Edifícios nem sempre são capazes de dar respostas rápidas às questões sociais mais urgentes. Ainda assim, no auge da crise pandêmica na China, as fachadas dos edifícios se transformaram em um dos principais veículos de informação e um das armas mais poderosas no combate à disseminação do vírus. Rapidamente, no pior momento do surto de coronavírus na cidade de Wuhan, as autoridades locais utilizaram telas de LED e super-projetores para reproduzir imagens de esperança e solidariedade. Recentemente, outros países também adotaram a mesma estratégia, e até agora, parece que tal abordagem tem dado ótimos resultados no combate à propagação do contágio.
Há alguns anos a ideia de que residências e apartamentos são dedicados exclusivamente à moradia foi redefinida, isso porque a contemporaneidade trouxe uma série de mudanças sociais e na maneira como utilizamos os espaços. Com rotinas desafiadoras e empresas cada vez mais flexíveis no que diz respeito ao espaço de trabalho, é cada vez mais comum que o lar torne-se o escritório. No entanto, com plantas residenciais cada vez menores tem se tornado um desafio pensar espaços funcionais ou que possam ser remodelados em segundos para dar uso ao chamado Home Office. Pensando nisso, compilamos alguns projetos em pequenos espaços, cuja as soluções interiores podem te ajudar em seus próximos projetos. Confira a seguir:
Em 2012, o furacão Sandy atingiu a costa leste dos Estados Unidos e causou estragos sem precedentes em Nova Iorque. A tempestade trouxe uma quantidade assustadora de água para as ruas, túneis e metrôs da cidade; o National Ocean Service relatou um aumento do nível de água de quase três metros no Battery Park. Muitas infraestruturas foram danificadas em diversas regiões, casas foram inundadas e pessoas ficaram ilhadas.
Apresentamos a seguir uma seleção de 11 fotografias que mostram coberturas impressionantes - espaços que podem se tornar o ambiente mais agradável de um projeto. Algumas surpreendem com belos jardins, outras, com piscinas ou mesmo brinquedos infantis. Veja, abaixo, fotos de coberturas feitas por fotógrafos como Nico Arellano, Hiroyuki Oki e Amit Geron.
A pandemia do Coronavírus tem tomado conta dos noticiários há alguns meses e impondo modificações, até então inimagináveis, ao cotidiano de toda a população mundial. Ainda que a situação seja preocupante e até desesperadora em alguns casos, ter ciência do comportamento do vírus e entender formas de evitá-lo, parece ser o melhor caminho. A COVID-19 é uma doença respiratória e se espalha por gotículas no ar. O que a torna especialmente perigosa é sua alta taxa de contágio, uma vez que o vírus pode sobreviver fora do corpo humano, no ar e em superfícies como metal, vidro e plásticos, se estes não forem desinfetadas adequadamente. Mas de que forma o vírus se comporta em cada um dos materiais? [Última atualização: Julho de 2020]
O design de interiores é um elemento fundamental do projeto de arquitetura, especialmente relevante quando arquitetos e designers são capazes de construir uma atmosfera própria capaz de aprazer os nossos sentidos. Você já se perguntou por que existem espaços que nos agradam e nos convidam a ficar por horas e outros que instantaneamente nos fazem querer ir embora? Essas sensações são uma consequência de como manipulamos certos elementos e parâmetros espaciais que inevitavelmente afetam a maneira como nos relacionamos com o espaço.
As maçanetas das portas são uma parte onipresente da vida cotidiana, sendo utilizadas constantemente em quase todos os espaços, mas raramente consideradas pelo usuário comum. No entanto, o material escolhido para cada uma pode variar amplamente em termos de estética, durabilidade e sustentabilidade, com boas e más escolhas. Para objetos que são vistos e usados várias vezes ao dia sem falhas, é imperativo que os projetistas façam a escolha certa.
Para aprofundar este assunto, a empresa FSB nos auxilia para a definição das propriedades de quatro dos materiais mais comuns de maçanetas abaixo, permitindo que você tome uma decisão informada sobre qual material se alinha melhor às necessidades do seu projeto.
https://www.archdaily.com.br/br/935854/aco-inoxidavel-bronze-latao-ou-aluminio-como-escolher-o-material-da-macanetaLilly Cao
Medo da recessão econômica causada pela pandemia de COVID-19 fez com que prateleiras em supermercados do mundo todo ficassem vazias. Foto de John Camero, via Unsplash
Cidades trazem oportunidades, diversidade e ganhos de escala, que eventualmente atraem mais moradores e motivam retroativamente seu crescimento. Apesar de, há décadas, preverem o fim das cidades em virtude do telefone, da internet, das videoconferências ou da realidade virtual, cidades e encontros presenciais continuam crescendo. Grandes áreas urbanas continuam atraindo cada vez mais gente. Motivado não apenas pelo turismo, a indústria de viagens também tem crescido ano após ano, mostrando o quanto as pessoas querem estar presencialmente onde as coisas estão acontecendo, seja em reuniões, eventos, shows ou simplesmente para encontrar amigos e familiares.
Na semana passada, a Bienal de Arquitetura de Venezaanunciou que adiará a data de abertura da Biennale para o dia 29 de agosto, mas que entretanto, manterá a data encerramento do evento no dia 29 de novembro, reduzindo a duração do mais importante evento internacional do mundo da arquitetura de seis para apenas três meses. A mudança de planejamento da Biennale é mais uma resposta à crise mundial causada pela pandemia de coronavírus ou COVID-19, a qual tem se agravado ao longo das últimas semanas provocando uma onda de cancelamentos e adiamentos de importantes eventos ao redor do mundo.
Introduzida por Rudolf Steiner, a pedagogia Waldorf é alimentada por princípios da filosofia antroposófica. Uma das principais características de sua abordagem pedagógica é a suposição de que a formação de um ser humano deve ser holística: seus sentimentos, sua imaginação, seu espírito e seu intelecto como uma composição única, visando uma completa integração entre o pensamento, o sentimento e a ação (o pensar, o sentir e o agir estão sempre ligados).
O foco da filosofia é desenvolver indivíduos capazes de se relacionar com si mesmos e com a sociedade (inteligência inter e intrapessoal), habilidades que são fundamentais para os desafios que o século XXI desenhou. Esse aprendizado ocorre, em grande parte, devido à força característica das escolas que seguem esse método de introduzir famílias no ambiente escolar, transformando-as em uma comunidade. Abordaremos como isso é feito, a seguir.
O período compreendido pelo século XX foi palco de mudanças que vão desde o surgimento e consolidação da arquitetura moderna à difusão de críticas e teorias ao movimento tão diversas quanto a produção arquitetônica do mesmo período. A expressão e experimentação de arquitetos refletiram em interiores que hoje consideramos “clássicos”, devido à relevância que tiveram para o debate e produção das décadas seguintes.
Com o objetivo de criar experiências ambientais imersivas em espaços interiores, o estúdio de design Aqua Creations desenvolveu o Manta Ray Light, uma instalação de iluminação construída com a tecnologia LED RGB responsiva que mistura as cores vermelho (Red), verde (Green) e azul (Blue) para gerar mais de 16 milhões de tons de luz. Ao predefinir seu espectro de cores, diminuir o brilho em uma escala de 0,1 a 100% e até carregar imagens e vídeos em sua memória interna, o sistema permite adicionar cor e movimento a espaços expressivos ou proporcionar uma sensação de calor e foco nos espaços íntimos e privados.
“Todos os problemas podem ser resolvidos com tecnologia.”
O quão acertada (ou não) parece essa afirmação? Enquanto escrevia este artigo, meu editor eletrônico de texto apontou que as três primeiras palavras dessa frase estavam incorretas, e me sugeriu trocar por “A quão acertada”. Ele se engana, a frase está correta.
via Cities for Play. Designing Child Friendly High Density Neighbourhoods
Cities for Play é um projeto cujo objetivo principal é de inspirar arquitetos, urbanistas e planejadores urbanos a criarem cidades estimulantes, respeitosas e acessíveis às crianças.
Natalia Krysiak é uma arquiteta australiana que acredita que as necessidades das crianças devem ser colocadas como ponto central no desenho urbano para assegurar comunidades resilientes e sustentáveis. Em 2017, criou Cities for Play que estuda exemplos de cidades que se preocupam em proporcionar ambientes que são capazes de promover a saúde e o bem-estar (físico e emocional) das crianças com foco nas brincadeiras e na "mobilidade ativa" de espaços públicos.
Um bom projeto de interiores começa com o mapeamento das demandas específicas de seus possíveis usuários. Conscientes das necessidades físicas, psicológicas e emocionais das pessoas, os projetistas buscam desenvolver soluções espaciais específicas que possam impactar positivamente na vida destas pessoas, promovendo qualidade de vida, segurança e bem-estar. Uma das principais tendências no design de interiores contemporâneo é a biofilia, uma abordagem holística que surge da observação e incorporação da natureza ao design.
Os espaços internos de museus, por meio de exposições, constroem narrativas que atribuem lógica e sentido (em outros contextos talvez não existentes) aos objetos expostos. Isto é, os recursos utilizados em uma mostra são capazes de conferir significados à medida em que são estabelecidas as conexões não só entre as peças expostas, mas também entre o projeto expográfico e a obra de arte.
O recente sucesso de Parasita, premiado filme do cineasta coreano Bong Joon Ho, trouxe para o foco da crítica de cinema a relevância da arquitetura e dos espaços interiores. Como poucos filmes conseguem fazer, a obra-prima de Ho borrou os limites entre os dois campos disciplinares a ponto de podermos afirmar, sem exageros, que a arquitetura não está lá apenas como cenário, mas assume papel de protagonista em muitas cenas.
Ao longo dos últimos três meses, o COVID-19 se espalhou rapidamente pelos quatro cantos do mundo, ultrapassando a marca de 114 países com casos confirmados até a última quarta-feira dia 11 de Março de 2020, tirando a vida de quase 5.000 pessoas até o momento, números que tendem a aumentar exponencialmente ao longo das próximas semanas.
Mas, se pudéssemos deixar de lado por um momento a gravidade desta situação, a pandemia de coronavírus – de maneira pouco ortodoxa – está nos fazendo refletir sobre o futuro das relações de trabalho no mundo. Milhões de pessoas estão sendo forçadas à trabalhar de casa, juntando-se a um já não pequeno número de pessoas que o fazem por escolha ou comodidade. A pergunta que queremos levantar é: seria este o início do fim do tradicional edifício de escritórios?
Conjunto habitacional do MCMV em Juazeiro do Norte, Ceará. Via Caos Planejado
Um dos problemas estruturais da sociedade brasileira é o crescimento excessivo da mancha urbana das cidades, comumente denominado de “espraiamento”, que resulta em uma ocupação urbana de baixa densidade. Essa ocupação dispersa dificulta a provisão de serviços públicos e compromete a qualidade de vida dos moradores, pois não gera demanda suficiente para o transporte de massa e induz à adoção do automóvel particular como modo de deslocamento. Para reverter esse quadro, a política urbana procura aumentar a densidade da cidade existente, seja construindo edificações novas nos lotes ociosos, seja recuperando edificações degradadas nas áreas centrais. No entanto, tal como atualmente concebida, a política habitacional favorece o espraiamento urbano.
Cortesia de Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados
Neste artigo, compartilho o processo de análise e decisão que conduzimos na Königsberger Vannucchi Arquitetura ao iniciarmos nossa transformação BIM em 2017. Foram seis estudos de investimento, realizados entre os anos de 2013 e 2017, até o dia em que finalmente o plano virou uma iniciativa. Era setembro de 2017 e acabávamos de começar aquele que seria o mais importante, transformador e arriscado investimento do ciclo estratégico KV2020: adotar o BIM como padrão do escritório, em 100% dos projetos, ao longo de 100% do ciclo de vida dos projetos.
Famosa por seu plano urbano e edifícios cívicos, Chandigarh representa um fragmento icônico da arquitetura modernista. Este centro econômico e administrativo foi concebido para mostrar ao mundo o progresso da recém-independente Índia dos anos 50.
Fachada da Villa Müller mostrando as janelas em diferentes alturas: consequência das diferenças internas de nível e pé-direito. Imagem de euphrosyne_3.14. Via Instagram
Entre 1928 e 1930, na cidade de Praga, capital da então Tchecoslováquia, Adolf Loos, com colaboração de Karel Lhota, projetou uma de suas mais influentes obras: a Villa Müller. A casa se tornou não só um marco na trajetória de Loos e na história da arquitetura, mas também um símbolo da expressão do Raumplan, caracterizado por Loos como uma sequência de espaços que, em diferentes níveis e variados pés-direitos, se relacionam e interagem uns com os outros.
A arquitetura tem um impacto no contexto na qual se implanta. No entanto, a experiência dos usuários se dão nos espaços internos. Grandes expoentes como Rogelio Salmona e Antonio Gaudí pensavam suas obras em todos os espectros da escala arquitetônica, para que até os mais finos detalhes de acabamento fossem parte da experiência.
É quase impossível imaginar nossas vidas sem o gás, apesar de raramente pensarmos nele (a não ser quando ele acaba durante o preparo de um bolo ou quando sentimos aquele cheiro que deixa todos preocupados). A conveniência de acender o fogão, aquecer a água para o banho ou deixar a casa quente no inverno é algo que já foi incorporado em grande parte dos cotidianos. No entanto, como toda energia, instalações com baixo desempenho ou manutenção deficiente podem causar vazamentos e incidentes, com o risco de afetar os ocupantes do espaço. Apesar da onipresença e da grande responsabilidade envolvida, quando falamos sobre o assunto, arquitetos tendem a relegar o trabalho para consultores e especialistas. Mas alguns cuidados podem ser tomados para que não haja surpresas desagradáveis no detalhamento do projeto ou durante a obra.