As cidades que dependem do uso de carros particulares enfrentam uma variedade de problemas — longas viagens de ida e volta ao trabalho, engarrafamentos intermináveis e aumento da poluição. Embora pareça que os carros são a opção mais confiável para nos levar de um lugar para outro, os urbanistas frequentemente promovem os benefícios do transporte público e o desenvolvimento de comunidades centradas em suas várias formas. Muitas cidades estão crescendo mais rápido do que o inicialmente planejado. Como resultado, as ruas se expandiram, os terrenos estão sendo transformados em enormes estacionamentos e as conexões entre as comunidades estão diminuindo.
O Desenvolvimento Orientado ao Transporte, também chamado de TOD, está se tornando cada vez mais popular nas discussões sobre como projetamos áreas urbanas. Para pessoas que não podem ou optam por não viver em um núcleo urbano, os TODs ajudam a conectar os subúrbios às cidades, mantendo um estilo de vida diferente. TODs são definidos como empreendimentos localizados a uma certa distância, geralmente 800 metros ou dez minutos a pé, de um centro de transporte público. Muitos investidores consideram os TODs atraentes devido a seus incentivos financeiros, capacidade de construir projetos em densidades mais altas e demanda comprovada por novas unidades residenciais em um local desejável. Quando bem executados, eles criam cidades com fortes conexões de vizinhança, menos poluição e métodos eficientes de movimentação de pessoas de um lugar para outro. Espacialmente, criam novas formas de reunir programas residenciais, comerciais, educacionais e de lazer em torno dos centros de trânsito. À medida que essas áreas continuam crescendo, elas são ancoradas por pontos de ônibus e estações de trem que fornecem conexões com outras partes das cidades, permitindo a diversidade populacional e o uso do solo. Criar um TOD é uma das melhores maneiras de aperfeiçoar a vitalidade urbana de uma cidade, especialmente quando combinado com estratégias de revitalização do centro.
Washington DC é um ótimo exemplo de uma região que implementou com sucesso uma estratégia moderna de TOD. Em 2004, a cidade construiu uma nova estação de transporte público em uma linha de metrô existente, custando pouco mais de 100 milhões de dólares. O desenvolvimento subsequente, que posteriormente ocorreu na região, incluiu 650.000 metros quadrados de escritórios comerciais, novas torres residenciais, hotéis e espaços comerciais. Isso gerou mais de 3 bilhões de dólares de crescimento econômico. Washington DC, semelhante a outras cidades, tem enfrentado uma rápida expansão suburbana, forçando os TODs a crescer também. O subúrbio do condado de Arlington, no norte da Virgínia, passou de um bairro de baixa densidade para um bairro próspero, de uso misto e caminhável. Depois que o metrô começou a operar na década de 1970, a área viu o desenvolvimento de 2 milhões de metros quadrados de escritórios, 24.000 unidades residenciais e 6.000 quartos de hotel. Mais recentemente, a nova sede da Amazon, com um edifício em forma de espiral, foi planejada para esta área.
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Cleveland, Ohio, é outro exemplo de cidade que teve sucesso devido à implementação de TODs. A área metropolitana de Cleveland é uma das poucas cidades que sofreu um declínio populacional desde a década de 1950. De 2000 a 2012, a área perdeu quase 100.000 moradores. Mas o TOD de Cleveland não foi projetado em torno de uma linha de trem, mas de uma linha de Bus Rapid Transit (BRT) através do corredor de saúde da cidade. O HealthLine BRT foi concluído em 2008 e nos primeiros anos de uso gerou quase 6 bilhões de dólares em desenvolvimento. Visto que a linha de BRT custou apenas 200 milhões para ser implementada, ela se tornou o maior impacto dólar por dólar de uma linha de BRT nos Estados Unidos, provando que outras cidades que não conseguem implementar uma linha ferroviária podem ter sucesso com outras formas de transporte público.
Os Desenvolvimentos Orientados ao Transporte têm a capacidade de transformar comunidades adormecidas em bairros vibrantes. Repensar a maneira como o transporte público pode ser integrado aos empreendimentos existentes e futuros permitirá oportunidades criativas para projetar novos espaços que possam atender às necessidades urbanas e se expandir nos próximos anos.
