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O futuro da mobilidade tem duas rodas: a arquitetura "bike-friendly" de Copenhague

Tecnólogos ambiciosos afirmam há décadas que os carros autônomos são o futuro. No entanto, nos últimos anos, a maior revolução veio dos veículos de duas rodas, não de quatro. Alimentados pela pandemia, aumento dos preços do petróleo, mudanças climáticas e o desejo de estilos de vida mais saudáveis, vivemos agora no meio de um renascimento da bicicleta. Mas para entender como chegamos até aqui, é fundamental olhar para trás. Quando o automóvel foi difundido no início dos anos 1900, rapidamente se tornou um símbolo de progresso com tudo o que ele implicava: velocidade, privatização e segregação. Adotando uma abordagem centrada no carro, os urbanistas tiveram que reorganizar cidades inteiras para separar o tráfego. Os carros ocuparam os espaços públicos que costumavam abrigar a vida dinâmica da cidade e estacionamentos, rodovias e postos de gasolina tornaram-se paisagens comuns. Os pedestres que antes dominavam as ruas foram conduzidos para as calçadas e as crianças relegadas a playgrounds cercados. Ironicamente, as cidades estavam sendo projetadas para carros em vez de seres humanos.

Clássicos da Arquitetura: Centro Técnico de Aeronáutica / Oscar Niemeyer

Embora pouco conhecido, o Centro Técnico de Aeronáutica (CTA, atual Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) em São José dos Campos, pode ser considerado uma das maiores e mais relevantes obras do arquiteto Oscar Niemeyer anteriores a Brasília. Notadamente, é seu primeiro projeto executado em solo paulista.

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Ganhando perspectiva: 15 projetos que exploram o uso do vidro nos interiores

Embora o processo de moldar o vidro seja lento e árduo, a humanidade usa o material há milhares de anos. De acordo com evidências arqueológicas, as primeiras ferramentas e joias de vidro feitas pelo homem foram produzidas na Mesopotâmia oriental e no Egito por volta de 3.500 a.C. Além disso, após a invenção do tubo de sopro, na Síria, no século I a.C., e a Revolução Industrial ocidental, que facilitaram sua produção em massa, traços característicos de transparência e durabilidade puderam finalmente ser aplicados em larga escala na arquitetura e no design.

Avançando para os dias atuais, o uso de vidro para fachadas e janelas de edifícios está bem documentado. Mas e quando estamos do lado de dentro? Ao tratar o vidro para diferentes níveis de transparência, posicionando-o de forma inteligente dentro de uma sala ou utilizando sua superfície reflexiva, os interiores podem se beneficiar do material tanto quanto os exteriores.

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Lições de Charles Moore, do pai do pós-modernismo

Cerca de 50 anos atrás, o renomado arquiteto, educador e autor Charles Moore foi contratado por Frederick e Dorothy Rudolph para projetar uma casa de veraneio em Captiva Island, Flórida, e cerca de uma década depois, no final dos anos 1970, eles o contrataram novamente para projetar sua residência permanente em Williamstown, Massachusetts.

Moore era chamado de pai do pós-modernismo e foi um proponente prolífico em livros como The Place of Houses. No entanto, exceto por suas pequenas casas, nunca fui um grande fã de seu trabalho. Mas ainda tenho uma cópia surrada desse livro, porque quando o li, foi a primeira vez que alguém articulou o processo de projetar uma casa, incluindo uma lista de verificação do programa a ser seguida.

As casas que Moore projetou para os Rudolphs eram exemplos clássicos do pós-modernismo, com referências históricas, detalhes caprichosos, cores vivas, espaços altos com clarabóia e locais de conexão.

O que é concreto com escória de aço?

A indústria da construção é uma das maiores do mundo, e o cimento e o concreto são literalmente os blocos de construção de seu sucesso. Evoluindo de cavernas pré-históricas para os arranha-céus de hoje, as estruturas de concreto têm e continuarão sendo componentes vitais da civilização moderna, fornecendo apoio confiável e duradouro a edifícios, estradas, pontes, túneis e barragens. É tanto que o concreto é o material mais consumido da Terra, perdendo apenas para a água, enquanto o aço usado para reforçar é de longe o metal mais usado. Mas isso não ocorre sem altos custos ambientais: o concreto é responsável por 8% das emissões globais de CO2, muitas das quais vêm da extração e transporte de materiais agregados, como areia, cascalho e pedra triturada.

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Como as cidades podem avançar em direção a uma economia circular?

Com 55% da população mundial vivendo em cidades, o conceito de economia circular está cada vez mais presente nas discussões sobre arquitetura e urbanismo. O objetivo da circularidade é reduzir o impacto ambiental do atual modelo de produção e consumo por meio do uso eficiente de recursos materiais e da redução de desperdícios. Mas, como essa ideia pode realmente ser aplicada às cidades?

Qual a influência do coeficiente de aproveitamento sobre a mancha urbana?

Em setembro de 2022, Ricardo Carvalho e Leonardo Monastério publicaram o artigo FAR Regulations and the Spatial Size of Brazilian Cities. O trabalho, disponível no link acima, avalia a influência das restrições ao aproveitamento de terrenos sobre o crescimento da mancha urbana.

O termo FAR, ou floor area ratio, é conhecido no Brasil como coeficiente de aproveitamento máximo (CA máximo). Essa medida é a razão entre a área total que a lei permite construir em um terreno urbano e a área desse terreno. Assim, se um terreno de 200 m² tiver um CA máximo igual a 3, o edifício permitido para aquele local não poderá ter mais do que 600 m² de área construída.

Usando espelhos para ampliar e transformar os espaços internos

Um dos objetos de decoração mais comuns nos projetos, os espelhos existem na humanidade desde a civilização Badariana, de cerca de 4.000 a.C. Com diversas transformações em seu material e forma de fabricação, hoje o espelho é um objeto de decoração e pode também servir à estratégia de projeto. 

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O que é e como fazer um orçamento para construir seu projeto?

Dentro do escopo da construção, o orçamento, que é uma peça técnica utilizada para planejamento, prevê as despesas que ocorrerão na obra, unindo material, mão de obra, gastos mensais e custos indiretos. Ainda assim, muitos se arriscam a começar a construir sem um orçamento detalhado, caindo muitas vezes nos riscos de uma obra sem planejamento que sempre é mais cara e mais demorada do que o imaginado.

Para a construção civil, o orçamento é um documento que demonstra todos os serviços que serão executados durante a obra, somando os materiais que serão necessários com a mão de obra requerida. Além disso, o orçamento pode também considerar os custos mensais fixos da obra, como luz e energia ou ainda prever uma porcentagem extra para possíveis imponderáveis.

Ruas compartilhadas, ruas de encontro: uma intervenção urbana para repensar o espaço público

O laboratório multidisciplinar mexicano dérive LAB apresenta Calles compartidas (Ruas compartilhadas), um projeto com uma foco no desenho urbano que procura transformar espacialmente a rua de modo que ela seja regida por relações humanas para além do uso de dispositivos de controle de tráfego. Isto sugere que a rua não é apenas um espaço destinado ao transporte e à mobilidade, mas um espaço onde muitas outras atividades sociais, econômicas e culturais acontecem.

Arte e arquitetura: uma seleção de galerias que celebram a cena contemporânea no México

Como acontece todos os anos na Cidade do México, durante o mês de fevereiro é celebra a "Semana del Arte" com um programa que inclui uma série de eventos que procuram oferecer experiências em diferentes espaços, principalmente museus, centros culturais e galerias de arte. Este evento é importante porque tanto a cidade quanto estes locais se tornam palco para diferentes artistas contemporâneos que se reúnem para expor seus trabalhos e enriquecer o diálogo em torno da arte. É também um destino turístico que atrai colecionadores de todo o mundo.

O que são corredores ecológicos?

Os corredores ecológicos, ou corredores de biodiversidade, são grandes porções de terra que recebem ações coordenadas, cujo objetivo é a proteção da diversidade biológica. Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), eles envolvem o fortalecimento e a conexão de áreas protegidas dentro do corredor, incentivando usos de baixo impacto ao implementar uma alternativa mais abrangente, decentralizada e participativa de conservação.

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Botar seu bloco na rua é direito à cidade

A praça Castro Alves é do povo
como o céu é do avião
um frevo novo, eu peço um frevo novo
todo mundo na praça
e muita gente sem graça no salão
(Um Frevo Novo - Caetano Veloso)

Para Caetano, a verdadeira alegria está na apropriação da praça e não no salão. Mas esta interpretação da maior manifestação cultural brasileira não é unânime.

Estética e durabilidade: ideias de revestimentos para áreas externas

Os quintais, áreas de lazer externas normalmente localizadas nos fundos do lote, são espaços dedicados ao descanso, entretenimento e convívio da família. Sua ambientação é fundamental para garantir o aconchego e o conforto que buscamos em nossas casas. Ao mesmo tempo, por serem áreas expostas às chuvas, sol intenso e, às vezes, neve, também precisam apresentar materiais resistentes, duráveis e de fácil manutenção.

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A transformação do espaço público através da arte: uma entrevista com Antonio Ton

A transformação do espaço público através da arte: uma entrevista com Antonio Ton - Image 1 of 4A transformação do espaço público através da arte: uma entrevista com Antonio Ton - Image 2 of 4A transformação do espaço público através da arte: uma entrevista com Antonio Ton - Image 3 of 4A transformação do espaço público através da arte: uma entrevista com Antonio Ton - Image 4 of 4A transformação do espaço público através da arte: uma entrevista com Antonio Ton - Mais Imagens+ 11

Como ressignificar espaços públicos degradados? Cores vibrantes, um traçado geométrico e a ajuda comunitária. Ao menos esta poderia ser a resposta do artista carioca Antonio Ton. Inspirado pelas trocas que encontra na rua e a partir de um diálogo com as comunidades locais, suas obras vão além de revitalizar quadras esportivas e pistas de skate. Ton nos demonstra como a arte favorece a construção de um lugar de encontro e lazer. Conversamos com ele para entender como acontece todo o seu processo artístico e quais resultados suas pinturas oferecem.

O que é o design biofílico? Apartamentos no México que integram estes princípios

Desde as primeiras civilizações, a natureza tem sido um pilar fundamental para servir de habitat natural para a humanidade, fornecendo abrigo, alimento e medicamentos. Nos tempos modernos, as revoluções industriais e tecnológicas tomaram conta da paisagem, remodelando a forma como os seres humanos interagem com a natureza. No entanto, hoje, devido aos desenvolvimentos que vivemos como sociedade, é necessário focar na criação de cidades e espaços que integrem a natureza à vida cotidiana.

Espaços públicos multiuso e desenho urbano: Copenhague e a integração social

“Vida, espaços, edifícios - nessa ordem”. Essa frase, do arquiteto urbanista dinamarquês Jan Gehl, resume bem as mudanças que Copenhague tem passado nos últimos 50 anos. Atualmente conhecida como uma das cidades com os habitantes mais satisfeitos com a qualidade de vida ali ofertada, a forma que seus espaços públicos e edifícios foram e são projetados tem inspirado arquitetos, governantes e planejadores por todo o mundo. O que vemos hoje em dia, no entanto, é fruto de decisões corajosas, muita observação e, sobretudo, designs que colocam as pessoas em primeiro lugar. Copenhague será a Capital Mundial da Arquitetura UNESCO-UIA en 2023, bem como sede do UIA World Congress of Architects por conta de seu forte legado na arquitetura e desenvolvimento urbano inovador, juntamente com suas altas ambições no clima, soluções de sustentabilidade e habitabilidade.

Restaurantes, bares e cafés na Argentina: inovando com materiais, cores e texturas

O projeto de interiores de estabelecimentos gastronômicos é uma área que tem ganhado importância haja vista a procura dos clientes por experiências que vão além do prato de comida. A capacidade de adaptação às tendências e necessidades atuais é um ponto que os profissionais de arquitetura e design de interiores argentinos têm enfrentado com inovação e flexibilidade, sobretudo no uso dos materiais, cores e texturas.

Criando experiências espaciais: design de serviços na arquitetura

A arquitetura tem o poder de se envolver emocionalmente com seus ocupantes. Momentos elaborados a partor do tato estendem a arquitetura ao design de experiência — uma necessidade crescente na economia da experiência. Através do estímulo sensorial e intelectual, os espaços podem se conectar profundamente com seus ocupantes, resultando em momentos memoráveis. A orquestração de uma experiência requer não apenas a compreensão dos princípios espaciais, mas também como os serviços do espaço são projetados.

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A mobilidade ativa como solução para o tempo perdido no trânsito

De meados do século XX até os dias de hoje, o tempo perdido no trânsito tornou-se uma das principais fontes de sofrimento da vida urbana. Historicamente, a fórmula clássica para combater esse problema foi adicionar cada vez mais faixas de carro e construir viadutos com a promessa nunca realizada de melhorar a fluidez. 

A consequência já está bem documentada, cada nova faixa de carro adicionada representa uma barreira a outros meios de transporte e maiores distâncias a serem percorridas por todos. O resultado é a indução da demanda, um convite para que cada vez mais pessoas desejem se locomover por automóvel.

Espace Oscar Niemeyer em Le Havre, pelas lentes de Paul Clemence

Espace Oscar Niemeyer é um centro cultural projetado por Oscar Niemeyer na cidade portuária de Le Havre, França. O projeto se encontra dentro da área de reconstrução urbana concebida pelo arquiteto racionalista Auguste Perret após destruição do centro da cidade na Segunda Guerra Mundial. 

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Arquitetura lenta: design intencional para o século XXI

As cidades são inseparáveis do estilo de vida acelerado. Aluguéis em alta e apartamentos “não tão pequenos” caracterizam os ambientes urbanos, perpetuando a busca por “mais, maior e mais rápido”. À medida que as economias se desenvolvem e as necessidades humanas aumentam, edifícios são erguidos em taxas alarmantes para acelerar o progresso. Os riscos da vida urbana estão sendo gradualmente expostos, levantando questões sobre ações conduzidas de forma intencional. Uma maneira de retornar a estilos de vida mais lentos é retornar à arquitetura lenta.

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Florestas em terras indígenas estão entre os últimos sumidouros de carbono da Amazônia

No mundo todo, florestas desempenham um papel fundamental combatendo ou contribuindo para conter as mudanças climáticas. Florestas em pé e saudáveis sequestram mais carbono da atmosfera do que emitem e funcionam como um sumidouro de carbono; por outro lado, áreas florestais degradadas e desmatadas liberam na atmosfera o carbono que armazenavam e se tornam uma fonte de carbono.

O que é necessário para um bom subúrbio?

Os subúrbios experimentaram uma espécie de renascimento na última década. Durante a pandemia de Covid-19, as pessoas fugiram dos núcleos urbanos em busca de espaços abertos e equipamentos descentralizados. Para algumas pessoas, a palavra “subúrbio” remete à imagens de gramados bem cuidados e fileiras de casas idênticas, mas o que torna um subúrbio bem-sucedido pode ter mais em comum com as cidades do que se imagina.

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