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Dieta de carbono para edifícios: uma nova (e necessária) forma de pensar projetos

O setor da arquitetura, engenharia, construção e operação (AECO) tem uma participação bastante significativa no consumo de energia e na emissão de CO2 global, sendo responsável por aproximadamente 40% dela. No Brasil, as edificações (residenciais, comerciais e públicas) consomem aproximadamente 50% de toda a energia elétrica ofertada. Enquanto as indústrias de cimento, metais e de cerâmica representam cerca de 10% de todo o consumo final energético do país. Somado a isso há no país um grande déficit habitacional, chegando a mais de 6 milhões de domicílios, além do conhecido déficit de infraestrutura, que precisarão ser solucionados no futuro.

10 Ações para fazer os centros das cidades prosperarem

Há inúmeros exemplos positivos em centros urbanos nos EUA, mas eles estão raramente conectados a um tecido bom o suficiente para se tornarem vibrantes. 

Este artigo apresenta 10 estratégias necessárias para fazer os centros urbanos prosperarem. Nenhum deles é uma ação habitual, de forma que omitimos alguns pontos que já são conhecidos por todos.

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Entendendo estruturas: o que são cargas variáveis e permanentes?

Os projetos de estrutura têm como premissa garantir a estabilidade da construção proposta a partir dos materiais e técnicas construtivas escolhidos. Para isso, eles devem levar em consideração em seus cálculos diferentes tipos de ações, como o peso do próprio material, o uso e a forma de ocupação da edificação, que podem ser classificados como variáveis ou permanentes.

Conheça o plano de reflorestamento de Nova Orleans baseado na equidade

Nova Orleans tem o efeito de ilha de calor urbano mais forte dos EUA, com temperaturas quase 5°C mais altas do que as áreas naturais próximas. A cidade perdeu mais de 200 mil árvores com o furacão Katrina, diminuindo a área sombreada para apenas 18,5%.

A ONG Sustaining Our Urban Landscape (SOUL) fez uma parceria com arquitetos paisagistas da Spackman Mossop Michaels (SMM) para criar um plano de reflorestamento acessível e focado na equidade. O plano fornece um roteiro para alcançar a marca de 24% de área coberta por árvores até 2040. Mais importante, o plano também busca igualar a área sombreada por árvores, de modo que pelo menos 10% de todos os 72 bairros estejam cobertos. Atualmente, mais da metade dos bairros está abaixo da marca de 10%.

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Conheça o cimento comestível: material inovador que utiliza resíduos alimentares na construção civil

Adicione folhas de repolho, cascas de laranja, cebola, banana e alguns pedaços de abóbora para obter... cimento. Isso mesmo, pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão, desenvolveram uma técnica por meio da qual é possível produzir cimento a partir de resíduos alimentares. A iniciativa inovadora, além de ser utilizada na construção, é literalmente comestível. Ajustando sabores e utilizando alguns temperos, o cimento quebrado em pedaços e fervido pode se tornar uma bela refeição.

O urbanismo tático é uma ação prevista em lei?

Recentemente muitas cidades brasileiras têm recorrido a recursos do Urbanismo Tático como forma de intervir no desenho urbano de suas vias de modo a torná-las mais seguras e atrativas. Tudo isso com baixo custo e curto prazo.

A quantidade e o tipo de intervenções têm se mostrado particularmente notáveis ao atender ao imediatismo imposto pela realidade pandêmica de nossas cidades, na busca de adequar o traçado urbano das vias às formas de deslocamento que não favoreçam o risco de contágio durante o processo de deslocamento cotidiano, mesmo com cenários de restrições das atividades.

Tornar o imaginário visível: as cidades futuristas do cinema

O cinema revela por meio da cenografia uma vasta composição de cidades, tornando-se um meio interessante para discutir as suas transformações. Essa arte permite que diretores explorem ao máximo seus universos imaginativos, através de cenários montados, efeitos visuais e especiais e toda a composição da imagem. Em muitos filmes, diretores apresentam cidades futuristas, vivenciadas pelos personagens do enredo, que, por muitas vezes, se apresentam inteiramente novas aos nossos olhos. É através da busca do espectador de compreender e apropriar-se desses espaços cenográficos que a cidade se revela no cinema.

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Esculpindo a terra: land art e o envolvimento com o solo

Os artistas são frequentemente inspirados pela terra — sejam as interpretações de paisagens americanas do pintor Robert S. Duncanson ou as subversões de William Kentridge das pinturas britânicas da era colonial retratando paisagens africanas. No entanto, alguns artistas preferiram trabalhar diretamente com a terra, criando estruturas que se assentam em paisagens ou esculpindo o próprio solo. Esse estilo de arte — formalmente denominado land art — ganhou destaque nos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970 com a ascensão do movimento ambientalista em meio aos protestos pelos direitos civis e contra a guerra, quando os artistas buscavam se separar do mercado de arte.

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A arquitetura de pátios circulares no México

Um dos fatores mais importantes ao projetar é o clima específico do local. Isso pode ser difícil quando se lida com climas extremos e é necessário usar materiais isolantes que se adaptem às condições variáveis. No entanto, quando se fala do México e de seu clima particular, isso se volta a favor dos arquitetos, permitindo-lhes criar microclimas e espaços que se confundem na transição entre o interior e o exterior.

Cor, composição e escala: analisando a fotografia de arquitetura brutalista

Ora escultural e expressivo, ora monolítico e monótono, o estilo arquitetônico brutalista é igualmente diverso e polêmico. Desde suas origens como subproduto do movimento modernista na década de 1950 até hoje, os edifícios brutalistas continuam sendo um ponto de discussão popular no debate arquitetônico. Uma possível explicação para isso é que estes edifícios brutalistas geralmente são muito fotogênicos; suas texturas e sombras dramáticas criam imagens apelativas.

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Em Barranquilla, na Colômbia, parques urbanos revitalizaram uma cidade em decadência

Samira Perez, uma antiga moradora da cidade de Barranquilla, na Colômbia, costumava gastar tempo e dinheiro com táxis para levar seus filhos aos shoppings locais depois da escola e aos finais de semana. Lá, eles passavam o tempo admirando vitrines de lojas sofisticadas, assistindo a shows e fazendo refeições nos restaurantes.

A presença do shopping na vida da família de Perez é comum em cidades latino-americanas que têm passado por um rápido processo de urbanização, no qual, diante da ausência de alternativas acessíveis ao ar livre, os shoppings costumam oferecer espaços de convivência seguros e limpos. Em Barranquilla, onde os shoppings são onipresentes, uma pesquisa de percepção realizada em 2009 mostrou que 90% dos moradores estavam insatisfeitos com as áreas verdes e públicas da cidade.

Passado negativo: o processo de construção do Monument Against Racism

O antimonumento 2146 Stones – Monument Against Racism / The Invisible Monument é uma intervenção realizada em 1993 na praça Saarbrücken por Jochen Gerz e alunos de sua disciplina na faculdade Hochschule der Künste Saar, em Saarbrücken, Alemanha. Realizada segundo a prática constante de vigilância [1] de Gerz, a obra é fruto de um momento de inquietação na produção artística alemã que questionava a arte representativa de uma geração nascida no pós-guerra, assim como a busca de quem ao mesmo tempo viveu os eventos da 2ª Guerra Mundial, do início e do fim do Muro de Berlim, enquanto havia um esforço nacional para evitar as memórias do Holocausto.

Como florestas beneficiam as pessoas que vivem nas cidades

Uma moradora de Vitória pode não pensar nas florestas da Bacia do Jucu ao servir um copo de água. Os uruguaios provavelmente não pensam na Floresta Amazônica quando veem a chuva cair sobre os parques da cidade. E os habitantes de Adis Abeba possivelmente não estão pensando na Bacia do Congo quando comem injera, um alimento típico na Etiópia feito a partir do grão de teff.

Ainda assim, as florestas próximas e distantes afetam o dia a dia dessas pessoas mais do que elas estão cientes.

Engenheiros não deveriam ser os únicos a projetar ruas

Sou um engenheiro de software (comumente chamado de programador). Criar um software envolve muitas funções diferentes. Empresas diferentes têm funções diferentes e nomes diferentes para as funções, mas tipicamente isso envolve engenheiros de software, gerentes de produto e designers de UX (user experience, ou experiência do usuário).

Cada função tem seus próprios pontos fortes e sua própria responsabilidade. Os gerentes de produto identificam as necessidades do usuário e ditam o que devemos construir. Os designers de UX determinam a aparência do produto — o layout, telas diferentes, texto, imagens, marca, etc. Os engenheiros de software fazem a implementação real: eles resolvem os problemas técnicos necessários para construir o produto.

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Escadas helicoidais na arquitetura contemporânea do México

Um dos elementos mais importantes da arquitetura são as circulações verticais, isto é, elevadores ou escadas, Embora alguns escritórios optem por abordá-las de forma discreta, outros decidem dedicar a elas atenção específica, transformando-as em esculturas. As escadas helicoidais são as preferidas quando se quer chamar a atenção e, na nossa consciência coletiva, guardamos alguns exemplos icônicos, como o caso da escada na Casa O'Gorman, onde este elemento dá o carácter da obra, sendo quase impossível imaginá-la sem a escada.

Homenagem aos arquitetos influentes que perdemos recentemente

A profissão de arquiteto é muitas vezes marcada por aqueles indivíduos que usam seu talento e recursos para proporcionar mudanças e trazer uma visão de um futuro melhor. Enquanto alguns iniciaram o seu percurso com gestos arrojados que chamaram a atenção do mundo arquitetônico e mudaram paradigmas, outros trabalharam de forma mais tranquila, voltando o foco para os usuários dos espaços e questionando-se sobre como podem contribuir da melhor forma para a melhoria da vida daqueles que os cercam.

Com o início do novo ano, paramos para olhar para os arquitetos que faleceram ao longo do ano passado, mas cujo legado e contribuição para a arquitetura sobrevivem. Entre eles, lembramos o ganhador do Prêmio Pritzker e pioneiro da alta tecnologia Richard Rogers, o ícone pós-moderno Ricardo Bofill, o atencioso Gyo Obata, a defensora e inovadora Doreen Adengo, a pioneira da habitação social Renée Gailhoustet e o multifacetado ganhador do Prêmio Pritzker Arata Isozaki.

Trabalhe confortavelmente: dicas para escolher uma boa cadeira

Você está sentado confortavelmente neste momento? OK, eu vou esperar alguns segundos para você ajeitar a postura e continuarmos o texto. Por mais que todos saibamos que as costas devem estar eretas, os ombros para trás e os glúteos encostados na parte posterior da cadeira, assim que paramos de prestar atenção nisso, é comum que nosso corpo vá escorregando até que nossa coluna se torne um grande ponto de interrogação. E isso pode desencadear diversos problemas de postura e circulação, dores crônicas e aumentar a fadiga após um longo dia, semana, mês ou anos de trabalho. Mas saiba que você não está sozinho e isso não é (necessariamente) sua culpa. Que elementos tornam uma cadeira confortável? Como elas podem manter sua postura adequada por mais tempo? É possível ter design e conforto no mesmo produto? Neste artigo, tentaremos responder a essas questões e trazer alguns exemplos do catálogo do Architonic.

Inhoaíba: o Parque Augusta para o Rio de Janeiro chamar de seu

Para arquitetos e urbanistas, o mais difícil no processo de desenvolvimento das cidades talvez seja lidar com as estratégias políticas utilizadas em temas que, para nós, seriam somente uma questão de planejamento urbano. No passado, tínhamos em nosso imaginário que as cidades eram criadas e transformadas somente com o desenho do arquiteto, mesmo tendo certeza que sempre existiram diversas forças atuando sobre isso. No caso de Inhoaíba, localizada na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, infelizmente, as forças externas aos arquitetos e urbanistas estão muito mais presentes do que gostaríamos, o que me levou a escrever este texto.

Descanso na praia: 5 hotéis na costa brasileira

Verão, férias escolares e o desejo de um mergulho no mar. Motivos não faltam para visitar o litoral brasileiro nessa época do ano. Pensando na sua vasta diversidade, selecionamos alguns hotéis dispostos em diferentes estados e que, em seus projetos, trazem distintas formas de dialogar com o contexto, mas também conforto e lazer para seus hóspedes. 

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A dança das superfícies: pisos irregulares e o resgate do equilíbrio humano

"O piso plano é uma invenção dos arquitetos. Adapta-se a máquinas, não a seres humanos." Inspirado pelos secessionistas vienenses e pelos artistas austríacos Egon Schiele e Gustav Klimt, assim como pelas ousadas formas gaudinianas, o autor dessa frase, Friedensreich Hundertwasser (1928-2000), foi um prolífico pintor, escultor e arquiteto. Suas obras são marcadas pela dualidade entre a disciplina e a indisciplina, entre o esperado e o inesperado, o racional e o irracional. Na sua aventura criativa, Hundertwasser não era um simples inimigo da linha reta, ele desprezada o racionalismo arquitetônico reivindicando formas fluídas e cores marcantes.

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Os 23 projetos mais esperados de 2023

Com o início do novo ano, aguardamos com expectativa os projetos mais emocionantes planejados para 2023. A segunda torre mais alta do mundo está atualmente em construção na Malásia; no Egito, o maior museu arqueológico está quase pronto para abrir suas portas; na Albânia o MVRDV está atualmente trabalhando na requalificação de um importante marco brutalista. De escritórios como Snøhetta, OMA, Studio Gang, Zaha Hadid Architects, BIG, e o mais recente vencedor do Prêmio Pritzker, Francis Kéré, a seleção a seguir reúne projetos localizados em várias partes do mundo, de diferentes escalas e programas, de aeroportos internacionais a galerias de arte e museus.

Vários projetos aqui apresentados também constaram na compilação do ano anterior. A disponibilidade de recursos e as questões trabalhistas geradas pela pandemia também continuaram a influenciar os cronogramas de abertura, mas com um impacto cada vez menor. Seguindo as tendências previstas para 2023, mais e mais projetos envolvem a reutilização adaptativa das estruturas existentes. Um tema subjacente é visível no crescente interesse em expandir os espaços artísticos e culturais e integrar o patrimônio histórico na expressão da arquitetura contemporânea.

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ArchDaily e o mundo da arquitetura em 2023

Na medida em que adentramos 2023 e começamos o Ano do Coelho, compartilhamos com vocês algumas reflexões sobre o que o ano passado nos trouxe e como nos preparamos para mais um ano.

No ano passado, expandimos nossa rede através da plataforma DAAily, tendo como missão o futuro do ambiente construído. Tornamo-nos mais conscientes de como contribuir para esse objetivo através de nosso conteúdo diário, tendo em vista que a maioria de nossos maiores desafios converge para o futuro das cidades. Da crise habitacional e emergência energética à desigualdade, migração e guerra, o ambiente construído é o denominador comum e não podemos ficar indiferentes a isso.

Ao passo que a arquitetura se torna uma questão mais ampla e mais pessoas começam não apenas a se interessar por ela, mas a querer se engajar de forma ativa, assumimos a responsabilidade de abrir a caixa preta dessa disciplina e construir pontes através do conhecimento. No esforço para reduzir distâncias, buscamos responder à pergunta "o que é boa arquitetura?" através de nosso primeiro livro The ArchDaily Guide to Good Architecture publicado pela editora gestalten.

Melhores artigos de 2022: ferramentas, inspiração e conhecimento

O ano de 2022 nos trouxe o que ficou conhecido como crise do triplo C — Covid, Clima e Conflitos. Novos desafios ambientais, disputas políticas e uma emergência sanitária ainda presente alimentaram desigualdades e contribuíram para aumentar os índices globais de pobreza. No entanto, 2022 não foi apenas de dificuldades; testemunhamos a reabertura um mundo que estava fechado, permitindo que as pessoas se reencontrassem presencialmente. Isso nos possibilitou refletir sobre como construir “sociedades mais resilientes, sustentáveis e saudáveis” que podem sobreviver às ameaças atuais e futuras.

Sempre fiel à nossa visão de "empoderar todos os que fazem a arquitetura acontecer para criar uma melhor qualidade de vida", a seleção dos melhores artigos do ArchDaily de 2022 destaca um amplo espectro de tópicos. Lidando com passado, presente e futuro, os temas explorados vão desde a arquitetura do metaverso e IA até a história e a teoria básica, refazendo histórias, ajustando erros comuns e projetando um futuro que já está aqui. Além disso, neste ano, os editoriais trouxeram mais dicas e ideias para os espaços de convivência, ao mesmo tempo em que investigaram os aspectos multidisciplinares, a fim de ampliar perspectivas e apresentar novas noções. A equipe muito diversificada do ArchDaily mergulhou em territórios, não comumente retratados na mídia, para contar a história arquitetônica de cada tipologia, comunidade e movimento. Acreditando na contextualidade e localidade, inclusão sem deixar ninguém para trás, nossos artigos refletem nossa visão de um mundo melhor.

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