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Transporte: O mais recente de arquitetura e notícia

Guia de projeto para paraciclos e bicicletários

Estudos mostram que o investimento público em redes cicloviárias integradas e seguras promove transformações urbanas, proporcionando mais humanidade, saúde e qualidade de vida na cidade. Enquanto cidades na Holanda e nos países nórdicos já incorporaram as bicicletas no cotidiano, com uma parcela significativa da população utilizando o meio de transporte para os deslocamentos diários, grande parte do mundo ainda vem buscando um modelo para diminuir os congestionamentos e aumentar seu uso. Segundo o ITDP (Institute for Transportation and Development Policy), investir no transporte não motorizado permite a redução dos congestionamentos, melhora a qualidade do ar, a saúde física e mental dos moradores, e ainda o comércio local e a visibilidade das marcas, uma vez que ciclistas tendem a prestar mais atenção ao comércio local e ocupam menos espaço do que os automóveis.

Mas junto às ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, é imprescindível proporcionar locais adequados para que as bicicletas possam ser estacionadas nos finais dos percursos. Enquanto os bicicletários são espaços fechados, geralmente com algum tipo de vigilância e infraestrutura adicional, os paraciclos são as estruturas que permitem apoiar e trancar a bicicleta de forma segura. Eles podem se integrar no mobiliário urbano de uma cidade, junto a bancos, placas, luminárias e totens informativos. 

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As tendências da arquitetura em 2019

Este é o momento no qual nos projetamos ao futuro para definir as metas e focos de nossa carreira ao longo do ano que começa. Com o objetivo de ajudar os arquitetos que consultam o ArchDaily diariamente, realizamos a seguinte lista com as ideias que mais ecoaram durante 2018 e que, portanto, serão os temas que devem seguir desenvolvendo-se durante 2019.

Apenas no ano passado, mais de 130 milhões de usuários descobriram no ArchDaily novas referências, materiais e ferramentas que permitem aprimorar o desenvolvimento da arquitetura e melhorar a qualidade de vida de nossas cidades e entornos construídos. Quando nossos usuários começam a coincidir em suas buscas de informação ou demonstram maior interesse por um tema em relação a outros, estes tópicos passam a ser uma tendência.

A evolução das bicicletas compartilhadas e seus benefícios para a mobilidade

A Nova Mobilidade tem mudado a maneira como nos deslocamos pelas cidades. Estamos falando de serviços de transporte sob demanda (como Uber, 99 e Cabify), veículos elétricos e aplicativos de planejamento de rotas, mas, também, das bicicletas. Novas empresas apostam na bicicleta como meio para atender às necessidades de transporte nas áreas urbanas e os programas de compartilhamento, públicos ou privados, mudam a maneira como enxergamos as bikes: de opção de lazer a meio de transporte e até mesmo instrumento de trabalho.

A cultura do carro: o que ela diz sobre nós mesmos?

A cultura do carro: o que ela diz sobre nós mesmos? - Image 2 of 4

Quem já se interessou pelo tema da mobilidade sabe que o advento do carro trouxe diversas mudanças importantes relacionadas ao ambiente construído das cidades e à vida das pessoas. Essas transformações já foram e ainda são amplamente discutidas nos mais diversos campos de estudo. Na história, por exemplo, ele serve como recorte do período da industrialização, na engenharia ele é relevante na tecnologia de motores, e no planejamento urbano é estudado pelo seu papel no processo de urbanização. Da sua invenção até os dias de hoje, o carro foi ganhando espaço e tornou-se cada vez mais presente em ruas e prédios, sendo incorporado na vida cotidiana e na imaginação das pessoas.

Mikael Colville-Andersen: “A cidade grande deve recuperar práticas da cidade pequena, como a bicicleta e a caminhada"

Em entrevista ao jornal El Colombiano, o urbanista e especialista em mobilidade Mikael Colville-Andersen explicou a situação atual da mobilidade em Medellín, uma das maiores e mais influentes cidades colombianas. "Caminhar ou andar de bicicleta em Medellín é um videogame", explicou o especialista dinamarquês.

Nas principais cidades colombianas foram geradas diversas reflexões que circundam a relação entre mobilidade, cultura, política e sociedade. Neste caso, a capital da Antioquia, não é exceção para esse especialista em ciclismo e planejamento urbano que esteve pela segunda vez na cidade depois de uma visita em 2016.

UNStudio divulga proposta para estação Hyperloop

O UNStudio compartilhou a proposta para uma estação de hyperloop que conectará as cidades de Amsterdã e Frankfurt em menos de uma hora. O projeto, feito em colaboração com a Hardt Hyperloop, foi anunciado em uma cúpula em Utrecht dedicada a explorar o futuro do transporte na Europa.

Primeira ciclovia pré-fabricada de plástico reciclado é inaugurada

Quando se trata de sustentabilidade a Holanda está sempre inovando. A mais recente novidade vem de Zwolle, cidade que já ganhou várias vezes o título de mais verde. Por lá, está sendo testado um trecho de ciclovia construída com resíduos pós-consumo que seriam descartados ou incinerados.

Para desenvolver o material, foram usadas garrafas de plástico velhas, copos de cerveja de festivais, embalagens de cosméticos e móveis de plástico. Ainda em fase piloto, a ciclovia possui 70% de plástico reciclado em seus 30 metros de comprimento, embora a ideia seja futuramente criar uma ciclovia feita inteiramente de plástico reciclado.

Mobilidade não é sinônimo de transporte

O termo mobilidade apareceu, nos últimos anos, de maneira crescente nos meios de comunicação, possivelmente motivado pela instituição da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), em janeiro de 2012, e a exigência da elaboração dos Planos de Mobilidade Urbana. No entanto, o termo mobilidade muitas vezes perde o sentido quando se torna sinônimo de transporte. Perde, já que essas duas palavras não têm o mesmo significado. Mobilidade não se resume ao transporte.

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Algumas cidades estão taxando aplicativos de transporte. Isso é bom?

À medida que serviços de viagens sob demanda como o Uber continuam a ganhar popularidade e a chamar atenção por seus impactos nos congestionamentos e outros males urbanos, cidades de diversas partes do mundo, de Washington D.C. a São Paulo, estão indo em direção ao inevitável próximo passo: taxas específicas.

Isso não é surpresa. Pesquisas recentes mostram que esses serviços estão contribuindo para a queda no uso do transporte coletivo e para o aumento de veículos individuais nas vias. No entanto, novos impostos e taxas não devem apenas elevar a arrecadação. Podem fazer mais do que isso: tornar as cidades mais habitáveis e os transportes mais sustentáveis. Se os serviços sob de viagens sob demanda forem taxados, essa receita deve ser usada com atenção, de maneiras que propiciem a melhora da mobilidade urbana como um todo.

UNStudio projeta teleférico sustentável em Amsterdã

O UNStudio divulgou as últimas imagens do seu projeto para o IJbaan, um teleférico sustentável que deverá conectar as áreas oeste e norte de Amsterdã. O projeto, idealizado pelos fundadores Mas Dekker e Willem Wessels, surgiu como uma campanha de crowdfunding ainda em 2015. Como resultado desta empreitada, o teleférico deverá entrar em operação até 2025, em comemoração ao 750º aniversário da cidade. A proposta de transporte “100% elétrico” faz parte da ambição da capital holandesa em transformar-se no maior centro europeu de inovação urbana, integrando a tecnologia e projetos arrojados aos sistemas de transporte público existentes.

Percorrendo uma distância de 1,5 km, o teleférico conectará dois dos distritos residenciais mais prósperos de Amsterdã, Amsterdam-West e Amsterdam-Noord, através de um sistema de três torres e duas estações. A estrutura urbana foi concebida para acomodar uma futura terceira estação, dependendo do padrão de crescimento dos distritos vizinhos.

UNStudio projeta teleférico sustentável em Amsterdã - Image 2 of 4UNStudio projeta teleférico sustentável em Amsterdã - Image 3 of 4UNStudio projeta teleférico sustentável em Amsterdã - Imagem de DestaqueUNStudio projeta teleférico sustentável em Amsterdã - Image 4 of 4UNStudio projeta teleférico sustentável em Amsterdã - Mais Imagens+ 3

Rogers Stirk Harbour, HASSELL e Weston Williamson projetam cinco estações de metrô para Melbourne

O Ministério do Transporte da Austrália divulgou os projetos de cinco novas estações de metrô na cidade de Melbourne, desenhadas por uma equipe formada pelos escritórios HASSELL, Rogers Stirk Harbour + Partners e Weston Williamson. Com conclusão prevista para 2025, as novas estações "combinarão funcionalidade, espaço e iluminação natural com o que há de mais novo em termos de projeto de infraestrutura de transporte público."

Cada uma das novas estações - nomeadas North Melbourne, Parkville, Liberty State, Town Hall e Anzac - buscará inspiração em seu respectivo contexto, resultando em desenhos substancialmente diferentes. Elas também incluirão equipamentos públicos, como infraestrutura para bicicletas e praças comunitárias.

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Stefano Boeri transformará a Estação Central de uma das cidades históricas mais importantes do sul da Itália

O escritório de arquitetura Stefano Boeri Architetti está desenvolvendo o projeto de reestruturação da Estação Central de Matera, no sul da Itália. O terminal ferroviário da cidade será completamente reformado e ampliado, para isso será levada a cabo uma “remodelação estética e funcional, além da modernização tecnológica da própria ferrovia”.

Com a proposta os arquitetos pretendem transformar o papel que esta importante infraestrutura desempenha na cidade, alterando a hierarquia do edifício para com o centro de Matera, tornando a estação ferroviária um marco urbano genuíno e significativo. A partir disso, além do projeto de renovação da Estação Central, uma praça pública será criada para conecta-la ao centro histórico da cidade.

Stefano Boeri transformará a Estação Central de uma das cidades históricas mais importantes do sul da Itália - Image 1 of 4Stefano Boeri transformará a Estação Central de uma das cidades históricas mais importantes do sul da Itália - Image 2 of 4Stefano Boeri transformará a Estação Central de uma das cidades históricas mais importantes do sul da Itália - Image 3 of 4Stefano Boeri transformará a Estação Central de uma das cidades históricas mais importantes do sul da Itália - Image 4 of 4Stefano Boeri transformará a Estação Central de uma das cidades históricas mais importantes do sul da Itália - Mais Imagens+ 4

Vídeo apresenta proposta de Foster + Partners para uma rede Hyperloop de transporte de carga

O escritório Foster + Partners publicou um vídeo mostrando sua proposta para uma futura infraestrutura de transporte de alta velocidade que tira proveito dos avanços recentes da tecnologia de hyperloop. Projetado para a DP World Cargospeed, uma colaboração entre a gigante de carga DP World e a Virgin Hyperloop One, a proposta de Foster + Partners para esta rede de infraestrutura busca criar um novo ecossistema onde os centros urbanos e paisagens rurais estejam interconectados.

A primeira linha comercial do Hyperloop entrará em operação em Abu Dhabi até 2020

A HyperloopTT (Hyperloop Transportation Technologies) divulgou os primeiros detalhes de seu projeto para o novo sistema comercial de transporte Hyperloop do mundo em Abu Dhabi. Localizado nos limites ente Abu Dhabi e Dubai, próximo do Aeroporto Internacional Al Maktoum e do local onde será realizada a Expo 2020, o HyperloopTT começará a operar em um trecho de dez quilômetros, o qual deverá potencializar o desenvolvimento futuro daquela que será a primeira rede comercial de Hyperloop nos Emirados Árabes Unidos e no mundo.

A primeira linha comercial do Hyperloop entrará em operação em Abu Dhabi até 2020  - Image 1 of 4A primeira linha comercial do Hyperloop entrará em operação em Abu Dhabi até 2020  - Image 2 of 4A primeira linha comercial do Hyperloop entrará em operação em Abu Dhabi até 2020  - Image 3 of 4A primeira linha comercial do Hyperloop entrará em operação em Abu Dhabi até 2020  - Image 4 of 4A primeira linha comercial do Hyperloop entrará em operação em Abu Dhabi até 2020  - Mais Imagens+ 12

Quando se trata de construir um aeroporto melhor, "nunca vale a pena usar materiais baratos"

O projeto de um aeroporto é tanto uma arte quanto uma ciência: os melhores terminais não são apenas espaços funcionais, mas também belos e inspiradores. Milhões de pessoas passam por esses terminais todos os dias, mas poucos entendem seu funcionamento interno tão bem quanto Roger Duffy e Derek A.R. Moore - líderes de projeto do SOM que concebem alguns dos projetos de aeroportos mais ambiciosos de todo o mundo, incluindo o Terminal 2 do Aeroporto Internacional Chhatrapati Shivaji, em Mumbai. Nesta entrevista, Moore, diretor, e Duffy, o sócio de projeto, refletem sobre os complicados desafios do projeto de aeroportos e como essas restrições podem alimentar soluções criativas.

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Paris, a primeira metrópole mundial com transporte gratuito?

Paris é conhecida por sua rede de transporte público eficiente, conectando diferentes modos, como trem, metrô, ônibus e até bicicletas públicas, de maneira a facilitar a mobilidade urbana. A maioria da população utiliza o transporte público como principal forma de locomoção: quase 60% dos deslocamentos na cidade são realizados via trem, metrô e ônibus. No entanto, apesar da oferta diversa de meios de transporte, ainda persiste o problema do transporte individual, predominante nas ruas da capital francesa.

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São Paulo terá sistema de compartilhamento de bicicletas sem estações

São Paulo terá em breve um novo sistema de compartilhamento de bicicletas. Desenvolvido pela empresa Yellow, o sistema colocará nas ruas 20 mil veículos e não contará com estações - as bicicletas ficarão soltas nas ruas.

Chamado de "dockless", o serviço já existe em outros locais do mundo, como China e Alemanha, e consiste em deixar as bicicletas "soltas" nas ruas, disponíveis aos usuários através de um aplicativo que permite destravar o veículo desejado. Ao fim do percurso, o ciclista deixa a bicicleta onde lhe convir e esta se trava, ficando disponível para o próximo usuário.

Como melhorar a mobilidade sem ser "anti-carros"?

São muitos os movimentos que reivindicam alternativas ao atual modelo de mobilidade nas cidades, feitas por e para a circulação de veículos e orientada pela antiga mentalidade urbanística que colocava o carro no centro de tudo. Os motivos também são muitos: melhorar a saúde das pessoas, começar a utilizar de forma mais racional os recursos econômicos na hora de nos movermos, diminuir os níveis de contaminação (tanto acústica quanto atmosférica), e, inclusive, a própria eficácia no momento de deslocamento, destinando o menor tempo possível.

Sim, nos referimos aos eternos e inevitáveis congestionamentos diários que todos enfrentam.

Então, se é vantagem para todos os setores, por que ainda não implantamos um sistema alternativo de mobilidade em nossas ruas? Há muitas respostas para esta pergunta. A começar pela resistência à mudança por parte dos cidadãos, à falta de prioridade dada a este assunto nos programas políticos e ao fato de não haver um modelo universal ou mágico que possa solucionar todos os problemas de uma vez em todos os lugares. Superando estas barreiras, podemos começar analisando quem usa de fato as ruas, quem não usa e seus motivos.