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Arquitetura escavada: herança do passado e possibilidade de futuro

Nos primórdios da humanidade, cada comunidade se organizou instintivamente de acordo com as condições locais, os recursos disponíveis e seu modo de vida. Se, por um lado, grupos nômades criaram soluções para ocupar espaços temporariamente, muitas vezes carregando abrigos dentre seus pertences, por outro, os grupos que começaram a assumir características sedentárias também criaram formas de ocupar espaços disponíveis e desenvolveram técnicas construtivas que foram evoluindo até a atualidade.

Uma dessas formas de habitar, que passou a ser negligenciada pela arquitetura convencional com o passar do tempo, chegando a ganhar um status mais fantasioso na cultura popular, foi a ocupação de espaços cavernosos ou escavados. Essa é, porém, uma prática milenar que soma técnicas vernaculares para contornar as condições climáticas e amplia as possibilidades da arquitetura.

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Clássicos da Arquitetura: Clube dos 500 / Oscar Niemeyer

O Clube dos 500 foi idealizado pelo banqueiro Orozimbo Roxo Loureiro no início dos anos 1950 aos moldes do antigo Clube dos 200, fundado pelo presidente Washington Luís para reunir influentes políticos e empresários longe dos holofotes das capitais. Embora a ideia inicial de um clube social não tenha prosperado, Orozimbo decidiu desenvolver no local um empreendimento comercial e de turismo oportunamente bem posicionado entre as duas maiores cidades brasileiras.

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Como a gastronomia ativa espaços comunitários em Copenhague

Através de sua nova culinária nórdica, a cena gastronômica em Copenhague vem crescendo em popularidade e se tornando um grande atrativo para habitantes e visitantes. A sua gastronomia enraizada e sazonal, bem como os seus conceitos tradicionais de convívio, tornam qualquer experiência gastronômica na cidade uma experiência holística, uma vez que está ligada aos produtos e, claro, ao ambiente. Uma refeição agradável, naquela que é uma das cidades mais alegres do mundo, requer um lugar, um projeto e planejamento específicos que alimentem atividades comunitárias e de lazer. Esses espaços deverão se tornar ainda mais cobiçados, já que Copenhague sediará o Congresso Mundial de Arquitetos UIA.

Na sombra do tsunami: navegando no metaverso

Atualmente, o metaverso é difícil de ser definido. Tente pensar nisso como a união da abundância de comunidades virtuais que criamos ao longo dos anos no Facebook com a enorme variedade de oportunidades de lazer semelhantes às compras na Amazon. No entanto, o metaverso vai muito além disso e torna possível um novo tipo de cenário trabalhando com as próprias qualidades de placemaking que conhecemos das cidades, vilas e aldeias que habitamos em todo o mundo. 

O metaverso é um espaço transacional e, talvez, acima de tudo, um espaço experiencial onde acontecimentos inesperados ocorrem e, principalmente, eventos compartilhados são desfrutados de forma individual e comunitária.

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Ideias para mesclar materiais e revestimentos na cozinha

A transformação na dinâmica dos espaços domésticos impacta na arquitetura tanto no interior quanto no exterior das casas e apartamentos. As cozinhas são o principal exemplo dessa transformação. Historicamente consideradas espaços de trabalho marginalizados na arquitetura, elas têm ganhado mais protagonismo enquanto espaços de estar, o que impacta não somente no tamanho dos espaços e em sua organização, como também nos revestimentos que são utilizados.

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Como os serviços de assinatura se relacionam com a arquitetura?

As assinaturas estão rapidamente se tornando parte integrante da vida cotidiana. Por exemplo, as plataformas de streaming substituíram completamente a necessidade de possuir aparelhos de DVD, enquanto que os serviços de veículo por aplicativo suprem parcialmente a necessidade de possuir um carro particular. As assinaturas têm sido amplamente entendidas como serviços digitais, mas uma nova tendência sugere que o mesmo conceito pode ser transferido para objetos físicos em um futuro próximo. Em vez de ter uma geladeira, uma máquina de lavar ou mesmo lâmpadas, pode-se adquirir uma assinatura para garantir a durabilidade dos produtos, roupas limpas e uma casa bem iluminada.

O conceito é conhecido como “economia baseada em assinaturas”, uma variante da noção de “economia circular”. Ele postula que, em vez de possuir alguns dos objetos utilizados diariamente, é possível subscrever um serviço para ter acesso às mesmas vantagens, mas sem a necessidade de possuir, manter ou alienar o objeto em questão. Os consumidores não compram mais produtos; eles compram acesso a serviços. Às vezes, isso significaria simplesmente alugar o objeto em vez de comprá-lo, mas o modelo vai um passo além. Ele traz uma mudança de responsabilidade e mentalidade. Isso porque os consumidores já não são os proprietários dos objetos, a responsabilidade de reutilizar e reciclar recai sobre os produtores, que passam a ser responsáveis por todo o ciclo de vida dos objetos que criam.

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Quais materiais de construção desaparecerão no futuro?

Dezenas de países pelo mundo já baniram o uso do amianto no setor da construção civil. De extração barata e abundante na natureza, trata-se de uma fibra natural utilizada na fabricação de reservatórios de água, divisórias, telhas e elementos de decoração, por conta de suas propriedades que incluem grande flexibilidade e alta resistência química, térmica e elétrica. No entanto, há comprovações científicas que ligam à exposição deste material de construção a vários tipos de câncer, bem como à asbestose -quando as fibras do mineral alojam-se nos alvéolos pulmonares, comprometendo a capacidade respiratória. O caso do amianto evidencia como certos materiais de construção podem - repentinamente ou não - tornarem-se uma lembrança longínqua por conta de seus impactos. E, além dos impactos na saúde, atualmente materiais com alto consumo energético ou de matérias primas raras, vêm sofrendo pressão para terem seu uso diminuído ou para tornarem mais “verdes” seus métodos de fabricação, sob pena de também desaparecerem num futuro próximo. Neste artigo, buscaremos reunir alguns deles.

A má qualidade do transporte público nos países em desenvolvimento

Há um estereótipo de que em países pobres, onde poucas pessoas têm carros, as alternativas ao automóvel estão florescendo. Vi um post no Mastodon afirmando essa premissa, e apontei nos comentários que isso não é bem verdade. Esta é uma versão mais detalhada do que eu disse em 500 caracteres. Resumindo, na maior parte do terceiro mundo, o transporte público é ruim, e quase todos os passageiros que usam vans e ônibus o fazem devido à pobreza, assim como a maioria das pessoas que andam a pé.

Como a internet vai impactar o design de varejo?

Com o comércio físico e digital se difundindo cada vez mais, os designers e arqutietos estão criando experiências de compra que preenchem a lacuna entre os espaços físicos e online. Estamos começando a ver o início de um novo varejo que habilmente sobrepõe comportamentos digitais disruptivos com novas estéticas.

Requalificação de áreas históricas centrais como forma de valorizar nossa cultura

A região central de São Paulo guarda uma parte importante da nossa história, que pode ser contada por seus edifícios. A relação de afeto com esta região para muitos paulistanos é clara ao resgatar na memória momentos vividos nestes edifícios históricos que carregam cultura e religiosidade, e nestas ruas de comércio intenso.

Porém, ao longo das últimas décadas esta relação se perdeu pela obsolescência dos edifícios, pela baixa habitabilidade nesta região, pela deterioração dos edifícios sem uso, pela insegurança e outros fatores que afastaram diversos paulistanos do centro — ainda uma área com densa circulação de pessoas, amplo comércio, ampla infraestrutura de transporte e conexão única com a cidade. Um espaço urbano com tamanha infraestrutura não pode ser abandonado em uma cidade que tem alta demanda por habitação, cultura e lazer.

O que são e como funcionam as "wetlands" artificiais?

O Dia Mundial das Wetlands (ou áreas úmidas/alagáveis) é celebrado todos os anos em 2 de fevereiro com o intuito de aumentar a consciencialização sobre esses ambientes. Esse dia também marca o aniversário da convenção sobre áreas úmidas, adotada como um tratado internacional em 1971. Sua promulgação se deve ao fato de que quase 90% das áreas úmidas do mundo foram degradadas desde 1700, sendo dizimadas três vezes mais rápido do que as florestas. No entanto, são ecossistemas extremamente importantes que contribuem para a biodiversidade, mitigação e adaptação climática, disponibilidade de água doce, economias mundiais e muito mais.

Das ruas à internet: a história do comércio e sua relação com o território

O comércio é uma atividade humana praticada pelas sociedades desde os primórdios da evolução. Se num primeiro momento as trocas eram feitas entre produtos negociados por comunidades inteiras, com o passar do tempo elas passaram a ter como base uma moeda comum e serem praticadas de forma individual, de família para família. De uma maneira ou de outra, essa atividade é uma característica da civilização e influencia inclusive nossa forma de organização territorial. Historicamente praticada em espaços externos, são muitas as configurações espaciais que foram definidas a partir da atividade comercial.

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Como ajudar as vítimas das chuvas no Litoral Norte de São Paulo

As chuvas que atingiram o Litoral Norte de São Paulo neste Carnaval foram as maiores já registradas no Brasil em 24 horas. O resultado é uma tragédia ambiental que provocou uma série de alagamentos e deslizamentos – milhares de pessoas estão desabrigadas e 48 mortes foram confirmadas.

O governo federal, estadual e a prefeitura de São Sebastião estão trabalhando em conjunto para reestabelecer os serviços e acessos para a região. Com a abertura de algumas estradas, o pedido é que os turistas deixem o Litoral Norte o mais rápido possível. No feriado de Carnaval, São Sebastião recebe mais de 500 mil pessoas, número 5 vezes maior do que a população da cidade de cerca de 91,6 mil pessoas. A população extra aumenta a pressão por atendimentos e mantimentos.

Como escolher uma luminária de mesa? 10 exemplos com personalidade

"Você tem um amigo em mim..." canta Randy Newman no premiado filme Toy Story. Embora a música se refira à relação entre um garoto e seus brinquedos favoritos, ela poderia se aplicar igualmente a outro personagem icônico da Pixar Animation: Luxo Jr, aquela adorável luminária que vemos pulando ao redor da logo do estúdio.

A combinação de uma base estável com um braço e uma cabeça articulados independentemente pode tornar as luminárias de mesa mais funcionais. Embora o tamanho, posição, brilho, temperatura e a adaptabilidade de todos os itens acima também sejam características importantes, o que você realmente procura em alguém para compartilhar uma mesa, é um amigo. Veja a seguir alguns dos mais simpáticos itens de iluminação para sua escrivaninha.

Arquiteturas flutuantes: o futuro construído sobre a água

Provavelmente você deve conhecer a história de um senhor que recebeu a ordem divina para construir uma arca a qual abrigaria sua família e animais de todas as espécies, salvando-os de uma inundação. Essa narrativa do dilúvio, conhecida como a história da “Arca de Noé”, é encontrada não apenas na Bíblia, mas também no Alcorão e em muitas outras culturas, sendo o sumério “Épico de Ziusudra” o mito da inundação mais antigo que se tem conhecimento, datado de 2.000 a.C. Esses exemplos nos mostram que as forças da natureza, ao protagonizarem ensinamentos religiosos, já eram preocupações recorrentes que impunham, ao mesmo tempo, temor e respeito nas civilizações.

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Estruturas de madeira: a versatilidade do material em projetos brasileiros contemporâneos

Das construções ancestrais ao "concreto do futuro", termos não faltam para descrever a madeira. Presente na história e no horizonte da arquitetura mundial, o material demonstra uma possibilidade sustentável e está associado ao aconchego e calor que brinda na atmosfera espacial. No Brasil, não é diferente. Diversas obras contemporâneas exploram as qualidades e benefícios de seu uso, inclusive no viés estrutural.

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Campi universitários e sua integração com as cidades

O campus universitário tem uma tipologia espacial distinta. Estabelecidos como microcidades, esses ambientes independentes estão sujeitos a suas próprias regras e sistemas. Eles são projetados como um desvio das cidades que o hospedam para permitir o crescimento e a proliferação do conhecimento fora do status quo. Centrados na troca de informações, os centros acadêmicos estão se tornando cada vez mais relevantes para o urbanismo. Os campi e suas cidades evoluem para imitar a estrutura uns dos outros, criando oportunidades para a renovação urbana.

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Por que é fundamental discutir os limites de vagas de garagem na cidade

No dia 13 de janeiro, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, publicou a minuta prévia do projeto de lei da revisão intermediária do Plano Diretor Estratégico (PDE), o principal instrumento de planejamento e orientação do desenvolvimento urbano da cidade. Na minuta, que está disponível para consulta pública e contribuições da sociedade civil, de forma online, até 17 de fevereiro, o aspecto que mais tem gerado controvérsia se refere à alteração dos parâmetros que definem a quantidade de vagas de garagem em novos empreendimentos habitacionais próximos às infraestruturas de transporte público, como estações de metrô e trem, e corredores de ônibus.

Os desafios de repensar os cursos de arquitetura

O objetivo deste texto é ampliar o relevante debate proposto no artigo de Marília Matoso, com o título É preciso repensar os cursos de arquitetura, publicado no ArchDaily em janeiro de 2023. De fato, repensar os cursos de arquitetura é uma tarefa não só necessária como também urgente. Contudo, acredito que essa discussão é indissociável dos debates sobre a profissão e o modo como formamos. Para além de tentar construir respostas, considero importante trazer mais perguntas que contribuam com a reflexão coletiva.

São Paulo precisa de uma taxa de congestionamento

Nas últimas duas décadas, o alcance do transporte público e a quantidade de passageiros em uma das maiores cidades do mundo, São Paulo, aumentaram, diminuindo a porcentagem de viagens realizadas por automóvel. Apesar disso, e apesar das restrições excepcionalmente rígidas a certos carros e caminhões durante o horário comercial, o congestionamento, conforme entendido convencionalmente, continua quase inabalável.

Arquitetura como celebração: a filosofia de Balkrishna Doshi

“Não sou arquiteto”, diz com brilho nos olhos, “sou apenas uma pessoa em busca de seu destino”. Para o falecido pioneiro do modernismo indiano, Balkrishna Vithaldas Doshi, a arquitetura é uma prática de autodescoberta. As obras brilhantes de funcionalidade poética do veterano resultaram de uma filosofia humanista com influência dos princípios modernistas, de Mahatma Gandhi e textos espirituais indianos. Doshi acreditava que arquitetura era sinônimo de vida — um veículo para celebração constante; um meio para experiências intensificadas. Sua maior contribuição para a comunidade arquitetônica foram suas poderosas palavras que ecoam a atemporalidade de suas estruturas.

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Investir nas pessoas, priorizar a educação: arquitetura para aprender na América Latina

No dia 24 de janeiro foi celebrada a quinta edição do Dia Internacional da Educação com o lema “Invista nas pessoas, priorize a educação”. Proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a celebração promove forte mobilização política buscando traçar o caminho e acelerar o progresso rumo ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4: Educação de Qualidade.

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