de Arquitetura de Yale se esforçou para encontrar um significado no cenário projetual de hoje. Tomando o título do ensaio com um fluxo maior de exclamações em toda a fachada do pavilhão canadense como parte da instalação do artista Steven Shearer na 54ª Veneza Bienal de Arte em 2011, Gage encontrou verdade nas vulgaridades, argumentando que - em um sentido muito literal - "a experimentação arquitetônica deixou o prédio", como a disciplina tem se tornando impotente diante do cativeiro da ambição capitalista.
No verão passado, quando foram reveladas as 14 propostas finalistas da Brooklyn Bridge Park para as duas torres residenciais no controverso Píer 6 do parque, você poderia estar enganado em pensar que o projeto está vivo e bem. Uma advertência do Plano Geral de Projetos do Parque (GPP) foi da retirada de terras para o varejo, residencial e um hotel, a fim de assegurar o financiamento e alcançar autonomia financeira. Os planos já haviam alimentado uma década de batalhas legais e feroz oposição da comunidade local, com argumentos que vão desde o ambiente, estética, até os regimes de renda, mas no ano passado através de um resultado brilhante apareceu uma possibilidade, quando o parque revelou os planos do concurso incluindo aqueles feitos por Asymptote Architecture, BIG, Davis Brody Bond, Future Expansion + SBN Architects, WASA Studio e de particular interesse, O’Neill McVoy Architects + NV/design architecture (NVda).
Manhattan é o cenário da fase terminal da civilização ocidental: Através da explosão simultânea de densidade humana e uma invasão de novas tecnologias, a cidade tornou-se, desde 1850, um laboratório mítico para a invenção e teste de um estilo de vida revolucionário: a cultura da congestão. Este livro retrata a relação simbiótica entre a cultura metropolitana mutante e sua arquitetura.
https://www.archdaily.com.br/br/775951/nova-york-delirante-rem-koolhaasEquipe ArchDaily Brasil
"Acho que é muito melhor dizer", explica Rem Koolhaas, "que somos desafiados pelas necessidades das pessoas". A última fala do teaser divulgado pelo cineasta e filho de Rem, Tomas Koolhaas, resume perfeitamente por que "REM" é um dos documentários de arquitetura mais aguardados dos últimos anos. Completando três anos de produção, o filme de Tomas examina a incomparável obra de seu pai através dos olhos das pessoas que habitam seus edifícios, substituindo o discurso intelectual e, por vezes, impenetrável que geralmente envolve o trabalho do OMA por algo mais elemental.
Com a abertura das galerias de arte Fondazione Prada, em maio, o OMA mostrou um lado diferente de seu trabalho, com foco na preservação e montagem ao invés da iconografia e layout esquemático - que muitos associam ao escritório. Nesta entrevista, publicada originalmente pela Metropolis Magazine como "Koolhaas Talks Prada", Rem Koolhaas explica o raciocínio por trás dessa nova abordagem e como eles tentaram evitar cair em clichês de espaços artísticos pós-industriais.
Quando a Fondazione Prada abriu suas portas para uma nova casa permanente em Milão dedicada à cultura contemporânea, não só colocou a cidade italiana firmemente na vanguarda da arte global, mas também introduziu uma nova maneira ambiciosa de pensar a relação entre arquitetura e arte. A localização - uma destilaria original de 1910 -composta por sete espaços, incluindo armazéns e três enormes cisternas de cerveja com uma qualidade industrial crua que os arquitetos, a empresa holandesa OMA, mantiveram, além de adicionar três novos edifícios feitos de vidro, concreto branco e espuma de alumínio. Um deles, o Podium, de localização central, é destinado a exposições temporárias, enquanto outro, ainda em construção, é uma torre de nove andares que vai abrigar os arquivos da fundação, instalações de arte e um restaurante. O terceiro, um teatro com uma fachada espelhada, apresenta paredes dobráveis permitindo que a construção se abra para um pátio. No total, o conjunto de edifícios fornece cerca de 11 mil metros quadrados de espaços de exposição, mais do que o dobro do novo Museu Whitney de Arte Americana. A correspondente da revista Metropolis, Catherine Shaw, visitou o local com o arquiteto ganhador do prêmio Pritzker, Rem Koolhaas, para descobrir mais sobre os desafios de criar um novo paradigma cultural.
Com a inauguração do edifício da Fondazione Prada em Milão no início do mês passado, o OMA teve a chance de mostrar suas habilidades em um tópico pouco frequente no escritório: preservação. Nessa entrevista para a Kultur Spiegel, Rem Koolhaas se aprofunda no tem, explicando sua crença de que "temos que preservar a história", não apenas a arquitetura, e argumenta que a popularidade da reutilização de antigos edifícios e consequência de uma mudança de paradigma, que passou dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade para conforto, segurança e sustentabilidade. "As dimensões e o repertório do que vale a pena preservar expandiram drasticamente", disse o arquiteto, o que significa que "não deveríamos derrubar edifícios que sejam ainda utilizáveis." Ainda assim, diz ele, isso não significa que não deveríamos derrubar e começar de novo em alguns casos." Leia a entrevista completa aqui.
Desde sua conclusão em 2012, imagens da Sede da CCTV, projetada pelo OMA, proliferaram pelas mídias. Porém, vistas internas desse icônico arranha-céu - caracterizado por um balanço de 72 metros que se destaca no skyline de Pequim - são muito raras. Isto é, até o momento. Imagens originalmente publicadas por International Design e compartilhadas no WeChat no 广电独家 revelam o interior da Sede da CCTV, incluindo os novos estúdios do diretor de arte vencedor do Emmy, Jim Fenhagen.
A 54ª edição da Semana de Design de Milão (também conhecida como Salone del Mobili) chegou ao fim, e para celebrar seu sucesso, compilamos uma lista com os produtos mais interessantes deste ano criados por arquitetos. Veja, a seguir, os objetos e acessórios produzidos por Rem Koolhaas, Zaha Hadid, David Chipperfield, entre outros.
Nesta entrevista, publicada originalmente na The Architectural Review, Andrew Mackenzie senta com fundador do OMA, Rem Koolhaas, para discutir a Bienal de Veneza, a extinção da identidade nacional, sua fascinação pela Ásia, a ligação entre "De Rotterdam" e "Delirious New York" e o futuro da profissão.
Sua proposta deste ano para a Bienal de Arquitetura de Veneza pergunta se a identidade nacional tem sido, como você diz, "sacrificada para a modernidade". Alguns podem ver isso como um projeto de recuperação, não muito diferente do regionalismo de Frampton. Como você diferencia sua proposta da de Frampton?
Bem, Kenneth Frampton é um cara inteligente, mas o problema é que ele olhou para o regionalismo como um antídoto para o desenvolvimento cosmopolita. Ao fazê-lo, perverteu a causa do regionalismo, porque de repente o regionalismo foi mobilizado como uma causa particular que não poderia ser sustentada. No entanto, a questão da identidade nacional é uma questão aberta. Por exemplo, à primeira vista, a Holanda é um país muito internacionalista, mas olhando de perto você pode ver um enorme retorno da arquitetura quase-vernacular e das fortalezas antigas que foram recentemente construídas com um sabor nacional. Olhe para Zaandam e seu enorme conjunto das chamadas construções vernaculares.
No mais recente de uma série de argumentos polêmicos contra as smart cities, Rem Koolhaas escreveu esta que é, talvez, sua mais completa análise sobre o papel das tecnologias emergentes e o modo como elas são implementadas e influenciam nossas vidas, em um artigo para o Artforum. Abordando uma ampla gama de questões, Koolhaas critica os projetos de tecnologia predial, chamando-os de uma "infiltração furtiva da arquitetura via seus elementos constitutivos" e questiona as motivações comerciais daqueles que estão criando essas smart cities. Saiba mais sobre o que pensa Rem Koohaas em relação às ditas "cidades inteligentes" aqui.
O que você acha que as comunidades de edifícios em altura da América do Norte, Ásia e Europa Ocidental devem aprender umas com as outras? Foi isso que o Center on Tall Buildings and Urban Habitat (CTBUH) perguntou a cinco renomados arquitetos, cujas respostas compuseram um panorama eclético e significativo sobre o estado dos edifícios em altura em todo o mundo. Como disse Rem Koolhaas, cada região apresenta seu próprio caminho que vale a pena ser compreendido, como por exemplo a transição do mundo Árabe da "extravagância à racionalidade" ou o foco da Ásia da realização de projetos. Mas, como James Goettsch aponta, "nem todo edifício tem que ser algo extraordinário". Está ótimo se alguns edifícios não forem nada além de "bons cidadãos".
Em 2013 e 2014 apresentamos uma seleção de documentários imperdíveis para arquitetos e este ano não será diferente. No começo de 2015 submergimos novamente no fascinante e distinto mundo dos documentários para coletar uma série de títulos de interesse para os apaixonados pela arquitetura e urbanismo.
Estreias ou clássicos, teóricos ou curiosos, a seleção deste ano apresenta diversos filmes brasileiros, portugueses e internacionais, que abordam conteúdos sobre a habitação, biografias de grandes arquitetos e diversos outros temas como a decadência urbana de Veneza ao se ver consumida pelo turismo, a experiência de um casal que habita a polêmica “8 House”, projetada pelo BIG, e até mesmo um documentário da NatGeo que nos mostra como funciona a impressionante fábrica de Lego.
Em ordem aleatória, apresentamos 30 documentários que devem ser vistos em 2015.
Rem Koolhaas e a filantropa da arte Dasha Zhukova estamparão a capa da edição de fevereiro da WSJ. Magazine como "parceiros artísticos" responsáveis por transformar uma ruína da era comunista - o Vremena Goda no Gorky Park em Moscou - no novo lar do Garage Museum of Contemporary Art. "O edifício é basicamente um objeto encontrado", disse Koolhaas a respeito de sua proposta "dura" e intenção de preservar a decadência da estrutura. "Estamos aceitando ele como ele é."