Encontradas pelos quatro cantos do mundo e construídas pelos mais diferentes motivos, da extração de recursos naturais à fabricação de um determinado produto, as monotowns são cidades criadas ao redor de uma única indústria a qual é responsável por empregar a maioria de seus habitantes. No antigo Bloco de Leste, onde uma série de cidades mono-industriais foram construídas durante o domínio soviético, a súbita transição para um novo sistema econômico centrado no capitalismo abalou profundamente a estrutura destas cidades, dando início a um rápido processos de despovoamento e migração para outras regiões do país e do mundo. A seguir descubra mais sobre a arquitetura das monotowns da era soviética, seus exemplos mais famosos, as histórias de fracassos e o atual estado destes ambientes urbanos extremamente peculiares.
USSR: O mais recente de arquitetura e notícia
A paisagem urbana das cidades pós-industriais soviéticas
Relíquias do czarismo e do socialismo: a arquitetura do Cáucaso Norte
Pouco conhecida pela maioria das pessoas, o Cáucaso do Norte é uma região extremamente complexa e remota, composta por uma enorme variedade de diferentes etnias, línguas, religiões e, conseqüentemente, arquiteturas. Em sua herança construída encontramos desde edifícios da era czarista a mesquitas, assim como mosaicos tradicionais da era soviética, monumentos e edifícios de estilo brutalista. Cenário de eventos polêmicos e disputas históricas, o norte do Cáucaso é um território culturalmente heterogêneo e está localizado na fronteira entre a Europa e a Ásia, entre a antiga União Soviética e o Oriente Médio, entre a fé Cristã e o mundo Islâmico. Ilustrado com fotografias de Gianluca Pardelli, Thomas Paul Mayer e Nikolai Vassiliev, este artigo é um convite à descoberta da historia e da arquitetura desta peculiar região do planeta: o Ciscáucaso, ou Cáucaso Norte.
As influências orientais que moldaram a arquitetura soviética na Ásia Central
Após o fim da Segunda Guerra Mundial e com a clamorosa vitória dos Aliados sobre a Alemanha Nazista, a União Soviética se consolidou como uma das principais potências emergentes junto aos Estados Unidos, ampliando seu limites e expandindo sua influência e domínio sobre um vasto território da Europa Central à Ásia. Ao longo da segunda metade do século XX, em um período marcado por uma vaidosa disputa ideológica contra os EUA, a União Soviética utilizou a arquitetura como uma ferramenta para estabelecer uma aparente uniformidade e concordância sobre um território ocupado extremamente diverso e policromático. Neste contexto, procurava-se combater as especificidades locais em favor da supremacia de uma nova sociedade unificada e homogênea. No entanto, na prática, a arquitetura se mostrou suscetível a adaptações e influências locais—principalmente nos distantes territórios ocupados pela URSS na Ásia Central. Dito isso, este artigo ilustrado com fotografias de Roberto Conte e Stefano Perego procura analisar as especificidades e desdobramentos da arquitetura soviética em um território historicamente excluído das principais narrativas modernas, revelando todas as nuances de seu patrimônio construído e a variedade de tons de suas paisagens urbanas.
Gensler lidera lista das maiores firmas de arquitetura dos EUA pelo nono ano consecutivo
Comparando a receita de centenas de firmas de arquitetura, a Architectural Record publica anualmente uma lista das 300 maiores dos EUA. Com base nos dados de 2019, a Gensler liderou novamente o ranking, pelo nono ano consecutivo, e a Perkins e Will ficou com a segunda posição. O terceiro, quarto e quinto lugares foram ocupados por HDR, Jacobs e AECOM, respectivamente. Entre as dez maiores estão, ainda, HKS e Skidmore, Owings & Merrill.
Artista cria colagens que mostram um lado surreal do cotidiano na União Soviética
Como seriam as cidades históricas se a escala não existisse e as funções pudessem ser manipuladas?
A artista holandesa Tamara Stoffers encontrou inspiração em um antigo livro da União Soviética, publicado no início da década de 1960, que apresentava imagens de blocos habitacionais sem qualquer ornamentação ou cor. O livro destacava a simetria e funcionalidade da arquitetura soviética, representando um futuro que o regime comunista idealizara. Para a artista, ficou claro que havia muitas pequenas histórias dentro da História da União Soviética - e elas mereciam ser exploradas.
A admiração de Stoffers se estendeu para além da arquitetura russa, abrangendo também objetos do cotidiano, banners, cartões postais e livros. Ao longo de cinco anos, desenvolveu uma série de colagens fantásticas feitas a partir de mais de 30 livros ilustrados. As imagens, que pareciam intrigantes por conta própria, foram misturadas e combinadas com outras fotografias de maneira exagerada e divertida, apresentando a União Soviética como nunca antes vista.