Como criar edifícios que usem a energia de forma eficiente? Tradicionalmente, os esforços para tornar o ambiente construído mais sustentável têm se concentrado na infraestrutura física, muitas vezes negligenciando as relações entre as pessoas e o espaço. O surgimento da era tecnológica trouxe os "Smart Buildings", que utilizam aprendizado automatizado. Essas estruturas são projetadas para operar com uma eficiência energética impressionante, no entanto, estão amplamente desconectadas de seus ocupantes. E se os prédios pudessem ser mais inteligentes e sustentáveis ao interagir com seus usuários?
Sensory Design: O mais recente de arquitetura e notícia
Construindo edifícios com eficiência energética: o papel da interação humana e da tecnologia sensorial
Arquitetura emocional: como soluções contextuais podem combater a "epidemia do tédio"
Em seu mais recente TED Talk, Thomas Heatherwick lamenta uma condição que afeta áreas da cidade definidas por edifícios monótonos, ou o que ele chama de "epidemia de tédio". Reconhecendo a funcionalidade que impulsionou esses projetos, ele afirma que essa característica por si só não pode garantir que as estruturas se tornem partes ativas da vida urbana, pois muitas vezes não conseguem provocar uma resposta emocional nas pessoas. Heatherwick explica que, em sua opinião, essa função emocional, ou a capacidade dos edifícios de significar algo para seus usuários e visitantes, é essencial. Quando bem-sucedida, a arquitetura pode contribuir positivamente para a qualidade de vida e bem-estar de seus moradores, promover a coesão social e contribuir para um senso de identidade. Então, como a arquitetura pode provocar uma conexão emocional positiva e fornecer um pano de fundo agradável para as comunidades que atende?
Pavilhão da Arábia Saudita explora legado e materialidade na Bienal de Veneza 2023
A Arábia Saudita anunciou sua participação na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia, com uma exposição intitulada IRTH إرث, legado em árabe, que explora as qualidades de certos materiais em relação à paisagem saudita. Na edição deste ano, o Pavilhão Saudita será representado pelo arquiteto AlBara Saimaldahar e comissariado pela dupla Basma e Noura Bouzo, marcando a terceira participação do Pavilhão Saudita na Exposição Internacional de Arquitetura. O Pavilhão estará em exibição no Arsenale – Sale d’Armi 2023.
Mapas sensoriais: o que o olfato pode revelar sobre os ambientes urbanos
Toda cidade é um ambiente complexo, reunindo pessoas, culturas, arquitetura, comércio e até a natureza. Ao vivenciar uma cidade, muita atenção é dada à sua aparência, mas isso não é tudo. A teoria do design sensorial visa ir além da visão e explorar a riqueza do ambiente construído por meio de texturas, cheiros e sons. Para as autoridades e urbanistas da cidade, muita atenção geralmente vai para a paisagem visual e sonora de uma cidade, mas em termos de odor, o foco está principalmente no gerenciamento de resíduos ou na limpeza de áreas insalubres. No entanto, o olfato, tão frequentemente negligenciado, está fortemente ligado à criação de memórias afetivas. O sentido contribui para nossa compreensão do mundo; revela práticas culturais de outra forma ocultas, e completa a experiência de um ambiente.
Destaques da semana: o que os olhos não veem
Arquitetura é uma prática profundamente dependente do visual. É concebida, comercializada, criticada e consumida quase que inteiramente através daquilo que é capaz (ou não é capaz) de comunicar visualmente. Selecionamos e produzimos imagens o tempo todo, ângulos impossíveis e perspectivas inexistentes somente para admirar as qualidades arquitetônicas de objetos que nunca verão a luz do dia.
Tocar, sentir, cheirar: desenvolvendo arquitetura para os sentidos
Esse artigo foi publicado originalmente na Metropolis Magazine como "Architecture You Can Smell? A Brief History of Multisensory Design."
O que vem à mente quando você se depara com o termo “design sensorial”? As chances são de que seja uma imagem: uma sala onde chove, um utensílio engraçado para comer, uma cadeira visivelmente texturizada. Mas as sensações, cheiros e gostos são coisas muito mais difíceis de capturar. Essa dificuldade aponta para quão profundamente arraigada é a tirania da visão. Os outros sentidos podem ser as chaves para desvendar verdades empíricas mais amplas? O viés da arte, da arquitetura e do design centrado no ocular realmente impede uma experiência coletiva mais profunda?
Como é ser um arquiteto que não projeta edifícios?
Há uma série de velhos conselhos que as pessoas costumam dar para aqueles que um dia revelaram o desejo de estudar arquitetura: um curso extenso e exaustivo, noites em claro e um restrito mercado de trabalho extremamente concorrido. Depois da graduação, quando finalmente começa-se a trabalhar, as coisas não costumam ser menos difíceis, muito pelo contrário. Geralmente, arquitetos e arquitetas passam meses ou até mesmo anos desenvolvendo estudos e mais estudos antes de ter qualquer projeto construído. Se existem alguém no mundo que conhece bem o significado da palavra resiliência, existe uma grande chance de que esta pessoa seja um(a) arquiteto(a).
É por isso que muitos dos nossos colegas estão encontrando outros caminhos na profissão. Horários flexíveis, trabalhos mais interessantes ou apenas a possibilidade de sair da frente da tela de um computador. Oportunidades não faltam para aqueles que desenvolveram habilidades tão variadas e abrangentes durante os anos de estudo. Arquitetos costumam desenvolver uma ampla sensibilidade espacial e são capazes de compreender rapidamente o contexto sócio-cultural dos lugares. Neste ensaio, três dos nossos editores do ArchDaily falam sobre o que significa ser um arquiteto, por que deixaram de projetar edifícios e o que eles fazem em seus trabalhos atualmente.