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Urbanismo: O mais recente de arquitetura e notícia

Belo Horizonte, Cidade do México e Bogotá: projetando cidades mais seguras

No mundo morrem 1,3 milhões de pessoas por ano em acidentes de trânsito. Destes, 90% ocorrem em países de baixa e média renda (OMS 2013). Atualmente é a oitava causa de morte no mundo e se a tendência continuar, espera-se que ela se converta na quinta causa no ano 2030. A maioria destas mortes estão relacionadas aos pedestres e ciclistas vulneráveis em países em desenvolvimento que são atropelados por veículos motorizados. (OMS 2009). 

Estes são alguns dos dados que serviram como motivação para criar o guia Cities Safer by Design ("Cidades mais seguras através do desenho"), lançado na semana passada pela iniciativa de mobilidade urbana da EMBARQ e o WRI Ross Centro para Cidades Sustentáveis.

Esta publicação é um guia de referência para ajudar as cidades a salvar vidas no trânsito, através da melhoria do desenho das ruas e do desenvolvimento urbano inteligente. Este guia prático inclui exemplos de cidades de todo o mundo e 34 elementos de desenho diferentes para melhorar a segurança e a qualidade de vida.

A partir desta publicação no The City Fix foi feito um resumo com 7 princípios para desenhar cidades mais seguras que serão apresentados a seguir:

China planeja criar megacidade de 130 milhões de habitantes para fortalecer sua economia

Desde os anos 1980 o governo chinês está planejando criar uma cidade-região que integre a capital Pequim com a província de Hebei e a cidade vizinha de Tianjin. Porém, a iniciativa que visa fortalecer a economia e descentralizar os serviços foi confirmada apenas este mês.

Segundo as projeções atuais, esta nova cidade ocuparia uma área superior a seis vezes o tamanho de Nova Iorque e teria uma população de 130 milhões de habitantes.

Saiba mais sobre esta nova cidade chinesa, a seguir.

Podem nossas cidades sobreviver aos... arquitetos?

O título dessa matéria remete a um grande e esquecido livro de Josep Lluis Sert, escrito durante a Segunda Guerra Mundial. Sert sintetizou as ideias do Movimento Moderno a partir das CIAM (Conferências internacionais de Arquitetura Moderna) juntamente com suas próprias ideias e as de outros jovens profissionais, como Josep Torres Clavé, morto na frente republicana durante a guerra civil. Sert, como Torres Clavé, teve uma relação estimulante com Le Corbusier mas, como se percebe no livro citado, ele possuía uma sensibilidade cidadã especial, que nem sempre esteve presente no temperamento do líder das CIAM.

Os arquitetos podem ser também urbanistas, mas nem todos os arquitetos, uma pequena parte inclusive, o são. Da mesma forma, existem muitos urbanistas que não são arquitetos. Como Ildefonso Cerdà, engenheiro civil e um dos fundadores do urbanismo moderno. Há urbanistas que procedem de carreiras técnicas, das ciências sociais ou da gestão pública. Na realidade, o urbanismo é uma prática que com o tempo, a acumulação de experiências e a análise crítica constitui um corpo doutrinal respeitável e muito mais sólido que as ciências sociais acadêmicas, já que elas não dispõem da verificação na vida social.

Mas são os profissionais que definem a cidade?

Cinco princípios de planejamento urbano para tornar as cidades sustentáveis

A urbanização na América Latina e China é um processo que tem se desenvolvido de forma muito similar, em decorrência do êxodo rural, mas que apresenta uma radical diferença: a velocidade.

Este fator se reflete, por exemplo, no fato de que nos últimos 35 anos, as cidades chinesas receberam mais de 560 milhões de habitantes provenientes das áreas rurais, quantidade equivalente a população total da América Latina, segundo o informativo “Urbanización Rápida y Desarrollo: Cumbre de América Latina y China”, elaborado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Utilizando os dados deste documento como referência, a arquiteta Nora Libertun - PhD em Desenvolvimento Urbano no MIT e mestre em urbanismo na Universidade de Harvard - acaba de elaborar cinco princípios para que a urbanização e os desafios colocados por ela possam ser abordados através de um enfoque sustentável, evitando, assim, a exagerada expansão urbana e o desequilíbrio do meio ambiente.

Veja, a seguir, os cinco princípios colocados por Nora Libertun:

WAF anuncia o tema do Festival de 2015

O World Architecture Festival (WAF), maior festival de arquitetura do mundo, que acontece anualmente em Singapura, anunciou o tema deste ano: 50:50. O tema é inspirado no aniversário de 50 anos de Singapura como país independente e revê como a arquitetura e o urbanismo mudaram nos últimos 50 anos, tendo em vista as possíveis mudanças para os 50 anos que estão por vir.

Seis propostas para recuperar os espaços perdidos sob uma rodovia de Nova York

Os espaços perdidos ou abandonados em Nova York equivalem a quatro vezes a área do Central Park, principal parque da cidade, com 341 hectares.

Com o objetivo de recuperar parte desses locais e transformá-los em novos espaços públicos, a ONG Design Trust for Public Spaces iniciou há dois anos o projeto chamado "Under the Elevated: Reivindicação do espaço, conectando comunidades" desenvolvido com o Departamento de Transporte (DOT) e que pretende recuperar espaços sob pontes e passagens de níveis da rodovia Brooklyn Queen Expressway (BQE).

Os resultados foram publicados em um livro em que são mostrados os lugares potenciais e as propostas de como eles poderiam ser melhorados esses espaços.

A seguir mostraremos sobre o projeto e as recomendações.

ABCP lança manual para a construção de calçadas

Abordando algumas questões ligadas ao desenho dos espaços públicos das cidades, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) produziu e disponibilizou um guia prático para a construção de calçadas. Em 25 páginas são tratados temas como acessibilidade, estratégias de desenho, tipos de pavimentação e a criação de calçadas verdes através de textos, cálculos e ilustrações que explicam e exemplificam detalhadamente cada um dos tópicos.

Definindo a calçada ideal como "aquela que garante o caminhar livre, seguro e confortável de todos os cidadãos", o guia inicia com as principais características que uma calçada deve apresentar: ser acessível, ter uma largura adequada, apresentar fluidez e, evidentemente, proporcionar segurança aos pedestres.

Chamada de trabalhos para o 8° Congresso Brasileiro de Direito Urbanístico

O prazo final para o envio de trabalhos para VIII Congresso Brasileiro de Direito Urbanístico que acontece em Fortaleza, de 4 a 7 de outubro, se encerra neste domingo, 28 de junho. O evento, que tem como tema “Direito Urbanístico e conflitos urbanos: a efetividade da ordem jurídico-urbanística na promoção do direito à cidade”, será realizado na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Climathon Rio de Janeiro busca ideias para um urbanismo sustentável

O Climathon é um evento global que será realizado simultaneamente em diversos lugares do mundo onde os participantes de diversos perfis diferentes desenvolverão soluções inovadoras para as problemáticas das cidades.

Quatro dicas para projetar cruzamentos mais seguros

Se considerarmos que em 2013 o número de automóveis da cidade de São Paulo superou os 5,4 milhões de veículos, e que o excesso de velocidade e a irresponsabilidade dos condutores e pedestres estão entre as principais causas de mortes no trânsito, se faz cada vez mais necessário que as cidades tenham ruas mais seguras. 

Para ter uma ideia de como avançar nesse sentido, apresentamos a seguir quatro propostas para o projeto de cruzamentos que podem servir de exemplo para aumentar a segurança dos pedestres, ciclistas e motoristas.

Saiba mais, a seguir.

Gustavo Restrepo: O urbanismo pode combater o narcotráfico

Em uma recente conferência realizada em Córdoba, Argentina, o arquiteto e urbanista Gustavo Restrepo falou sobre seu trabalho no planejamento urbano de Medellín, cidade colombiana bastante afetada pela insegurança pública e criminalidade desde os anos 1990.

Restrepo comenta que o narcotráfico pode ser detectado através de estatísticas sociais e que o urbanismo pode levar à sua derrocada através de intervenções públicas realizadas nas periferias residenciais. Segundo o urbanista, as estatísticas de violência, pobreza e degradação urbana em bairros mais pobres e periféricos coincidem com os lugares onde o narcotráfico se desenvolve melhor, já que a pobreza e a desigualdade são seus propulsores.

Saiba mais a seguir.

Clássicos da Arquitetura: Caraíba / Joaquim Guedes

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Por Rogério Quintanilha

A cidade está organizada a partir de um sistema de seis pequenas praças setoriais localizadas junto a pré-escolas ou parques infantis, e seis praças centrais distribuídas em uma malha ortogonal que define quadras retangulares de duzentos e setenta e seis metros por sessenta metros.

Cidade do México será capital mundial do urbanismo em 2016

A ONU anunciou recentemente a Cidade do México como capital mundial do urbanismo em 2016, participando com o Encontro Mundial sobre Urbanismo - "Instrumentos de financiamento para o desenvolvimento urbano e os desafios das cidades".

IAB-RJ publica livros digitais sobre urbanização de favelas

Os Cadernos Técnicos Morar Carioca, lançados em fevereiro deste ano pelo IAB-RJ e pela Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Habitação (SMH), agora estão disponíveis em versão digital. Os livros abordam três temas fundamentais da urbanização de favelas: espaços livres, sistema viário e resíduos sólidos. A coleção está disponível na página Documentos, no site do IAB-RJ, e na de Publicações, no IAB.

As estratégias dos EUA e da América Latina para criar espaços públicos livres de automóveis

A cidade de Los Angeles (EUA) tem uma área aproximada de 1.300 quilômetros. No centro da cidade, dois terços dos espaços são destinados aos automóveis - seja como ruas, vias expressas ou estacionamentos - segundo Jes Howen McBride, mestre em planejamento urbano e regional pela Universidade da Califórnia (UCLA).

Tomando este dado, que reflete o predomínio dos automóveis, a planejadora destaca os esforços do Departamento de Transportes local para transformar essa realidade através de programas que, sem tanta burocracia, convidam os cidadãos a proporem novas iniciativas para aproveitar melhor os espaços destinados aos automóveis.

Além disso, ela destaca outras iniciativas de Minneapolis e San Francisco que mostram como as pessoas estão buscando recuperar os espaços, um recurso valioso nas cidades que estão se esforçando para garantir um futuro melhor.

A seguir, mostramos alguns programas similares que estão sendo realizados nos Estados Unidos e na América Latina.

Why Density? / a+t

Why Density? é um conjunto de ferramentas para construir uma cidade adensada elaborada pelo a+t research group. São conceitos práticos a nível urbano aplicados a edifícios residenciais concretos. Todas as ilustrações foram realizadas especialmente para esta publicação.

Oito passos para projetar calçadas melhores

Segundo os resultados da última Pesquisa Origem Destino elaborada pelo Ministério de Transportes e Telecomunicações do Chile (MTT), dos 18,4 milhões de deslocamentos diários que acontecem na região metropolitana de Santiago, 6,3 milhões correspondem a caminhadas.

Essa cifra faz desse tipo de deslocamento o mais frequente, seguido pelos deslocamentos de automóvel (25,7%) e de ônibus (22,6%).

Segundo a proposta do The City Fix Brasil, blogue independente da organização para mobilidade sustentável WRI Brasil Cidades Sustentáveis. as caminhadas poderiam se tornar ainda mais frequentes nas cidades se as calçadas fossem melhores, algo que pode ser alcançado através dos oito passos mostrados a seguir formulados pela organização.

Saiba mais a seguir.

Um plano estratégico para Buenos Aires: Espaço participativo para formular acordos coletivos

Um plano estratégico oferece ferramentas que incrementam a coesão social, a competitividade econômica, a sustentabilidade ambiental e a capacidade de gestão inovadora e adaptável, indispensáveis em qualquer intervenção no território. Melhorar a organização política, a gestão econômica, os canais de participação e articulação entre atores, assim como fortalecer as institucionalizações, otimizar os processos do governo e os instrumentos de intervenção, são algumas estratégias que conduzirão a uma cidade mais igualitária e inclusiva. 

Neste contexto, a cidade de Buenos Aires formulou seu Plano Estratégico que faz parte de uma série de políticas públicas que reconhecem a necessidade de aprofundar intervenções no território em diferentes dimensões, sobretudo em temas considerados essenciais e críticos, e por sua vez, projetar a cidade até o futuro para situá-la em uma posição estratégica e significativa a nível metropolitano, nacional, regional e mundial.