Surtos de doenças contagiosas podem exercer uma influência de longo prazo no desenho urbano – muitos moldaram de forma inegável a maneira como as cidades modernas são e operam. Parques, ruas largas e até mesmo os banheiros de nossas casas são um legado importante de surtos de cólera no passado. Hoje estão tão incorporados em nosso dia a dia que são considerados elementos básicos das cidades modernas. Ao longo de gerações, as cidades se recuperaram do choque inicial do contágio e reconstruíram a confiança das pessoas depois de períodos de incerteza.
https://www.archdaily.com.br/br/972093/as-cidades-podem-prosperar-em-tempos-de-crise-3-perguntas-para-as-cidades-em-2022Anne Maassen e Rogier van den Berg
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Fused filament fabrication for multi-kinematic-state climate responsive aperture. Image Cortesia de David Correa / Achim Menges
Enquanto ainda estamos tentando entender sobre as possibilidades e limites da impressão tridimensional e a manufatura aditiva, mais um termo chega para o nosso vocabulário. A impressão 4D nada mais é que uma tecnologia de fabricação digital, de impressão 3D, onde se inclui uma nova dimensão: a temporal. Isso quer dizer que o material impresso, após pronto, poderá se modificar, transformar ou se movimentar autonomamente por conta de suas propriedades intrínsecas que respondem aos estímulos do ambiente.
O conceito foi popularizado pelo pesquisador Skylar Tibbits, que dirige o Self-Assembly Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em colaboração com as empresas Stratasys e Autodesk. A tecnologia ainda é bastante nova, mas espera-se que ela seja utilizada em muitos campos, desde a construção civil, infraestrutura, indústria automobilística e aeronáutica e até mesmo para a saúde, combinado com a bioimpressão.
Líderes do poder público, privado e representantes da sociedade civil de todo o mundo se reuniram na COP26, realizada em Glasgow entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, para debater e deliberar sobre uma das questões mais importantes do século 21, o processo de mudanças climáticas. O encontro girou em torno de quatro diretrizes principais, sendo elas:
https://www.archdaily.com.br/br/972912/engarrafamentos-eletricos-nao-sao-a-solucaoAndrey Barbosa e Gabriel Varella
O Cora Coletivo, um grupo brasileiro transdisciplinar, desenvolveu um projeto na cidade de Dongguan/China, para o concurso Urban Greenhouse Challenge II (UGC2). A proposta de uma fazenda vertical icônica em madeira abriga cultura, lazer e toda a cadeia de produção e distribuição alimentar. Além disso, a área também conta com projeto paisagístico nos espaços livres, e Sistema Agroflorestal (SAF) de produção alimentar.
https://www.archdaily.com.br/br/971586/equipe-brasileira-projeta-fazenda-vertical-com-estrutura-de-madeira-para-concurso-na-chinaEquipe ArchDaily Brasil
III Simpósio em Reabilitação Ambiental Sustentável
III Simpósio em Reabilitação Ambiental Sustentável promovido pelo Laboratório de Sustentabilidade Aplicada à Arquitetura e ao Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB). O evento científico contará com a apresentação de trabalhos acadêmicos organizados em três eixos principais: reabilitação e sustentabilidade; cidades e indicadores; e ambiente e eficiência energética.
Palestra de Abertura: Arquitectura Bioclimática y Geodiseño (en español) Dr Victor Fuentes Freixanet | UAM Metropolitan Autonomous University
Painel Temático 1: Cidades e Clima Urbano Dra Magda Lombardo | UNESP Dra Elen Oliveira | IFTO Dra Liliane Guimarães | IFTO Dr João Paulo Gobo | UNIR
Painel Temático 2: Tecnologia, Inovação e Ecologia Dr Mauricio Lamano
Uma pesquisa realizada na Austrália comprovou que telhados verdes contribuem para aumentar a eficiência de painéis solares. Isto é, as placas funcionam melhor quando não estão muito quentes.
Para o estudo, foram analisados dois prédios de escritórios idênticos localizados lado a lado em Sydney. De um lado, foi montado um sistema solar fotovoltaico convencional e do outro os painéis solares foram cercados por vegetação. Ambos foram analisados por um período de oito meses, que englobou verão e inverno.
O conceito de sustentabilidade aplicado à cidade está a em vias de se tornar obsoleto. Nós usamos este termo para quase tudo o que queremos fazer, e assim dar-lhe um ar aparente de respeito pelo que chamamos de natureza, mas, o impacto real é alcançado quando transcendemos esta ideia e aproveitamos todas as oportunidades de intervenção urbana para implementar iniciativas de re-naturalização e, portanto, dotar a cidade de atributos que a levem a ser mais resiliente.
Uma grande fazenda solar flutuante começou a operar na Tailândia. As células solares foram instaladas na superfície da água para aproveitar a energia do sol durante o dia, enquanto três turbinas convertem a energia das águas à noite.
O sistema combina dois tipos de geração de eletricidade renovável no reservatório de Sirindhorn, na província de Ubon Ratchathani, localizado a cerca de 660 quilômetros da capital Bangkok. Foram instalados 145 mil painéis solares no total. Os 45 MW de potência de pico que o projeto pode produzir complementam as operações de barragem existentes, que podem gerar 36 MW adicionais e fornecer eletricidade a três províncias no leste da Tailândia.
A COP26, Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, está programada para ser realizada na Escócia na última semana de outubro de 2021. No pano de fundo desta conferência está uma maior consciência global das mudanças climáticas, à medida que discussões ocorrem sobre como um futuro mais igualitário pode ser alcançado. O estado atual e futuro da arquitetura é um componente-chave desta conversa, já que, as críticas são dirigidas aos escritórios de arquitetura que fazem uso do "greenwash" (ou maquiagem verde) levantando questões sobre se o termo "sustentabilidade" está cada vez mais sendo usado apenas como a palavra da moda de hoje.
Indústria Comunitária na Amazônia. Image Cortesia de Estúdio Gustavo Utrabo
O Estúdio Gustavo Utrabo foi um dos vencedores do prêmio de sustentabilidade LafargeHolcim Awards, categoria prata na América Latina, com o projeto para a Indústria Comunitária na Amazônia, um edifício de beneficiamento de castanha do Pará localizado na vila de São Francisco, às margens do rio Iratapuru na Bacia Amazônica.
O projeto de modernização da fábrica busca oferecer oportunidades produtivas, culturais e econômicas para a comunidade local. A obra é resultado de um processo participativo entre os arquitetos, a comunidade local e a Natura, empresa de cosméticos que usa ingredientes extraídos da castanha em suas mercadorias e que foi a principal financiadora do projeto.
Casa Collage / S+PS Architects. Image Cortesia de S+PS Architects
Reformas e adaptações de espaços representam uma parcela significativa de projetos encomendados a escritórios de arquitetura, e o reuso de estruturas preexistentes não é um novidade. Funções e necessidades mudam ao longo do tempo e consequentemente adaptações são necessárias para cumprir novas demandas. No entanto, por mais que a manutenção de um edifício seja, na maioria dos casos, preferível no sentido econômico e ecológico à sua demolição e a uma nova construção desde o princípio, a lógica do reaproveitamento de um espaço não costuma ser extendida às suas partes constituintes que tornam-se, assim, entulho.
O pavilhão virtual Build Better Now foi aberto ao público durante a COP26, apresentando dezessete projetos sustentáveis que demonstram as oportunidades do ambiente construído para enfrentar a crise climática. A iniciativa, dirigida pelo UK Green Building Council, surge como uma chamada global para ações climáticas, destacando o compromisso da indústria da AEC com a prática sustentável em um cenário mundial, especialmente considerando que este ano a COP26 dedicou um dia a edifícios e cidades.
Barcelona, Espanha. Foto: Pere Jurado, via Unsplash
A busca por meios de transporte mais eficientes e sustentáveis nos centros urbanos vem ganhando espaço em várias cidades do mundo. Com a pandemia, os benefícios da bicicleta se comprovaram e muitos municípios tem investido em ciclovias e incentivos para que as pessoas continuem pedalando, mesmo com o fim das restrições impostas pela COVID-19.
O uso do transporte público, outra alternativa mais sustentável do que veículos individuais, se torna mais seguro à medida que a vacinação avança. Em Barcelona, para estimular cada vez mais as pessoas a abandonarem seus carros, em especial os antigos, a prefeitura oferece um passe de transporte gratuito válido por três anos para os cidadãos que vendem o veículo antigo.
Áreas verdes geram inúmeros benefícios e podem funcionar como parte da solução para infraestrutura básica como saneamento e drenagem. Foto: Alf Ribeiro/shutterstock
As cidades estão no centro da crise causada pela Covid-19, expondo mais uma vez problemas como a falta de acesso a moradia, transporte, infraestrutura e serviços de qualidade – especialmente entre as populações de menor renda. Os efeitos da emergência climática nos centros urbanos também estão bastante visíveis e cada vez mais frequentes, como deixou claro o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) a partir de novas evidências. O Brasil enfrenta hoje uma crise hídrica e energética, mas recentemente sofreu com chuvas torrenciais, inundações e deslizamentos de terra, alguns com vítimas fatais. No médio e longo prazo, as cidades costeiras serão afetadas pela elevação do nível do mar.
https://www.archdaily.com.br/br/970846/6-estrategias-para-destravar-o-potencial-verde-das-cidades-brasileirasHenrique Evers, Laura Azeredo, Bruno Felin e Luiza de Oliveira Schmidt
Reciclar materiais na arquitetura não se trata apenas de buscar soluções mais sustentáveis, mas também em se desdobrar no passado, no uso de materiais descartados, se opondo à lógica de construção que há tempo se ensina na nossa disciplina. Através do reuso de elementos é possível ressoar o contexto histórico e cultural através da materialidade e símbolos que cada um deles carrega, enaltecendo ainda mais o conceito do próprio projeto.
Projetado pelos escritórios JPG.ARQ, MMBB Arquitetos e Ben-Avid, o Pavilhão do Brasil na Expo 2020 Dubai oferece uma experiência sensorial que coloca os visitantes da exposição universal em contato com nossos biomas e patrimônio cultural.
À medida que as cidades crescem em dimensão e número de habitantes, chegando a abrigar 60% da população mundial, as Nações Unidas criaram o “Dia Mundial das Cidades”, celebrado em 31 de outubro, como uma oportunidade para debater a urbanização global, seus desafios, oportunidades e soluções. Este ano, o mote foi “Adaptando as Cidades para a Resiliência Climática” – uma iniciativa para discutir a crise climática e suas repercussões no ambiente construído.
Compreendendo a importância de pensar a cidade, reunimos aqui artigos publicados pelos editores do ArchDaily que oferecem ferramentas e diretrizes de planejamento, abordam os diferentes componentes do espaço urbano e destacam questões e respostas contextuais em todo o mundo.
O relatório de 2021 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) deixou muitos de nós questionando se o mundo pode de fato manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C, o limite que os cientistas consideram seguro para evitar os impactos mais perigosos das mudanças climáticas. Uma nova pesquisa do WRI e da Climate Analytics mostra que os países do G20, que respondem por cerca de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa, podem conduzir o mundo em direção a essa meta – se aumentarem consideravelmente sua ambição.
https://www.archdaily.com.br/br/969689/acao-climatica-ambiciosa-dos-paises-do-g20-pode-limitar-o-aquecimento-global-a-17-degrees-cJamal Srouji, Taryn Fransen e David Waskow