Mais de mil metros acima do nível do mar nas encostas da serra de Alborz em Gilan, no norte do Irã, uma vila que remonta a 1006 DC agita-se com a vida. As estruturas castanho-ocre de Masuleh seguem o declive da montanha em que a vila se implanta - ou melhor, brota - dando à aldeia a sua qualidade mais incomum: os telhados de muitas casas se conectam diretamente ou formam parte da rua servindo às casas acima.
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Quando telhados tornam-se ruas: vila histórica de Masuleh, no Irã
Paulo Mendes da Rocha: “Arquitetura não é para ser vista, é para ser vivida”
Paulo Mendes da Rocha é o arquiteto brasileiro vivo com maior reconhecimento no mundo. Ganhador do Prêmio Pritzker em 2006, do Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza em 2016 e da Medalha de Ouro do Instituto Rea Britânico de Arquitetos (RIBA), ele é responsável por obras icônicas como o Pavilhão do Brasil em Osaka em 1970, o Museu Brasileiro de Escultura (Mube), a reforma da Pinacoteca de São Paulo, do Museu do Museu dos Coches em Portugal e, mais recentemente, do Sesc 24 de Maio na capital paulista. Porém, na sua palestra magna na II Conferência Nacional de Arquitetura e Urbanismo ele fez questão de ressaltar a importância das cidades, em vez de obras isoladas. “A cidade é o monumento supremo da Arquitetura. Arquitetura não é para ser vista, é para ser vivida”, afirmou.
A concepção da arte como arquitetura
Desde o princípio do século XIX, sob a influência de Jean Nicolás Luis Durand, a composição começou a se relacionar fortemente à concepção arquitetônica. Em si, esta remete a ideia de pensar um projeto de acordo com os princípios de regularidade e hierarquia para criar um equilíbrio. Entretanto, a composição não parece falar sobre a origem da concepção de desenho, mas também de um processo de que se move entre o uso de dispositivos arquitetônicos, a adoção de processos agregativos e de operações "objetivas" como mecanismos para pensar um projeto.
K. Michael Hays, professor da Escola de Arquitetura e Design de Harvard, fala sobre diferentes maneiras de pensar a arquitetura, e ainda remete constantemente à composição, centrando-se na imaginação como modo de pensar essa disciplina.
Gênero e estudos urbanos, uma conciliação necessária
Algumas iniciativas recentes demonstram o ressurgimento do movimento feminista em uma nova onda [1] que tem afetado diversos campos da sociedade brasileira. Toda essa movimentação de debates e ações realizadas pelas lutas das mulheres tem reverberado em diferentes áreas do conhecimento, e a arquitetura e urbanismo não estão de fora. No campo da arquitetura, por exemplo, se destaca a criação do grupo “Arquitetas invisíveis”, em Brasília (2014), um grupo voltado para dar visibilidade a prática arquitetônica de mulheres. Assim como o surgimento de alguns grupos pesquisa, trabalhos de graduação, dissertações, teses e debates públicos sobre a questão. Iniciativas especialmente de estudantes e jovens arquitetas.
Por um futuro caminhável: para mudar a forma como vivemos nas cidades é preciso colocar os pés na rua
Ah, a urb!... O vaivém nas ruas, o signo pulsante da modernidade, o espaço público por excelência. No início do século XX, João do Rio, o cronista marginal, fez um inventário dos “tipos” que circulavam pela cidade em A alma encantadora das Ruas, um clássico nacional. Mais do que um livro sobre crônicas de costumes, a obra retrata as transformações urbanas que o Rio sofria no momento de autoestima elevada da Belle Époque, quando despontava como capital da república nascente.
Fotos da Semana: 15 casas e seus habitantes
Estamos acostumados a ver fotografias em que a arquitetura é registrada isoladamente, sem pessoas, ou, em alguns casos, com modelos cuja função é oferecer uma noção da escala. Nessa edição de Fotos da Semana, compilamos fotografias de casas com seus moradores, deslocando o foco da arquitetura enquanto objeto, e reforçando a ideia de arquitetura enquanto lugar habitado. Veja, a seguir, nossa seleção que conta com imagens de Luc Roymans, Adrien Williams, Fernando Schapochnik, entre outros.
Três cidades que usaram o urbanismo para se reinventar
Cidades têm de acompanhar o ritmo da sociedade. Por isso, se reinventam. Ou deveriam. Pois, quando o pensamento urbanístico é deixado de lado, os problemas aparecem. A falta de acessibilidade, a centralização de serviços públicos, o pouco estímulo ao uso do espaço urbano e até a violência são alguns dos pontos que acometem as cidades mal planejadas.
Smart Cities: a promoção da desigualdade?
Este artigo foi originalmente publicado pela Common Edge como"Can the Wired City Also Be the Equitable One?"
Uma cidade é inteligente quando toma melhores decisões, e há apenas dois tipos de decisão: a estratégica e a tática. As decisões estratégicas determinam a coisa certa a fazer. As decisões táticas escolhem a maneira certa de fazê-la. A tecnologia inteligente não é inteligente se nos faz confundir, enquanto cidadãos, as decisões estratégicas com as táticas. Em outras palavras, há muitas decisões sobre o funcionamento de uma cidade que felizmente podemos delegar à tecnologia. Mas há questões de governança, de determinação de nosso destino, de decidir o que é certo fazer enquanto sociedade que, se delegarmos, abdicaremos. "Governar é escolher", disse uma vez John F. Kennedy.
Os vários consultores e representantes de empresas de alta tecnologia que vieram conversar comigo quando eu era o Diretor de Urbanismo da cidade de Nova York me prometiam uma cidade inteligente como um lugar onde os semáforos ficaram sempre verdes e as portas dos elevadores estavam sempre abertas, prontas para a nossa chegada. Eles prometiam uma cidade que antecipa nossas necessidades a cada passo, dada a tentadora forma com que, hoje, nossos dispositivos pessoais estão conectados, com aplicativos que parecem nos conhecer melhor que nós mesmos. Agora, com o advento da internet das coisas no horizonte próximo, estamos preparados para tornar as cidades inteligentes uma realidade. Imagine o incrível poder de uma cidade inteira sincronizada com nossas preferências e nosso movimento!
Rosa Kliass: Poeta da paisagem
Considerada a dama do paisagismo brasileiro, Rosa Grena Kliass foi a mulher responsável pela transformação no cenário, ao longo de uma caminhada de amadurecimento, traduzindo à sociedade a luz sobre a importância do papel do arquiteto paisagista.
Mundo: começar do zero
Do urbanismo a golpes de martelo do barão Haussmann em Paris, passando por Le Corbusier e pelos grandes eventos esportivos, à hiperurbanização na China: como a obsolescência programada se transfere das mercadorias para o território.
Instituto Moreira Salles abre suas portas em São Paulo
Após cerca de quatro anos de espera e anseio por parte dos que diariamente passam pela Avenida Paulista, na altura do número 2439, próximo à esquina da Rua Bela Cintra e em frente à Praça do Ciclista, o edifício sede do Instituto Moreira Salles foi aberto ao público.
A aspiração por parte dos representantes da instituição era construir um novo edifício dedicado a abrigar e expor o acervo artístico e fotográfico do IMS, que até então, encontrava-se na Sede do Rio de Janeiro e na capital paulista, numa tímida galeria no bairro de Higienópolis. O espaço receberá mostras, palestras e cursos.
Parque da Juventude: Paisagismo como ressignificador espacial
Quem passa pelo Parque da Juventude, em São Paulo, em meio a seus belos e generosos espaços permeados pelo paisagismo e a presença da população usufruindo-o, até se esquece do quão trágico já foi o espaço.
Presente na memória dos paulistanos como espaço marcado pela violência, a área com mais de 240 mil metros quadrados, localizada no barro de Santana, na zona norte da capital paulista, até 2002 abrigou o antigo Complexo Penitenciário do Carandiru, historicamente conhecido como o maior da América Latina.Se não bastasse a imagem negativa, a área praticamente rejeitada pelo Estado e sociedade, em 1992 ocorreu ali o massacre de 111 presos, retratado em músicas, livros e no cinema.
Os 9 grupos mais inspiradores e audaciosos da arquitetura dos anos 60 e 70
A primeira viagem espacial à lua, os protestos anti-guerra generalizados, Woodstock e os hippies, comunidades rurais e ambientalismo, o Muro de Berlim, o movimento de libertação das mulheres e muito mais - as tumultuadas décadas de sessenta e setenta ocupam um lugar inesquecível na história da humanidade. Com as injustiças sendo questionadas abertamente e ideias radicais que propunham destituir muitas das convenções existentes em várias esferas da vida, as coisas não foram diferentes no mundo da arquitetura.
O mundo idealizado pelos modernistas foi logo questionado por experimentos utópicos dos grupos "anti-arquitetura" ou "design radical" dos 1960-1970. Restabelecendo a arquitetura como um instrumento de crítica política, social e cultural, elaboraram manifestos e projetos arrojados, experimentaram com a colagem, música, performance artística, mobiliário, design gráfico, zines, instalações, eventos e exposições. Enquanto certos indivíduos desta época como Cedric Price, Hans Hollein e Yona Friedman perduraram como importantes nomes na esfera do radicalismo e do não construído, o espírito revolucionário dessas décadas também viu o nascimento de vários jovens coletivos de arquitetura. No que há de mais excêntrico, veja a lista (de forma alguma exaustiva) de alguns grupos que ousaram questionar, cutucar, expandir, se rebelar, interromper e redefinir a arquitetura nos anos 60 e 70.
Fotos da Semana: a beleza do bambu
O bambu vem sendo utilizado pelo homem como material construtivo desde tempos longínquos. O mais surpreendente do bambu é que, além de ser um material totalmente natural, é leve, flexível e de baixo custo. Embora não seja amplamente reconhecido no mundo da construção civil, suas características permitem atingir resultados originais e impressionantes. Esta semana, compilamos uma série de 17 fotografias que evidenciam sua beleza, feitas por fotógrafos como Julien Lanoo, John Gollings e Pasi Aalto.
Medidas de eficiência para edificações podem ajudar o país a cumprir metas de sustentabilidade
Pensar em metas climáticas remete geralmente à busca por soluções no transporte das grandes cidades ou na queima de carvão nas indústrias, por exemplo. Mas resultados muito importantes no processo de combate ao aquecimento global podem vir de uma área ainda pouco explorada: a eficiência em edificações. A relevância deste setor se comprova em números. De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), as construções respondem por 30% das emissões globais de CO2 induzidas por seres humanos. Sendo a redução de gases de efeito estufa (GEE) a principal meta de tratados internacionais, como o Acordo de Paris, medidas que promovam a sustentabilidade em edificações podem ter um peso muito importante para o Brasil cumprir suas metas.
11 Dicas para negociar seu salário de arquiteto
Este artigo foi publicado originalmente no blog de Brandon Hubbard, The Architect's Guide.
Muitas pessoas se assustam diante da ideia de ter que negociar seu salário. Frequentemente, isso pode resultar em muitas oportunidades de salários perdidas se essas situações não forem tratadas corretamente.
Não estou dizendo que você precisa solicitar uma quantia exorbitante, mas deve estar certo sobre o valor que quer. É necessário estar consciente do que suas habilidades e qualidades valem no mercado atual. Para melhor referência, apresento essas variáveis com maior detalhe em um artigo anterior, 5 fatores que afetam seu salário de arquiteto.
A maioria dos seguintes conselhos se refere a uma nova oferta de trabalho, porém, algumas também se aplicam à renegociação do seu atual salário de arquiteto.
Marketing digital para estudantes de arquitetura: 3 dicas essenciais
Você ainda está na faculdade, preocupado com milhares de trabalhos, projetos para entregar, dezenas de conteúdos para estudar, entre outra coisas. E provavelmente passando por alguma dessas 21 situações. Saiba que nessa etapa já é possível estudar ou fazer marketing.
Ai, você pergunta: a minha conta no Instagram serve como divulgação pessoal e profissional? Não! Se você quer se destacar no mercado e quer começar isso desde cedo para já ser conhecido assim que se formar, veja a seguir 3 dicas de marketing digital para estudantes de arquitetura.
Como Narinder Sagoo e Foster + Partners estão acabando com os preconceitos da arquitetura (com um lápis)
Este breve artigo, escrito pelo autor e crítico Jonathan Glancey, coincide com o lançamento do Architecture Drawing Prize – um concurso com curadoria do World Architecture Festival, o Sir John Soane's Museum, e Make. Os premiados serão exibidos em Londres e Berlim.
Para os arquitetos, diz Narinder Sagoo, diretor de design de comunicação da Foster + Partners, desenhos são responsáveis por contar histórias. Também representam uma maneira altamente eficaz de levantar questões sobre o processo de projeto. Embora a história da arquitetura - certamente desde o Renascimento italiano - tenha sido representada por desenhos convincentes que afirmam a supremacia e refletem a glória de edifícios totalmente resolvidos, há outro modo de representação que permitiu aos arquitetos pensar seus projetos sem preconceitos.
Discursos inspiradores do primeiro dia em uma escola de arquitetura
Seja ou não o primeiro dia, ou quando quiser começar de novo; certos discursos são "lugares" aos quais devemos retornar ou trazer de volta para nos reinventarmos sempre.
Comecemos, então, novamente. Como todo novo começo, há um despertar do espírito. Proibido começar sem ilusões para mudar o mundo, arquitetos. Já dizia Ciriani: "a única coisa que deve trazer o aluno da arquitetura é a motivação", mas estamos perdidos. Com o avanço do ciclo, tanta busca criativa pode nos desgastar. Todos os caminhos e meios do eternamente aclamado "me falta inspiração" sabemos muito bem; por essa razão, em contraste, sabemos o grande valor de sentir-nos inspirado.
Esta é a importância dos discursos do primeiro dia de aula nas escolas de arquitetura. Pois eles são a ocasião perfeita onde as palavras confabulam para nos injetar inspiração que durará em todo o ciclo ou toda a carreira. Porque aqueles que são verdadeiramente inspiradores são eternos. E há de tudo: sóbrio, chamativo, reflexivo, sentimental, excitante, inesquecível... varia de acordo com a intensidade e intenção de cada professor. A verdade é que alguém em algum lugar dá e recebe essa mensagem universal.
O que este artigo traz são pedaços de discursos de primeiros dias recortados durante uma carreira arquitetônica. Há aqueles que têm essa loucura de escrever até as palavras de encorajamento. Então, em algum momento - como este - fazem sentido, são compartilhados e pronunciados como uma mistura de inspiração instantaneamente.
Agenda social vs. mídia social: analisando a Bienal de Arquitetura de Chicago 2017
Enquanto as exposições de arquitetura tendem a tratar de assuntos monótonos com cartazes mal apresentados e textos intelectualizados que geram ideias pretensamente complexas, a Bienal de Arquitetura de Chicago se destaca pela inegável sensação de entretenimento. De sua exposição central aos eventos paralelos, esta exposição é brilhante, divertida e perfeita para o Instagram.
Chicago, como Veneza, é abençoada quando se trata de arquitetura, tornando a cidade um lar ideal para um show de arquitetura. A importância da interação desta edição, a segunda após o seu evento inaugural em 2015 (confirmando assim seu status como uma "bienal" de fato) é clara. E os curadores, Sharon Johnston e Mark Lee, do escritório Johnston Marklee, parecem determinados a chamar a atenção das pessoas.
Por uma arquitetura de luz, cor e experiências virtuais
Este ensaio publicado pela Space Popular refere-se a uma instalação atualmente em exibição na Sto Werkstatt, em Londres. É possível experienciá-la em realidade virtual, aqui.
A Glass House não tinha outra finalidade além da estética. Destinava-se a ser puramente um espaço expositivo e uma bela fonte de ideias para a arquitetura "duradoura". De acordo com o poeta Paul Scheerbart, a quem a casa foi dedicada, ela deveria desiludir aquela compreensão mais restrita a respeito do espaço da arquitetura e introduzir os propósitos e as possibilidades que o vidro proporcionaria para o mundo da arquitetura.
Bruno Taut [acima] assim descreveu sua Glashaus para a Exposição Mundial de 1914 em Colônia, na Alemanha, como um "pequeno templo da beleza"; como "reflexos de luz cujas cores começam na base com um azul escuro e sobem passando pelo verde de musgo e dourado culminando, na parte superior, em um amarelo luminoso e pálido". [1] O Pavilhão de Vidro, projetado com base nos potenciais efeitos sobre aqueles que o percebem, deveria proporcionar intensas experiências. O espaço deveria ser criado dentro da mente humana.
Passeios IAB/SP e as Jornadas do Patrimônio em São Paulo
Sábado (19/08/2017), conjuntamente com os eventos da III Jornada do Patrimônio, foi dia de passeios arquitetônicos guiados pelas ruas da cidade de São Paulo. Os circuitos percorridos foram os sugeridos pela plataforma Passeios de Arquitetura <www.passeiosiabsp.com.br> (desenvolvida pelo Instituto de Arquitetos do Brasil Departamento São Paulo), que tem como objetivo divulgar a Arquitetura do centro de São Paulo entre arquitetos profissionais, estudantes, turista e público interessado em geral. Na plataforma online, além das rotas sugeridas, é possível encontrar textos e imagens acerca das obras indicadas no mapa. Assim como nas edições anteriores da Jornada do Patrimônio, o ponto de encontro e partida foi o Edifício do IAB/SP (projeto de Rino Levi, Roberto Cerqueira César, Jakob Ruchti, Miguel Forte, Galiano Chiampaglia, Aberlardo de Souza, Hélio Duarte e Zenon Lotufo).
Precisamos realmente de mais ícones arquitetônicos?
Qual o propósito de uma cidade? Descrita por Levi-Strauss como "a coisa humana por excelência", faz sentido pensar que a cidade é o resultado de relações humanas - de toda sorte. Frequentemente definidas, no curso da história, em função de aspectos comerciais - a praça, o mercado, a alfândega -, cabe refletir qual o propósito de uma cidade no século XXI. Encontrada a resposta da incógnita, ela pode ser vista refletida em suas arquiteturas que, por sua vez, ajudam a compor o espaço urbano.
O propósito de São Paulo parece ser o business. Pelo menos é o que a administração municipal gostaria que fosse - e o que ela pretende fazer refletir nas arquiteturas da cidade.
Space Popular cria instalação que amplia as possibilidades do uso do vidro
"Glass Chain" (Die Gläserne Kette, em alemão) foi uma troca de cartas iniciadas por Bruno Taut em novembro de 1919. A correspondência durou apenas um ano e incluiu Walter Gropius, Hans Scharoun e Paul Gösch. As cartas de Glass Chain - treze ao total - especulam e fantasiam sobre as possibilidades do uso do vidro, imaginando, nas palavras de Fredrik Hellberg e Lara Lesmes (Space Popular), "follies de vidro fluídos e orgânicos e catedrais de cristal coloridas cobrindo cadeias de montanhas inteiras até chegarem ao espaço."