Construir um bairro sustentável pede tecnologias e práticas que potencializem as condições já oferecidas pelo ambiente e promovam o uso eficiente de recursos como água da chuva e iluminação natural. Estimular um estilo de vida mais sustentável e mudar a maneira como se relacionavam com o lugar onde moravam foram os desejos que moveram moradores das Vilas Jataí, Beatriz e Ida, em São Paulo, a transformarem seus bairros.
O processo se desenrolou a partir de um movimento espontâneo dos próprios moradores. Mais especificamente, conforme conta o Estadão, em uma barraca de festa junina onde as pessoas deixavam post-its com seus desejos para o bairro. O conteúdo dos bilhetes – menos violência, grandes prédios, grandes comércios – deixava transparecer a vontade de viver um lugar mais humano e uma rotina mais tranquila.
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O Instagram é um aplicativo. O Instagram mostra imagens. O Instagram já é parte de nossa linguagem. O Instagram tem 600 milhões de usuários. Números são muito importantes. Hoje em dia, eles são uma expressão exata do que é ou não é; a propósito, quantos seguidores você tem? O Instagram é o grande equalizador.
Eu não acho que o Instagram trate de notícias. O Instagram trata de influência. É nesse exato momento que a antiga ordem é alterada; o momento em que o recém-formado muda a prática estabelecida. Instagram é espaço. Você já viu @archiveofaffinities? É melhor do que qualquer biblioteca da escola. É o espaço para passar o seu tempo mais importante. É um spa.
O que o ganhador do prêmio Pritzker, Frank Gehry, recebeu após projetar o Stata Center, um complexo acadêmico para o MIT? Um cheque muito gordo e um processo judicial maior ainda, alegando negligência e quebra de contrato devido a vazamentos, mofo, rachaduras e problemas de drenagem. Às vezes, os desenhos mais inspiradores podem dar errado. E quando isso acontece, alguns clientes entram com processos judiciais. Veja, a seguir, nove curiosos exemplos.
Em um dos pontos de Bogotá mais próximos dos morros que definem a borda leste da cidade, com um dos índices de densidades mais elevados, encontra-se o maior ecossistema vertical do mundo, criado pelo biólogo Ignacio Solano e a consultora Groncol.
O projeto foi concebido sob a premissa de melhorar a habitabilidade através do uso de alternativas ecológicas que pudessem reduzir o impacto da construção e transformar o denso entorno urbano em um exemplo de sustentabilidade em grande escala, onde a biodiversidades e o uso de espécies endêmicas cria uma paisagem natural autêntica dentro da cidade.
Com a tecnologia de câmeras que registram em 360°, a capacidade de transportar as pessoas a um espaço através do vídeo se tornou ainda mais imersiva. Os espectadores podem rotacionar a tela em todas as direções para ver a cena inteira, ou, idealmente, usar um óculos específico para ver a cena de modo mais natural e orgânico. Naturalmente, isso tem implicações importantes para a visualização da arquitetura, que muitos acreditam ter se tornado muito dependente de imagens e, portanto, bidimensional. Vídeos 360° não escondem cantos e defeitos, como um vídeo tradicional ou uma fotografia, oferecendo, talvez, uma representação mais completa e franca da arquitetura. Poderia isso oferecer abertura para uma compreensão mais humana do espaço?
O New York Times tem oferecido ao seus leitores possibilidades de imersão em diferentes lugares do mundo com seus Daily 360. Estes vídeos incluem desde uma visita ao Museu Guggenheim de Nova Iorque até uma vista aérea de La Paz, Bolívia. Viaje o mundo com os vídeos em 360° a seguir:
O cinema, como expressão artística, tem sido sempre uma tela em branco onde ficam registrados imaginários de uma grande criatividade assim como as visões particulares de grandes diretores. Tem sido também, de maneira indireta, uma testemunha dos sentimentos da sociedade dentro de uma determinada época.
Para a arquitetura, a década de 70 supos a morte do movimento moderno, um ponto de ruptura que permitiu a uma nova geração de arquitetos desenvolver suas próprias linguagens, as quais começaram a dominar a cena mundial na década seguinte. Para a sociedade do seu tempo este feito teve uma aceitação ambivalente pois, para alguns significava uma lufada de ar fresco, enquanto para outros uma perda dos valores tradicionais, trocando-os por novos que somente poucos entendiam a profundidade.
Hello Wood é uma plataforma educativa internacional e independente que organiza o programa de Arquitetura e Design mais inovador da Europa. Nasceu na Hungria em 2010, como um acampamento de arquitetura, arte e design, e cresceu até converter-se no que é hoje, um programa único reconhecido mundialmente.
Ver memes de gatos. Revisar se há algo novo na geladeira a cada dez minutos. Distribuir obsessivamente os livros sobre a mesa. Renomear as pastas do computador. Enfim, qualquer atividade irrelevante para evitar começar sua leitura, ensaio, maquete, projeto. Procrastinar agora, sofrer depois. Que sua versão do futuro se encarregue disso!
Ao entrarmos em longos e extenuantes projetos, é provável que todos já tenhamos caído na procrastinação para evitar nossas próximas tarefas. Não somente pular olimpicamente aquelas metas exigidas no escritório e na universidade, mas também aquelas pessoais que resultariam fundamentais para nos sentirmos realizados como seres humanos. Hoje, baseados em nossas próprias experiências e a opinião de especialistas, apresentamos 10 conselhos para arquitetos procrastinadores, esperando que vocês não estejam procrastinando ao ler esse artigo.
"Arquitetos, escultores, pintores, todos devemos retornar ao artesanato, pois não existe "arte por profissão". Não há nenhuma diferença essencial entre artista e artesão, o artista é uma elevação do artesão."
Em cidades cada vez mais densas, encontrar terrenos disponíveis se converteu numa tarefa difícil e cara. Por esta razão, os arquitetos começaram a projetar em espaços urbanos previamente ignorados. Apesar do desenho dentro destes parâmetros inusuais serem difíceis, muitas vezes requerem uma resposta individual e sensível, que pode conduzir a resultados inovadores e inclusive inspiradores. Com isto em mente, selecionamos 22 casas construídas em espaços estreitos, mas que demonstram uma grande criatividade.
No século 20, o planejamento urbano passou por algumas grandes mudanças, criando grande parte de nosso ambiente urbano atual em um molde que agora é amplamente visto como anti-humano. Felizmente, nas últimas décadas o planejamento urbano mudou novamente - em parte revisando e em parte revertendo teorias adotadas durante o século XX. Neste artigo, originalmente publicado em Redshift da Autodesk como "What the Future of Cities Can Learn From Ancient Cities" (O que o Futuro das Cidades Pode Aprender das Cidades Antigas), James A Moore analisa por que os velhos modelos de criação de cidades provaram ser tão atemporais e o papel que desempenharão na criação das cidades do século XXI.
Como diz a lenda, ao deixar Carnegie Hall após um ensaio insatisfatório, o violinista Mischa Elman encontrou dois turistas à procura da entrada do edifício. Eles perguntaram: "Como você chega ao Carnegie Hall?"
Sem pestanejar, Elman respondeu, "Praticando".
É uma piada antiga e simples, mas aponta para uma importante razão pela qual as pessoas são atraídas para as cidades. Por que algumas pessoas se mudam para Hollywood? Elas querem estar nos filmes. Por que se mudam para Wall Street? Elas querem estar no mercado das finanças. Nos melhores casos, as cidades permitem aos cidadãos seguirem suas aspirações.
https://www.archdaily.com.br/br/871464/por-que-as-cidades-antigas-ainda-podem-nos-ensinar-sobre-planejamento-urbanoJames A. Moore
O erotismo tentador do apartamento de Christian Grey tem sequência no filme recém-lançado Cinquenta Tons Mais Escuros. No primeiro filme, o luxuoso apartamento de Gray desempenhou um papel fundamental na descoberta das personagens Anastasia Steele, que se liberta de sua existência casta, e Christian, que expõe seu fetichismo por trás de seu charme e beleza.
O apartamento de Grey se transforma no segundo filme. Há uma ambiência quente no apartamento, no entanto, o alto nível de sofisticação prevalece em sua propensão para gostos singulares e objetos cuidadosamente selecionados, permanecendo descaradamente luxuoso.
Este artigo de Gabu Heindl, um arquiteto e urbanista austríaco, foi publicado pela primeira vez por Volume em sua 50ª edição, Beyond Beyond, cujo editorial está disponível para ler aqui. Heindl introduz o conceito de "propostas de planejamento poderosamente (e precariamente) posicionadas" (PPPP) baseado no projeto Donaukanal em Viena.
Em certo sentido, olhar para o além é algo que não podemos fazer hoje, a não ser do ponto de vista de um além do "além". Analisando as conexões entre os movimentos políticos progressistas e as práticas de planejamento / construção na modernidade e seus caminhos de partida para sempre novos "aléns", para fora dos limites de formações urbanas e sociais historicamente dados - hoje estamos certamente além dessas dinâmicas. E não é tanto o pós-modernismo que precisa ser invocado aqui, mas sim duas reflexões sobre política, planejamento / construção relacionadas e outras, que são destinadas para o além. Uma reflexão diz respeito à forma como a política progressista, modernista e de vanguarda, mesmo em seu auge, foi comprometida por afinidade com a governança paternalista e de cima para baixo (Viena Vermelha) ou mesmo com o regime totalitário (fascismo). A segunda reflexão, mais pertinente ao nosso momento atual, diz respeito à medida em que a dinâmica de ir além tem, desde o final da década de 1970, mudado para um regime de (auto) governo e acumulação que é abordado e teorizado sob rótulos como o neoliberalismo, pós-fordismo ou novo espírito do capitalismo.
O trabalho recém-publicado de Samantha Hardingham, intituladoA Forward-Minded Retrospective: Cedric Price Works-1953-2003, traça um panorama da carreira do arquiteto através de uma coleção abrangente de seus desenhos e imagens. O exaustivo trabalho, composto por dois volumes, reconhece Cedric Price não apenas como a novidade divertida, como é frequentemente considerado, mas como uma grande mente que estava à frente de seu tempo. Embora a grande maioria do trabalho produzido durante sua vida nunca tenha sido construída, Hardingham identifica o gênio radical por trás de projetos como o complexo híbrido de escritórios "Officebar", um restaurante zoológico cujo interior livre de colunas abriu caminho para sua posterior ideia do habitat girafa, e muitos outros -- construídos e não-construídos.
Além da estranha previsão do futuro expressa em muitos dos trabalhos de Price, eles também são conhecidos por terem servido de inspiração para projetos funcionalistas de Renzo Piano e Richard Rogers, tornando-os necessários para uma compreensão completa do cânone da arquitetura moderna. Em um artigo publicado pela Metropolis Magazine, Samuel Medina faz um tour por algumas das mais intrigantes obras apresentadas no novo livro de Hardingham.
Com exceção daquelas cidades que enfrentam conflitos bélicos, as cidades mais violentas do mundo estão na América Latiba e Caribe, onde vive apenas 8% da população mundial, porém, onde se concentram 33% de todos os homicídios. O Instituto Igarapé, do Brasil, conta com seu Observatório de Homicídios e adverte que quatorze dos vinte países com as maiores taxas de homicídio se localizam na América Latina e Caribe. Paralelamente, o relatório anual do Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal (CCSPJP), do México, sobre as cidades mais perigosas do mundo, apresenta outro dado impressionante: 43 das 50 cidades mais perigosas do mundo estão em nosso continente. O que pode ser feito para mudar isso?
O instituto Insight Crime apresenta cinco dinâmicas criminais: aumento dos mercados locais de drogas; fragmentação do crime organizado; países que movimentam a droga se tornam centros de delinquência; o legado de guerras civis em grupos criminosos; e a corrupção e criminalização do governo fiscal. No entanto, as cidades têm algo a dizer sobre isso.
Atualmente existe um debate acalorado sobre o verdadeiro significado de uma cidade inteligente ou smart city. Enquanto municipalidades buscam melhorar seus serviços, a academia discute as consequências de uma cidade mais informatizada e empresas estabelecem centros de pesquisa para desenvolvimento de soluções para problemas urbanos. Estaria a cidade inteligente mais dependente de sistemas tecnológicos inovadores ou de processos participativos eficientes?
Para mim, e creio que para a maioria das pessoas que dia após dia exigem de seus corpos apenas o mais cotidiano, é fácil eu me entender como um corpo que pensa, ao invés de uma mente com um corpo. Como se meu corpo me contivesse sem eu realmente ser eu mesma. Somos um corpo ou temos um corpo? a pergunta foi confrontada por distintos filósofos desde os tempos de Platão e, para ser realista, não vou dar esta resposta. E, francamente, não estou buscando por ela, nem sequer havia pensado nela se não fosse pelo dia que visitei o Dia:Beacon e conheci, por fim, as Elipses Torcidas de Richard Serra.
Se a arquitetura é ou não é uma forma de arte, é uma questão controversa que faz parte das discussões do mundo da arquitetura há muito tempo. Se nos determos à definição geral da palavra "arte", a arquitetura poderia potencialmente se enquadrar nela: "a expressão ou a aplicação da habilidade criativa humana e da imaginação, tipicamente em uma forma visual como a pintura ou a escultura, produzindo obras a serem apreciadas principalmente por sua beleza ou poder emocional." Como qualquer pessoa envolvida na disciplina arquitetônica provavelmente conhece, há uma abundância de definições variadas da palavra "arquitetura", portanto, se seu objetivo primário é alcançar a beleza ou organizar o espaço, isso é algo discutível.
À medida que o impacto das mudanças climáticas aumenta, escritórios de arquitetura com pensamento de vanguarda se comprometeram a ser parte da solução. Cada vez mais as empresas estão participando do Desafio 2030 e da iniciativa do Instituto Americano de Arquitetos (AIA em sua sigla em inglês), a chamada AIA 2030 Commitment, que proporciona uma abordagem de redução da dependência de combustíveis fósseis e visa tornar todos os edifícios, empreendimentos e grandes renovações neutros em carbono até 2030.
O Desafio 2030 foi adotado por 8 das 10 maiores e 65% das 20 maiores empresas de planejamento, engenharia e arquitetura dos Estados Unidos, assim como muitas agências governamentais locais e estaduais. Entre estas está a Eskew+Dumez+Ripple (EDR), uma empresa de arquitetura e planejamento de New Orleans; HOK, uma empresa global de design, arquitetura, engenharia e planejamento; CTA Architects Engineers, uma empresa que integra design, arquitetura e engenharia com escritórios espalhados pelo Oeste dos Estados Unidos e Canadá. Aqui, cinco profissionais da EDR, HOK e CTA compartilharam sete táticas que vêm utilizando para alcançar o objetivo até 2030 - e um futuro sustentável deste planeta.
https://www.archdaily.com.br/br/870925/7-dicas-para-atingir-a-neutralidade-em-carbono-na-construcao-civil-ate-2030Heather Head
Os tijolos estão entre os materiais construtivos mais antigos da humanidade. De longa durabilidade, há registros do uso de tijolos desde 7.000 a.C.. Através dos séculos, os tijolos construíram impérios na Turquia, Egito, Roma e Grécia. Os tijolos expostos marcaram a era georgiana, com milhares de sobrados de tijolos vermelhos caracterizando ruas de cidades como Londres, Edimburgo e Dublin.
A Coreia do Sul é um caso interessante nesse panorama do renascimento do tijolo, com uma preferência pela alvenaria escura e cinzenta que alcança um tom pesado, brutalista, mas de certo modo ainda lúdico. Como muitos países, a arquitetura de tijolo da Coreia do Sul questionou a conformidade, experimentando fachadas perfuradas e permeáveis, e paredes dinâmicas, curvas e fluidas. A seguir, reunimos 12 resultados interessantes do emprego deste antigo material na arquitetura contemporânea do país asiático.
O domínio do lar é talvez o âmbito mais íntimo que atende a arquitetura. Os espaços domésticos figuram como uma extensão multidimensional da cultura em relação ao privado, no sentido que facilitam a expressão individual dos usuários e se aproximam em maior grau da experiência cotidiana que qualquer outra tipologia.
A arquitetura doméstica na Colômbia conseguiu um amplo território de experimentação nas áreas rurais, se livrando das limitações do espaço urbano consolidado e incorporando variáveis naturais e geográficas em múltiplos resultados formais e diferentes graus de relacionamento com a dimensão paisagística.
A seguinte seleção de arquitetura doméstica é centrada na apreciação da paisagem como recurso utilitário da prática projetual, atingindo uma fusão controlada do meio natural e o espaço habitado. Os volumes resultantes são permeados pelo entorno através de pátios ou grandes aberturas sem desconhecer a atenção ao domínio doméstico.
Nesta colaboração, o escritório espanhol Ecosistema Urbano analisa o auge e a decadência do shopping como tipologia autenticamente estadunidense do século XX e com amplo êxito comercial no restante do mundo, apesar de não sofrer alterações significativas em "seus espaços, soluções e elementos".
Segundo os autores, esta tipologia atualmente atravessa um momento de inflexão por conta dos novos paradigmas econômicos e urbanos que os obrigam a reinventar-se ou morrer. Por isso, a propósito de um encargo profissional, planejam uma série de estratégias de revitalizações ("ou questionamentos de sua própria identidade") em um shopping nos arredores de Barcelona (Espanha) que busca sua "reconfiguração através da introdução de novos programas em uma tentativa de convertê-lo em um espaço muito mais público, sendo capaz de atrair usuários que, de outra maneira, não viriam".
O que há de tão impressionante nas cidades mais antigas e ainda habitadas do mundo? Provavelmente o fato de que suas sociedades têm evoluído em uma série ininterrupta de eras, com valores em constante mudança e estilos que, entre outras coisas, deram origem a memórias arquitetônicas de suas longas histórias. Estas cidades não são como os sítios arqueológicos que visitamos para ver como as pessoas viveram milhares de anos atrás; elas são os lugares exatos onde as pessoas viveram milhares de anos atrás e os lugares onde as pessoas ainda estão vivendo hoje, com suas ricas histórias enterradas sob camadas de tinta e concreto em vez de terra.
Com várias cidades antigas espalhadas ao redor do mundo, a variedade de tesouros arquitetônicos encontrados nelas é muito vasta. Para dar apenas uma amostra da sua diversidade, apresentamos aqui uma seleção de 18 das mais antigas cidades ainda habitadas em várias regiões do mundo, que vão desde as mais novas até as mais antigas, com um pequeno fragmento de seus vários enigmas arquitetônicos.