Romullo Baratto é arquiteto e urbanista, doutor em arquitetura e cinema pela FAU-USP. Project Manager do ArchDaily, também trabalha como fotógrafo de arquitetura. Integrou a equipe curatorial da 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo em 2017. Siga-me no instagram: @romullobf
A bioconstrução se baseia no princípio de que é possível construir tendo um impacto ambiental muito baixo. Para promover este conceito e apresentar técnicas práticas, o Ministério do Meio Ambiente disponibiliza gratuitamente uma cartilha on-line para capacitação e informação acerca do tema e suas devidas metodologias.
Apesar de ter sido criado para um curso do Programa de Apoio ao Ecoturismo e à Sustentabilidade Ambiental do Turismo – Proecotur, o material é extremamente útil para quem deseja entender melhor a bioconstrução e conhecer detalhes de diferentes técnicas sustentáveis e ambientalmente corretas de construção.
O campo da arquitetura é absolutamente amplo e oferece muitas alternativas de carreira após a formação acadêmica. De atividades relacionadas ao "núcleo" do campo, como projeto de edificações, projeto urbano e restauro do patrimônio, a ocupações que flertam com outras áreas do conhecimento, como por exemplo a fotografia, o design gráfico e o cinema, o arquiteto pode se dar ao luxo de transitar entre estas áreas sem que, com isso, deixe de ser um arquiteto.
Margarida Quintã e Luís Ribeiro da Silva são os vencedores da 15ª edição do Prêmio Fernando Távora, anunciou esta semana a Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitetos (OA). Com a proposta As Fronteiras do México, a dupla explora "o impacto da arquitetura e do urbanismo na intermediação dos problemas afetos às demarcações territoriais, às migrações, e à dimensão transfronteiriça do bem-estar dos povos".
O escritório português MASS lab, liderado pelos arquitetos Diogo Rocha, Duarte Fontes e Lourenço Rodrigues, foi anunciado como vencedor do Concurso de Ideias para o Antigo Quartel de Monte Pedral, organizado pela Câmara Municipal do Porto, Portugal. O projeto vencedor combina uma nova rede de espaços públicos com uma variedade de tipologias habitacionais, conformando uma espécie de arquipélago no meio da cidade: um conjunto de ilhas urbanas que estruturam a malha urbana e onde a relação de proximidade prioriza o espaço entre - um espaço que será preenchido pelo tempo e pelas pessoas.
Um dos principais desafios das cidades contemporâneas é a renovação da infraestrutura existente visando acomodar o crescente número de habitantes urbanos. Passando à escala da arquitetura, do objeto construído, recuperar antigas estruturas para lhes atribuir novos usos e funções parece ser também um desafio e uma grande oportunidade dos tempos atuais. Nunca se construiu no ritmo que se constrói hoje no mundo, mas não se deve perder de vista as qualidades daquilo que já está construído e que pode ser reaproveitado.
A Trienal de Arquitetura de Lisboa anunciou como vencedor da terceira edição do Prêmio Début o escritório catalão Bonell+Dòriga, formado pela jovem dupla de arquitetos Laura Bonell e Daniel López-Dòriga. O escritório ganhou reconhecimento com o trabalho reunido na plataforma A Series of Rooms, que apresenta um estudo extenso e multidisciplinar sobre espaços domésticos e os arquétipos do habitar.
O Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa negou o pedido de tombamento de duas das últimas casas modernistas preservadas da cidade. Os imóveis são a Residência Família Correia de Sá, de 1948, projetada por João Vilanova Artigas, e a Residência Família Justus, de 1950, concebida pelo arquiteto goiano Miguel Juliano, que ganhou destaque nacional pelas obras de cunho público.
Um dos principais cartões-postais de Belo Horizonte, a Igreja da Pampulha, projetada por Oscar Niemeyer, recebeu um minucioso trabalho de restauro e será reaberta ao público hoje, dia 4 de outubro. O edifício estava fechado desde junho do ano passado, quando se iniciou a intervenção nas infiltrações, incluindo um complexo trabalho de substituição do forro de madeira da nave central, além de manutenções gerais, como a limpeza e recuperação do revestimento externo das pastilhas cerâmicas, repintura da capela e recuperação dos passeios da calçada portuguesa.
A agricultura urbana vem sendo vista por algumas organizações e comunidades como uma alternativa sustentável que além de dar uso a porções de terra desocupadas, promove o engajamento social e reduz a distância da semente ao prato, já que os alimentos são produzidos na própria cidade, muitas vezes no próprio bairro ou quadra onde vive o consumidor. No Brasil, Curitiba apresenta um exemplo interessante, em que um terreno vacante de 300 metros quadrados, onde por quatro décadas se amontoou lixo, foi convertido em uma horta urbana em pouco mais de dez meses.
A 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo ocupou dois dos edifícios de uso público mais emblemáticos da capital paulistana. Uma grande exposição com trabalhos oriundos de diversas partes do mundo permanece montada até 8 de dezembro no Centro Cultural São Paulo - CCSP, ao passo o Sesc 24 de Maio foi ocupado por uma dezena de instalações e dispositivos concebidos especificamente para o edifício e seus arredores.
Mostramos aqui os 10 dispositivos que transformaram o espaço do Sesc 24 de Maio, criando tensões e estabelecendo narrativas em um dos espaços de uso público mais intenso do centro de São Paulo. As obras se dividem nos três eixos que norteiam a Bienal: Relatos do cotidiano, Materiais do dia a dia, e Manutenções diárias.
Álvaro Siza, possivelmente o arquiteto português mais reconhecido mundialmente, inaugurou seu Pavilhão para a marca de móveis CAMERICH, em Xangai, na 44ª Feira Internacional de Mobiliário da China (CIFF 2019). Revestido de papel alumínio, o projeto apresenta volumetria intrincada e planta bastante irregular, quase biomórfica, fazendo lembrar algum animal - "um tamanduá, um elefante ou talvez o gato que habita o escritório de Siza", sugere António Choupina, consultor do projeto.
Dentro do escopo de A Poética da Razão, a Trienal de Arquitetura de Lisboa deste ano explora o nexo entre a Agricultura e a Arquitetura, dois campos complementares que começaram a despontar há cerca de 10 mil anos, na Revolução Neolítica e, posteriormente, no Antropoceno. Dado o atual problema ambiental, a hipótese básica da exposição Agricultura e Arquitectura: Do Lado do Campo, com curadoria de Sébastien Marot, é que nenhum raciocínio consistente pode se desenvolver no futuro de ambas as disciplinas, a não ser que estas sejam de novo aliadas e repensadas fundamentalmente em conjunto uma com a outra.
A XI BIAU - Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Urbanismo anunciou os vencedores do Prêmio Ibero-americano de Arquitetura e Urbanismo. César Ortiz-Echagüe Rubio e Jorge Enrique Scrimaglio foram os selecionados dentre 38 profissionais que concorriam para o prêmio.
A Prefeitura de Paris inaugurou no último sábado, 21 de setembro, Jardim Marielle Franco em homenagem à vereadora brasileira assassinada em 2018 no Rio de Janeiro. Localizado no 10º distrito da cidade, ao lado da Gare de L’Est, uma das principais estações de trem da capital francesa, o projeto foi liderado pela associação Rede Europeia para a Democracia no Brasil (Red-Br) com o apoio dos coletivos Autres Brésils, France Amérique Latine, Amnesty International France, Coletiva Marielles, Ligue des Droits de l’Homme, Inter LGBT, Amis des Sans Terre.
Projetar é um ato crítico e arquitetura é uma disciplina inevitavelmente política - por mais que se tente negar. Essa é a visão de Andrés Jaque, arquiteto espanhol - fundador do Office for Political Innovation, com sede em Madri e Nova Iorque - que se dedica à prática arquitetônica, pesquisa e ativismo como se uma coisa fosse indissociável da outra. Nesta entrevista, realizada durante a 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, Jaque discute como a reflexão queer pode oferecer aportes para o engajamento de comunidades e como a arquitetura vem se "desdobrando em uma atividade transescalar e uma prática multimeios".
A Prefeitura de São Paulo assinou nesta segunda-feira, 16 de setembro, a concessão do estádio do Pacaembu ao consórcio Patrimônio SP, formado pelas empresas Progen, de engenharia, e Savona, fundo de investimentos. O estádio passará por reformas e deverá permanecer fechado ao público pelos próximos dois anos.