Recife, Pernambuco. Imagem: Paulo Lopes/Prefeitura do Recife
Cada vez mais pessoas vivem em espaços urbanos. O Relatório das Cidades Mundiais 2022, da ONU Habitat, revela que esse índice passou de 25% em 1950 para mais de 50% em 2020 e a estimativa para as próximas cinco décadas é que ele chegue a 58%. O levantamento indica ainda que até 2070 o número de municípios em países de baixa renda aumentará em 76% enquanto que nas nações de renda alta e média-baixa essa elevação ficará em cerca de 20%. O estudo observa também que esse cenário mostra a urgência das localidades serem projetadas e gerenciadas de maneira que o seu crescimento futuro não sobrecarregue a infraestrutura, as áreas abertas e os serviços existentes — levando a uma expansão insustentável.
https://www.archdaily.com.br/br/986625/o-que-e-densidade-urbana-e-quais-sao-suas-vantagens-e-desvantagensSomos Cidade
Palacete abandonado de Margarida Bonetti. Ao fundo, vê-se o Edifício Louveira de oão Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi. Imagem: Divulgação. Image
Em 7 de junho de 2022 foi lançado o podcast A Mulher da Casa Abandonada, que narra a história real de uma mulher da aristocracia brasileira que escapou de um julgamento nos Estados Unidos nos anos 2000, causando grande comoção ao longo dos quase 2 meses em que os episódios foram lançados. Dos elementos que compõem a narrativa, a casa e o bairro acabaram por se tornar importantes coadjuvantes da história, e de sua repercussão, ilustrando e escancarando como nossa sociedade, e território, são moldados a partir do racismo estrutural.
Varanda fechada em vidro. Foto via Matison.se, usada sob termos de "fair use"
Vemos, nas cidades brasileiras, novas edificações residenciais sendo construídas com varandas em balanço, isso é, além do perímetro da edificação, avançando sobre os recuos mínimos exigidos (no Rio de Janeiro, sobre os afastamentos). Porém, o que temos visto nos últimos anos é um movimento crescente de fechamento dessas varandas com painéis de vidros e, consequentemente, o aumento dos compartimentos contíguos a eles. Mas qual seria o motivo deste fechamento? Se há necessidade de se aumentar os compartimentos, por que já não são projetados assim?
https://www.archdaily.com.br/br/987252/o-fechamento-de-varandas-como-artificio-de-vendaDavid Cardeman e Rogerio Goldfeld Cardeman
A pergunta-título deste artigo parte da dedução de que, se as cidades — nos moldes modernos — são entes espaciais possuidores de um ponto originário e demarcatório de desenvolvimento, logo, as mesmas também detêm um ponto (ou linha) equivalente de finitude. A questão poderia ser sanada de imediato ao se valer da cartografia. Sob a ótica administrativa e organizacional, mapas permitem, de certo modo, definir a extensão de todo e qualquer aglomerado urbano. Contudo, os limites arbitrados por bases de representação escalar não dão conta de derrogar a reflexão, pois o senso de apreensão da cidade é muito mais complexo. Como elabora Ferrão (2003), numa fala que abarca, para além da geografia e arquitetura, a dimensão sociopolítica da matéria: a cidade é um “objeto de contornos cada vez mais invisíveis.”
https://www.archdaily.com.br/br/985913/onde-comeca-e-onde-termina-uma-cidadeJoão G. Santos
Trampoline Bridge / AZC Architects. Imagem Cortesia de AZC Architects
As cidades humanas giram em torno das relações entre pessoas e lugares. As comunidades prosperam com recursos compartilhados, espaços públicos e uma visão coletiva para sua localidade. Para nutrir cidades felizes e saudáveis, arquitetos e o público em geral aplicam métodos de placemaking ao ambiente urbano. Placemaking - a criação de lugares significativos - depende fortemente da participação comunitária para produzir efetivamente espaços públicos atraentes.
A venda casada é um dos grandes problemas relativos ao direito do consumidor e costuma ser proibida na maioria das economias de mercado. Ela acontece quando o vendedor condiciona a comercialização de um produto ou serviço à compra de outro. No Brasil, o código de Defesa do Consumidor, no artigo, 39, inciso 1.º,condena expressamente tal artifício.Por sua vez, a Lei 12.529/2011, a qual estrutura o sistema brasileiro de defesa da concorrência, em seu art. 36, inciso XVIII, estabelece que a venda casada constitui uma infração da ordem econômica.
Vídeo didático que reconstitui a trajetória da urbanista Ermínia Maricato, analisa suas produções teóricas mais fundamentais e, por esta via, compreende os momentos da urbanização brasileira das ultimas décadas.
#DCRainbowCrosswalks Washington, DC USA. Flickr by Ted Eytan Attribution-ShareAlike 2.0 Generic (CC BY-SA 2.0)
Na década de 1970, em Berkeley, Califórnia, um grupo ativista dos direitos das pessoas com deficiência, chamado Rolling Quads, começou a desmontar os meios-fios e instalar rampas improvisadas nas calçadas, exigindo acesso para os cadeirantes. Mas, o que as pessoas não esperavam era que os usuários de cadeiras de rodas não seriam os únicos a se beneficiar da intervenção. Logo, pedestres com carrinhos de bebê, compras pesadas, malas ou simplesmente com mobilidade reduzida passaram a usar regularmente as rampas. Da mesma forma, uma cidade com inclusão de gênero funciona melhor para todos. Uma cidade onde todas as minorias de gênero, com idades e habilidades diferentes, podem se locomover com facilidade e segurança, participar plenamente da força de trabalho e da vida pública, levar uma vida saudável, sociável e ativa é uma cidade que melhora a vida de todos.
Liam Young é um arquiteto, designer de produto e diretor que atua na área entre design, ficção e futuro. Young é especialista em projetar ambientes para a indústria cinematográfica e televisiva, com base na crença de que criar mundos imaginários permite nos conectar emocionalmente às ideias e desafios do nosso futuro.
Após os séculos de colonização, globalização e extração econômica e expansionismo sem fim, os humanos reconstruíram o mundo da célula até a placa tectônica. Young sugere em um TED Talk: “E se revertêssemos radicalmente essa expansão planetária? E se nós, como humanos, chegássemos a um consenso global para nos retirarmos de nossa vasta rede de cidades e cadeias de suprimentos emaranhadas para uma metrópole hiperdensa que abriga toda a população da Terra?"
Livro de Carlos M. Teixeira propõe novos olhares para os vazios urbanos a partir do exemplo de Belo Horizonte. Crédito: Divulgação
O que pode o vazio? Para o arquiteto Carlos M. Teixeira, um campo de estudo, trabalho e fascínio sobre o qual se debruça há mais de duas décadas. Esse olhar sensível para as possibilidades do não construído originou o livro “Em obras: história do Vazio em Belo Horizonte”, cuja segunda edição, revisada e ampliada, chega às lojas pela Romano Guerra Editora, com lançamento dia 13 de agosto, às 10h30, na Livraria da Rua, na capital mineira. Na publicação, ele propõe uma nova abordagem sobre as cidades, com foco não nas construções, mas nos espaços em potencial para se pensar outras
No debate urbanístico, a defesa do transporte coletivo é quase tão consensual quanto recorrente. Propostas como o desenvolvimento orientado para o transporte (TOD), que defende o adensamento das cidades de forma coordenada com corredores de transporte, têm ganhado força nas últimas décadas: saíram da academia e foram para as recomendações e estudos de caso de instituições como o Banco Mundial, para as propostas de políticos, documentos oficiais e já se encontram em várias intervenções urbanas mundo afora — de Curitiba a Toronto, principalmente na Ásia.
Recentemente, a cidade de São Paulo presenciou dois eventos envolvendo espaços que antes eram públicos e agora estão sob concessão privada. A já consagrada Virada Cultural Paulistana voltou a acontecer após os anos iniciais da pandemia de covid-19, e teve como um de seus palcos o novo Vale do Anhangabaú. Além dela, o complexo do Pacaembu, que recentemente deixou de ser um equipamento público, tornou-se uma concessão e vem passando por uma série de reformas e transformações, recebeu a Feira ArPa, evento que juntou uma série de importantes galerias para exposição, compra e venda de obras de arte. Apesar da diferente natureza desses eventos, seus processos despertam reflexões a respeito do modelo de privatizações que estamos vivendo nas cidades hoje.
É comum encontrar em Planos Diretores (PD) e em Leis de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS), o conceito de Solo Criado, que torna possível a implementação de alguns instrumentos urbanísticos, como a Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC) e a Transferência do Direito de Construir. Mas o que é Solo Criado?
https://www.archdaily.com.br/br/986031/o-que-e-solo-criado-conceitos-e-exemplos-na-cidadeAdriano Costa
Concurso de Arquitetura: Pavilhão Minimum - M4 by Minimum.
O Concurso Pavilhão Minimum - M4 é um concurso em equipes para estudantes e recém-formados em Arquitetura e Urbanismo.
Desta vez, o desafio imposto é criar uma proposta (em uma Prancha A1) para o "PAVILHÃO MINIMUM - M4", que deve conter de 350m² a 400m². Um local especial para a MINIMUM, onde a troca de conhecimento de arquitetura, a conexão entre mercado de trabalho e universidade e a criatividade sejam elevados ao máximo.
Os três projetos com as melhores pontuações defenderão suas ideias no dia 24 de setembro de 2022 em um evento podendo ser presencial e/ou online em local a ser
urbBA[22] Seminário Urbanismo na Bahia: MATOPIBA? Contradições e resistências no cerrado, no agrário e no urbano. Créditos: Comissão Organizadora - Equipe de Comunicação
O Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Instituto Federal da Bahia-Campus Barreiras, por meio da Direção Geral de Campus, da Coordenação de Curso e do grupo de pesquisa Estudos Aplicados em Arquitetura e Urbanismo, com a parceria inestimável do grupo de pesquisa Lugar Comum (PPG-AU/UFBA) e com o apoio da Universidade Federal do Oeste da Bahia e da Universidade do Estado da Bahia, anuncia a realização do 12º Seminário Urbanismo da Bahia, o urbBA[22], que ocorrerá de forma presencial na cidade de Barreiras-BA entre os dias 23 e 26 de novembro de 2022.
Se o piso de uma calçada é elemento fundamental para a organização de fluxo, o mobiliário urbano escolhido para compor o espaço público é responsável pela qualificação daquele lugar, podendo criar lugares mais amigáveis. Lixeiras, canteiros, placas de sinalização, bancos, iluminação, bicicletários e tantos outros auxiliam a transformar um espaço que, apesar de ser de passagem, é também o único espaço público em boa parte das cidades.
Urbanismo sensorial é uma forma de investigação de como a informação não visual define o caráter de uma cidade e afeta sua habitabilidade. Usando métodos que variam de trilhas sonoras e mapas de cheiros, wearables e realidade virtual, pesquisadores dessa área tem introduzido outros sentidos aos centros urbanos.
Mangá é um termo genérico para uma grande variedade de histórias em quadrinhos e novelas gráficas originalmente produzidas e publicadas no Japão, e ao contrário das histórias em quadrinhos ocidentais que podemos estar mais familiarizados em ver impressas em cores, são publicadas principalmente em preto e branco. Manga é a palavra japonesa para quadrinhos publicados no Japão, com a palavra em si composta por dois kanji : man (漫) que significa "extravagante" e ga (画) que significa "imagens".
Diferentemente do anime, o mangá é uma mídia impressa, enquanto o anime se destaca como mídia visual desenhada à mão ou digitalmente, combinando arte gráfica, criação de personagens, cinematografia e outras formas de técnicas criativas. É notável que muitos animes são resultado de uma franquia de sucesso que começou como mangá, mas o que sempre uniu o mangá e o anime foi o uso de diversos estilos de arte em várias narrativas que foram construídas para nós consumidores seguirmos.