Robótica e automação estão presentes em qualquer previsão de como viveremos no futuro. Entre arquitetos e designers, essa tendência cruza uma variedade de escalas, de cidades inteligentes a cozinhas inteligentes. Conforme destacamos em nosso artigo "Tendências que influenciarão a arquitetura em 2019", os últimos anos viram um fortalecimento na forma como os espaços interiores estão sendo transformados pelas tecnologias, com pesquisas em domótica subindo 450% em doze meses.
No apogeu do Império Romano, seu território se estendia a mais de cinco milhões de quilômetros quadrados, entre Europa, Ásia e África. Roma exercia poder sobre uma população de mais de 70 milhões de pessoas, o que correspondia a 21% da população mundial na época. De fato, como já mostramos em outro artigo, todos os caminhos levavam à cidade de Roma, grande sede do império e o patrimônio material e imaterial deixado pelo império é incomensurável, sendo que até hoje pesquisadores buscam entender todo o seu impacto no mundo atual. Desde o início de sua expansão no século VI a.C. até sua queda no ano de 476 d.C., o legado deixado pelos romanos abrange áreas como o direito, as artes plásticas, o latim que originou diversos idiomas, o sistema de governo e, muito importante, a arquitetura.
Vista aérea do centro de São Paulo. Foto de Sergio Souza, via Unsplash
Por que ficar na cidade?
A resposta dessa pergunta é óbvia para muitos dos moradores dos grandes centros: “é difícil achar emprego numa cidade menor, fora que lá nem cinema tem, são poucas as opções de restaurantes, e as escolas não são lá essas coisas.”
Se pensarmos em uma cidade como um organismo vivo, o que podemos aprender da natureza sobre como gerenciar um sistema tão complexo? Podemos aplicar ideias da biologia para construir cidades melhores e mais sustentáveis? E se sim - quais poderiam ser essas ideias?
O emocionante campo do bio-urbanismo tenta responder a essas perguntas explorando a interseção entre as cidades e o mundo natural ao nosso redor.
Assim como paredes e lajes, os móveis podem delimitar e definir um espaço. No entanto, ao contrário dos elementos construtivos, que fazem a distinção de ambientes de forma mais permanente, o mobiliário pode estabelecer limites entre um espaço e outro de maneira facilmente adaptável.
Todo dia 8 de março, em nível global, a luta por direitos iguais e sufrágio universal é comemorada como parte de uma data estabelecida pela ONU em 1975. Essa comemoração reúne os esforços de mulheres que exigiram seu direito de votar, estudar, ocupar cargos públicos e combater a discriminação no trabalho. Essa luta é fruto da luta de muitas mulheres que se sacrificaram pela causa. Vários eventos que vivemos todos os dias mostram que a situação social mudou. No entanto, é essencial que homens e mulheres se comprometam com o progresso e a justiça para que as coisas aconteçam.
https://www.archdaily.com.br/br/935286/mulheres-no-archdaily-refletem-sobre-o-futuro-da-arquiteturaArchDaily Team
Desde os mais renomados institutos de tecnologia da América do Norte a projetos residenciais no Oriente Médio, a ideologia da Bauhaus se espalhou pelo mundo junto com seus principais pensadores, exilados após o fechamento da instituição com a ascensão do nazismo no final dos anos trinta na Alemanha. Sua influência na arquitetura e no design podem ser vistos pelos quatro cantos do mundo, projetos e edifícios construídos são testemunhas do prestígio da escola de Dessau e Weimar. Enquanto a maioria dos projetos em “estilo Bauhaus” apenas reproduz a linguagem universal proposta pela escola, alguns poucos exemplos em particular, combinaram a teoria da Bauhaus com princípios de design local, resultando em uma arquitetura universal entretanto, profundamente enraizada na cultural e no clima específico do lugar onde está inserida.
Este artigo foi desenvolvido através de uma colaboração entre o ArchDaily e a Arieh Sharon Organization. Todas as imagens históricas que ilustram a matéria foram gentilmente cedidas pela Arieh Sharon Org.
A arquitetura e o design de interiores evolui constantemente para atender as demandas da sociedade e parte de seu papel social é auxiliar no bem-estar daqueles que transitam e utilizam seus espaços diariamente. Nesse sentido, no que se refere a arquitetura hospitalar - nicho responsável pelo desenvolvimento de projetos com foco na área da saúde, a partir de especificações, exigências e regulamentações que garanta e assegure a comodidade de seus pacientes - tem continuamente estudado questões intrínsecas de como o corpo em estado de adoecimento se comporta e estimula-se no espaço, de modo a criar ambientes que auxiliem no processo de reabilitação.
Na era moderna, seja na teoria ou na prática, a ideia de separação espacial entre casa e trabalho estava relacionada à divisão sexual tradicional de homens e mulheres e ao seu papel na vida cotidiana. Com base nos primeiros pensamentos feministas na arquitetura, este artigo discorre sobre a mudança do papel das mulheres no século XX e seu impacto no espaço construído.
Diferentemente das portas comuns, o sistema de abertura de portas pivotantes dispensa a necessidade de dobradiças. Os pivôs, ferramentas que possibilitam a rotação deste tipo de solução, não são visíveis como as ferragens usuais e ficam localizados tanto na parte superior da porta quanto na inferior, criando assim um eixo vertical em torno do qual a folha gira. Com possibilidade de localização dos pivôs próximos ao caixilho ou no centro da folha, a porta pivotante normalmente apresenta medidas maiores que as usuais devido à diminuição da passagem provocada pelo deslocamento, em relação às portas com dobradiças, do seu eixo de rotação.
Insuficientemente regulada em grande parte do mundo, a resistência de vidros ante o fogo é uma questão essencial que geralmente é mal resolvida, colocando em risco a vida dos ocupantes das edificações. Que características um vidro deve ter para resistir ao fogo? Quais opções escolher em cada caso? Conversamos com os especialistas da Cristales Dialum para aprofundarmos nas opções disponíveis.
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, é importante refletir e reconhecer o progresso que as mulheres, em todas as áreas de arquitetura e design, fizeram nos últimos anos. Desde mulheres sendo nomeadas para cargos de liderança em instituições acadêmicas de destaque, como a arquiteta Jeanne Gang, que foi nomeada como uma das 100 pessoas mais influentes pela revista Time em 2019, já sua equipe feminina do Counterspace recebeu o projeto do Serpentine Pavilion em Londres. E até mesmo, o primeiro escritório, liderado por duas mulheres, que venceu o prestigioso Prêmio Pritzker há apenas alguns dias. Cada vez mais mulheres na arquitetura estão ganhando o reconhecimento que merecem, nessa profissão tradicionalmente dominada por homens.
A arquitetura australiana caracteriza-se por uma profunda coerência com as condições específicas de suas latitudes. Historicamente, arquitetos australianos tem se apropriado das conjunturas ambientais, climáticas e culturais do país para dar forma à uma arquitetura intimamente enraizada em seu contexto local. Mais recentemente, a arquitetura australiana também passou a incorporar questões relativas à identidade multicultural do país, estabelecendo uma nova forma de se conceber e se fazer arquitetura. Para ilustrar este fenômeno, compilamos uma lista de projetos recentemente construídos na Austrália que estão redefinindo a pauta sobre o desenvolvimento futuro da arquitetura contemporânea australiana.
São 6:00 da manhã de uma terça-feira. Onde você está?
Geovana sai de casa já atrasada. Normalmente demora duas horas em três conduções para chegar no trabalho que fica no centro da cidade. Mas choveu durante toda a noite e sua casa inundou. Ela, a mãe e os irmãos tentaram salvar seus móveis e demais pertences. Às 2:00 da manhã quando a chuva acalmou, ela conseguiu descansar um pouco, para acordar na sequência. Depois da chuva de ontem sabe que as ruas do seu bairro estarão alagadas, e que o trajeto casa-trabalho levará mais uma hora do que o normal.
https://www.archdaily.com.br/br/935134/mulheres-nas-cidadesGraciela Medina, Lara Ferreira, Tama Savaget e Debora Pill
Um dos cernes do pensamento urbanístico é, e foi historicamente, o planejamento dos grandes equipamentos e infraestruturas de transporte nas cidades. Esses são projetos que lidam com uma diversidade de aspectos de um programa que, em geral, responde a demandas coletivas no espaço público, e por isso costumam ser construções de grande escala para amparar grandes fluxos de circulação e funcionar como verdadeiros articuladores das formas de se deslocar no espaço urbano.
O uso do concreto como recurso construtivo costuma oferecer certas vantagens associadas à resistência e ao tempo de execução de uma obra. Elas, combinadas com a plasticidade, versatilidade e valor estético, fazem com que muitos arquitetos e arquitetas optem por este sistema para materializar seus projetos. A reivindicação das tendências ao redor da aplicação aparente do concreto - ou seja, sem revestimentos adicionais - gerou, por sua vez, diversas formas de exploração de suas qualidades expressivas, dando origem a novos projetos que experimentam com os acabamentos desse material em seus espaços internos.
A conquista de maior protagonismo das mulheres no mercado de trabalho é um processo em contínuo andamento, e reflexo de grandes esforços históricos ligados à luta por direitos comuns e situações de igualdade em relação aos homens. Embora seja objeto de constante discussão e revisão - sobretudo quando se leva em conta o fato de que o espectro de gênero não deve assumir a dualidade homem e mulher para uma compreensão coerente e complexa do quadro de disparidades -, a relação entre os tipos de ocupação, rentabilidade no trabalho e o gênero segue, de forma geral, apontando condições desfavoráveis às mulheres.
A madeira é um dos materiais mais amplamente utilizados na construção civil no Chile, principalmente devido à sua superabundancia em território chileno. Além disso, a madeira pode ser um material extremamente sustentável quando produzido e processado sob certas condições – resultando em um baixíssima pegada de carbono. Como sistema construtivo, a arquitetura em madeira é caracterizada por sua calidez, resistência e durabilidade.
Vista aérea de São Paulo. Foto de Sergio Souza, via Unsplash
As aglomerações, do ponto de vista natural, representam uma nucleação semelhante ao “modelo gravitacional”, onde os fluxos de energia e matéria seriam “otimizados”, através da aproximação e articulação – o centro urbano. Etimologicamente, como sabemos, pólis, do grego, indica o caráter coletivo e político da formação do espaço urbano.
https://www.archdaily.com.br/br/934846/complexidade-e-alta-entropia-em-que-medida-ainda-e-possivel-planejar-a-cidade-no-seculo-xxiJosé Augusto da Silveira
Em 1773, James Cook navegou em torno da Antártica, registrando o primeiro encontro da humanidade com o continente. Desde então, exploradores e cientistas de diferentes países têm procurado compreender os 14 milhões de quilômetros quadrados do continente gelado. Dadas as duras condições climáticas, estética e criatividade tiveram pouca importância nas construções lá erguidas - pelo menos, até poucos anos atrás. Hoje, no entanto, a cena arquitetônica no remoto continente está em expansão.
"Onde estão as mulheres arquitetas?" Lamenta a professora e historiadora da arquitetura Despina Stratigakos em seu livro. O sentimento certamente ecoou e foi bem compreendido por muitas mulheres que trabalham na profissão e têm que romper diariamente algumas barreiras estabelecidas por uma disciplina, infelizmente, dominada por homens. Sabemos que o número de mulheres na prática da arquitetura é pequeno, e fica ainda menor quanto mais alto subirmos nas hierarquias da profissão.
Maioria em graduações de arquitetura em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, as mulheres superam os homens em número de profissionais em atividade, entretanto, sua representatividade vem, há décadas, sendo sistematicamente diminuída frente à atuação masculina.
Yvonne Farrell e Shelley McNamara fundaram a Grafton Architects em 1978, depois de se conhecerem na Escola de Arquitetura da University College Dublin. A prática, nomeada com a rua onde o primeiro escritório da dupla estava localizado, foi premiada com o prestigiado Prêmio Pritzker 2020 deste ano. O trabalho construído de Grafton reflete a busca contínua em excelência arquitetônica, em edifícios que variam de moradias de pequena escala a grandes edifícios públicos.
https://www.archdaily.com.br/br/934753/grafton-architects-conheca-as-obras-das-ganhadoras-do-pritzker-2020AD Editorial Team
O delta do rio Mississippi, ao sul de Nova Orleans, visto dos aviões de pesquisa C-20A da NASA. Crédito de imagem: NASA. Image @ NASA
Cem anos de inundações. Calor antártico recorde. Incêndios florestais e seca. As histórias se repetem com regularidade entorpecente. E, embora as particularidades sejam diferentes, todas apontam para a mesma conclusão sombria, somos incapazes de lidar com as mudanças climáticas. Com as emissões de carbono aumentando, o que antes era descartado como pior cenário, agora parece o melhor que podemos esperar.
Se o Plano A deveria impedir, ou pelo menos mitigar, os impactos mais graves das mudanças climáticas, qual é o Plano B?
https://www.archdaily.com.br/br/934813/se-o-plano-a-e-mitigar-as-mudancas-climaticas-qual-e-o-plano-bMartin C. Pedersen, Steven Bingler