<<Architects themselves build a very, very small part of the world. Most of the physical world is built by just all kinds of people. It is built by it is built by do-it-yourselvers in Latin America(..)>> Cristopher Alexander, The origins of the Pattern Theory, 1999:74[1].
A linguagem de padrões proposta por Christopher Alexander é um método de planejamento universal baseado no humanismo e um estudo crucial no campo da arquitetura e do design urbano, que tem sido amplamente aplicado na educação tradicional da arquitetura. Os padrões de Alexander são usados como diretrizes ou parâmetros de projeto. Eles dependem de uma gama complexa de aspectos relevantes do ambiente construído e têm um papel fundamental na discussão do projeto de arquitetura e do comportamento humano.
https://www.archdaily.com.br/br/880403/uma-linguagem-padrao-da-autoconstrucao-ferramenta-para-compreender-os-espacos-e-as-praticas-sociais-das-favelas-brasileirasAna Rosa Chagas Cavalcanti
Por muitas décadas, fumar representou status, charme e elegância, sendo o cigarro objeto do desejo de inúmeras gerações. Ao perceber que aproximadamente 25% da população brasileira era fumante, o Ministério da Saúde impôs, em 2002, que os representantes das marcas de cigarro adicionassem mensagens de advertência sobre as substâncias tóxicas presentes no produto e suas graves consequências à saúde. Dez anos depois da medida, essa taxa já havia baixado para 15% da população.
Uma das soluções urbanas mais comentadas do último ano, as superquadras de Barcelona, na Espanha, não são unanimidade. Uma pesquisa feita informalmente por um grupo de moradores do bairro Poblenou, onde foi implantado um projeto piloto, resultou em 87% de desaprovação, contra 13% de satisfeitos. O grupo, declaradamente contrário à intervenção, luta para que a prefeitura estabeleça uma consulta formal. Mas o que haveria de errado com as superquadras?
Para um viajante brasileiro, como eu, a diferença de realidade é tão grande que tudo parece um grande cenário, um pedacinho da vida urbana em que as pessoas, de fato, têm prioridade. Ver uma menina estudar sentada em uma mesa no meio do asfalto onde antes provavelmente passavam alguns carros foi inspirador.
Esta semana, reunimos 20 fotografias de arquitetura feitas do céu. Muitas vezes produzidas com o auxílio de drones, estas imagens são cada vez mais frequentes na fotografia de arquitetura e oferecem a possibilidade de, em uma única imagem, compreender a totalidade de um projeto e sua interação com o contexto onde está inserido. Veja, a seguir, uma série de imagens aéreas produzidas por fotógrafos como Hufton + Crow, Fernando Guerra, NAARO e Jesús Granada.
"Como devemos talhar o sol / Dividi-lo e fazer blocos / Para construir um palácio rubro?", Wallace Stevens se perguntava em seu poema de 1918 Architecture for the Adoration of Beauty. Inspirado por estes versos, em seu ensaio The Room, the Street and Human Agreement, Louis Kahn escreveu da seguinte maneira: "Que pedaço do sol entra no seu quarto?". Este grande arquiteto passou toda sua carreira experimentando esses dois protagonistas: luz e sombra. A obsessão de Kahn com a luz, e em particular o controle dela, acabou por influenciar inúmeros arquitetos, inclusive a Peter Zumthor e Tadao Ando.
Kynthia Chamilothori compartilha desse fascínio. Formada em Engenharia e Arquitetura em 2014 pela Universidade Técnica de Creta, onde recebeu o Prêmio Limmat Stiftung Excellence, e atualmente cursando PhD no Laboratório de Desempenho Integrado em Design (LIPID) na EPFL, o projeto de pesquisa de Chamilothori investiga como os padrões de luz e sombra se refletem na forma como percebemos os espaços construídos. Enquanto Kahn e outros arquitetos ao longo da história confiaram basicamente em sua intuição, Chamilothori utiliza métodos muito mais científicos, trabalhando com uma ferramenta que naquele tempo não estava disponível para os grandes mestres: a realidade virtual.
https://www.archdaily.com.br/br/879879/como-a-realidade-virtual-pode-ajudar-a-compreender-a-fenomenologia-da-luz-na-arquiteturaAD Editorial Team
Quem já esteve em São Paulo reconhece os padrões gráficos que cobrem grande parte das calçadas da cidade. Projetadas por Mirthes dos Santos Pinto em 1966, as calçadas paulistanas não deixam de ser um contraponto aos marcantes desenhos em pedra portuguesa dos calçadões do Rio de Janeiro. O então prefeito de São Paulo, Faria Lima, lançou um concurso para o desenho do novo calçamento da cidade. Mirthes, que era desenhista da Secretaria de Obras da Prefeitura, se inscreveu e acabou ganhando.
Em 1919, se iniciava a construção do Palácio Barolo na Cidade de Buenos Aires, um projeto com numerosas referências à Divina Comédia de Dante Alighieri, que na época foi considerado como o prédio em concreto mais alto da Argentina.
Localizado entre a Avenida de Mayo e a Avenida Hipólito Yrigoyen, apresenta um estilo arquitetônico único que é uma tentativa importante em combinar diferentes traços da tradição européia às modernas técnicas de construção e as características locais. Ao mesmo tempo, incorpora uma cúpula inspirada no templo hindu Rajarani Bhubaneshvar de modo a comunicar o amor tântrico entre Dante e Beatriche.
Saiba mais sobre a história do Palácio Barolo a seguir.
A história dos humanos construindo abrigos tem mais de 10.000 anos. Ao longo desse tempo, a necessidade humana de construir foi destinada à profissão do arquiteto e, no processo, atraiu todos os tipos de indivíduos excêntricos, visionários e teimosos. À luz da longa história da arquitetura e da abundância de personagens, não é surpresa que esse caminho esteja cheio de fatos surpreendentes e improváveis. Das Olimpíadas às placas Ouija e o 11 de setembro, veja, a seguir, 13 fatos relacionados à arquitetura que talvez você nunca tenha ouvido falar.
https://www.archdaily.com.br/br/879954/13-fatos-estranhos-e-surpreendentes-do-mundo-da-arquiteturaAD Editorial Team
A construção em pedra é uma técnica simples que vem sendo utilizada desde as primeiras civilizações. Hoje em dia, este material está reconquistando espaço dentro da arquitetura contemporânea devido à diversidade de resultados que podem ser obtidos com sua aplicação. Seja pela dimensão, tipo de corte ou tonalidade das pedras, o fato é que este material pode gerar texturas impressionantes. A seguir, compilamos uma seleção de 13 fotografias que apresentem a beleza e expressividade da pedra na arquitetura.
O CAUBR e CAUs-Ufs encerram esse ano a segunda gestão desde que o conselho foi fundado e chapas já se organizam para concorrer as eleições que ocorrerão no dia 31 de outubro. Arquitetos de todo o Brasil devem ficar atentos já que o voto é obrigatório –facultativo para aqueles com 70 anos ou mais– e caso não tenha votado nem justificado até o dia 31 de dezembro de 2017, o eleitor faltoso passa a ser devedor de multa equivalente a 5% (cinco por cento) do valor da anuidade.
https://www.archdaily.com.br/br/879557/sobre-a-ausencia-de-critica-na-arquitetura-ou-por-que-temos-que-ler-mais-que-apenas-o-tituloEquipe ArchDaily Brasil
"Procuramos materiais tão belos como a flor de cerejeira no Japão, tão densos e compactos quanto as formações rochosas dos Alpes ou tão misteriosos e impenetráveis como a superfície dos oceanos. Buscamos materiais tão inteligentes, versáteis e complexos quanto os fenômenos naturais, ou seja, materiais que não apenas atraiam os olhos impressionados do crítico de arte, mas que também sejam realmente eficientes e atraiam todos os nossos sentidos [...] " - Jacques Herzog
Como várias outras obras de arquitetura do renomado escritório suíço Herzog & de Meuron, o Forum Building, também conhecido como Museu Blau de Les Ciències Naturals em Barcelona, é notável, dentre outra coisas, por sua sensibilidade em relação aos materiais. Um volume triangular de concreto azul-acinzentado, parcialmente perfurado e aberto para revelar o contraste de superfícies reflexivas, o edifício é algo difícil de ignorar, especialmente para um fotógrafo de arquitetura.
https://www.archdaily.com.br/br/879694/museu-blau-de-herzog-and-de-meuron-pela-perspectiva-de-um-fotografoZoya Gul Hasan
Apenas três das Case Study Houses foram construídas fora de Los Angeles, todas elas projetadas sob um mesmo conceito. Este trio de residências construídas em La Jolla, um subúrbio à beira-mar de San Diego, embora projetadas para atender a diferentes demandas, compartilham o mesmo vocabulário projetual, com uma única via de acesso e um pátio central em torno do qual o programa se organiza.
De acordo com as premissas das Case Study Houses, as três casas foram projetada com planta livre, materiais modernos e acessíveis (como alumínio, concreto e paredes de wood frame) além de muito vidro, promovendo um caráter fresco e aberto. A ênfase se encontra nas formas geométricas puras, detalhes primorosos, linhas horizontais (com coberturas perfeitamente planas) e - por estarem localizadas no litoral californiano - vistas surpreendentes e espaço de convívio ao ar livre, ampliando a percepção da amplitude dos espaços interiores.
Charlotte Perriand tornou-se conhecida através de suas colaboração com Le Corbusier e Fernand Léger. Ainda que, em uma época onde era bastante incomum que uma mulher se tornasse arquiteta, desenhista e artista, a carreira de Perriand se estendeu ao longo de três quartos de século e abrangeu lugares tão diversos como o Brasil, Congo, Inglaterra, França, Japão, Papua Nova Guiné, Suíça, e Vietnam.
Não se trata apenas de almôndegas e vikings; a Escandinávia sempre foi o epicentro do design no mundo - basta observar o impacto crescente de Bjarke Ingels e do futuro laboratório espacial da Ikea SPACE10. Para mostrar sua influência significativa, a Expedia ilustrou obras de quatro arquitetos famosos da Dinamaca, Finlândia, Noruega e Suécia e como elas moldaram os movimentos arquitetônicos internacionais dos séculos XX e XXI através de uma coleção de cartazes chamada Monumental Minds.
Localizado a poucos metros do terminal de Naoshima, a ilha japonesa mais conhecida como "Ilha das Artes", o Pavilhão de Sou Fujimoto aparece como um diamante translúcido e leve localizado na orla de Kagawa, visível do terminal de balsas, projetado pelo SANAA, que recebe os visitantes.
O Pavilhão de Naoshima fazia parte da Trienal Setouchi de 2016. Fujimoto o concebeu com uma estrutura de aço inoxidável branca em forma de malha irregular, criando uma sensação de leveza e transparência.
Conceber uma estação de Metrô do Porto trata-se de influenciar no cotidiano de milhares de pessoas, onde circulam diariamente, estabelecendo fluxos e percursos, numa intervenção urbanística e arquitetônica com dimensões de grande escala. Apesar de demandar um projeto extremamente funcional e austero, é possível ver os gestos do arquiteto através dos detalhes e surpresas.
Neste guia de Barcelona, compilamos algumas obras do arquiteto mais conhecido e influente do início do século XX na Espanha: Antoni Gaudí. Gaudí passou a maior parte de sua vida em Barcelona e a cidade é a que possui a maior concentração de suas obras. O estilo de suas obras é único e foi bastante imitado em todo o mundo, embora nunca tenha sido igualado.
Todo imóvel possui um potencial construtivo definido através de parâmetros urbanísticos específicos de cada zona, conforme a Lei de Zoneamento de cada município. Um imóvel tombado, devido às restrições estabelecidas pelo seu tombamento, pode não conseguir usufruir de todo o seu potencial construtivo previsto em lei. Sendo assim, a Transferência do Direito de Construir (TDC) consiste na permissão dada aos proprietários desses imóveis em vender seu potencial construtivo para outros imóveis da cidade.
No Brasil, o primeiro documento que trata desse tema é a “Carta de Embu”, proposta pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração Municipal (CEPAM), publicada em 1976. Esta carta aborda o conceito de Solo Criado iniciando a ideia de que para edificar além do potencial básico do terreno o proprietário estaria sujeito ao pagamento de uma contrapartida financeira ao poder público, assim como funciona o instrumento da Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC). Além disso, esse documento também já previa a possibilidade de os proprietários de imóveis tombados venderem o seu direito de construir.
https://www.archdaily.com.br/br/879527/aplicacao-do-instrumento-da-transferencia-do-direito-de-construir-na-conservacao-de-imoveis-tombadosPenha Pacca e Flávia Peretto
O trabalho editorial da imprensa de arquitetura enfrenta o desafio cotidiano de difundir o que há de mais relevante - por vezes polêmico - no campo profissional e acadêmico. Projetos, manifestos, reflexões, iniciativas, colaborações, notícias; nosso conteúdo diário é diverso e muito volumoso, o que é certamente muito bom mas pode eventualmente fazer nossos leitores se perderem no oceano de matérias publicadas.
Para evitar que coisas importantes se percam, compilamos alguns dos projetos, notícias e iniciativas - em suma, qualquer coisa que consideramos muito relevante para a arquitetura - que merecem uma atenção especial nos próximos anos.
https://www.archdaily.com.br/br/879111/16-coisas-para-ficar-de-olho-na-arquitetura-do-brasil-e-portugalEquipe ArchDaily Brasil
Para os amantes dos animais, realizamos uma seleção especial de fotografias de arquitetura em que estão presentes nossos companheiros quadrúpedes. Embora pouco recorrentes nas imagens de obras arquitetônicas, a presença de animais faze parte de composições de alguns expoentes da fotografia como BoysPlayNice,Jesus Granada eRafael Gamo. A seguir, selecionamos 20 imagens criativas onde encontramos cavalos, ovelhas, vacas, cabras, cachorros, gatos e até elefantes.
A beleza e o lúdico da “vida pública” passam muitas vezes despercebidos em meio à rotina. Porém, o contato com os espaços públicos ocorre todos os dias desde os momentos mais usuais, como esperar o ônibus em um ponto, até os programas de final de semana, como passear no parque. A vida pública interfere diretamente no bem-estar das pessoas e deve ser tratada com seriedade por gestores urbanos. Pensando nisso, o incansável defensor das cidades para pessoas, Jan Gehl, lançou o Guia do Prefeito para a Vida Pública (“A Mayor’s Guide to Public Life”) , onde ele apresenta cinco estratégias sobre como promover a vida pública.
Este artigo foi publicado originalmente no blog de Brandon Hubbard, The Architect's Guide.
Em um artigo anterior, Será que você deveria ser um arquiteto?, abordei a questão das longas horas de trabalho ao longo atividade profissional. Considerando que este é um tema recorrente entre os arquitetos, decidi ampliá-lo.
Primeiramente, vamos definir o que é um "bom arquiteto". Ele é mais produtivo? Promovido regularmente? Muito bem remunerado? Alguém que produz excelentes soluções de projeto?
Normalmente, todas essas características tendem a vir juntas. Se você é um arquiteto competente, é provável que seja compensado e promovido como tal. Então, se ser bom em seu trabalho trás fama e fortuna, a produtividade seria o ponto chave da questão?
Alguns anos atrás, ao visitar, ou melhor, explorar a Notre-Dame, o autor deste livro encontrou em um canto escuro de uma das torres, esta palavra esculpida na parede:
'ANÁΓKH
Estes caracteres gregos, escurecidos pelo tempo, e esculpidos profundamente na pedra com as peculiaridades de forma e arranjo comuns à caligrafia gótica realizada manualmente durante a Idade Média, sobretudo, o triste significado desta palavra foi o que mais impressionou o autor.