Sendo um dos espaços mais íntimos de uma residência, os dormitórios têm tido seu uso adaptado com o passar dos anos, principalmente após a pandemia de Covid-19. Um espaço de relaxamento que precisa também encaixar mobiliários, decorações e harmonizar com a arquitetura. Veja aqui uma seleção de ideias para se inspirar e reformular seu quarto.
A popularidade de casas pré-projetadas e pré-fabricadas vem crescendo, transferindo grande parte do processo de construção do canteiro de obras para as fábricas. Enquanto países como Cingapura, Austrália e Reino Unido estão adotando cada vez mais edifícios modulares para atender à escassez de mão de obra e moradias, países nórdicos como a Suécia já constroem 90% das residências unifamiliares em madeira pré-fabricada. Apesar do recente aumento de interesse, a construção off-site não é, de forma alguma, um conceito novo. Na verdade, o método construtivo esteve presente ao longo da história em muitas tentativas de consolidar seu uso: ainda em 43 DC, o exército romano trouxe consigo fortes pré-fabricados para a Grã-Bretanha, enquanto o Japão já vinha construindo em madeira off-site e partes móveis em pré-montagens por pelo menos mil anos.
Fora da China, as fachadas midiáticas geralmente aparecem como elementos individuais competindo por atenção. Na China, entretanto, é possível encontrar grandes grupos de fachadas com uma mensagem comum em várias áreas metropolitanas. Essas fachadas mesclam visualmente muitos arranha-céus em uma única entidade panorâmica. Mas quais são as razões pelas quais esse fenômeno é exclusivo da China? E como isso começou? A Media Architecture Biennale uniu cultura e política para fornecer uma resposta ao surgimento das paisagens midiáticas na China.
Por definição, a arquitetura e o urbanismo costumam operam em um território repleto de incertezas. Isso significa dizer que a prática da arquitetura não busca apenas respostas para os problemas conhecidos no presente, mas principalmente soluções para os desafios imprevisíveis do futuro. Como resultado, arquitetos e arquitetas confronta-se constantemente com a ambiguidade do ofício: procurando respostas para questões bastante concretas, ao mesmo tempo que buscam abrir espaço para que novos cenários alternativos e imprevisíveis possam surgir. A incerteza é uma condição inerente não apenas ao campo da arquitetura, mas sobretudo, à sociedade contemporânea. O constante e progressivo processo de transformação nos âmbitos sociais, econômicos e até ambientais em nossa sociedade hoje, nos levam a refletir sobre a importância da incerteza no pensar e fazer arquitetura no tempo presente. Pensando nisso, apresentaremos a seguir uma série de abordagens em arquitetura que nos convidam a refletir sobre tudo aquilo que é incerto, e como a imprevisibilidade pode ser útil ao projetar espaços e cidades para o futuro.
Montagem realizada sob o trabalho "Invisíveis no Visível: Cinco Ensaios para São Paulo". Imagem cortesia de Luiz Sakata.
Anualmente, realizamos uma chamada de trabalhos finais de graduação do nosso público aberta a todos os países lusófonos. Com isso, buscamos selecionar os projetos que consideramos os mais interessantes a fim de apresentar visões inspiradoras e debates para o campo da arquitetura e do urbanismo.
Emergido em um período marcado pelo desenvolvimento da indústria e pela experimentação de novos materiais, o movimento artístico Art Nouveau contrapunha-se ao historicismo, favorecendo a originalidade e a volta ao artesanato. Neste contexto, ele é retratado como uma tentativa de diálogo entre arte e indústria revalorizando a beleza e a colocando ao alcance de todos por meio da produção em série.
Todo ano nossa equipe de curadores apresenta uma retrospectiva de projetos de casas que se destacaram no período. Este conjunto, um pequeno recorte dos mais de dois mil projetos publicados no ArchDaily Brasil apenas neste ano, é formado por uma série de residências com soluções projetuais específicas que abordam, cada uma à sua maneira, fatores como materiais, técnicas construtivas, soluções estruturais, processos de construção e conteúdos programáticos.
Padarias, docerias e confeitarias são um mundo em si. Enquanto a industrialização dos processos de produção transformaram a arte da panificação ao longo das últimas décadas, as padarias continuam sendo um elemento imprescindível na identidade de um bairro ou cidade. Espaços de encontro e socialização, padarias e confeitarias são definidas por um entendimento programático comum que combina áreas de encontro, convívio, produção e comercialização. Além disso, estes espaços podem ser encontrados nas mais diversas culturas, e apesar de suas diferenças, eles são sempre funcionais e expressivos.
A ardósia é uma rocha metamórfica formada a partir da transformação da argila sob alta pressão e temperatura. Bastante homogênea e sóbria, com tonalidades que variam entre o cinza escuro e o preto, sua utilização é muito apreciada em pisos e telhados, por conta da durabilidade e aparência. Para as fachadas, a ardósia também funciona muito bem, aliando a estética da pedra natural, moldada pela natureza por mais de 500 milhões de anos, com o conforto térmico e facilidade de instalação das fachadas ventiladas.
Depois de um 2020 que será recordado como um ponto de inflexão para nossa sociedade global, 2021 apenas nos lembrou que a mudança veio para ficar e que é necessário uma nova atitude em relação ao modo como vemos e abraçamos o mundo. Um desafio que assumimos com otimismo.
Durante o ano que passou, continuamos com nossa missão de conectar a comunidade global através da inspiração e do conhecimento, conduzindo nossos leitores por uma viagem ao redor do mundo na qual vimos como a arquitetura, muitas vezes lenta em suas reações, esteve à altura do desafio, e onde vimos, também, arquitetas e arquitetos tomando consciência do novo cenário e trazendo soluções adaptáveis, híbridas, escaláveis e reutilizáveis.
Buscando inspiração, conhecimento e ferramentas, e buscando sempre “capacitar todos aqueles que se dedicam ao exercício da arquitetura em busca de construir um mundo melhor”, resumimos os principais temas deste ano apresentando as publicações que mais chamaram a atenção de nossos leitores. Assim, nos despedimos de 2021, e damos as boas vindas a 2022!
Arábia Saudita divulga planos de construir cidade linear de 160 quilômetros de extensão. Cortesia de NEOM.
“Do problema da locomoção derivam-se todos os demais da urbanização.” Foi em 1882 que o urbanista espanhol Arturo Soria y Mata proclamou tal afirmação e em resposta a ela criou e implementou o conceito de cidade linear. Baseado em uma doutrina funcionalista, este modelo de cidade renuncia a estruturas tradicionais como praças e quadras, subordinando o desenho aos traçados de circulação na sua configuração espacial mais racional, a reta.
Cortesia de KARL LAGERFELD, Sierra Blanca Estates and One Atelier
Durante os últimos anos, diversas marcas de moda começaram a se aventurar na arquitetura. Algumas construíram museus, fundações e instituições culturais, enquanto outras preferiram arriscar no campo da habitação, edificando luxuosas estruturas residenciais que buscam traduzir para a arquitetura a sua já valiosa identidade de marca. Nesta linha, a KARL LAGERFELD firmou uma importante parceria com a construtora espanhola Sierra Blanca Estates e o escritório de arquitetura, design e branding The One Atelier, lançando a primeira “coleção arquitetônica de luxo” assinada pela Karl Lagerfeld. Desenvolvido pelo The One Atelier, escritório no qual Andrea Boschetti é o arquiteto responsável, o luxuoso projeto das Karl Lagefeld Villas em Marbella, Espanha, foi concebido como uma estrutura sustentável e de baixa pegada de carbono, alinhado ao compromisso da marca com o chamado “Pacto da Moda”—uma iniciativa global que busca transformar a indústria em uma atividade mais sustentável e sintonizada com os desafios climáticos, a promoção da biodiversidade e proteção dos oceanos.
Procurando melhor entender o conceito de “arquitetura de luxo” e questionando-se por que as marcas de moda decidiram se aventurar na indústria da arquitetura e construção, o ArchDaily se reuniu com Andrea Boschetti para saber mais sobre as iniciativas nas quais o arquiteto e planejador urbano tem dedicado a maior parte de seu tempo ao longo dos últimos anos.
2021 foi o ano de uma nova realidade, com a humanidade se adaptando ao que é conhecido como o segundo ano da pandemia. Enquanto alguns países testemunharam um retorno à normalidade alternativa, abrindo-se para o mundo por meio de viagens e eventos, outros permaneceram presos, ampliando ainda mais as lacunas da desigualdade. No entanto, este ano também trouxe muita esperança em todos os aspectos, levantando dúvidas e construindo soluções para o futuro próximo. Com um grande foco na urgência climática, na pesquisa biomédica e também nas noções de hibridismo, 2021 desencadeou novos entendimentos sobre o meio ambiente que nos cerca e sobre o nosso lugar neste mundo.
Destacando tópicos contextuais, trazendo uma perspectiva local e global, enquanto lança luz sobre narrativas históricas esquecidas, a equipe diversificada de editores do ArchDaily tem estado na frente e no centro, reagindo a tudo o que está acontecendo. Sempre buscando "capacitar todos que fazem a arquitetura acontecer para criar uma melhor qualidade de vida", o conteúdo editorial, gerado em todos os sites, em nossos 4 idiomas, inglês, espanhol, português e chinês, forneceu ferramentas, inspiração e conhecimento para ampliar horizontes e ajudar nossos usuários a construir um futuro melhor.
Projetar casas em climas tropicais, como é o caso do Brasil, significa prestar atenção especial às aberturas, tanto em relação ao funcionamento e convívio da casa, quanto em relação às questões de conforto ambiental. Neste artigo trazemos 16 casas brasileiras que aproveitam de suas aberturas estratégicas para criar ambientes aconchegantes, impactantes, bem iluminados e ventilados.
Espaços de circulação são geralmente desafiantes para projetistas por servirem, como o nome diz, apenas a passar de um cômodo a outro. Enquanto muitos aproveitam estes espaços como locais de armazenamento, Mies van der Rohe na casa Farmsworth reduziu a circulação ao mínimo, criando uma planta livre completamente isenta de corredores. Quando nos deparamos com circulações verticais, a questão é semelhante. Escadas cumprem ao propósito de vencer a altura entre um pavimento e outro, mas raramente constituem-se em espaços de convívio em interiores. Arquibancadas, por sua vez, desempenham este papel em diversos programas. Se até então eram encontradas apenas em espaços esportivos ou anfiteatros, o uso de arquibancadas se massificou e tem figurado em espaços de escritórios, prédios públicos, escolas e até residências.
Os edifícios ao redor do mundo estão ficando mais altos. Desde o ano 2000, a construção global de arranha-céus aumentou em 402%. Cidades como Dubai abrigam quase 1000 arranha-céus, e o vibrante mercado imobiliário de luxo de Nova York não mostrou sinais de desaceleração, com mais adições de arranha-céus a serem acrescentadas à sua já imponente linha do horizonte. Isto é bom — os arranha-céus criam um espaço muito necessário em cidades já densas e podem reduzir a expansão urbana nos centros das cidades, permitindo uma melhor preservação das áreas naturais.
"Estou interessado em criar formas que surpreendam as pessoas, que sejam ousadas", costumava dizer Ruy Ohtake. Com uma carreira de mais de seis décadas e cerca de 420 obras construídas – quase trezentas apenas em São Paulo –, Ohtake deixa um legado prolífico e inspirador à arquitetura brasileira.
Além de São Paulo, seus projetos estão espalhados por locais tão distantes como Brasília, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, estados por onde projetou e construiu residências, equipamentos de transporte, sedes de instituições culturais, hotéis, bancos, arenas esportivas e torres corporativas. Em muitos destes é possível reconhecer uma resistência do arquiteto a se inclinar diante da linha reta, aquela que não oferece surpresas, e o desejo de emocionar com suas formas e cores.
TECLA, 3D Printed Habitat by WASP and Mario Cucinella Architects. Image Courtesy of WASP
Jorge Drexler canta, em uma de suas músicas, que “Siempre miramos al río, pensando en la otra rivera”. Fazer uma retrospectiva do ano, mais do que entender o que foi feito, pode servir para tentar ter alguma pista sobre o futuro. Durante o ano de 2021 publicamos mais de 160 artigos na seção Materials & Products cobrindo os mais diversos temas. De conceitos complexos como Impressão 4D ou materiais muito pouco processados como o Hempcrete e o bambu, traçar uma retrospectiva dos assuntos abordados e entender o que mais despertou interesse dos nossos leitores é um exercício interessante para arriscar algumas tendências para o futuro do campo da construção. Observando os artigos mais visualizados, pudemos perceber três grandes grupos de temas. São eles: Impressão 3D, pré-fabricação e renovação de interiores. Abaixo, compilamos sobre cada um destes, trazendo uma reflexão sobre o que podemos nos atrever a afirmar sobre as tendências da indústria da construção em 2022.
Entre o aumento dos níveis das marés e a intensificação dos fenômenos migratórios assim como o crescimento acelerado das áreas urbanizadas no planeta, arquitetos e urbanistas devem considerar uma infinidade de diferentes fatores climáticos, sociais e econômicos ao desenvolver projetos. Resiliência, infraestrutura sustentável e economia circular são termos cada vez mais comuns na pratica da arquitetura, refletindo as demandas trazidas pelos principais desafios enfrentados pelas cidades em todo o mundo. Repensando a própria forma de se fazer arquitetura, arquitetos e urbanistas têm procurado desenvolver novas soluções para promover uma maior conscientização da população, e muitas destas iniciativas abordam áreas urbanas litorâneas.
Não são poucas as cidades ao redor do mundo que se tornaram especialmente famosas ao longo das últimas décadas por conta de sua agitada e vibrante vida noturna—razão pela qual, passaram a recebem milhões de visitantes todos os anos. Comumente escondidos e localizados em regiões nem sempre muito convidativas durante o dia, clubes noturnos são espaços de descompressão, lugares frequentados por aqueles que buscam fugir da rotina do dia-a-dia na espera de um encontro inusitado em uma mesa de bar, ou às vezes, simplesmente desejando perder-se em meio a outros corpos em uma pista de dança. Apesar de extremamente populares e frequentados—também entre a comunidade de arquitetos—, raramente vemos projetos de clubes noturnos estampado as páginas de uma revista de arquitetura.
Ao longo da história, a arquitetura evoluiu como uma testemunha das transformações políticas, socioeconômicas e tecnologias de seu tempo, assumindo diferentes formas, estilos e significados. Os distintos movimentos que caracterizam a história da arquitetura surgiram de uma insatisfação com o status quo, marcando uma clara ruptura na linearidade do seu processo de desenvolvimento e muitas vezes inspirados por questões de caráter ideológico ou tecnológico. Talvez um dos momentos mais emblemáticos na história da arquitetura tenha sua raíz na figura de Adolf Loos e em seu desejo de romper com a tradição ornamental na arquitetura em favor da simplicidade—estabelecendo a pedra fundamental para o surgimento do movimento moderno.
Cortesia de Balenciaga. Marca lançou videogame para sua coleção de outono 2021
Você deve ter ouvido que Mark Zuckerberg quer que o Facebook se torne uma Metaverse Company, e que no início deste ano a Epic Games, empresa que desenvolve a Unreal Engine, anunciou ter concluído uma rodada de financiamento de US$1 bilhão para apoiar o plano de longo prazo para o metaverso. Metaverso é, definitivamente, a palavra da moda mais quente no mundo da tecnologia atualmente. Neste artigo, discutiremos brevemente o que é o metaverso, quem o construirá e, mais importante, por que ele é importante para os arquitetos e como os designers podem desempenhar um papel significativo na economia digital que está por vir?
As coberturas muitas vezes desempenham papéis importantes na identidade de um projeto. Para além do aspecto estético, elas têm papel fundamental na proteção e fechamento do edifício. Dos tipos de cobertura existentes, os telhados inclinados são os mais comuns nas residências e edifícios de boa parte do mundo, portanto, é preciso garantir que estejam dentro dos parâmetros previstos nas normas técnicas.