O Airbnb é uma forma confiável de encontrar uma estadia. Desde sua criação em 2008, o site já cadastrou mais de 7 milhões de residências ao redor do mundo, onde os viajantes podem ficar em um quarto, ou alugar uma casa inteira. Recentemente, muitas cidades têm reprimido estadias de curta duração, citando questões de segurança, listagens falsas e aumento dos preços dos imóveis, causando a saída das pessoas de suas casas quando a moradia é usada apenas para o aluguel do Airbnb. O que as cidades estão fazendo em relação a estas questões? O que o Airbnb está fazendo para ajudar a resolvê-los? O Airbnb será viável por muito mais tempo?
Artigos
Regulamentações ao Airbnb podem estar chegando à sua cidade
Churrasco na laje: a história das coberturas planas úteis
Já há algum tempo as coberturas se tornaram espaços de lazer, seja nos grandes edifícios luxuosos, seja nas casas da periferia. Essa condição, porém, não se limita aos nossos tempos. Variando seu uso e sua forma, diferentes culturas em diferentes momentos fizeram o uso das coberturas planas em sua arquitetura, residencial ou não.
O que é cocriação no contexto da arquitetura e do urbanismo?
Nos últimos anos, o termo “cocriação”, uma palavra da moda no setor de negócios e gestão, entrou no discurso da arquitetura e do planejamento urbano. O termo é usado para definir um conceito amplo que descreve o trabalho intencional para a criação de algo em conjunto. Mas a arquitetura já é o resultado de uma colaboração entre vários atores como arquitetos, clientes, investidores e governo local, para citar alguns. Dessa forma, poderia o termo ainda ser aplicado a este campo, trazendo novas formas de conhecimento que diferem do design participativo?
Solar Decathlon Europe: iluminação sustentável combina engenharia e design
O lema do Solar Decathlon Europe 21/22 era converter e expandir em vez de demolir e reconstruir. A reciclagem de janelas, o uso de materiais biodegradáveis nas luminárias e a conexão da luz com sensores são apenas alguns exemplos inovadores da competição internacional de estudantes universitários em Wuppertal, na Alemanha. Pela primeira vez, o concurso apresentou um prémio de iluminação arquitetónica sustentável. Esta era uma questão de qualidade e de quantidade, e se aplica à luz do dia e à luz artificial.
O que é Dall-e e por que ela vai transformar os projetos criativos
Muito tem se falado sobre o poder da inteligência artificial e de como sua ascensão pode transformar a profissão de arquiteto. Esse tema já foi assunto de alguns artigos por aqui.
A principal ferramenta que tem assustado os especialista do mercado é o Dall-e, um software baseado em aprendizagem de máquina que gera imagens a partir das palavras que o usuário informa em um campo. Há outras com a mesma proposta, como o Midjourney e a Stable Diffusion.
Os limites do algoritmo e as tendências humanas nas imagens feitas com inteligência artificial
2022 foi o ano dos geradores de imagem IA. Recentemente, esses sistemas de aprendizado de máquina foram ajustados e refinados até encontrar sua atual popularidade com o usuário comum da Internet. Esses geradores de imagens (DALL-E e Midjourney indiscutivelmente os mais populares) geram imagens a partir de texto, por exemplo, permitindo que as pessoas criem interpretações conceituais das arquiteturas do futuro, presente e passado. Mas, como somos parte de um cenário digital repleto de preconceitos humanos, navegar nesses geradores de imagens requer uma reflexão cuidadosa.
O que são Áreas de Zero Emissão?
A necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no setor de transportes é urgente, e a implementação de medidas nesse sentido é tanto um desafio quanto uma oportunidade para as governanças locais. É o caso das Áreas de Zero Emissão (ZEAs, do inglês Zero Emission Areas), que são áreas das cidades onde as emissões de gases poluentes são neutralizadas. Essa medida beneficia principalmente as pessoas que irão usufruir de um espaço urbano mais saudável e de atividades comerciais mais ativas. Entretanto, para viabilizar seu êxito, ou ao menos reduzir o retorno negativo da opinião pública, é fundamental o engajamento social e uma comunicação efetiva com a população.
Cidades compactas e eletrificadas para frear as mudanças climáticas
Estudos diversos vêm indicando que, para evitar que as temperaturas subam mais de 1,5° C, deve haver uma grande queda nas emissões de gases de efeito estufa (GEEs). Para isso, é preciso desenvolver cidades compactas para pedestres, ciclistas e para quem utiliza o transporte público, bem como adotar, de forma rápida e estratégica, veículos elétricos, com foco no transporte público.
Como conciliar criação pecuária e ambiente urbano?
À medida que as pessoas continuam a migrar das áreas rurais para as urbanas, o espaço se torna um privilégio. Muitos lugares estão ficando cada vez mais congestionados – com moradias adequadas e acessíveis em escassez e sistemas de transporte lutando para atender os moradores. Mas, por mais que a conversa sobre urbanização seja sobre pessoas, às vezes também é sobre os animais que vêm com essas pessoas – a criação pecuária urbana que desempenha um papel fundamental no sustento a nível individual, além de se tornar uma via para o comércio.
3 Temas que interessam ao Brasil na COP27
A cidade de Sharm El Sheikh, no Egito, recebe a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022, a COP27, entre 6 e 18 de novembro. A conferência avança nas negociações da COP26 em Glasgow, Escócia, em 2021, com a expectativa de que os países mostrem ambição climática e urgência para limitar o aumento da temperatura do planeta em até 1,5°C.
Espelhos de grandes dimensões: a ilusão de espaços mais amplos e iluminados
Seres humanos sempre foram fascinados por reflexões. Embora eles não sejam mais do que a luz que retorna após atingir uma superfície, sempre haverá algo místico e fascinante nelas - seja um lago espelhando uma bela paisagem ou um pequeno espelho de mão, refletindo nosso rosto. Isso explica por que algumas culturas antigas consideravam os espelhos objetos sagrados com poderes mágicos, enquanto outras as associaram a portais que levavam a um mundo desconhecido. Desde então, os espelhos evoluíram para adotar muitas funções valiosas indispensáveis na vida cotidiana, sendo encontradas em carros, equipamentos médicos e, é claro, em inúmeras aplicações arquitetônicas, especialmente em interiores. Experimentar com a reflexão e a percepção do espaço tornou-se uma maneira fácil de arquitetos, designers e proprietários de imóveis transformarem qualquer sala. E, ao procurar maximizar esse impacto, o poder de espelhos excepcionalmente grandes é incomparável. Afinal, quanto maior o espelho, maior o impacto.
Às vezes, é melhor não construir nada
Este artigo foi publicado originalmente no Common Edge.
Meu primeiro encontro com a requalificação de um edifício me levou a uma viagem ao Departamento de Polícia de Long Beach. Um amigo e eu estávamos frustrados porque nossa cidade natal estava demolindo boas construções – visto que elas não correspondiam ao estilo arquitetônico atual – apenas para substituí-las por estacionamentos! Tudo em nome do "progresso". Em 1988, quando soubemos que o Edifício Jergins Trust, uma preciosidade Beaux-Arts, estava programado para ser demolido sem que nada estivesse planejado para aquele terreno, entramos em ação e nos acorrentamos ao prédio para impedir sua demolição. Nossos esforços o mantiveram vivo por mais quatro horas. E então, ele se foi para sempre.
Alagamentos nas cidades brasileiras são problemas urgentes — e têm solução
O Brasil é atualmente o sexto país do mundo que mais sofre com catástrofes climáticas, segundo a Organização das Nações Unidas. O principal problema são os alagamentos e inundações porque trazem consigo vendavais, deslizamentos de terra e enxurradas. Uma em cada três tragédias no Brasil está nesta categoria – foram mais de 10 mil registros oficiais entre 1991 e 2010.
Repensando o planejamento urbano tradicional: 14 projetos de práticas emergentes na Europa
No mundo da arquitetura, as práticas não estabelecidas são muitas vezes negligenciadas mas, ao desafiar os dogmas tradicionais da indústria, podem ter um impacto significativo no ambiente construído. O Young European Architecture Festival (YEAH!) explora o trabalho desses futuros escritórios de arquitetura, observando como compartilham ideias, visões e experiências no velho continente. O evento é dividido em duas seções: "Habitats", explorando ideias de domesticidade e tipologia residencial, e "Híbridos", iniciativas que estão repensando os sistemas tradicionais de planeamento da cidade.
A seguir, uma seleção de projetos de práticas arquitetônicas emergentes selecionadas pela YEAH! para a categoria "Híbridos". Muitas dessas iniciativas estão desafiando as ideias de espaço público mas, ao fazê-lo, também lançam luz sobre as estruturas sociais mais amplas que estão em jogo nesses espaços. A seleção inclui espaços comunitários, escolas, centros de transporte e até projetos iniciados pelos próprios arquitetos, que perceberam deficiências em seu ambiente e estão trabalhando não apenas para corrigi-las, mas para aumentar sua presença e capacitar a comunidade local por meio delas.
O futuro do mobiliário são móveis empacotados?
O design para montagem (DFA, design for assembly) não é novo. A cadeira No. 14 de 1859 da Thonet, quando desmontada, podia ser enviada em lotes de 36 cadeiras por caixa de 40 polegadas quadradas.
Essas economias de custo vinculadas ao DFA ainda são valiosas. E como ajudou a revolucionar o transporte marítimo na era industrial, agora carrega prestígio como uma poderosa ferramenta de redução de carbono. Na verdade, o DFA é atualmente a característica distintiva de pelo menos seis lançamentos de produtos de alta visibilidade entre os fabricantes de móveis comerciais apenas no ano passado.
Ecocapitalismo e arquitetura: materiais e tecnologias a favor do meio ambiente
Houve um tempo em que os edifícios queriam ser montanhas, os telhados queriam ser florestas, os pilares queriam ser árvores. Enquanto o mundo começava a entrar em estado de alerta com os derretimentos das geleiras e o consequente aumento da temperatura terrestre, a arquitetura – desde uma perspectiva geral – estava preocupada em imitar a forma da natureza. Uma aproximação de “ecossistemas” feitos pelo homem vista por muitos como figurativa e decorativa, estando a serviço de imagens comercializáveis de um “desenvolvimento sustentável”.
Projetando a arquitetura para a geração alfa
Faz tempo que Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z dominam a conversa sobre como as diferentes gerações influenciam a arquitetura e o ambiente construído. Do planejamento urbano e tentativas de zoneamento até o grande debate sobre se os locais de trabalho devem ser completamente abertos ou com muitos escritórios, cada geração teve suas opiniões sobre como os espaços que habitamos são projetados - amplamente influenciadas pelas características socioeconômicas, políticas e tecnológicas que moldaram nossas vidas de diferentes maneiras. Olhando adiante, o que podemos esperar? Entra a Geração Alfa, a primeira geração nascida inteiramente no século XXI.
Soluções baseadas na natureza: exemplos implementados por cidades brasileiras
Soluções baseadas na natureza (SBN) têm se difundido como abordagens eficientes para adaptar as cidades à crise do clima e mitigar os desastres cada vez mais frequentes. Projetos como jardins de chuva, parques lineares, restauração de encostas e agricultura urbana, ajudam a tornar as cidades mais resilientes diante de eventos climáticos extremos, enquanto geram benefícios adicionais para a sociedade, a economia e o meio ambiente.
Os melhores trabalhos de conclusão de curso em 2022. Envie o seu!
Após ao menos cinco anos de estudos, chega o momento dos alunos de Arquitetura e Urbanismo apresentarem seus trabalhos finais de graduação - chamados frequentemente de TCC, TFG ou Projeto de Final de Curso. Ao escolher o tema, os estudantes evidenciam projetos civis, urbanos ou teóricos que são de grande importância por levantarem um debate sobre o futuro de nossas cidades, do ambiente construído, da infraestrutura urbana, da mobilidade e tantos outros tópicos fundamentais para discutir e desenvolver o modo como habitamos o espaço.
6 Forma pelas quais festivais de arquitetura podem requalificar uma cidade temporariamente, mas com efeitos duradouros
Bienais, exposições e festivais focados em arquitetura oferecem uma plataforma para abrir debates, realizar pesquisas e impulsionar a inovação, mas também podem contribuir para as mudanças que moldam a imagem e o caráter de uma cidade. Através de instalações e experiências temporárias, estes eventos podem expandir linhas de investigação sobre a qualidade dos espaços urbanos, convidando visitantes e residentes a desacelerar, romper com a sua rotina diária e questionar os seus ambientes locais. Os efeitos podem não ser imediatos, mas ao acumular essas impressões e momentos de contemplação, festivais de arquitetura e design podem ter um impacto duradouro nas cidades que os recebem.