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Pátios: o coração das casas indianas multigeracionais

A arquitetura residencial na Índia é um reflexo direto das práticas étnicas e estilos de vida de seus cidadãos. As primeiras casas foram desenvolvidas como unidades de assentamentos comunitários maiores. A arquitetura das residências indianas está profundamente emaranhada com valores culturais, frequentemente centrados nas ideias de família e relações comunitárias. Geralmente, uma única casa abriga uma grande família e atende às necessidades de várias faixas etárias sob o mesmo teto. A vida multigeracional exige uma sintaxe espacial específica para possibilitar conexões.

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Precisamos aprender a desenhar novos banheiros

Embora haja registros de latrinas desde 3.100 a.C., a primeira privada foi criada em 1596 pelo inglês John Harington. Ele fez duas unidades: uma para ele e outra para a rainha Elizabeth 1ª.

A ideia não pegou à época e só em 1775 o escocês Alexander Cumming patenteou a privada moderna, já visando o escoamento num sistema de esgoto. Em 1885, outro inglês, Thomas Twyford criou a primeira privada em porcelana que substituiu as peças de madeira, descritas anteriormente.

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Ideias criativas para prateleiras e estantes

Peças versáteis do mobiliário, as prateleiras desempenham um papel significativo na organização, decoração e otimização dos espaços domésticos, comerciais e industriais. Realizadas em diversos materiais e com uma infinidade de desenhos possíveis, elas ajudam a otimizar pequenos ambientes ao trazer versatilidade e acessibilidade para eles. Por isso, reunimos algumas sugestões que ajudam a tornar essas soluções tão comuns, que podem ser temporárias ou intrínsecas à arquitetura, num elemento de destaque no design de interiores. 

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Casas brasileiras: 7 projetos com fachadas opacas

Nem todos projetos buscam uma conexão constante com exterior, ao menos não em sua fachada frontal. Apesar de uma aparência não tão comum, são diversos os motivos para criar uma fachada opaca: privacidade, segurança, redução do consumo de energia, proteção contra as intempéries. Mais comum em edifícios governamentais, culturais ou religiosos, esta solução também é encontrada em alguns casos residenciais. 

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Integrando a arquitetura com a topografia: estratégias para construir em morros e encostas

Terrenos em declive, encostas, morros, colinas ou montanhas, representam um desafio aos arquitetos e engenheiros, mas também a possibilidade de criar casas que se apropriam do contexto para se tornarem ímpares. Após um estudo cauteloso da topografia, compreensões sobre o solo, sua drenagem, o acesso a sistemas de energia e hidráulica, pensar em como integrar a casa com a paisagem, sua estética e, sobretudo, torná-la um ambiente seguro e acolhedor é papel dos responsáveis por seu projeto arquitetônico.

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Apoio móvel, fixo e engaste: entenda a diferença entre os tipos de apoio estrutural

Uma das maiores dificuldades quando estamos estudando é entender a aplicação dos conceitos que nos são apresentados. No ensino de estruturas é comum usarmos símbolos e abstrações para compreender as forças envolvidas em cada estrutura e como elas trabalham. Outro grande desafio é traduzir essa informação para algo tangível, isto é, os elementos construtivos. 

O engenheiro Matheus Borges tem trabalhado em ilustrações em seu Instagram que nos ajudam a decodificar essas informações. Veja a seguir o que são e como se comportam os tipos de apoios.

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Casas brasileiras: 15 residências integradas à topografia natural

O arquiteto italiano Vittorio Gregotti afirmava recorrentemente que “criar o lugar” é o ato arquitetônico primordial, a sua origem, visto que, simplesmente assentar uma pedra em um terreno já significa o início das “modificações” que transformarão o local em arquitetura. Assolados por essa ânsia pelas transformações, vemos as ideias sendo materializadas em relações e conceitos que, muitas vezes, trazem à tona o genius loci em uma abordagem fenomenológica que cria uma íntima correlação entre arquitetura e contexto, ressignificando lugares e afirmando o vínculo do homem com o mundo.

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Como organizar os móveis nos espaços? 7 dicas essenciais

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© Valeria Montjoy (ArchDaily)

Como verdadeiros orquestradores espaciais, a expertise dos arquitetos se estende além da simples construção de edifícios, muitas vezes transcendo o reino físico do design. Eles possuem a habilidade única de criar espaços que não apenas são visualmente atraentes, mas que também parecem acolhedores, harmoniosos e, acima de tudo, funcionais. Abraçar esse papel fundamental envolve uma consideração cuidadosa de todos os detalhes que compõem um projeto; desde as fundações de um prédio até um sofá, os arquitetos devem garantir que todos os elementos, em todas as escalas, se unam de maneira coesa e influenciem positivamente nossas vidas cotidianas.

A versatilidade do dry wall na arquitetura: vantagens e desvantagens

Em meio à imensa possibilidade de soluções construtivas, todas apresentam vantagens e desvantagens, ganhos e limitações. Seja por motivos econômicos, de prazos, disponibilidade material ou desempenho espacial, cada tipo de material responde de uma forma ao projeto e confere-lhe um determinado aspecto visual e ambiental. Em geral, uma construção necessita a combinação de mais de um tipo de sistema construtivo, o que possibilita que se compense alguma “deficiência” de um material pelo desempenho de outro. Os painéis de gesso acartonado, ou dry wall, estão neste limiar entre a rejeição e a preferência.

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Arquitetura com história: 7 casas brasileiras que respeitam as camadas do tempo

Cada vez mais o ofício da arquitetura se voltará para a reformulação de espaços existentes. Seja por questões de sustentabilidade, custos ou a falta de terrenos livres nas grandes cidades. Uma oportunidade de não apenas reformar um edifício, mas trabalhar com as camadas do tempo. A intricada tarefa de conduzir um diálogo entre materiais contemporâneos e antigos, reconhecer técnicas tradicionais ou, até mesmo, revelar elementos invisíveis da história e da geografia no ambiente construído para originar uma arquitetura única. 

As cidades mais populosas da América Latina em 2023

Em 11 de Julho foi celebrado o Dia Mundial da População, um evento anual criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em 1990 que busca conscientizar o público sobre as questões demográficas globais. Um tema não menos importante nos dias de hoje, já que espera-se que sejamos quase 10 bilhões de pessoas até 2050 e os últimos relatórios da ONU-Habitat estimam que, até lá, dois terços da população viverão em cidades. Ao mesmo tempo, este ano é especialmente interessante porque a Índia se tornou o país mais populoso do mundo, com 1,4286 bilhão de habitantes, o que naturalmente levanta a questão de como será construir para bilhões de pessoas.

O World Population Review avalia anualmente o crescimento das cidades e a quantidade de habitantes que vivem em áreas metropolitanas para entender as tendências de evolução global. Embora a lista das 20 cidades mais populosas do mundo contenha figuras repetidas da Ásia, como Tóquio, no Japão, Délhi, na Índia, e Xangai, na China, ao mesmo tempo há várias cidades latino-americanas, como São Paulo, Cidade do México e Buenos Aires, que tiveram um crescimento de 0,85%, 0,89% e 0,78%, respectivamente, em relação ao ano passado.

Nem toda cozinha precisa ser integrada: vantagens das cozinhas fechadas

Todo projeto tem como precedente um programa de necessidades. Em algumas tipologias, atividades específicas estão naturalmente atreladas a eles. Uma sala de reuniões em um escritório corporativo, um acervo num museu, dormitórios em uma residência. Essa última tipologia tem um programa de necessidades básico bastante definido: quartos, sala, banheiros, cozinha. O tamanho e a disposição desses elementos no espaço dependem de fatores diversos, mas não se faz uma casa sem algum deles.

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Neuroarquitetura e paisagismo: espaços de cura e o potencial dos jardins sensoriais

A interseção entre a neurociência, a arquitetura e o paisagismo tem desencadeado uma revolução criativa no modo como projetamos ambientes construídos. A neuroarquitetura, um campo emergente que funde princípios neurocientíficos com design arquitetônico, tem destacado a influência profunda que os espaços físicos exercem sobre nossas emoções, comportamentos e bem-estar geral. Dentro desse contexto, os jardins sensoriais se destacam como espaços potencialmente terapêuticos, explorando a interação única entre o cérebro humano e a natureza.

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O que é uma porta embutida? Maximizando espaço, flexibilidade e estilo

Populares na arquitetura vitoriana, as portas embutidas caíram de moda em meados da década de 1920 e as portas articuladas logo se tornaram a norma. Nos últimos anos, no entanto, um interesse renovado em soluções de economia de espaço e desdobramento trouxe-as de volta ao centro das atenções. O que costumava ser uma característica arquitetônica esquecida tem se tornando cada vez mais comum nos interiores modernos, juntamente com seu toque criativo e inúmeras funções. Essas portas deslizantes e elegantes podem dividir com eficiência, criar transições perfeitas, economizar espaço e contribuir para uma aparência única, sofisticada e elegante. Tudo isso enquanto adicionam um leve toque de poesia à casa; deslizando silenciosamente na parede, convidam os usuários a passarem e explorar o que está além, criando um forte senso de mistério e intriga.

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Escolhendo materiais de baixa manutenção: 20 exemplos em casas na Argentina

O processo de materialização de ideias arquitetônicas envolve levar em conta vários fatores construtivos, econômicos e outros que, de uma forma ou de outra, acabarão tendo um impacto na qualidade de vida de seus futuros habitantes ou usuários. Alcançar o maior conforto térmico em espaços internos com o menor impacto ambiental possível é apenas um dos objetivos que os profissionais da arquitetura enfrentam ao projetar e definir os materiais que irão acompanhar seus projetos.

Reinventando o puxadinho: ideias para edículas e anexos residenciais

Quarto de hóspedes, churrasqueira, área de festas e até biblioteca. São muitos os usos que se pode dar a uma edícula. Comuns em muitas casas e sobrados brasileiros, esta é uma parte singular da residência que apresenta certa liberdade em relação ao programa principal — aspecto que pode ser explorado tanto com usos diversos como através das soluções construtivas empregadas.

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Soluções arquitetônicas para o envelhecimento da população no Brasil

Ao considerar o recorte da população idosa a partir dos 60 anos, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 contabilizou o total de 32.113.490 pessoas idosas, cerca de 15,6% da população atual. Em 2010, o mesmo grupo etário representou 10,8%, ou seja, um aumento de 4,8% em apenas 12 anos. A idade média da população brasileira aumentou 6 anos desde 2010, atingindo 35 anos em 2022, e o índice de envelhecimento subiu, indicando 55,2 pessoas idosas para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, em comparação ao ano de 2010, com 30,7 para 100 infantis.

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As cidades médias que assustam as capitais

A divulgação dos primeiros dados do Censo 2022 pegou muita gente de surpresa. Segundo o IBGE, o Brasil tem hoje cerca de 203 milhões de habitantes, número abaixo da expectativa do Instituto, que era de 215 milhões. Outro dado que chamou atenção foi o crescimento das cidades médias (100 mil a 499 mil habitantes), que ganharam 8,3 milhões de habitantes. Considerando que a população do país cresceu 12 milhões desde o Censo 2010, essas cidades respondem por mais de dois terços do aumento.

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Do lixo ao luxo: arquitetos e designers dão nova vida a objetos descartados

Um aspecto fundamental em uma economia circular é a transformação de nossa maneira de enxergar o lixo. Rotular um objeto como "resíduo" implica desvalorizá-lo e encerrar seu papel em uma economia linear tradicional. Mesmo que o objeto esteja fora de vista, sua vida continua no aterro sanitário. Essa mudança de perspectiva em relação ao lixo implica em abrir nossas mentes para as oportunidades que a abundância de resíduos apresenta. Os designers e arquitetos reunidos a seguir não apenas conseguiram eficientemente resgatar objetos descartados como também aumentaram seu valor agregado, atribuindo-lhes novo significado por meio de sua cuidadosa curadoria.

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O verde insustentável do subúrbio americano

Em uma viagem recente aos Estados Unidos, olhei a vista da janela do avião ao decolar de Tampa, na Flórida, e chamou atenção a perfeita paisagem verde do subúrbio americano. Sequências organizadas de árvores que pareciam iguais, cobrindo o território plano como um tapete verde. Para alguns, o verde pode parecer um sonho de sustentabilidade integrada ao meio ambiente.

Nada poderia ser mais distante da verdade. O subúrbio americano, baseado no conceito ultrapassado da “cidade jardim”, foi projetado para incentivar o automóvel, a moradia unifamiliar residencial de baixa densidade e o zoneamento de atividades. Tal modelo inviabiliza transporte ativo (a pé ou de bicicleta) e torna o transporte de massa, que exige densidade e caminhabilidade, inviável.

Para além do palco: impactos urbanos dos megashows

Quando astros musicais mundialmente famosos como Beyoncé, Taylor Swift e Paul McCartney anunciam suas turnês globais, após o frisson provocado pela divulgação dos países e das respectivas cidades-sede, esses locais se preparam para comportar a série de mudanças que serão desencadeadas por esses eventos em seus espaços urbanos. Esses megashows não se restringem ao âmbito musical, eles transcendem o palco para mobilizar cifras significativas e implicar em diversas transformações no cotidiano urbano dessas cidades. Mesmo que durante um curto período de tempo, esses eventos provocam alterações em variadas esferas e setores urbanos, como o turístico, o hoteleiro, o alimentício e o de transporte.

Comunidades, meio ambiente e novas narrativas: as melhores entrevistas de 2023

Em um momento da história onde alguns buscam alternativas em outros planetas e outros procuram refúgio em mundos virtuais, paradoxalmente, o futuro parece ser mesmo a terra. Essa talvez seja uma das grandes lições que 2023 ensinou à arquitetura. Compreender isso implica tomar consciência, também, de que nosso planeta está sendo exaurido a olhos vistos — e uma fatia generosa dessa responsabilidade pertence às cadeias produtivas que envolvem a arquitetura e a construção civil.

Se ainda há alguma coisa que pode ser feita para mitigarmos a crise climática e ambiental em que nos encontramos, ela deverá necessariamente passar por uma revisão de todos os paradigmas que definem a indústria. É preciso mudar o foco e buscar outras narrativas sobre as quais sustentar os modos de fazer arquitetura em escala planetária. Essas ideias ecoaram em muitas vozes este ano e, ao mesmo tempo em que se debateu a possibilidade de futuro para o planeta, igual atenção foi dedicada à escala, valores e culturas locais. As entrevistas selecionadas aqui contam histórias sobre comunidade, meio ambiente, cidades, práticas e novas narrativas para a arquitetura em 2023 e além.

Explorando a evolução dos materiais isolantes na arquitetura

Embora mais relacionada a aspectos evolutivos do que à própria arquitetura, a fragilidade física inerente aos seres humanos tem exigido, desde os tempos pré-históricos, que protejamos nossos corpos e nossos edifícios dos elementos externos. Como exemplo, começando com as cabanas primitivas utilizadas nas primeiras formas de arquitetura doméstica, peles foram empregadas como cobertura externa para restringir o fluxo de ar e, consequentemente, regular o ambiente interior.

Posteriormente, observamos uma evolução que mostra claramente avanços nas técnicas de isolamento, passando de materiais vernaculares como o adobe até um aumento na espessura das paredes usando pedra ou tijolo, finalmente chegando às paredes de cavidade desenvolvidas no século XIX, que deixavam uma pequena câmara de ar entre uma face exterior e interior da parede. Sua posterior popularização levou à introdução de isolamento térmico entre ambas as faces, um sistema que é amplamente reconhecido e utilizado atualmente e que lançou as bases para futuros desenvolvimentos nesse campo.

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