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Urbanismo: O mais recente de arquitetura e notícia

Fórum Nacional de Reforma Urbana elabora carta à Presidente Dilma Rousseff

Em novembro deste ano o Fórum Nacional de Reforma Urbana elaborou uma carta destinada à Presidente Dilma Rousseff em que solicitava do governo atenção especial à questão urbana brasileira. Intitulada “Desafios para a política urbana e por um Ministério das Cidades comprometido com o direito à cidade”, a carta destaca alguns pontos centrais a serem abordados com maior cuidado pela presidência: mobilidade, moradia adequada, saneamento ambiental, educação, saúde, infraestrutura, espaços públicos, mobiliário urbano e serviços públicos.

O texto resgata a criação do Ministério das Cidades, do primeiro ano de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e seu papel estratégico no que diz respeito ao planejamento urbano. O movimento defende que a pauta urbana é uma questão urgente ligada diretamente à garantia do bem-estar da população brasileira.

Por fim, as entidades e movimentos sociais defendem o reconhecimento e o fortalecimento institucional do Ministério das Cidades e que a escolha do próximo Ministro das Cidades, bem como daqueles que formarão sua equipe mais próxima, não seja um mero instrumento para contemplar grupos partidários na composição do governo, citando Inácio Arruda, Nabil Bonduki, Olívio Dutra, Raquel Rolnik e Zezéu Ribeiro como alguns nomes alinhados à plataforma de reforma urbana.

Leia a carta na íntegra, a seguir:

Chicago criará seu primeiro “Espaço Compartilhado” sem sinais de trânsito

Em 2004, algumas cidades da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda e Inglaterra começaram a criar Espaços Compartilhados, ou seja, ruas e calçadas onde não há sinais de trânsito. 

Apesar da primeira coisa a se pensar sobre estes lugares é que eles não são seguros, a experiência das cidades que já contam com esse tipo de espaço demonstra que estes são mais seguros, pois todos os usuários das vias devem prestar mais atenção, o que acaba diminuindo o número de acidentes. 

É por isto que, desde sua criação, diversas cidades já adotaram esta iniciativa, removendo os sinais de trânsito das ruas. Esse é o caso de Chicago, que aprovou seu primeiro Espaço Compartilhado em Argyle, onde, além de eliminar alguns sinais, reduzirá a velocidade dos veículos para 24 km/h, um limite ainda inferior ao das Zonas 30.

Veja a opinião dos especialistas sobre estes espaços e sobre o caso de Chicago, a seguir.

Gentrificação: os perigos da economia urbana hipster

Nesse artigo, publicado originalmente em Al Jazeera como "The peril of hipster economics", a escritora e pesquisadora estadunidense Sarah Kendzior escreve que a deterioração urbana em alguns bairros das principais cidades do mundo se converteu lamentavelmente em um conjunto de peças urbanas a serem "remodeladas ou idealizadas" pela gentrificação.

Segundo a autora, estes bairros - carregados de uma estética atrativa nostálgica e de uma enriquecedora "vida urbana" - estimulam a chegada de novos residentes de alto padrão que procuram esse estilo de vida em bairros historicamente associados as populações marginais - carentes de serviços públicos e oportunidades de trabalho -, que acabam sendo removidas para subúrbios pobres.

"Querem mudar uma memória que outros já construíram. Isto é a economia hipster", afirma Sarah.

Leia o artigo a seguir.

A recuperação de Nova Iorque do domínio do automóvel

Originalmente publicado na Metropolis Magazine como “Playing in Traffic“, este artigo de Jack Hockenberry investiga a relação entre o homem e o veículo, ilustrando a dinâmica complexa criada em Nova Iorque - uma cidade com mais de 2,1 milhões de veículos registrados. Ao contrário dos esquemas que colocavam o carro como elemento central, do famoso ex-chefe de planejamento urbano de Nova Iorque, Robert Moses, Hockenberry argumenta que a cidade é o "espaço negativo", ao passo que os veículos são obscurecidos pelo nosso inconsciente.

É uma curiosidade da vida urbana moderna que, quanto mais carros se aglomeram em cidades, mais eles se tornam invisíveis. É uma característica padrão em qualquer cidade grande de hoje. Infelizmente, não podemos controlá-la a partir do assento do condutor - por mais que gostaríamos de acenar as mãos e assistir através de nossos pára-brisas os carros desaparecendo e libertando-nos da prisão do tráfego. A invisibilidade de que estou falando só ocorre se você é um pedestre ou ciclista. O número de veículos motorizados estacionados ou em movimento em qualquer hora nas ruas de Nova Iorque é surpreendente. De acordo com o Departamento de Veículos Motorizados do Estado, estima-se que 2,1 milhões estão registrados na cidade. Ainda assim, registrá-los nunca os farão totalmente visíveis quando estamos andando nas ruas. A cidade é o espaço negativo e é assim que nossos olhos percebem cada vez mais as paisagens urbanas. Tudo em torno dos carros e caminhões se entrelaçada pelo olho e, apesar de os veículos estarem presentes, gradualmente aprendemos a ignorá-los, menos quando estamos parados na linha direta do fluxo de trânsito.

Cidade do México vence prêmio internacional de mobilidade

A Cidade do México ganhou o prêmio internacional Audi Urban Future Award, organizado pela empresa Audi, que seleciona algumas cidades de diferentes partes do mundo para questionar sobre os futuros avanços na questão da mobilidade. A ideia é desmanchar os pensamentos relacionados ao estado crítico da mobilidade no século XXI dentro de um contexto de desafios complexos, mas também de novas oportunidades.

Este ano, na sua terceira edição, a Cidade do México foi escolhida, juntamente com Boston, Berlim e Seul, para oferecer uma visão de como poderia ser o futuro urbano se os dados fossem utilizados de maneira estratégica. A premiação foi entregue começo de novembro na cidade de Berlim.

Com a participação do Laboratorio para la Ciudad, Jose Castillo, co-fundador do escritório Arquitectura 911sc e Carlos Gershenson, pesquisador e chefe do Departamento de Ciências da Computação do Instituto de Pesquisas Matemáticas (IIMAS) da UNAM, a equipe da Cidade do México, chamada Living Mobilities, obteve o primeiro lugar apresentando a captação de dados de mobilidade como tarefa primordial do projeto.

Saiba mais, a seguir.

Roterdã é eleita a Melhor Cidade da Europa pela "Academy Of Urbanism"

A cidade de Roterdã, Países Baixos, frequentemente associada à intensa atividade arquitetônica, foi eleita a "Melhor Cidade da Europa" pela Academy of Urbanism. Selecionada entre outros dois finalistas, Aarhus, na Dinamarca, e Turin, na Itália, a cidade foi elogiada por sua "comunidade predominantemente jovem, aberta e tolerante que está abraçando a arquitetura e urbanismo inovadores e novos modelos de negócio."

Apesar de ter sido uma escolha difícil, a Academy diz que Roterdã foi escolhida como vencedora por sua "abordagem única de governo. Apontado por seis anos pelo governo central, o papel do prefeito fica fora das estruturas políticas, o que permite um maior engajamento com os cidadãos e negócios." 

1ª Semana da Ecologia Urbana de Goiânia

Palestrantes nacionais e internacionais discutirão sobre ecossistemas urbanos, parques, telhados verdes, jardins verticais, ciclovias e permacultura, entre outros temas, na 1ª Semana de Ecologia Urbana de Goiânia.

“Provocações Urbanas” traz o urbanista Evert Verhagen a Recife para discutir a gestão dos espaços públicos

Nesta quinta-feira, 20 de novembro, acontece a terceira edição do Provocações Urbanas - Ciclo de Diálogos do Parque Capibaribe, que traz ao Brasil, com apoio da Embaixada Holandesa, o urbanista holandês Evert Verhagen, para discutir ideias inovadoras sobre a gestão de espaços públicos. O evento conta também com a participação do presidente da Emlurb, o sociólogo Antônio Barbosa. A mediação será do arquiteto e urbanista do projeto Luiz Carvalho.

Escola da Cidade lança 5º volume de livro sobre habitação e cidade

O curso de pós-graduação Habitação e Cidade, desenvolvido pela Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, promove o lançamento do livro "Habitação e Cidade # 5" no dia 12 de novembro, às 19 horas.

8 de novembro, Dia Mundial do Urbanismo

Desde 1949, no dia 08 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Urbanismo, data destinada a reflexão coletiva sobre o tipo de cidade em que vivemos e como queremos que nossas cidades sejam consolidadas ao longo do tempo, sem descuidar os elementos naturais que garantem uma melhor qualidade de vida nos espaços urbanos. 

Este dia foi criado pelo engenheiro argentino Carlos Maria della Paolera, que também foi o  primeiro professor de urbanismo na Argentina. Seu convite, prorrogado por 65 anos, foi recebido por mais de 30 países de quatro continentes e promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Urbano da Cidade de Buenos Aires. 

5 iniciativas nos EUA que tornaram os espaços públicos mais dinâmicos

As intervenções realizadas em parques urbanos, como por exemplo, a instalação de cadeiras no Parque Bryant de Nova Iorque, ou as obras de arte que são frequentemente instaladas em espaços públicos, fazem com que as cidades sejam lugares mais agradáveis, dinâmicos e atrativos para viver.

Nesse sentido, a organização estadunidense Project for Public Spaces (PPS), acredita que “mais do que nunca, as obras de arte pública são estimulantes e convidam a um diálogo ativo ao invés da observação passiva, fomentando, assim, a interação social que pode inclusive conduzir a um sentido de coesão social entre os próprios espectadores”.

Tomando essa definição, o especialista em Geografia Humana da Universidade de Auckland, Thejas Jagannath, identificou cinco ações desse tipo que acontecem em cidades estadunidenses e que permitem que os cidadãos mudem sua percepção de um lugar, podendo identificar-se com este, considerando-o divertido e dinâmico.

Veja, a seguir, estes cinco projetos.

“A arrogância do espaço”: A distribuição desigual do espaço público em relação aos pedestres, ciclistas e automóveis

A distribuição desigual do espaço público, em relação aos pedestres, ciclistas e condutores de automóveis, é um assunto que o especialista em mobilidade urbana, Mikael Colville-Andersen, qualifica como “a arrogância do espaço”.

Do ponto de vista desse planejador urbano e fundador do Copenhagenize, este termo pode ser aplicado às ruas que são dominadas pela engenharia de trânsito do século passado, isto é, aquelas que estão planejadas prioritariamente para os automóveis.

Para exemplificar seu posicionamento, Mikael analisou a quantidade de espaço que possui cada um desses grupos, além do espaço “morto” e dos edifícios, em algumas ruas de Calgary, Paris e Tóquio através da comparação de cada setor com diferentes cores.

Confira as imagens a seguir.

Guia de Desenho Urbano de Ciclovias: Conselhos da organização NACTO para um ciclismo urbano eficiente e seguro

A experiência das cidades que se destacam por sua cultura ciclista, como Amsterdã, Berlim e Copenhague, juntamente com Boston, Portland e Nova Iorque, entre outras, serviu de modelo para a NACTO (National Associatian of City Transportation Officials) elaborar o Guia de Desenho Urbano de Ciclovias.

Esse é um documento que procura guiar as cidades que estão consolidando o uso da bicicleta como meio de transporte através de uma série de conselhos de desenho urbano que pretendem fazer do ciclismo urbano uma experiência eficiente e segura.

Os conselhos se apresentam em seis categorias diferentes: Bulevares para Bicicletas, Ciclofaixas, Ciclovias, Intersecções, Semáforos para Ciclistas e, por fim, Sinalizações.

Sabia, a seguir, em que consiste cada uma dessas categorias.

Série de palestras "A Cidade e o Jovem - Territórios de Vida em Comum”

A segunda edição do evento “A Cidade e o Jovem”, que acontece até o dia 27 de outubro nas cidade de Ribeirão Preto, Santos, Campinas, São Paulo, Bauru e São José dos Campos, recebe especialistas internacionais que apresentarão exemplos de projetos e ações para cidades inteligentes, com arquitetura sustentável e que ajudem na gestão de conglomerados.

Q+50 levanta desafios e propostas para o novo ambiente urbano brasileiro

Em meio a processo de eleições, os candidatos à Presidência da República apresentaram e defenderam suas propostas para enfrentar os desafios do novo ambiente urbano brasileiro. O tema foi objeto de ampla discussão do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), que promoveu o ciclo Seminários de Política Urbana Quitandinha+50 (Q+50) ao longo de todo o ano de 2013. O evento percorreu oito cidades brasileiras e debateu temas como a democratização das cidades, a moradia brasileira, a gestão das cidades, a sustentabilidade urbana, a mobilidade urbana, o esvaziamento dos centros e a Amazônia urbana.

Debate “Questões Urbanas: Parque Capibaribe“ na Aliança Francesa Recife

Com o tema “Parque Capibaribe”, a Aliança Francesa Recife promove mais uma edição do projeto Questões Urbanas, que acontece amanhã, 16 de outubro, e tem entrada gratuita.

Em 2015 Madri restringirá o acesso de automóveis em 352 hectares de seu centro

As cidades que adotaram medidas para restringir a circulação de automóveis, como Paris com o aumento das Zonas 30, ou as que optaram por delimitar algumas ruas exclusivas para pedestres, como Nova Iorque na Times Square, receberam em troca ruas e espaços muito mais vibrantes, onde os pedestres têm a prioridade.

Outra cidade que também pretende voltar a atenção aos pedestres, e não mais aos automóveis, é Madri através do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) que foi lançado esse ano e que será implementado até 2020.

Recentemente foi confirmado que umas das medidas entrará em vigor no dia 01 de janeiro de 2015. Trata-se das Áreas de Prioridade Residencial (APR) que serão implementadas nos bairros centrais, correspondendo a 352 hectares onde será restringido o acesso dos automóveis, tornando, assim, as ruas mais seguras e descongestionadas.

Saiba como funcionam estas áreas a seguir.

Simpósio Internacional "Urbanismo Ecológico" em São Paulo

O Simpósio Internacional Urbanismo Ecológico, promovido pela Universidade de Harvard em parceria com o Centro Cultural São Paulo, reunirá arquitetos, planejadores e urbanistas, teóricos, políticos e líderes do terceiro setor para debater o meio urbano sob diversos temas abordados no livro homônimo.

Urbanismo ecológico, publicado pela Editora Gustavo Gili, surge exatamente da urgente necessidade de abordar o urbanismo sob um enfoque da ecologia como método prático e criativo para enfrentar a realidade da cidade, e assim se constitui em uma aposta deliberada pela consolidação definitiva do conceito de “urbanismo ecológico” por meio da compilação de uma série de textos-chave sobre a matéria.