Arquiteto da Pontifícia Universidade Católica do Chile (2012). Interessado no debate sobre eficiência, materiais e a importância de se conectar com o usuário durante o processo de projeto.
Toda obra de arquitetura requer espaços que permitam a seus usuários armazenam os elementos necessários para habitar em seu interior. Estes dispositivos podem ser resolvidos pelos arquitetos e em muitos casos passam de um simples espaço funcional - residuais e invisíveis - a mobiliários incorporados ao edifício, ganhando importância dentro dos recintos e somando outros usos.
A seguir, veja uma seleção de dez espaços de armazenamento.
Com o desafio de gerar o mínimo impacto no entorno natural, o Centro Holístico Punto Zero - desenvolvido pelos arquitetos do escritório DioSustentable - ergue-se a base de materiais ecológicos e sistemas limpos de geração de energia, além de incorporar a permacultura e o estudo de geometrias sagradas durante o processo de projeto.
Veja como seus diferentes edifícios são construídos em madeira, palha e adobe, através de uma série de detalhes, a seguir.
O pátio interior é um "espaço exterior contido", diversos elementos básicos qualificam o espaço criado como mobiliários, vegetação, presença da água, paredes - opacas ou transparentes - e pisos.
Além de cumprir com um papel fundamental na configuração de plantas dos edifícios, o pátio interior funciona na maioria dos casos como o ponto central do edifício, a partir do qual se organizam os demais recintos e funções do projeto. É através dele que os ambientes ganham iluminação e ventilação natural quando as aberturas nas fachadas não são suficientes.
A seguir, apresentamos uma seleção de 13 pátios interiores de residências e edifícios.
Há muitos anos, uma série de práticas e técnicas orientais chegaram com força no ocidente. Um programa novo que enquanto arquitetos temos que resolver com mais frequência, e que proporciona desafios interessantes do ponto de vista funciona, ambiental e estético.
Estas disciplinas estão centradas completamente no ser humano, já que buscam trabalhar e satisfazer suas necessidades físicas, psicológicas e espirituais, e por isso nos parece importante analisar como estão sendo resolvidas espacialmente pelos arquitetos. Muitas das operações adotadas nestes espaços geram ambientes propícios para reflexão, a introspecção e cura, e portanto poderiam ser aplicadas em outros programas relevantes, como habitações, espaços educativos, hospitalares e até escritórios.
A ideia deste artigo é extrair lições de projetos já publicados aqui para criar uma espécie de guia de projeto que ajude a nossa comunidade de leitores com referências eficazes.
Utilizando cimento e tijolos de lama crua, os arquitetos Solanito Benitez, Solano Benitez, Gloria Cabral, Maria Rovea e Ricardo Sargiotti construíram um muro que pôde ser erguido graças ao trabalho conjunto de ambos os materiais. Após a cura do cimento, os tijolos foram desmanchados com água, deixando vazios no muro como uma espécie de negativo dos blocos.
A intervenção fez parte da mostra de arte MUVA em Unquillo, Córdoba, Argentina, que aconteceu entre os dias 11 de abril e 3 de maio de 2014.
Através de uma carreira de somente 13 anos, o arquiteto italiano Giuseppe Terragni (1904-1943) deixou um importante legado de obras construídas que hoje são referências obrigatórias da arquitetura moderna e racionalista.
Viajamos às cidades de Como e Milão para visitar quatro obras emblemáticas que refletiam claramente sua forma de projetar; baseado na configuração organizada dos elementos arquitetônicos, que aparecem limpos, puros e expressivos... individuais, mas conformando parte essencial de um conjunto harmônico.
Novocomum, Casa Rustici, Asilo Sant'Elia, Casa Giuliani Frigerio e um bônus, a seguir.
Em 1978, os ecologistas australianos David Holmgren e Bill Mollison cunharam pela primeira vez o conceito de permacultura como um método sistemático. Para Mollison, "permacultura é a filosofia de trabalhar com e não contra a natureza, após uma observação longa e porfunda." [1] Enquanto isso, Holmgren define o termo como "aquelas paisagens conscientemente projetadas que simulam ou imitam os padrões e as relações observadas nos ecossistemas naturais." [2]
Em 2002, Holmgren publicou o livro Permacultura: Princípios e Caminhos Além da Sustentabilidade, que define 12 princípios de projeto que podem ser utilizados como um guia ao gerar sistemas sustentáveis. Estes princípios podem ser aplicados a todos os processos diários a fim de humanizá-los, aumentar a eficácia, e, a longo prazo, assegurar a sobrevivência da humanidade.
E se nós aplicá-los ao processo de concepção de um projeto de arquitetura?
Convidado por Alejandro Aravena, o arquiteto colombiano Simón Vélez viajou a Veneza para fazer parte da Mostra Coletiva "Reporting from the Front", composta por 88 participantes de mais de 30 países. Sua exibição apresenta o trabalho realizada em Guadua durante os últimos 10 anos, utilizando maquetes, fotografias e uma instalação que expõe no local sua exploração com o material.
Segundo o catálogo da mostra internacional, "Simón Vélez é conhecido há tempos por ter desenvolvido uma variedade de projetos com bambus. O que é menos conhecido é a quantidade de caminhos que teve de percorrer para poder realizá-los. Cada um de seus edifícios é uma pequena e discreta batalha que foi vencida com o intuito geral de ampliar os benefícios do material, em favor de muitas pessoas e do meio ambiente".
Segundo informações de Handel Guayasamín, Presidente do Colegio de Arquitectos del Ecuador – Província de Pichincha, foi concluída em Quito a construção do primeiro protótipo de abrigo temporário projetado por Shigeru Ban.
O abrigo foi adaptado por uma equipe de arquitetos locais e construído com o auxílio de um grupo de voluntários arquitetos e estudantes, alguns oriundos de Manabi (região onde ocorreu o terremoto). Todos eles irão liderar a construção em série e in loco de cerca de 120 unidades em Manta, uma das cidades mais afetadas pelo terremoto do dia 16 de abril.
Veja, a seguir, algumas imagens exclusivas da construção do protótipo.
Ao rever a história da arquitetura, nos deparamos com uma série de arquitetos cuja vida nesta terra terminou em circunstâncias curiosas. Alguns - que deixaram o mundo de forma inesperada - nem chegaram a ver suas obras concluídas; outros, cansados ou doentes - mas deixando um importante legado - deliberadamente decidiram acabar com suas próprias vidas.
A arquitetura, no entanto, nos permite superar a barreira do tempo e embora um dia deixemos este mundo, nossa obra permanece, influenciando e sendo habitada por diferentes gerações. Ao mesmo tempo, ela pode ser reutilizada, transformada e adaptada para novas formas de vida.
Os sete arquitetos a seguir conseguiram enganar a morte através de seu talento e dificilmente serão esquecidos. Mas como passaram seu último dia neste mundo? Descubra a seguir.
Convidados pelo The Architecture Project e no contexto de um Tourde Imprensa relacionado com a arquitetura da saúde, visitamos a cidade de Aarhus, na Dinamarca, para conhecer os últimos projetos de 'cura' (healing) que se estão sendo construídos na cidade.
Após anos suplantada por Copenhague, Aarhus é uma cidade portuária que procura reinventar-se e voltar a brilhar - e está conseguindo. A grata surpresa é que foram os arquitetos que impulsionaram esta mudança e que foi a arquitetura que invadiu todos os espaços, desde seu esquecido porto industrial até seu centro histórico cheio de valiosos edifícios patrimoniais.
Esta visita nos deixou importantes lições: "a arquitetura da cura" não se relaciona exclusivamente com os projetos hospitalares, mas com espaços que estimulam positivamente as pessoas, criam lugares amáveis para viver e conviver, ao conectar-se (o máximo possível) com o usuário para dar o que ele realmente necessita.
Em dezembro de 2015, Jean Pierre Crousse foi selecionado -- juntamente com Sandra Barclay -- curador do Pavilhão do Peru na próxima Bienal de Arquitetura de Veneza, assumindo o desafio de compartilhar com o resto do mundo as experiências arquitetônicas que estão se ocupando das problemáticas urbanas e sociais mais urgentes em seu país.
Na exposição internacional, que acontecerá entre os dias 28 de maio e 27 de novembro deste ano, a dupla de curadores apresentará em detalhe o Plan Selva, um projeto de escolas modulares que se torna relevante por ser a primeira vez em 50 anos que o espaço confia à arquitetura um papel importante na mudança das condições sociais do país.
No Peru, a amazônia sempre foi nossa fronteira geográfica, física e mental. O habitante peruano médio, que é ocidental, viu a amazônia a partir de um ponto de vista domesticador, como um território a ser conquistado. O que estamos tentando mostrar é que esta fronteira está mudando. (...) Estas escolas estão criando os primeiros espaços onde este encontro de dois mundo poderá ocorrer.
Nesta entrevista, Jean Pierre Crousse nos conta como os arquitetos peruanos estão paulatinamente ampliando seu âmbito de ação para assumir estes desafios, além de mostrar detalhes exclusivos do pavilhão que representará o Peru na próxima Bienal de Veneza.
Para saber como será a exposição peruana, veja a galeria de imagens a seguir.
"A arquitetura é muito mais que arte. E é muito mais que a construção de edifícios", afirmou o premiado arquiteto Diébédo Francis Kéré. No mais recente vídeo do Louisiana Channel, Kéré fala do papel da arquitetura no mundo de hoje e da influência exercida por seu país natal, Burkina Faso, em seu trabalho.
Para Kéré, o contexto e o meio são fundamentais: "Busco utilizar materiais locais - principalmente terra e madeira - para criar edifícios modernos. Se construímos com argila, teremos um futuro melhor, pois utilizamos os recursos que temos à disposição". E acrescenta: "a arquitetura pode trazer muito a uma sociedade como a minha. A Arquitetura faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. E isso pode gerar uma grande quantidade de energia."
Assista ao vídeo para saber mais da visão de Kéré sobre a importância da arquitetura nos dias de hoje.
No ano 2010 entrou em vigência no Chile a lei que estabelece uma série de normas que propõem uma mudança na mentalidade para pessoas com deficiência postulando que é o entorno construído que cria o grau de dificuldade. Assim foi criado o Manual de Acessibilidade Universal, entregando os critérios de desenho que terão 'caráter obrigatório para todo projeto ou obra que se execute nas ruas do Serviu Metropolitano seja com financiamento público ou privado, em concordância com a legislação vigente".
Hoje, em detalhe, revisamos este manual segundo seu índice e apresentamos alguns de seus pontos fundamentais, incluindo diagramas e planimetrias com as dimensões e operações corretas que devem se aplicadas no momento de desenhar espaços públicos para todos.
Segundo o Colégio de Arquitetos do Equador - Provincia de Pichincha, no próximo dia 30 de abril o arquiteto japonês Shigeru Ban visitará o Equador, com o objetivo de percorrer as áreas afetadas pelo terremoto ocorrido naquele país recentemente. O vencedor do Prêmio Pritzker de 2014, pretende compartilhar seus conhecimentos para situações de emergências Ban, é conhecido por introduzir inovadoras soluções e criar projetos arquitetônicos de alta qualidade e, já realizou inúmeros projetos de sucesso para ajudar os afetados em áreas de desastres na Ásia, África, Europa e América Central.
A notícia foi anunciada por Handel Guayasamín, presidente do Colégio de Arquitetos da Província de Pichincha, que descreveu a visita como "um acontecimento histórico", já que há mais de seis anos tentavam contar com a sua presença no país andino.
Em 2011, após o colapso parcial da Torre Medieval do Castelo de Matrera em Villamartin, Cádiz (datado do século IX dC), decidiu-se finalizar a restauração do projeto, com o objetivo de controlar o risco de colapso total e evitar assim, a destruição dos poucos itens que ainda restavam.
O desafio da execução do projeto de restauração ficou à cargo do arquiteto espanhol Carlos Quevedo Rojas, cujo projeto foi aprovado pela Junta da Andaluzia em conformidade com a Lei Andaluz de Patrimônio Histórico, que proíbe tentativas de reconstrução mimética e que exige o uso de materiais que se diferenciem dos materiais originais da obra.
Segundo o arquiteto: "Esta intervenção pretende atingir três objetivos básicos: consolidar estruturalmente os elementos emergentes em risco; diferenciar a intervenção adicionada ao item original (evitando as reconstruções miméticas que são proibidas por Lei) e recuperar o volume, textura e tonalidade que tinha a torre originalmente. Sendo, portanto, uma realidade aparentemente antagônica, a essência do projeto não se destina a ser, portanto, uma imagem do futuro, mas sim um reflexo de seu próprio passado, de sua própria origem ".
A controversa restauração não só gerou uma ampla discussão internacional sobre a restauração do patrimônio, mas será levada para a Comissão da Cultura do Parlamento de Andaluzia pelo grupo Izquierda Unida, para ver se este era o resultado esperado pelo Ministério da Cultura. Por outro lado, o edifício que antigamente recebia visitas esporádicas hoje tornou-se a nova atração turística da região.
Por que essa restauração tem causado tanta controvérsia? É realmente um "atentado patrimonial", como chamaram os meios de comunicação? Você acha que poderia ter sido feito de melhor maneira?
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Desde o ano de 2010, os arquitetos dinamarqueses do Schønherrdesenvolveram uma série de intervenções urbanas em grande escala durante a época do Festival de Aarhus, o maior festival cultural da Dinamarca. Esses projetos temporários transformaram as ruas e parques em espaços públicos extraordinários, mudando a topografia natural da cidade para atrair e reunir os cidadãos.
Apresentamos aqui seus 4 últimos projetos: "The Forest" (2010), "The City Park" (2012), "The Plaza" (2014) 3 "Bishops Square", que será finalizado em 2016.
"Dentro de programas humanitários as crianças muitas vezes se tornam invisíveis." (Marc Sommers)
A guerra civil na Síria obrigou milhares de famílias a deixarem suas casas em busca de lugares seguros para continuar suas vidas. Muitas famílias se mudaram para o Líbano, onde a ONU ergueu uma série de assentamentos informais. Embora eficaz no fornecimento de abrigo, eles não fornecem soluções específicas para crianças, muitas dos quais tiveram seus estudos interrompidos e não têm espaços públicos equipados para praticar esportes e interagir com outras crianças.
Em resposta a esta situação, os arquitetos da CatalyticAction projetaram e construíram um parque infantil em uma das escolas desenvolvidas pela Fundação Kayany e pelo Centro de Engajamento Cívico e Serviços Comunitários da Universidade Americana de Beirute, envolvendo crianças ao longo de todo o processo e permitindo que a estrutura seja facilmente desmontada, transportada e remontada ou reaproveitada.