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Victor Delaqua
Mestrando pela FAUUSP, é arquiteto e urbanista pela UFSC e estudou na Universidade Politécnica de Valência durante a graduação. Colaborador do ArchDaily desde 2012, é editor de conteúdo, comunidade e redes sociais. Profissionalmente, também atua na área de expografia e cenografia.
Das construções ancestrais ao "concreto do futuro", termos não faltam para descrever a madeira. Presente na história e no horizonte da arquitetura mundial, o material demonstra uma possibilidade sustentável e está associado ao aconchego e calor que brinda na atmosfera espacial. No Brasil, não é diferente. Diversas obras contemporâneas exploram as qualidades e benefícios de seu uso, inclusive no viés estrutural.
Como ressignificar espaços públicos degradados? Cores vibrantes, um traçado geométrico e a ajuda comunitária. Ao menos esta poderia ser a resposta do artista carioca Antonio Ton. Inspirado pelas trocas que encontra na rua e a partir de um diálogo com as comunidades locais, suas obras vão além de revitalizar quadras esportivas e pistas de skate. Ton nos demonstra como a arte favorece a construção de um lugar de encontro e lazer. Conversamos com ele para entender como acontece todo o seu processo artístico e quais resultados suas pinturas oferecem.
Se a máxima "a primeira imagem é a que fica" for levada a sério, na arquitetura, o hall de entrada ganha uma importância fundamental. Esse pequeno espaço, além de dar as boas vindas à casa, também pode ganhar diversas outras funções: armazenar objetos, abrigar uma área de espera e leitura, distribuir a circulação da residência, expor uma pintura. Enfim, são diversas as possibilidades de pensar e ocupar esse ambiente, por isso, apresentamos aqui três diretrizes projetuais que podem te ajudar na hora de pensá-lo.
Um programa de caráter público cumpre diversas funções que além de aprimorar a dinâmica social do entorno, pode ser um importante fator para aumentar a sensação de pertencimento, a oferta de empregos e serviços, e a qualidade de vida no espaço. Por isso, após apresentar projetos habitacionais populares desenvolvidos em comunidades brasileiras, buscamos por equipamentos culturais que ocupam zonas rurais e urbanas menos privilegiadas em questões de infraestrutura.
Uma das séries de números mais famosas da história, a sequência de Fibonacci, foi publicada por Leonardo de Pisa em 1202 no "Liber Abaci", o "Livro do Cálculo". A famosa sucessão de números ficou conhecida como o "código secreto da natureza" e pode ser vista no mundo natural em diversos casos. Mas, afinal, como essa sequência se relaciona com a arquitetura?
Montagem feita sobre o trabalho "Intentos por São Paulo: Ensaio Minhocão" de Julia Getschko
O mundo acadêmico tem muito a acrescentar no campo da arquitetura e do urbanismo. Através de suas pesquisas e propostas surgem visões inspiradoras. Levantam-se possíveis debates sobre a forma como enxergamos, ocupamos e desenhamos o ambiente construído. Sendo assim, realizamos anualmente uma chamada de trabalhos finais de graduação aberta a todos os países lusófonos para apresentar um panorama de temas e projetos que consideramos merecer destaque no ano que passou.
Hoje é celebrado o Dia Nacional do Arquiteto e Urbanista. Desde 2018, a Lei 13.627/2018 coloca a data no calendário oficial brasileiro, que foi escolhida como uma homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer, por ser o dia do seu nascimento, e também pela fundação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU.
Terra. Termo usado para definir o planeta no qual vivemos, o solo no qual pisamos, matéria-prima para as mais distintas obras. Dela deriva a palavra território, que para além do significado simbólico em sentidos de configuração de cultura, de visões de mundo, é também a base de qualquer assentamento e da própria natureza. A potência de todos os significados que essa palavra carrega é tomada como título da 6ª Trienal de Arquitectura de Lisboa, que explora temas sobre a relação humana com seu contexto e os processos de revolução que envolvem as mais distintas escalas da arquitetura.
Retomar técnicas e materiais ancestrais para trilhar novos espaços de convivência. Este é o mote que surgiu do desejo de "criar frestas de liberdade, alegria, amor e afetos potencializadores, que se propõem a pensar formas de habitar em convivência com a Terra e a ancestralidade". Um conceito materializado e que segue em construção na Terra Afefé: uma microcidade em Ibicoara, na Chapada Diamantina, realizada pela artista Rose Afefé.
A arquitetura é realizada através do projeto. Profissionais que enfrentam uma tela vazia e passam a preenchê-la com traços que expressam desejos, técnica e beleza, conhecem todos os desafios que existem nessa atividade. O ato de projetar envolve um emaranhado de referências, sabedorias e cultura, por isso, quando compartilhamos uma obra sabemos que mais do que um edifício, estamos contando uma história e inspirando o público. Em onze anos de existência, o ArchDaily Brasil já publicou mais de 23 mil projetos, sabendo a importância de cada um e como ajudam a transformar visões a partir do que se propõem, influenciando não apenas a arquitetura local, mas levando sua discussão e inventividade a todo o mundo.
A RUÍNA Arquitetura busca por uma maior consciência socioambiental, bem como a valorização dos materiais enquanto incentiva a reutilização como uma alternativa para a indústria da construção civil. Em sua prática, criam novas possibilidades para materiais recuperados, reduzem a quantidade de resíduos de demolição e, com eles, fornecem materiais de construção com um menor impacto ambiental. Em 2024, o escritório foi selecionado como parte das Melhores Novas Práticas de Arquitetura do ArchDaily por sua atenção ao contexto, visando minimizar o impacto no ambiente construído por meio do reuso eficaz de materiais e resíduos de construção. Sua participação na Trienal de Arquitetura de Sharjah de 2023 mostra como ideias locais podem alcançar reconhecimento global.
The fallen Christopher Columbus statue outside the Minnesota State Capitol after a group led by American Indian Movement members tore it down in St. Paul, Minnesota, on June 10, 2020. Author: Tony Webster, licensed under the Creative Commons Attribution 2.0 Generic via Wikimedia Commons.
Qual é a história que o espaço público da sua cidade conta? Quem são as pessoas homenageadas em monumentos espalhados por ela? Questões como estas levaram a uma série de insurgências nos últimos anos em diversas cidades. As noções de memória e representatividade ampliaram a reflexão sobre qual narrativa construímos em nossos espaços, fato que tem desencadeado numa indagação urbana para o futuro: afinal, o que queremos lembrar (ou esquecer) através dos símbolos que erigimos (ou destruímos) nas cidades?
O que poderia ser diferente no ato projetual se você se colocasse à frente das expectativas e limitações da sociedade e trouxesse uma mirada queer nas suas referências? Conversamos com Andreas Angelidakis, que se refere a si mesmo como "um arquiteto que não constrói", mas que enxerga a arquitetura como um local de interação social, criando obras que refletem sobre a cultura urbana ao misturar ruínas, mídia digital e psicologia para entender como mergulhar em si mesmo pode ser tão poderoso para encontrar diferentes caminhos de projeto.
Quando você caminha pela cidade, você tem medo de ser você mesmo? Por mais estranha que a pergunta possa soar para alguns, ela é realidade para grande parte de pessoas LGBTQIA+, que em algum momento já foram vítimas de hostilidades ao serem notadas performando fora do padrão heteronormativo no espaço público. Se a violência parte de camadas sociais que vão além do espaço desenhado, isso não exime a importância de pensar projetos que podem extrapolar a esfera física e inserir um elementar fator simbólico e de representatividade para incluir e educar seus cidadãos. Esse é o caso do Homomonument, que há mais de três décadas se tornou uma plataforma de celebração e manifestação queer no coração de Amsterdã.
O design biofílico é capaz de melhorar o bem-estar dos usuários de um espaço a partir da reconexão com a natureza. Quando essa prática é colocada em escritórios e ateliês, essa propriedade se traduz em muitos benefícios. Afinal, além das qualidades emocionais que a vegetação pode trazer, ela tem a capacidade de filtrar ruídos, iluminação e permitir um clima mais ameno, resultando na produtividade da equipe e em serviços mais otimizados.
Há alguns anos, a bicicleta era vista mais como uma opção de lazer e esporte em grandes cidades brasileiras. Hoje, diante da crise climática, o preço da gasolina e com planejamentos mais amigáveis aos ciclistas (mesmo que longe do ideal), a magrela tem ganhado cada vez mais destaque e se tornado uma opção de transporte para a população. No entanto, sabemos que nem sempre é fácil achar um cantinho para guardar ela no nosso lar. Por isso, no Dia Mundial da Bicicleta, apresentamos algumas possibilidades para você.
"Crescer sendo queer significa experimentar a desestabilizadora ausência de uma história queer ampla e acessível, principalmente em relação ao pensamento espacial". Este relato é o que intrigou o designer Adam Nathaniel Furman e o historiador de arquitetura Joshua Mardell a reunir uma comunidade de colaboradores para apresentar novas perspectivas ao campo da arquitetura. A partir de histórias de espaços que desafiam a moral cis-heteronormativa e abrigam pessoas que buscam viver suas próprias verdades, surgiu o livro intitulado "Queer Spaces: An Atlas of LGBTQIA+ Places and Stories", o qual explora distintos contextos sociais, políticos e geográficos da comunidade LGBTQIA+.
A atual produção arquitetônica enfrenta diversos paradigmas e um deles é o estético. Num cenário de constantes incertezas, edifícios com projeções, hologramas ou completamente automativos que a ficção científica tanto deslumbrou, assim como a própria tecnologia aponta como uma possibilidade porvir, parecem cada vez mais distantes da realidade. Hoje, a busca por uma maior identificação com o espaço construído tem sido ampliada ao invés de idealizar o novo pelo novo. Por isso, olhar para o passado tem apresentado diferentes perspectivas e é nessa mirada que talvez possamos imaginar uma nova estética futurística.