Adoramos encher nossas casas com uma maravilhosa decoração criativa que nos dá prazer cada vez que entramos em um cômodo. São essas características decorativas que transformam uma casa em um lar. Mas, para aquelas casas que têm a sorte de estar rodeadas de paisagens cativantes, por que excluir toda a decoração natural apenas para substituí-la por imitações internas?
Usando divisórias de vidro ou painéis de correr envidraçados do chão ao teto é possível conectar espaços internos e externos em uma relação mais profunda com a natureza, permitindo que a própria paisagem local se torne a decoração interior da casa. Esta é uma seleção de projetos residenciais que usam as mais recentes inovações em janelas de correr para criar uma relação íntima com a paisagem circundante:
Inspirado nas águas dos rios e mangues brasileiros, o Pavilhão do Brasil na Expo 2020 Dubai convida os visitantes a uma experiência interativa imersa em uma atmosfera de sons, projeções, temperaturas e texturas que evocam as paisagens brasileiras. O projeto dos escritórios JPG.ARQ, MMBB Arquitetos, e Ben-Avid, com curadoria de Guilherme Wisnik e Alexandre Benoit, foi o ganhador do concurso realizado em 2018 para representar o país no evento, que acontece até março de 2022.
Muito tem se falado sobre a circularidade na construção civil. Inspirando-se na natureza, a economia circular trabalha em um processo contínuo de produção, reabsorção e reciclagem, auto gerindo e regulando-se naturalmente, onde os resíduos podem ser insumos para a produção de novos produtos. Trata-se de um conceito interessantíssimo, mas que enfrenta algumas dificuldades práticas no cotidiano, seja no processo de demolição / desmontagem, na destinação correta dos materiais e resíduos, mas, muitas vezes, na carência por tecnologias para reciclar ou dar um novo uso aos materiais de construção. Cerca de 40% de todos os resíduos gerados no Planeta Terra provém da construção civil, e boa parte deles poderiam ser reciclados. Especificamente o concreto é um material chave, seja por conta de sua grande pegada de carbono na produção, sua onipresença e uso massivo, mas também devido à dificuldade de reciclá-lo ou reutilizá-lo.
Cada projeto pode ser uma poderosa ferramenta de transformação do contexto. Esse é um dos fundamentos conceituais do BLOCO Arquitetos, fundado por Daniel Mangabeira, Henrique Coutinho e Matheus Seco. Baseados em Brasília, capital brasileira e símbolo da arquitetura moderna mundial, o escritório trabalha em diferentes escalas e programas, e é caracterizado por sua atuação multidisciplinar que abrange iniciativas de valorização da cultura arquitetônica brasileira e da própria profissão.
Embora o minimalismo branco continue sendo a norma, as tendências retrô estão voltando seriamente nos designs modernos de banheiros, incorporando toques de cor, acessórios clássicos e superfícies padronizadas. Apesar de muitas vezes serem espaços estáticos e tradicionais nas residências, os banheiros certamente sofreram transformações significativas ao longo dos anos. Enquanto os da década de 1970 trouxeram cores vibrantes como o verde abacate e o amarelo mostarda, os anos 80 introduziram os ladrilhos cerâmicos em tons pastéis mais suaves. Por outro lado, este século estabeleceu o ideal em superfícies brancas e marmorizadas, acabamentos lisos e brilhantes e acessórios prateados. No entanto, mesmo que esse visual todo branco continue a ser o protagonista, aprimoramentos retrô arrojados estão revivendo e se misturando com elementos contemporâneos para criar atmosferas elegantes, mas animadas, com um caráter forte.
A tecnologia solar tem um enorme potencial, mas tem sido subutilizada. Para se ter uma ideia, a cada 24 horas, a quantidade de luz solar que atinge a Terra forneceria energia para todo o planeta por 24 anos. Evidentemente, é necessário coletá-la adequadamente, através de sistemas fotovoltaicos. Com a crise climática, cada vez mais presente nos nossos cotidianos e causando um aumento das preocupações em torno da obtenção de energias de fontes renováveis e da diminuição nas emissões de carbono, utilizar as possibilidades do sol para gerar energia limpa parece um caminho sem volta. Mas ainda existem algumas dificuldades que reduzem sua utilização, como a obtenção de produtos solares econômicos, a estética, a disponibilidade desses produtos, regulamentação e mesmo questões de instalação.
A seguir, elencamos os principais desafios de incorporar a energia solar nos projetos e de que forma é possível superá-los:
Ao longo dos anos, o desenho de interiores evoluiu de acordo com as necessidades que surgem, mas sobretudo de acordo com as experiências que procuramos provocar no usuário. Nos últimos dois anos, testemunhamos uma mudança radical e um interesse especial pelo assunto, pois a pandemia nos obrigou a prestar atenção redobrada à configuração dos lugares que frequentamos. Isso teve como consequência o surgimento de projetos muito mais integrais, que atendem ao bem-estar do usuário combinando cores, experiências sensoriais, tecnologia e elementos naturais que promovem a saúde.
A elaboração de um projeto arquitetônico é um processo complexo que envolve diferentes escalas, desde a estrutura até pequenos refinamentos, como escolha de revestimentos, cores de pintura, rodapés, metais, louças e, claro, luminárias.
Para além das questões de potência e tonalidade das lâmpadas, o próprio design das luminárias também é essencial no processo de projeto, podendo contribuir com a valorização dos espaços e o conforto dos habitantes.
"Sou arquiteto... e agora o que eu faço?", deve ser uma das perguntas mais frequentes de qualquer recém-formado em arquitetura. Muitos, ao longo dos anos, encontrarão empregos em diferentes indústrias que não envolvem necessariamente trabalhar em um escritório projetando e construindo edifícios.
Ainda que a inteligência artificial esteja mostrando o potencial para realizar sucessivas iterações com bons resultados, projetar o layout dos espaços toma grandes porções do tempo de um projetista. A organização dos elementos presentes em um espaço determina os fluxos, os pontos de vista e determinará em grande parte como este será usado. Mas a ideia de engessar o uso do ambiente pode não funcionar para todos os casos. Por conta de restrições de espaço ou usos suplementares que um cômodo pode ter, alguns arquitetos têm desenvolvido layouts dinâmicos que comportam mais de uma possibilidade de uso. Seja através de elementos divisores ou de módulos especiais, estes projetos permitem que o espaço mude radicalmente através de um movimento.
Os banheiros que usualmente temos em nossas casas são heranças da colonização europeia pelo mundo. Sua forma atual, porém, tem origem de milênios atrás e não seria possível sem os investimentos e a evolução do saneamento básico.
A saúde de uma população está diretamente relacionada ao ambiente físico que ela habita, assim como foi colocado por Hipócrates em seu texto “Ares, águas e lugares”, escrito durante o século V a.C.. Nele, o pensador grego conhecido como o ‘pai da medicina’, afirma que para se investigar corretamente a saúde e a causa das doenças é necessário observar e compreender o ambiente habitado a partir das estações do ano, dos ventos, das águas, da sua posição geográfica, da terra e da paisagem e também dos hábitos das pessoas que ali habitam. Cada civilização desenvolveu uma forma de lidar com o que hoje entendemos por saneamento, a depender de seu tempo e também de seu contexto geográfico, cultural, político e econômico.
“A Broken House” é um documentário dirigido por Jimmy Goldblum que retrata a história de Mohamad Hafez, um cidadão sírio que se mudou para os Estados Unidos em um visto de entrada única para estudar arquitetura e não pôde mais voltar para seu país natal. Enfrentando seu destino, canalizou a saudade de casa em seu trabalho artístico e começou a produzir esculturas em miniatuira de sua terra, construindo a "Damasco de suas memórias".
“Se você não pode voltar para casa, porque você não cria sua casa". Ao contar a história das pessoas que lá habitam, o projeto arquitetônico ganha uma dimensão política após o início da guerra civil síria, retratando a extensão da destruição sofrida pela cidade, humanizando os refugiados e compartilhando suas histórias.
Em um dia frio de inverno, se você deseja uma pizza, panquecas ou um suculento cheeseburger, é fácil recorrer a um aplicativo em seu telefone para rapidamente fazer um pedido e recebê-lo na sua porta. Mas você já se perguntou como os restaurantes acompanham as demandas dos clientes, aqueles que retiram para viagem ou fazem pedidos por meio de aplicativos de entrega, a solução pode estar na nova tendência em expansão das Ghost Kitchens, especialmente nos últimos dois anos da pandemia COVID-19.
No início da carreira, muitos arquitetos e arquitetas se veem em situações descritas por alguns como "patinar e não sair do lugar", pois suas expectativas não correspondem à realidade que encontram e isso só piora com o passar do tempo. Motivados pelo "ganho de experiência", os jovens profissionais se submetem a longas jornadas de trabalho, inclusive nos finais de semana, com baixos salários e muita exigência física e mental, o que muitas vezes resulta em um esgotamento do indivíduo (burnout). Por conta dessas condições de trabalho, o prestígio da profissão desaparece. Tendo isso em mente, como esses profissionais podem lutar pelos seus direitos trabalhistas após décadas de exploração? E o que está sendo feito para garantir esses direitos?
Pensar em pontos de foco, biomas, espaços de descanso, criar ritmo junto da arquitetura, como facilitar a manutenção e fruição dos espaços, são apenas alguns dos desafios de um projeto paisagístico. Hoje, mais do que servir como um elemento de composição espacial, a relação entre o paisagismo e o espaço construído é cada vez mais valorizada ao passo que compreendemos como a presença da natureza é benéfica para a saúde e conforto humano e de outras espécies. Assim, pensar e projetar a paisagem se tornou um exercício cada vez mais complexo e valorizado.
https://www.archdaily.com.br/br/974965/os-melhores-projetos-brasileiros-de-paisagismo-de-2021Equipe ArchDaily Brasil
O cinema é uma ótima ferramenta para estimular discussões e reflexões sobre o espaço que vivemos, dialogando profundamente com a arquitetura e o urbanismo através de cenários e locações. Os filmes podem abordar questões atuais sobre esses campos de estudo e introduzi-los nas suas narrativas, abrindo caminhos para novos debates.
O longa de 2018, Jogador Nº 1, dirigido por Steven Spielberg, nos traz uma série de questões sobre urbanismo, relações sociais, cidades contemporâneas, conflitos ambientais e também como as novas tecnologias podem interferir na relação do indivíduo com os espaços públicos. Ao longo do texto, serão apresentadas discussões sobre como esses fatores se fazem presentes no nosso convívio e nos novos conceitos de cidade.
Não há nada de novo em viver comunitariamente. A história mostra as moradias se aglutinam devido tanto pelas necessidades em comum quanto para a concentração de recursos. Hoje, devido ao crescimento populacional, ao adensamento urbano e preços dos imóveis, arquitetos e urbanistas têm procurado achar alternativas para habitações compartilhadas, também chamadas de co-living. Esses novos modos de morar exploram uma variedade de formas e configurações espaciais coerentes com o que se espera do futuro.
A Nike adquiriu recentemente o RTFKT, um estúdio de design fundado em janeiro de 2020, conhecido por seus sneakers e colecionáveis "prontos para o metaverso". Aquisições de terrenos no metaverso estão fazendo manchetes com seus preços multimilionários. Também vimos a adoção de artes NFT pelo mainstream neste ano, e estima-se que as vendas devam disparar para 17,7 bilhões de dólares até o final de 2021.
Por baixo da hype e do frenesi, podemos observar uma mudança fundamental que desbloqueia uma nova economia criativa. Ela oferece aos criadores acesso direto ao mercado, constrói relações contínuas com os fãs, e une desconhecidos em comunidades auto-governadas. Neste artigo, vamos discutir porque todo designer 3D e arquiteto deveria abraçar o movimento Web 3.0 para adotar uma nova lógica de mercado e se beneficiar da economia de criadores do metaverso.
Pensar um espaço limitado como um apartamento pode ser um verdadeiro desafio. Criar novas plantas e projetos sobre o que já foi imaginado por outra pessoa é um exercício que exige um olhar apurado e respeito à estrutura existente. Somado a isso, vem a necessidade de trazer caráter ao espaço a partir do design de interiores sem esquecer da funcionalidade espacial, para que a qualidade de vida de seus habitantes seja a melhor.
https://www.archdaily.com.br/br/974935/os-melhores-apartamentos-brasileiros-de-2021Equipe ArchDaily Brasil
A preservação da biodiversidade passou a estar presente em todas descrições de projetos com preocupação ambiental. O crescente interesse na sustentabilidade, inspirado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, faz com que haja a necessidade de uma compreensão mais profunda do que significa biodiversidade em ambientes urbanos e como a arquitetura e o desenho urbano podem contribuir ativamente para isso. As cidades passaram a ter um papel crucial na manutenção da biodiversidade, dado o aumento da extinção de espécies e a continua expansão urbana. A seguir, mostramos como o ambiente construído pode criar habitats para várias espécies.
A madeira é um material muito comum na indústria da construção civil, sendo utilizada em várias etapas e para várias finalidades. A seguir, iremos explorar sua potencialidade para compor as fachadas residenciais a partir de 17 exemplos de casas brasileiras.
No momento em que uma árvore é cortada e seus processos biológicos são interrompidos, pode-se dizer que se inicia também o processo de deterioração da madeira. Etapas como o corte correto do tronco, a secagem e armazenamento ou a especificação certeira das melhores espécies para cada uso determinarão a durabilidade da mesma. Formada basicamente por celulose, hemicelulose e lignina, cada espécie de madeira apresenta uma determinada durabilidade natural, influenciada também pelas condições ambientais de onde ela está inserida, como a temperatura, a umidade, o teor de oxigênio, e os microrganismos e insetos ali presentes. Geralmente, utilizam-se tratamentos na superfícies para aumentar a proteção das peças, como vernizes, óleos e outros processos químicos. Mas há situações em que madeiras sem tratamento podem ser utilizadas em exteriores, alcançando uma estética acinzentada e sóbria que se mescla ao exterior e traz personalidade à edificação.
O presente artigo parte da premissa de que cidades não são espaços neutros. Os territórios, assim como a arquitetura, o urbanismo, a literatura, a cultura e a política, são elementos condicionados por valores de uma determinada sociedade em um dado período de tempo. Assim sendo, a configuração desses espaços é concebida a partir de valores de uma sociedade; sociedade esta patriarcal, racista e capitalista. Por conseguinte, a ausência de neutralidade para a produção do espaço urbano implica em diferentes usos por parte dos usuários das cidades. Essas singularidades de vivências permeiam, ao seu turno, questões relacionadas à classe social, raça e gênero.
A crise climática tem sido um dos principais assuntos de 2021, tanto no discurso político quanto na área da arquitetura, acompanhada por um novo reconhecimento da gravidade do problema. Durante o ano passado, o relatório do IPCC revelou as graves consequências da falta de ações paliativas, enquanto a COP26 e a cúpula do G7 resultaram em comprometimentos insuficientes com medidas imediatas e palpáveis. O setor de construção, responsável por impressionantes 39% dos gases de efeito estufa emitidos, pode trazer uma contribuição significativa para a contenção das mudanças climáticas. A seguir, as medidas de descarbonização de 2021 que afetam essa indústria.