Os Cadernos Técnicos Morar Carioca, lançados em fevereiro deste ano pelo IAB-RJ e pela Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Habitação (SMH), agora estão disponíveis em versão digital. Os livros abordam três temas fundamentais da urbanização de favelas: espaços livres, sistema viário e resíduos sólidos. A coleção está disponível na página Documentos, no site do IAB-RJ, e na de Publicações, no IAB.
A cidade de Los Angeles (EUA) tem uma área aproximada de 1.300 quilômetros. No centro da cidade, dois terços dos espaços são destinados aos automóveis - seja como ruas, vias expressas ou estacionamentos - segundo Jes Howen McBride, mestre em planejamento urbano e regional pela Universidade da Califórnia (UCLA).
Tomando este dado, que reflete o predomínio dos automóveis, a planejadora destaca os esforços do Departamento de Transportes local para transformar essa realidade através de programas que, sem tanta burocracia, convidam os cidadãos a proporem novas iniciativas para aproveitar melhor os espaços destinados aos automóveis.
Além disso, ela destaca outras iniciativas de Minneapolis e San Francisco que mostram como as pessoas estão buscando recuperar os espaços, um recurso valioso nas cidades que estão se esforçando para garantir um futuro melhor.
A seguir, mostramos alguns programas similares que estão sendo realizados nos Estados Unidos e na América Latina.
Why Density? é um conjunto de ferramentas para construir uma cidade adensada elaborada pelo a+t research group. São conceitos práticos a nível urbano aplicados a edifícios residenciais concretos. Todas as ilustrações foram realizadas especialmente para esta publicação.
Segundo os resultados da última Pesquisa Origem Destino elaborada pelo Ministério de Transportes e Telecomunicações do Chile (MTT), dos 18,4 milhões de deslocamentos diários que acontecem na região metropolitana de Santiago, 6,3 milhões correspondem a caminhadas.
Essa cifra faz desse tipo de deslocamento o mais frequente, seguido pelos deslocamentos de automóvel (25,7%) e de ônibus (22,6%).
Segundo a proposta do The City Fix Brasil, blogue independente da organização para mobilidade sustentável WRI Brasil Cidades Sustentáveis. as caminhadas poderiam se tornar ainda mais frequentes nas cidades se as calçadas fossem melhores, algo que pode ser alcançado através dos oito passos mostrados a seguir formulados pela organização.
Um plano estratégico oferece ferramentas que incrementam a coesão social, a competitividade econômica, a sustentabilidade ambiental e a capacidade de gestão inovadora e adaptável, indispensáveis em qualquer intervenção no território. Melhorar a organização política, a gestão econômica, os canais de participação e articulação entre atores, assim como fortalecer as institucionalizações, otimizar os processos do governo e os instrumentos de intervenção, são algumas estratégias que conduzirão a uma cidade mais igualitária e inclusiva.
Neste contexto, a cidade de Buenos Aires formulou seu Plano Estratégico que faz parte de uma série de políticas públicas que reconhecem a necessidade de aprofundar intervenções no território em diferentes dimensões, sobretudo em temas considerados essenciais e críticos, e por sua vez, projetar a cidade até o futuro para situá-la em uma posição estratégica e significativa a nível metropolitano, nacional, regional e mundial.
A Escola da Cidade promove durante os meses de abril e maio, a série de encontros bilaterais Chococharlas, um conjunto de dez debates organizado pela Acción Cultural Española (AC/E), com o objetivo de fomentar a interação e a colaboração entre criadores e agentes da cultura urbana no Brasil e Espanha.
Raquel Rolnik é conhecida por levantar a bandeira do direito à cidade, que vai muito além do acesso à água, luz, saneamento e mobilidade. Direito à cidade prevê a distribuição de todos os recursos que o meio urbano possa oferecer de maneira igualitária aos cidadãos.
O curso livre Confrontos [ideias e práticas urbanísticas]tem por objetivo oferecer uma visão geral das principais teorias do campo de urbanismo e de desenho urbano que permearam a literatura e a prática ao longo do século XX, com foco na atuação do arquiteto urbanista. A premissa é a de que não há uma corrente única, ou pensamento singular, que alcance a complexidade da intervenção urbana. Ao contrário, a atuação na área de urbanismo existe na defesa de uma posição, sobre a qual não há consenso, há conflito.
Uma vaga de carro tem, em média, 14 metros quadrados. Contudo, esse espaço de 5,5 metros de comprimento e 2,5 metros de largura poderia ser muito melhor utilizado.
Nesse sentido, de alguns anos para cá, várias cidades, como Buenos Aires e Santiago, estão transformando suas vagas de estacionamento para automóveis em vagas para bicicletas: onde antes cabia um carro agora dez bicicletas podem estacionar.
Vencedora da última edição do Holcim Awards América Latina, o projeto Ensalada de Frutas (Salada de Frutas), desenvolvido pelos arquitetos Patricio Cuello, Iván Báez, Alejandro Alaniz e Christian Barrera, propõe um porto flutuante em pleno coração do Amazonas, Manaus, revertendo a "lógica fragmentária atual da orla" de uma das principais cidades do norte do Brasil.
No contexto do SOS Cidades Manaus 2012, o projeto busca potencializar o vínculo entre a cidade e o rio, assumindo como parte do enfoque conceitual a variação do nível das águas, que se faz presente no programa flutuante e no parque inundável.
Saiba mais sobre o projeto premiado com o Primeiro Lugar no Holcim Awards América Latina, a seguir.
Urbanista dinamarquês, Jan Gehl é especialista em criar "cidades para pessoas". Após uma recente palestra sobre cidades sustentáveis proferida na Basileia (Suíça), Gehl se encontrou com o jornal Tages Wocke para discutir o que torna uma cidade desejável e habitável. "Descobrimos que o comportamento das pessoas depende do que você as convida a fazer", disse Gehl. "Quanto mais ruas houver, mas tráfego haverá. Um ambiente público mais atraente será usado por mais pessoas." Leia a entrevista completa e saiba porque Gehl acredita que as ciências sociais e psicológicas deveriam ser ensinadas nas escolas de arquitetura.
Já abordamos em várias oportunidades o conceito de placemakinge sua importância no desenvolvimento de um sentido de comunidade. Seu emprego tem, geralmente, o objetivo de construir espaços públicos onde as pessoas se sintam à vontade para passar grande parte de seu tempo.
As medidas que aplicam esse conceito para gerar mudanças e avanços nesse sentido vão desde dedicar mais ruas ao fluxo exclusivo de pedestres e construir mais parques até reestruturar os departamentos municipais encarregados de administrar os espaços públicos, assegurando instâncias de participação urbana.
Contudo, uma variável do conceito de placemaking que está tomando cada vez mais força tem a ver com a relevância da arte na cidade e sua relação com a resiliência urbana - o que dá origem ao placemaking criativo.
Nos últimos anos, a mudança de algumas das principais ruas de Nova Iorque tem sido realmente impressionante. Fotografias com milhares de automóveis têm dado lugar a outras, que mostram o desaparecimento dos carros e a apropriação dos espaços públicos por pedestres e ciclistas.
Para celebrar o Dia das Mulheres, pedimos ao coletivo brasileiro Arquitetas Invisíveis, com sede em Brasília, que compartilhassem conosco parte de sua pesquisa que identifica e enaltece o trabalho das mulheres na Arquitetura e Urbanismo, elas gentilmente nos cederam este material - que apresenta 48 mulheres divididas em sete categorias: pioneiras, "nas sombras", arquitetura, paisagismo, arquitetura social, urbanismo e arquitetura sustentável – que será publicado separadamente durante esta semana.
Hoje, apresentamos as arquitetas relevantes no campo do urbanismo.
Por Guillermo Tella, Arquiteto e Doutro em Urbanismo e Martín M. Muñoz, Especialista em Urbanismo.
Desde seu processo de abertura econômica, as cidades chinesas converteram-se em destinatárias de grandes investimentos multinacionais e, neste contexto, começaram a ser objeto de fortes processos de transformação urbana. Como crescem, por que crescem deste modo, quais políticas impulsionam e sustentam este crescimento e que qualidade de vida propõem, são algumas perguntas a serem respondidas.
Existe uma ampla variedade de lugares comuns sobre a China. Desde as referências a sua cultura milenar até sua gigantesca população de 1,3 bilhões de habitantes. Na realidade, qualquer cifra desse país se torna imensurável. Assim, nas últimas décadas a China ganhou reconhecimento por suas altas taxas de crescimento econômico: de 8,4% em 2000 a 9,1% em 2011,segundo dados do Banco Mundial.
Necessariamente, este modelo precisa se enraizar em no território para transformar sua sociedade. E se a China se caracterizou sempre por ser um país de altos contrastes, as mudanças rápidas e profundas são evidenciadas em suas cidades. Pequim, Xangai e Hong Kong lideram uma constelação de assentamentos humanos de longa data que só recentemente passaram por um processo acelerado de urbanização. A expansão, a satelização, o desadensamento, a modernização e a verticalização são termos que tratam apenas dos grandes aspectos desta complexa evolução.
A 42nd Street de Nova Iorque é uma das avenidas mais visitadas da cidades, reunindo em seus 3,5 quilômetros de extensão alguns pontos emblemáticos como a Times Square, a Biblioteca Pública, o edifício Chrysler, a praça das Nações Unidas, o Edifício da ONU e alguns importantes teatros.
Seu aspecto atual é decorrente de um plano de regeneração urbana implementado nas décadas de 1970 e 80. Contudo, para continuar intervindo nessa rua, o Instituto para a Mobilidade Urbana Racional (IRUM) e a organização cidadã Vision 42 lançaram o concurso internacional Vision42Design, com o qual buscavam projetos que permitissem a implementação de uma linha de VLT, planejada há mais de 40 anos.
O único requisito era que os projetos cumprissem com os seguintes objetivos: criar um espaço que seja amigável com os pedestres, livre de automóveis e que conte com um bulevar sustentável. A seguir, mostramos quatro propostas finalistas do concurso que reuniu mais de 200 inscritos.
Os habitantes de Santiago, Chile, contam agora com mais um espaço público. Trata-se do Parque Fluvial Renato Poblete, o primeiro parque fluvial urbano do Chile e um dos trechos do projeto Cicloparque Mapocho 42k.
Os 20 hectares do parque, localizado em Quinta Normal, na porção oeste do Parque de Los Reyes, se dividem em dois setores: o "Parque Brazo del Río” e o "Paseo en El Cauce”. O primeiro tem uma superfície de 13 hectares nos quais se encontra uma lagoa formada por uma entrada do rio Mapocho, local que servirá à prática de esportes náuticos assim que esse serviço for implementado.